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Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Traição no passado

 



 

 

Dr.ª, há 7 anos atrás trai o meu esposo com uma pessoa que eu nem conhecia. Na verdade só tinha tido poucos contatos pelo msn ambos morávamos em cidades diferentes e distantes.

 

Quando certo dia ele veio fazer uma visitar a trabalho na unidade que eu trabalhava e assim no dia dele ir embora eu acabei ficando com ele, aconteceram beijos e contato intimo menos o sexo. Isso tudo aconteceu eu estando casada. Nestas últimas semanas me torturei tentando controlar-me pra não falar pra meu esposo, pois eu não queria magoá-lo ele é o que podemos chamar de homem perfeito e não merece de forma alguma uma situação como essa. Eu contei-lhe que fiquei com essa pessoa e ele com muita dor e esforço me aceitou. Só que eu não contei tudo, contei apenas do beijo e abraço e não de contato íntimo como os toques que falei no início.

 

Mais sinto medo e vergonha de contar todos os detalhes, sei que se eu fizer ele vai ficar mais magoado e também corro o risco dele me deixar. E isso não quero pra mim porque ainda era imatura quando deixei essa loucura acontecer comigo hoje depois de ter amadurecido percebo a sujeira que deixei no passado a qual eu quero tirar da minha mente. Eu já me arrependi e Deus conhece o meu clamor quanto a essa situação.

 

Temos um filho de 4 anos e uma vida perfeita.

Peço-lhe uma ajuda quanto ao que mais posso fazer pra tirar esse nó dentro de mim.

 

Agradeço muito

 

 

Amor compartilhado

 

 

 

Estou passando por uma situação deste tipo. Meu marido estava muito triste, sem conversar, calado, as vezes até um pouco áspero com as pessoas do dia a dia. Um dia ele chegou com a proposta de separação. Conversamos e não sei se infelizmente ou felizmente, demostrei que ainda gosto muito dele.

 

Conversamos e ele ficou de pensar. Via nele uma tristeza imensa, e conversando, ele confessou que conheceu outra mulher e que estava se encontrando com ela. Que ele nunca havia feito nada disso, e que por havia acontecido por acaso e ele não queria fazer nenhuma de nós duas sofrerem. A proposta foi a seguinte como moramos em cidades diferentes e distantes uma da outra, manteríamos nosso lar, nossa vida e ainda, manter essa relação, desta forma eu e ela saberíamos onde ele estava e com quem. Meio maluco... eu sei ... e aceitei... Fico confusa, as vezes, pensando se fiz o melhor...

 

Se devo deixá-lo ir, ou se mantenho essa proposta. Ele mudou muito neste período, disse que me faria mais feliz ainda, e que nos poderíamos viver melhor assim. O que devo fazer?

 

Injustiças e tormentas

 
 
 
 

Bom dia Drª Mariagrazia

 

Ao longo da minha vida como trabalhadora, tenho tido sempre muitos problemas com o meu feitio, não reajo bem com as injustiças, com as falsidades, com os pedidos de esforço e sacrifício que me são pedidos quando comparados com colegas do mesmo local de trabalho, que nada fazem e que tudo têm.

 

Gosto de fazer tudo o melhor possível e quanto mais perfeito melhor, quando não sei algo disponho-me a aprender para poder prestar um bom trabalho. Até agora o meu desempenho, esforço e dedicação só têm-me trazido decepções  desgostos e depressão. Não sou feliz no trabalho, não gosto daquilo que faço mas faço de tudo para fazê-lo bem, mas em relação aos meus superiores tenho um feitio que ultrapassa todo o meu bom trabalho... sou refilona, não permito que me humilhem, que me tornem numa escrava, e quando mais me tentam rebaixar mais furiosa fico e mais refilona fico.

O problema é que já vou no meu terceiro trabalho e esses problemas continuam a acompanhar-me. Não consigo resistir aos impulsos de humilhação, de sensação de escravatura, de injustiça.

 

Devido à actual conjuntura financeira, não me posso dar ao luxo de partir à descoberta de uma área, de um trabalho que me dê prazer, que me faça feliz, preciso de um salário para acabar a minha licenciatura e para pagar as minhas pequenas despesas.

