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Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

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Família alargada

 

 

Olá...

 

Tenho um filho que acabou de fazer 1 ano de idade. Quando estava 6 meses grávida dele, o pai viajou para fora (Londres) e até hoje não voltou

Ainda mantemos contato, mas só conhece o nosso filho por fotos e web cam. Diz que volta mas nunca diz a data.

 

Os meus pais também são separados e impossível conversa entre os dois. Fiz a festinha de 1 ano, meu pai não quis comparecer pois minha mãe estaria. Ano que vem meu pai quer fazer (pagar) e provável que nessa minha mãe não compareça. O que eu vou dizer para o meu filho porque a vó dele não compareceu? Os dois (pai e mãe) já são casados, como vou explicar essa situação para ele? Quem são para ele os que estão casados com os seus avós?

 

Hoje estou namorando e reconstruindo, estamos montando até um apartamento, provável que em 2014 iremos casar. O meu filho é apegado demais com o meu namorado. (Tem imagem como pai), Mas se o pai dele voltar como vou fazer com a situação? Como explicar? E se ainda tiver um outro filho com o meu atual quando casarmos, como explicar que é meio-irmão. Dra. O meu maior medo é que ele não entenda, não tenho noção da palavra "FAMILIA". Preciso de ajuda.

 

 

 

Rejeitada pelo pai

 

 

 

Boa noite Dr.ª!
Quando eu era criança, eu fui rejeitada pelo meu pai, eu conversava com ele, escrevia carta do dia dos pais pra ele e tudo que sempre tive foi sua indiferença. Quando ele conversava comigo era só pra brigar comigo por causa de alguma coisa, com o passar do tempo eu parei de responder por medo as perguntas que ele fazia pra mim como "por que você fez isso?"

 

Aos 7 anos eu comecei o ensino fundamental e eu continuava igual sem conversar, não lanchava na escola, não comia em público, não respondia chamada e assim continuei até o meu ensino médio.

 

Atualmente com 21 anos eu e minhas irmãs não conversamos com ele desde pequenas, já escutei várias vezes ele dizer que a culpada sou eu e minhas irmãs, escutei ele dizer que não somos filhas dele (sendo que infelizmente somos). Eu desenvolvi um medo enorme dele que quando tenho que falar algo com ele meu coração acelera. Hoje em dia faço Faculdade e tenho os mesmos problemas, já sofri muita humilhação pelos meu colegas, escutei pessoas me dizer "pega aí vê se você presta pelo menos pra isso"  tomei várias vezes remédio pra depressão, não tenho vida social, tenho dificuldade para ter amigos, tenho auto estima baixa, choro com frequência  com medo de não conseguir me livrar disso tudo, choro quando lembro do passado, fico triste pois perdi metade de minha vida.

 

Hoje em dia ele está prestes a sair de casa, eu queria nunca mais poder vê-lo, afinal ele mudou a minha vida, eu poderia ser muito diferente do que eu sou. Por favor me ajude, eu não sei o que fazer.

 

 

 

Irmão de pais separados

 

 

 

Boa tarde Dr.ª!!

Permita-me antes de mais, expressar o meu profundo respeito pela sua área de trabalho. Sou casado e pai de três filhos, sendo que o segundo não é da minha esposa. Na verdade, a diferença entre o primeiro e o segundo é de apenas 3 meses, estando, ambos com 5 anos e o mais novo com 1 nove meses.

 

A mãe do meu segundo filho é uma pessoa que foi minha namorada durante 7 anos (somos amigos apesar da separação), dos quais, a partir do quarto ano, iniciei uma outra relação com a minha esposa. Foram, na verdade, cerca de 2.5 anos de vida dupla que resultou no nascimento dos dois primeiros rapazes.

 

Após o meu casamento, tivemos de mudar de cidade por razões profissionais e em concertação com a minha esposa, pedi a mãe do meu segundo filho para que ele fosse viver connosco, mesmo porque ela é uma pessoa que viaja muito e parte do seu tempo é passado no campo, em virtude de ser formada em engenharia florestal e como tal, estar mais tempo longe das cidades.

 

Ela concordou que o miúdo vivesse connosco, tendo pedido apenas para visitar o filho sempre que o trabalho permitir, o k implica viagem de uma cidade para outra, percorrendo uma distância de mais de 500 km.

 

Passados um ano nesse regime, a minha esposa diz que não se sente confortável com a presença mensal da mãe da criança na cidade onde vivemos e acha que ela deve esperar apenas o período de férias para ver o miúdo que, entretanto, deverá ir ao encontro da mãe. Não concordo e isso está a criar um mau estar no nosso relacionamento pois, eu disse-lhe que jamais impediria a mãe de ver o miúdo, lembrando-lhe que essa condição foi por nós aceite como forma de termos o pequeno junto dos irmãos.

 

A última viagem que ela veio ver o filho, ligou-me e perguntou se havia algum inconveniente em vir com o namorado, ao que prontamente respondi que não, tendo, inclusivamente, oferecido, ao casal, hospedagem na casa de hóspedes que o meu serviço têm, facto que gerou um clima tenso entre eu e a minha esposa pois ela não concordou, tendo dito inclusivamente, que por ela, a mãe da criança não mais deveria vir, mas que era um assunto que já não lhe dizia respeito. Mudou de postura, certamente, porque ainda existe um bom relacionamento entre nós, tudo em prol do bem-estar do nosso filho.

