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Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Fim de um amor

  

Quando um amor termina há sempre um sentimento de perda, de vazio, de frustração, de dor. É importante sentir e viver a dor interior. Para superar é preciso aceitar o sofrimento sem desespero, sem julgamento e sobretudo sem racionalizações.

 

A nossa interioridade encontra soluções somente quando a mente está vazia de racionalizações, quando deixamos os sentimentos fluírem livremente, sem bloqueios e sem pré-julgamentos.

 

É necessário poder vivenciar e sentir os estados de ânimo assim como se apresentam mesmo quando parecem ser contrastantes. Perceber raiva e rancor, tristeza e dor, tomar acto”.

 

É necessário saber que para cada amor, ao acolhemos a dor que provoca o abandono, nos deixa mais preparados a próximos encontros e a novos enamoramentos. O bom amor não é o que dura muito, mas o que nos faz viver intensamente: eros magia e desejo.

 

À nossa interioridade só se interessa pela intensidade da paixão que nos atravessou. É a paixão que nos faz sofrer e não o outro e não se encontra um novo amor enquanto a mente está repleta de lembranças passadas e muito identificada em quem já não está aí.

A nossa interioridade deseja “amar” e nada mais.

 

É importante compreender que quem perdemos é parte do mundo e se foi, mas a nossa capacidade de amar está intacta e reforçada para Amar.

 

A capacidade para amar é parte do nosso ser e sendo assim o “Amor” certamente entrará novamente na nossa vida.

 

"O que não tem remédio, remediado está". Ao aceitar os factos, saberá se relacionar melhor. Sobretudo porque o amor torna inteligente. Inspirou grandes poetas como Camões, "... contentamento descontente" e Dante "… move o sol e as estrelas".

 

 

 

Amor é fogo que arde sem se ver


 

 Luís Vaz de Camões

 

 

Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer;

É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

 

 

Orgasmo, penetração e estimulação

 

Boa noite!
 
Tenho uma pergunta:
 
Eu não consigo atingir o orgasmo só com a penetração, nem só com a estimulação, eu só consigo se existirem as duas, isso é normal?
 

Dores no ovário

 

Pesquisei na net um consultório da sexualidade e penso que este seja o mais
adequado para obter resposta a varias perguntas que tenho.

Acontece uma situação com a minha mulher. Quando a estímulo sem penetração a
ponto de ela atingir o orgasmo ela sente dores nos ovários. Chega a se
encolher nessa ocasião e eu fico sem saber o que fazer. Depois retomamos a
relação. Quando atinge o orgasmo com penetração diz que já não sente dores.
Já lhe questionei sobre isso e ela pensa que é normal. Mas eu tenho dúvidas.
Nas consultas ao ginecologista, apesar de ela não ter ainda perguntado
especificamente sobre isso, já lhe tem dito que está tudo bem com o corpo
dela. Está mesmo? Sentir essas dores num momento de prazer é normal? Ela
chega a pensar que é normal também nas outras mulheres embora eu não pense
assim. Quem tem razão? Pode ser algo que eu não esteja a bem feito no
momento da estimulação e do orgasmo?

Ou tem a ver com alguma falta de descontracção?

Agradeço a sua resposta que muito prezarei.

 

Contacto visual

 

Boa Tarde,
Venho por este meio, pedir ajuda devido a um comportamento meu, comportamento esse que se prende ao facto de olhar para os homens, de forma que poderá criar falsas compreensões ou falsas interpretações por parte dos homens que recebem esse meu olhar. A forma como eu olho pode sugerir pretendo algo mais do que um simples contacto visual que é pura e simplesmente a minha única intenção, só consegui perceber isto depois de ter sido chamada atenção, isto porque reajo assim de forma inconsciente não tendo a noção que poderá ser prejudicial para mim e para a minha relação. Nas situações em que esse comportamento é perceptível a quem me acompanha ainda tendo a mentir, e aceito que minto quando consigo perceber e visualizar a atitude que tive. Visto eu achar ou ter mesmo a certeza que isto não passa de um comportamento inconsciente já que não tenho qualquer interesse pelas pessoas com que isto tem vindo acontecer.
Sem mais me despeço,  aguardo ansiosamente pela sua resposta.

Atentamente
MG

Culpa e dramatizações

 

 

Olá, Dra. Mariagrazia:
 
Espero encontrá-la bem.
 
Doutora gostaria de saber se possível porque dramatizamos situações simples?
 
Gostaria de saber porque nos culpamos tanto, nos censuramos tanto?
 
Muito obrigada pela atenção!
 
Atenciosamente,
A.

Desejo sexual

 

Olá Maria,

Antes de mais gostaria de dar os parabéns pelos seus artigos, sou leitora assídua!
Vou escrever um texto um pouco extenso, mas que penso ser necessário para explicar a situação. Será que me pode ajudar neste meu problema?

Gostaria de perceber se existe realmente um problema na minha relação, ou sou eu que estou a criá-lo.
Sou uma rapariga de 25 anos que, segundo me apercebo, sinto um desejo sexual maior do que a maioria das mulheres (que estão sempre com dores de cabeça ou mal dispostas, como desculpa para não terem relações sexuais com os maridos/namorados. Se estou apaixonada, entrego-me de corpo e alma).

