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Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Orientação sexual

 

 

 

 

 

 

Boa noite doutora. O meu último namoro durou três anos e acabou porque o meu ex namorado me traiu.

Actualmente namoro com um rapaz há cerca de 7 meses de quem gosto muito.

Para mim o amor e os relacionamentos são muito importantes e o meu atual namorado apesar de eu saber que gosta de mim é um pouco distante e não é chato e sinto que as vezes podia ser mais próximo e preocupado.

Um dia destes, triste por me sentir m pouco carente dei comigo a pensar se o problema não seria eu, ou algo que e fizesse ou dissesse. Então dei por mim a pensar que se calhar o problema era mesmo eu e pensei que se calhar era bissexual e não sabia.

 

Nunca me senti atraída por mulheres, nunca achei que estivesse apaixonada por nenhuma mulher e nunca pensei nem tive fantasias com mulheres e isso nunca me tinha passado pela cabeça, mas mais ma vez os meus medos e receios da vida tomam conta de mim e este medo não me tem saído da cabeça apesar de eu saber que na tenho razões para isso porque não tenho motivos para tal. Se vejo ma mulher e acho bonita penso no assunto, se gosto das calças, da mala, dos sapatos, do cabelo, penso no assunto.

 

Este problema anda a dominar os meus dias e não me sai da cabeça e afeta a minha vida. Acha que devo ir a um psicólogo ou isto será apenas inseguranças?

Atenciosamente, I.

 

 

Cara I.,

 

Pelo que refere, não parece que tenha uma orientação sexual bissexual. Entretanto pode estar a reparar mais nas mulheres numa tentativa de compreender o motivo da traição do seu ex.

 

Provavelmente está a atravessar uma fase de insegurança onde a outra mulher é vista como um espelho e como uma imagem a ser imitada.

 

Porém, se essas questões de identidade sexual e orientação sexual a estão a perturbar e a inquietar, o melhor é ir a um psicólogo para poder trabalhar as suas inseguranças e ao mesmo tempo aprimorar o seu autoconhecimento.

 

O objetivo da psicoterapia é levar a pessoa a se conhecer mais profundamente, compreendendo seus processos e mecanismos mentais, para aprender a utilizá-los em seu próprio benefício.

 

O resultado é um ganho geral na sua vida, com aumento da autoestima e da autoconfiança, maior sensibilidade às suas necessidades reais e qualidade nos seus relacionamentos. Aprendendo sobre si mesma, vai poder transformar-se no agente de seu próprio destino, passando a lidar com a dor, com a ansiedade e com o sofrimento em geral de uma forma mais saudável, sem se descontrolar e sem dificultar o seu desenvolvimento pessoal. Pelo contrário, será mais livre para escolher e desfrutar da vida com leveza e harmonia, aceitando-se e respeitando-se simplesmente

 

Tudo de bom

Mariagrazia

 

 

 

 

Casamento conturbado

 

 

 

Bom dia, Dra. Mariagrazia,

 

bem vou resumir o que tenho vivido, porque se for relatar tudo vou escrever um livro.

 

Estou casada há 16 anos, tenho uma filha de 15 e uma de cinco anos. Meu casamento sempre foi muito conturbado, porque meu marido bebe muito, sempre passou muitas noites na rua, bebendo. Já tive desconfiança de traição, mas nuca certeza, mesmo porque ele sempre se mostrou alcoólatra, chegava em casa completamente bêbedo. Entretanto em marco de de 2012, tive a infeliz certeza de que estava sendo traída. Desde então minha vida se tronou um inferno, tenho pedido a Deus pra me ajudar, pois esta a cada dia muito difícil. Quando descobrir joguei a casa no chão, o coloquei pra fora e uma semana depois ele me procurou-me pedindo perdão, aceitei o de volta e achei que a história tinha acabado. Mas infelizmente não acabou, ele continuava a me traindo com a mesma mulher.

 

Fiz outro auê, descobri quem era a mulher, uma mulher de baixo nível, horrorosa que falou até palavrão comigo. Me senti humilhada, ofendida, tentei tirá-lo da minha vida. Nessa confusão toda, ele se endividou,  me pediu mais uma vez para voltar, dizendo que se arrependia e que me amava, que amava a família dele, Estamos juntos hoje, eu com muitas marcas negativas, com um medo terrível de sofrer novamente, me expus muito diante da minha família e outras pessoas, inclusive dessa mulher com ele se envolveu.