 

Esse posicionamento da minha esposa tem sustentação no facto de ela achar que sempre que a mãe do miúdo vem, ele depois fica triste nos dois dias que seguem a sua partida, questionando porque é que a mãe tem que trabalhar longe e como tal, ele não poder viver com ela.

 

A minha esposa acha que o miúdo está a desenvolver algum tipo de trauma, pois, por duas vezes já o surpreendeu a chorar e quando ela questionou o que se passava, ele respondeu que queria a mãe. Na verdade, ma das vezes que ele acordou assustado e a chorar, eu mesmo fui ao quarto deles e questionei o que se passava, o que me disse que estava com saudades da mãe, e questionou-me porque é que eu não caso com a mãe dele para ele poder viver como os irmãos, com pai e mãe!!

Não fui capaz de lhe dar uma resposta naquele momento, tendo-lhe dito apenas que os homens devem casar apenas com uma mulher de cada vez. Não estava a espera daquela pergunta.

1.      Será mesmo que o miúdo está a desenvolver algum tipo de trauma?

2.      Noto que a minha esposa mudou de opinião quanto ao facto de o miúdo viver connosco, mas nunca me disse provavelmente por ter receio da minha reacção, que certamente, não será no sentido de nos afastarmos dele. Tal é assim, porque, mesmo que ele deixe de viver connosco, a solução será ele ficar com uma tia que vive na cidade por impossibilidade de a mãe estar com ele em função do seu trabalho. Entre ele ficar com a tia e connosco, logicamente que me parece mais assertivo ele crescer junto com os dois irmãos.

3.      O que me aconselha Dr.ª? Sei que essa situação pode por em causa o nosso casamento, mas acho que não devo abrir mão de viver e acompanhar de perto o crescimento dos meus filhos apenas porque a minha esposa não se sente confortável com a presença da mãe do meu filho, que, em suma, é ad eterno, pois, temos um filho e necessariamente, teremos que viver essa realidade.

Ajude-me a encaminhar este assunto sem pôr em causa o meu casamento, e muito menos a permanência do miúdo connosco. Eu apenas abrirei mão desse convívio entre os irmãos, quando a mãe estiver em condições de viver ela com o miúdo, pois, tenho consciência de que, em princípio, filhos estão sempre melhor com as mães, mas antes, não me parece, salvo se de facto, houver alguma possibilidade de o miúdo estar a desenvolver o aludido trauma, o que não me parece, pois, aqueles episódios não são frequentes e ele gosta de viver connosco, isto é, com o pai, a mãe (como ele chama a minha esposa) e os irmãos.

À minha esposa reconheço todo esforço que ela certamente faz para gerir o nosso casamento, sem afetar a educação dos miúdos, mas, confesso que me decepcionou ao mudar de uma hora para outra de comportamento, alegadamente porque a mãe do miúdo engendrou tudo isso para estar sempre perto de mim. Acho absurdo, tal é que a mesma já está numa outra relação a mais de 8 meses.

 

Tal mudança de comportamento é notório porque antes era ela que nas visitas da mãe da criança, levava o miúdo à mãe, falavam sobre a escola dele, e outras questões, mas agora, nem telefone atende e quando ela vem ver o miúdo, não há espaço parasse encontrarem, eu é que devo ir deixar o miúdo para ver a mãe. Que fazer, é meu filho, faço com imenso prazer.

Com este andar, receio que a mãe do miúdo perceba este clima e me pressione para levar o miúdo para com a avo deixar, o que eu não quero que aconteça. O que faço Dr.ª?

 

 

 

Medicação

 

 

Olá, quando tinha 11 anos passei por um problema, deixei de ir à escola, não me sentia bem em sítios públicos, era um menino calmo, sensível, carinhoso.

 

Os meus pais levaram-me a vários médicos, acabei num psiquiatra, que me receitou um anti-depressivo (paroxetina 20mg) dali a algumas semanas voltei à escola, muito irrequieto, insensível, agressivo, tinha ataques de euforia, sentia-me dono de tudo, inatingível, depois de começar a tomar esse medicamento sempre fora assim, me metia em confusões, não me conseguia concentrar, não conseguia raciocinar direito, para mim nada era problema, só eu que estava certo e todo mundo errado, arrumei muita confusão, falhei muito , mas não tinha noção disso.

 

Em 2010 já com 23 anos decido cortar a medicação, já tinha tentado antes mas nunca tinha conseguido, era muito doloroso os efeitos no meu corpo, sentia choques na cabeça e tonturas, mas desta vez comecei a cortar o comprimido aos pouquinhos, com muita força consegui em Novembro de 2010 cortar completamente a medicação, minhas mãos deixaram de tremer, deixei de ficar irrequieto, os filmes me comoviam, comecei a conseguir chorar, antes não conseguia, comecei a conseguir pensar de uma maneira diferente, as memórias do passado deixaram de ser “baças” comecei a recordar-me de tudo,  cai em mim e vi que fiz muitas asneiras, antes não comunicava com meus pais, essa droga me tentou roubar minha vida, hoje me sinto muito mal, por todos os erros que cometi, estou destroçado, essa droga me afastou de todo mundo.

Repare bem nas pessoas que tomam anti-depressivos, elas tem um discurso sem lógica, perdem-se constantemente no seu raciocínio, ficam maníacas, alteram sua forma de estar e vestir, ao falar as palavras não saem, tem crises de euforia. Desligam-se dos pais,  filhos, ficam interesseiras...Essa droga é pior que a depressão...Essa droga altera os níveis da serotonina , você passa a ver as coisas de uma outra maneira..
 
Cumprimentos,
P.