Namorei com o meu namorado actual (ele tem 28 anos) uma 1ª vez há cerca de 2 anos durante 3 meses e meio. Estava apaixonadíssima e tinha quase a certeza que ele era "o tal".  Era um namorado um pouco distante e a parte sexual funcionou mais ou menos bem apenas durante o 1º mês. Demonstrava desejo por mim, mas a relação sexual em si não era nada de especial. Poucos preliminares e nada de sexo oral nem anal (só eu é q fazia-oral). Aconteceu  várias vezes eu estar sozinha em casa sem os pais, ele adormecer a ver um filme e depois ir-se deitar e adormecer imediatamente sem ter qualquer tipo de desejo sexual. Como era raro estarmos os 2 sozinhos, não achei esse comportamento nada normal. Era eu que arranjava fins de semana para passarmos juntos e quase que nao se passava nada entre nós.
Quando tive uma conversa com ele e lhe disse que achava que seu comportamento sexual era pouco expansivo, ele disse-me que se sentia pressionado por lhe parecer que eu só arranjava esses fins de semana para ter sexo com ele. Achei aquela resposta mais parecida com a de uma mulher do que a de um  homem. Foi a gota de água para ter perdido o interesse nele. Acabei o namoro.

Para ser sincera, fiquei com a nítida sensação que ele era gay, ou então tinha um problema psicológico que o afectava sexualmente.

Sou uma rapariga atraente e tenho sempre muito cuidado com a higiene íntima. Não percebia o porquê  da indiferença dele a meu respeito.

Durante 1 ano e meio ele ia-me enviando mensagens para o telemóvel, demonstrando interesse em me ver para conversar, mas eu nunca quis. Foi a única pessoa por quem tinha estado apaixonada de verdade, a única com quem quis casar, mas que me desiludiu tanto, tendo dado lugar a um sentimento de repugnância. Falámos ao telefone 2 vezes bastante bem, mas sem nunca pensar em ter mais nada com ele.

Em Abril deste ano ele convidou-me para jantar e eu fui. Durante o jantar ele desabafou comigo e disse-me porque razão tinha tido aquela attitude durante o nosso namoro: disse que como estava muito apaixonado por mim, não se queria entregar de corpo e alma porque achava que eu só estava com ele para me divertir um pouco e que depois me ia fartar e o ia "despachar". Disse que passou 1 ano e tal só a pensar em mim, que não se conseguiu envolver com mais ninguém (disse-me inclusivamente que esteve 1 ano sem ter relações sexuais), que sofreu muito por minha causa e por não  ter tido coragem de na altura que acabei namoro com ele, de me dizer a verdadeira razão do seu comportamento distante. Tinha tentado falar comigo durante esse tempo que não nos vimos, mas eu nunca tinha dado hipótese.

Gostei desse jantar, gostei na sinceridade dele e começámos a estar juntos para conversar algumas vezes. Gostava de falar com ele, relembrou-me o motivo pelo qual me apaixonei da outra vez. Cumplicidade, gostos quase idênticos. Resumindo, temos tudo a ver.
Nesses encontros declarou-se a mim, disse que era a mulher da vida dele. Eu inicialmente pus de lado a hipótese de voltar a namorar com ele, mas como decorrer do tempo, conquistou-me novamente e eu apaixonei-me.

É uma pessoa que cativa: simpatico, educado, com os mesmos gostos que eu, com o mesmo nível cultural, estamos sempre em sintonia. Começámos novamente a namorar em Maio deste ano, só que agora já eu e ele estávamos a morar sozinhos. Ou seja, desde Maio que estamos a viver juntos em minha casa. Em relação a carinho, amizade, sintonia está tudo a 100%, damo-nos muito bem. Está-me sempre a elogiar, dizendo que sou muito gira, que me visto bem, etc.
No 1º mês de namoro estávamos também na parte sexual (sem no entanto haver grandes novidades em performances sexuais em relação à 1ª vez que namorámos), mas à medida que o tempo foi passando, o interesse dele foi diminuindo. Das poucas vezes que demonstra desejo é em alturas que "não dá jeito nenhum" estar a fazer amor, como por exemplo, quando estou a fazer o jantar, quando estou a lavar a loiça, ou quando chego da ginástica, em que não me sinto à vontade para ter relações sexuais, já que ainda não tenho o banho tomado. Nos momentos mais "propícios" ele não toma qualquer iniciativa se eu não demonstrar que me apetece. E pior, mesmo que eu demonstre que me apetece, muitas  vezes ele não entra no clima, ficando estático, sem reação nenhuma aos meus estímulos. E o mais estranho é que sinto a erecção dele. Se ele tem erecção não é suposto ter vontade de fazer amor?
Já toquei no assunto algumas vezes, dizendo que por vezes me sinto frustrada, por ter a sensação de que ele não sente desejo por mim. Ele responde que sente muito desejo, que me ama e que é comigo que se quer casar. E eu volto a perguntar : então porque é que não demonstras o teu desejo?! Ele já me disse algumas vezes que demonstrava e que se não demonstrava mais era porque tinha medo que eu me fartasse dele. Eu disse-lhe que não me ia fartar dele, que o adorava e que gostava muito de fazer amor com ele, não havendo por isso nenhuma razão para ele estar com esses pensamentos. Ainda lhe disse que ele já se tinha prejudiucado por causa do "medo" e que concerteza que não queria que isso se passasse outra vez. Duas das vezes que falámos sobre o assunto ele achou que eu estava a "preparar terreno" para terminar a relação e começou a chorar. Eu disse-lhe que estava apenas a desabafar sobre uma coisa que me estava a perturbar, que apenas queria saber as razões que o levavam a ter esse comportamento e que  não estava sequer a pensar em terminar.
A última vez que conversámos foi há cerca de 3 semanas, em que ele disse que ia fazer um esforço para mudar.     Acontece que está tudo na mesma. O que é que eu faço?? Gosto muito dele, mas sinto falta de me sentir desejada, de fazer amor com o meu namorado. Esta situação desiquilibra-me e faz-me questionar se ele não terá algum problema que poderá piorar com a idade. Também não quero acabar um namoro por causa desta situação.

Pode-me ajudar?


Muito obrigada!

Cumprimentos,

F