 

O que eu mais quero é voltar a viver a minha vida e não a dele. Não sinto mais verdade nele, estou muito, muito infeliz, não consigo acreditar mais e nem sair dessa relação. Estou muito infeliz, com vergonha de mim, da minha família por não conseguir tomar uma atitude, que mude essa situação.

 

Grata M. 

 

 

 

Cara M.

 

A situação que está a atravessar é realmente muito complicada e entendo que se sinta muito infeliz e insegura.

 

Se sente que não consegue “nem sair dessa relação”, não saia. Significa que ainda não está preparada para o fazer e nesse sentido tenha calma e pense que talvez seja melhor esperar e resolver de uma forma mais ajustada.

 

Não se preocupe com o que o resto da família vai dizer ou pensar o importante é a vossa família. Deslizes acontecem e nem por isso é preciso acabar ou “ tomar uma atitude”. 16 anos de casamento não são para serem levados pouco à sério.

 

Dê um tempo e aos poucos vai sentir se consegue ou não voltar a confiar nele. Mas lembre-se que o importante é se preocupar com você os 4. De qualquer maneira fale com ele para que faça um tratamento para deixar o vício da bebida que certamente é o que mais está a prejudicar toda a relação familiar e a conturbar o casamento.

 

Converse com seu marido e diga-lhe tudo o que sente, ouça o que ele tem para dizer e tome a decisão que considerar mais correta para si.


Fique bem

Mariagrazia

 

 

 

Relação com filha

 

 

 

Boa tarde, Dr.ª

 

O meu discurso pode parecer-lhe confuso, mas não estranhe pois é assim mesmo que eu me sinto.

Confusa, frustrada, desiludida e muitos outros adjetivos poderia enumerar.

 

Tenho 46 anos, divorciei-me do pai da minha filha quando ela tinha 6 anos, hoje está com 13.

 

Entretanto tive outra relação fracassada. A minha filha até tinha uma relação boa com o meu companheiro.

 

Desde então nunca mais tive ninguém, nem intensões, para mim chega.

 

Mas o que me leva a escrever tem tudo a ver com a minha relação com a minha filha.

 

Sei que ela sofreu muito e sofre com a separação. Antes de dar este passo, consultei uma psiquiátrica, no sentido de me orientar a melhor (se é que existe) de lhe comunicar.

 

Por indicação da professora primária, aconselhou-me  que a minha filha fosse vista por uma psicóloga. Uma vez que após o domingo em que estava com o pai, vinha sempre muito transtornada, normalizando ao longo da semana (nessa altura eu já vivia com o meu ex companheiro). Eu notava que a minha filhinha não vinha muito bem, bastava o olhar dela, o abraço para eu saber que algo de menos bom se tinha passado. Mas como eu imaginava que ela teria sido submetida a um interrogatório, limitava-me a abraçá-la e perguntar se estava tudo bem. Ela respondia sempre que sim.

 

No meu intimo eu sentia que ela me escondia algo. Aos poucos e a medo e passado muito tempo é que ela deixava escapar uma coisa ou outra, coisa vaga.

 

Um dia ela me disse que não gostava dos avós paternos, mas que o pai a obrigava a lá ir almoçar. Nessa altura tentei perceber, o que já sabia.

 

Os avós não gostavam da mãe, porque a mãe usava tacões altos, usava sim, mas o seu significado era outro. Tinha de ser, até porque fui eu que pedi o divórcio.

 

Sempre tentei não dizer mal do pai, ocultei muitas coisas. Até porque pai é pai e bom ou mau, era o pai que tinha.

 

Mas chegou uma altura que já não dá mais para esconder, disfarçar, e também chegou a altura, em que eu achei que ele não merecia o pedestal em que eu própria ajudei a construir.

 

Sempre foi um pai pouco presente, nunca gozou o período de férias a que tinha direito, nem um fim-de-semana completo, nem Natal, nem aniversário, nada. Mesmo correndo o risco de ser egoísta, fico feliz. Mas nunca a impedi de estar com o pai. As suas visitas limitavam-se e limitam-se a uma tarde de domingo de 15 em 15 dias.

 

Durante 4 anos, não pagou a pensão de alimentos, a vestiu, quis saber se passava fome ou não. Grata eternamente aos meus pais, avós que a minha filha adora e diz que são os pais dela, que estão sempre prontos a ajudar, embora me incomode de ainda quase depender deles.