 

A minha mãe começou agora a quimioterapia porque tem cancro da mama, assim como a minha tia (irmã da minha mãe) que cuidou de mim quando era pequena também tem, mas infelizmente em estado terminal. Vivo na casa da minha sogra, com quem não me entendo muito bem e com a qual não posso refilar para não criar um ainda pior ambiente.

 

Já estou a fazer um tratamento para a depressão, mas estas tormentas que parece que ninguém entende estão a dar cabo da minha sanidade mental. 

Por favor ajude-me, por favor dê uma luz para o meu caminho escuro. 

 

Cumprimentos,

S.

 

Vida complicada e violenta

 

 

 

 

Tenho outra situação para contar que está relacionada comigo mesma.

 

Eu nunca tive pais que me dessem grande apoio e atenção não quero estar a parecer ingrata mas e verdade, no que toca a minha mãe posso dizer que é uma grande mulher e tenho orgulho nela pois é uma mulher batalhadora e muito trabalhadora nunca teve medo do trabalho, mas também errou em algumas coisas comigo, mas errar é normal ninguém é perfeito, mas tudo o que eu vou contar a seguir afecta-me ainda hoje pois não consigo esquecer...

 

O que vou contar eu nunca contei a ninguém nem aos meus amigos nem a nenhum psicólogo ou psiquiatra a que já fui, pois nunca tive coragem, mas agora eu não aguento mais pois este sentimento sufoca-me!  

 

O meu pai é um bêbado desde sempre, nunca foi um homem trabalhador para resumir nunca foi um homem de família, sempre foi a minha mãe que trabalhou ele fez dividas e a minha mãe é que pagou. Quando chegava à casa bêbado era violento e minha mãe e eu tínhamos que nos trancar no quarto até a bebedeira dele passar e a coisa é que ele nunca admitiu os erros. Ainda hoje diz que não era bêbado, ele agora está melhor mas de vez em quando ainda se embebeda...

Eu era uma criança e assistia a tudo.

 

Eles tinham que viver em casa dos meus avós porque não tinham dinheiro, se bem que naquela época se o meu pai trabalhasse como a minha mãe teriam feito uma vida boa sem nenhuma dificuldade com casa carro...

 

Para ajudar a família da minha mãe não presta, a excepto os meus avós agora já velhotes, isto é assim: os meus pais e os meus tios viviam todos juntos na mesma casa e os meus tios são uns grandes invejosos que só estão felizes com o mal dos outros principalmente com o nosso mal, em vez de darem apoio sempre se riram e gostavam quando havia problemas. Sempre me odiaram por eu ter boas notas e me chamavam esquelética por ser magra e não era assim tão magra, agora sei que tinham inveja. Mas isto era toda a família da minha mãe, não apenas os meus tios até houve uma fase que a minha avó e a minha mãe se deixaram levar por eles e se juntavam as duas para falar mal de mim a minha mãe até dizia que se soubesse nunca me tinha arranjado, mas é isso que eu agora vou falar do meu problema isto é só para entender o meu ambiente familiar que é horrível ainda hoje.  

 

Eu: A minha mãe já grávida de mim passou por situações complicadas como o meu pai deixou-a e como sempre a família nunca a apoiou. Ele chegou a dizer que eu não era filha dele ainda eu não era nascida, e uma coisa que me revolta é que a minha mãe sempre foi daquelas raparigas tipo freira que nunca namorou só namorou o meu pai e casou-se virgem com 22 anos. Sempre foi uma mulher integra nesse aspecto ainda hoje ainda não se divorciou dele e nunca o traiu. Eu tenho muito orgulho dela apesar de tudo, e o meu pai fez uma aposta com ela antes de se casar que tinha relações sexuais com ela e depois largava-a e a minha mãe era virgem e ingénua uma rapariga simples mas isto antes de se casar.

 

Já casada como estava a dizer engravidou e durante a gravidez deixou-a várias vezes e disse que eu não era filha dele e o meu pai até chegou a rasgar a cama com uma faca... Portanto eu já na barriga sentia isto.

 

Eu desde que me lembro da minha existência sempre houve discussões enormes e eu claro sempre assisti a tudo.