 

Este mês avancei com penhora de vencimento.

 

A relação com o pai da minha filha sempre muito conflituosa, ainda hoje o é.

 

Tentando resumir, pois o mail já vai longo.

 

Tudo piorou, quando o pai da minha filha assumiu uma relação e existe e uma enteada com 9 anos. Agora de ser pai pouco presente, para ser pai ausente. Por sua vez a companheira, não é grande pessoa.

Coisas que a minha filha vai deixando escapar, eu tento ser apenas ouvinte, mas existem coisas, que custa mais que engolir um sapo vivo.

O pai humilha-a constantemente, tipo o que a enteada quiser é o que conta. Dar uma nota de 5€ á enteada e dar 10 cêntimos á filha é do mais baixo. Teria muitas outras oportunidades de dar, sem precisar de humilhar a filha, até porque vivem juntos, mas enfim…

 

Nunca gostou de estudar, mas tudo piorou a partir daí. Ficou retida no 7º ano.

 

Eu escrevo desesperada e ergo as mãos aos céus pedido ajuda. Tenho consecutivas queixas da directora de turma, não reconheço a minha filha.

 

Hoje foi-me comunicado que ela seria excluída das aulas de apoio de inglês, caso não mudasse o seu comportamento. Ela nega, diz que a professora a quer queimar. A mim também me custa aceitar que ela tenha esse comportamento.

 

A minha filha diz que se eu a castigar, é injustamente. E eu fico perdida e desorientada. Não quero tirar a razão á professora (embora tenha razões, para duvidar da sua conduta), mas custa-me sentir que possa estar a castigar a minha filha injustamente.

 

Eu sei que ela é preguiçosa, nada estudiosa, refilona, roçando por vezes falta de educação, mas fora de casa, não a imagino a fazer isso.

 

Eu sei que sou muito permissiva, faço de tudo para minimizar o seu sofrimento.

 

Para tentar que ela se descontraísse anda na natação que adora, na dança  que é outra paixão e num clube de música da escola, que sempre aprende a dar uns toques na viola que lhe ofereci num Natal.

 

Tudo o que for regra, ordem, obrigação, luta contra. Tudo o que faço para a ajudar, recusa, nunca quer ajuda para estudar, aliás ao que me diz quase nunca trás trabalhos de casa. Continua até hoje na psicóloga e ainda hoje diz que não quer ir, que não tem problemas e quer que eu diga á psicóloga que vai deixar as consultas. A verdade é que não vejo qualquer resultado, mas a esperança é a última a morrer.

 

A minha filha foi muito desejada, sonhava  muito ter um filho, adorei estar grávida e saber que um dia me iam chamar de mãe, era tudo o que eu mais ambicionava.

 

E hoje estou tão perdida, quero o melhor para ela, mas parece que ela se recusa a ser ajudada. Não tenho mais ninguém, e olho para aquela carinha e penso aonde terei errado?

 

As nossas discussões são constantes. Se tento debater dizendo que ela está errada, diz-me que não estou a ser justa. Se tento ignorar, nem quero saber. Se lhe digo que se as atitudes não mudarem que bloqueio os canais, ou deixo de carregar o tlm, diz que a ameaço.

……………………………. e eu quero muito resgatar o amor da minha vida, a MINHA FILHA.

 

Desculpe o meu longo desabafo, minhas palavras soltas e nem sei se terei resposta ou se me conseguem ajudar. Mas escrever também ajuda.

 

Obrigada

 

Atenciosamente

 

AM

 

 

Cara AM,

 

Filhos de casais separados sempre sofrem as consequências e é preciso por vezes um acompanhamento psicológico, que a sua filha já vem tendo e isso ajuda muito, convém manter!

 

As crianças são flexíveis e rapidamente se adaptam às diferenças das duas famílias: a do pai e a da mãe, embora possa sempre haver um momento de readaptação, como quando diz que ao voltar da casa do pai ela vem diferente, por vezes triste.

Além de haver diferenças no estilo de vida, ela vai sentir tristeza pois sempre fica o desejo de voltar a juntar os progenitores.

 

O que é preciso em casa é que a sua filha tenha LIMITES. Embora isso possa ser difícil para si, só vão trazer benefícios presentes e futuros. É com limites, regras e disciplina que a criança interioriza valores, normas, aprende o que é certo e errado e aprende a tomar decisões acertadas.