Andava sempre doente até cheguei a ter sintomas de meningite a minha sorte foi eu ter uma grande pediatra que sempre me ajudou que recentemente morreu de cancro uma tragédia que me abalou.

 

Voltando a mim, eu sou inteligente sempre fui muito inteligente mas no sétimo ano meti-me com más companhias por causa dos problemas que tinha em casa e reprovei. Uma coisa que não esqueço até hoje porque isso nunca devia ter acontecido. Eu reprovei porque não estudei, não queria saber da  escola não por ser burra porque não sou!

E a minha tia começou a espalhar a toda a freguesia que era burra. Está a imaginar a minha revolta?

 

Bem eu ultrapassei isso e hoje estou a estudar Direito e vou acabar o curso este ano e tenho das melhores notas do meu ano. Ela também me odeia por isso. Essa minha tia é tão má que houve uma vez, eu ainda criança, que estava a chover bastante e eles moravam na parte de cima, tinham um terraço e estavam a varrer e a água a cair toda na janela da nossa cozinha e a molhar tudo e a minha mãe só porque disse para não fazer isso berrou um pouco o meu tio espancou-a, sim bateu-lhe a minha frente e nem comigo a berrar ele parou eu odeio!

 

A minha mãe nem fez queixa à polícia, não sei como que ela não fez...

Ainda hoje esse homem diz que é mentira e fala mal da minha mãe. Eu não aguento tanta injustiça! Isto é demais para mim! Existe muita mais coisa para contar, mas não dá para contar tudo porque é muita coisa...   Só vou resumir ao seguinte: eu toda a vida sofri violência psicológica e física. Sim a minha mãe batia-me demais para uma criança só porque eu me sujava ou espalhava os brinquedos ou subia nas árvores afinal são coisas saudáveis normais para uma criança, mas para a minha mãe não ela deu-me muita surra e ainda assim eu gosto dela. Sofri muita violência psicológica da parte do meu pai, muita pressão e da parte da família da minha mãe sempre a deitar a baixo e que eu nunca ía ser ninguém na vida e eu tinha mais capacidades do que eles todos juntos. Eles é que sao os culpados de eu ter tido uma vida miserável... Na escola para ajudar sofri de bullying...     O que eu estou a tentar dizer é que eu sou mais do que aparento ser, só que tive uma vida complicada...

 

E eu não admito a ninguém hoje que me humilhe ou me ofenda, não suporto isso! E a causa é o meu passado. Eu não esqueço o meu passado por mais que eu tente não dá...

 

Eu tenho muitos defeitos, também muitas das coisas em que errei também fui eu, mas é que eu sei disso e admito os meus erros sempre admiti, mas estas pessoas estão sempre a acusar-me de coisas em que eles é que foram os culpados! E eu não aceito isso...   Eu sou uma pessoa muito nervosa e ansiosa. Os meus pais até dizem que sou maluca...   O que e que se passa comigo? Será que o problema sou mesmo eu? Tenho que mudar? Mas as pessoas não sabem nada sobre mim!

As pessoas conhecem-me como uma rapariga bem-educada, calminha, simpática, às vezes exaltadas quando me ofendem sem terem razão...

 

Eu procuro sempre ter uma personalidade forte e com valores eu acho isso muito importante uma vez que eu não suporto gente falsa e violenta... Eu nunca descarrego em ninguém só quero ajudar as pessoas com o meu curso. Mas agora quem precisa de ajuda sou eu depois de todos estes anos já que a minha família não presta...

E eu sofro muito mas mesmo muito com isso porque eu sempre quis ter uma família fortemente unida que me ajudassem e que os problemas de fora não são difíceis de enfrentar quando dentro de casa se tem apoio, mas quando não se tem e muito complicado.

Eu sinto-me fraca e sozinha e deprimida com a vida tenho 21 anos.

Mas apesar de tudo eu tenho uma enorme vontade de viver e de ser feliz e constituir família, só não esqueço o passado e não lido bem com pessoas invejosas e tenho medo que pensem mal de mim...

Mas eu costumava ser forte e não ligava para o que os outros diziam isto foi recente, sentir-me assim.  

 

Estou perdida não sei o que fazer com esta situação.   

Espero que me de a sua opinião.

 

Muito obrigada

Cumprimentos, A.