 

A falta de limites na educação dos adolescentes é devido a vários factores como a falta de valores morais da sociedade, a ausência dos pais na vida das crianças e ao medo que os pais têm com relação aos traumas que poderão provocar nos filhos caso eles sejam mais enérgicos na educação. Entretanto esses medos são infundados.

 

A forma como o adolescente se comporta na escola é de certa forma o reflexo do seu contexto familiar. O comportamento do adolescente é totalmente reproduzido em sua escola, principalmente pelo ambiente escolar ser uma extensão do seu contexto familiar. Sendo assim cabe aos pais se questionarem e mudar a postura e estabelecer limites para que o filho aprenda o que pode ou não pode, ajudando assim o jovem com regras que provavelmente o tornarão um adulto com condutas assertivas.

 

Quanto ao ex-marido, como sempre será o pai da sua filha, o melhor é tentar não denegri-lo e nem criticá-lo.

 

Toda a situação que referiu é mais ou menos normal em casais separados.

Não dá para mudar a situação mas o importante é mudar a sua atitude diante da situação!

 

Para esclarecer mais eventuais dúvidas leia também no meu site em:

 http://www.psico-online.net/psicologia/divórcioefilhos.htm

 

Entretanto, procure motivar a sua filha sempre pela positiva, proponha prémios quando cumprir.

É muito importante a maneira dos pais lidarem com os filhos, para poder ajudá-los a crescer saudavelmente.

Com paciência e amor verá que vai conseguir muitas mudanças positivas.

 

Fique bem

Trauma de infância

 

 

 

 

 

 

Olá... Vou definir oque acontece em meu casamento, meu marido tem um trauma de infância, pois viu sua mãe traindo seu pai em sua própria casa aos 13 anos, e não foi uma vez só e com isso ele acredita que todas mulheres são assim.

 

Já nos separamos uma vez por esta mesma situação, ele me ofende muito e eu não devo, oque devo fazer, temos dois filhos e nosso casamento irá acabar novamente por isso!!!

 

 

Cara leitora,

 

Quando o seu marido a ofende está a usar uma comunicação agressiva que só prejudica a relação e não constrói nada.

Se ele tem um trauma de infância, provavelmente não tem intensão de a ofender mas reage ao trauma dessa forma por incompetência em perceber a sua dificuldade.

 

Procure chamar-lhe a atenção em relação a esta situação.

 

Sempre que se sentir ofendida, fale com ele sobre o seu descontentamento com esse tipo de atitude e que gostaria que ele a valorizasse pelo que é e não pelos traumas do passado.

Diga ao seu marido que não gosta desse tipo de linguagem e que preferia que ele mostrasse o seu desagrado sem humilhações.

 

Com paciência, dedicação vai conseguir melhorar o seu casamento e se existe amor não vai ser o caso de acabar.

Fobia de dormir

 

 

 

Tenho muita dificuldade de dormir sozinho. Tenho distúrbio de ansiedade e também sofro de insónia a algum tempo. Tenho 24 anos, e é muito chato não conseguir dormir só. Isso me deixa muito desanimado às vezes. Às vezes quando fico muitos dias sem dormir bem, fico até com fobia de pegar no sono. Quando tem alguém dormindo comigo eu relaxo e durmo tranquilo. Já adquirir até gastrite nervosa.

 

O que pode ser feito?

 

Ouço meditações para relaxamento, tento acalmar minha mente antes de dormir, mudo a rotina a noite, mas nada.

 

Grato. R.

 

 

 

Caro R.

 

Para acostumar a dormir sozinho, vai precisar adormecer durante algum tempo, com  medicação para aliviar a ansiedade e o medo de adormecer sozinho.

 

O melhor é  procurar uma consulta numa clínica de terapia do sono para um diagnóstico e uma indicação correta que deverá ser completada com sessões de psicoterapia para tratar o problema de fundo.

 

Parece que existe algum trauma do passado relacionado com o adormecer sozinho, que aumenta a sua ansiedade que o impede dede dormir.

 

Manter rituais constantes antes de dormir, praticar meditação, fazer exercícios de relaxamento podem ajudar a tranquilizar para adormecer naturalmente.

 

O mais importante é a sua motivação por querer se "livrar" dessa "prisão".