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Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

FELIZ PÁSCOA!

 
 

 

 

Páscoa vem do hebreu Pessach, que significa "passagem", festa celebrada há mais de dois mil anos, para lembrar o êxodo dos judeus do Egito, depois de trezentos anos de escravidão.

 

Para os cristãos, essa é a mais importante das datas cristãs. É comemorada em todas as partes do mundo e simboliza alegria, recomeço, nova vida e sentido do sacrifício, em razão de outra passagem: a ressurreição de Jesus Cristo.

 

Muitos costumes ligados ao período pascal vêm da celebração da Páscoa judaica, em que o sacrifício do cordeiro era um prognóstico do sacrifício de Cristo na cruz.

 

Os símbolos da Páscoa no mundo são: o cordeiro (representa o sacrifício do Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo); as luzes, velas e fogueiras (significam a chama da luz e da esperança); os ovos (simbolizam o nascimento, a nova vida que retorna à natureza, visto que a existência de muitos animais tem sua origem no ovo); os coelhos (representam o nascimento e a nova vida, em razão de sua fertilidade, pois são animais que se reproduzem rapidamente e em grande escala).

 

Os cristãos primitivos da Mesopotâmia foram os primeiros a usar ovos coloridos na Páscoa para representar a alegria da ressurreição e o reconhecimento do sacrifício. A tradição de oferecer ovos veio da China. Séculos atrás os orientais se preocupavam em envolver os ovos naturais em cascas de cebola, cozinhando-os com beterraba. Quando retirados da água quente, apresentavam desenhos nas cascas.

 

O costume de presentear ovos chegou ao Egito e à Pérsia. As pessoas passaram a tingir ovos com alegres cores, presenteando-os aos amigos na Festa da Primavera. Os persas acreditavam que a Terra havia saído de um ovo gigante. Para os egípcios, o coelho simbolizava o nascimento e a nova vida. Existem algumas versões para explicar a substituição de ovos naturais pelos de chocolate. A hipótese mais provável é a que se refere à indústria de chocolate, iniciada pelo holandês Van Houtem, em 1828.

 

Depois da morte de Jesus Cristo, os cristãos consagraram o hábito de comemorar a Páscoa como lembrança da ressurreição. No século XVIII, a Igreja o adotou, oficialmente, visto ser Cristo o cordeiro pascal.

Mãe e adolescente

 

 

 

 

Olá Dra. Mariagrazia.

Eu tenho 39 anos, sou portuguesa e vivo à 15 anos em Moçambique.

Tenho um filho de 14 anos. Separei-me do seu pai, quando ele tinha 5 anos.

 

Somos todos amigos e encontramo-nos  com frequência.

Entretanto voltei a encontrar outra pessoa, de nacionalidade alemã, com quem vivo à 5 anos. O meu filho e ele são muito amigos e companheiros.

Em 14 anos de existência , vivemos em três países, em 6 cidades , em 11 casas, e ele andou em 5 escolas diferentes.

Isto trouxe coisas boas e más, obviamente.


Uma das minhas grandes preocupações é a falta de amigos, com quem ele se possa identificar, fazer comparações de famílias, vidas, partilhar músicas, filmes, desporto, etc.

Agora ele frequenta uma escola relativamente pequena, são  apenas, 4 alunos na turma dele.

É uma escola de carácter religioso, com um bom curriculum inglês. Sei que ele gostaria de uma escola mais dinâmica, alegre e mais actividades extra curriculares. Mas não existe. Não temos muito  opção de escolha, onde vivemos.


Temos uma vida um pouco incomum. Trabalhamos com turismo e temos duas casa de hóspedes lindas, onde vivemos também.

Sou uma pessoa bastante forte e dinâmica, muito empreendedora, super exigente comigo mesma e com os outros.


Talvez falhei com os princípios básicos de educação dele, como ser amigo das pessoas que lhe tratam bem, respeitar-me, partilhar e dividir as suas coisas, agradecer o que lhe dão, a sua higiene pessoal, dizer o que pensa calmamente, honestamente sem agressividade.

Digo isto porque apesar de todas estas mudanças que fizemos na vida, tentei dar carinho, conforto em casa, uma boa escola, viajamos sempre para compensar  a ausência de outras informações, uma vez que vivemos num lugar mais isolado. Estou sempre presente nas refeições, actividades escola, T.P.C....enfim...Uma canseira, para ser a melhor mãe, possível!!!

Acontece que o meu filho, não me dá valor!!!


Diz que sou muito nervosa, que discuto por tudo, que sou chata, que não percebo inglês o suficiente para lhe ensinar, qualquer assunto diz para me calar que não sei, detesta ajudar-me, acha que cumpre com o seu papel que é estudar e tirar boas notas, e tira-as e pronto, mais que isso não faz.

Claro que eu não permito que ele faça de nós empregados domésticos e obrigo a lavar a loiça, ajudar-me na recepção da casa de hóspedes ,etc.


Mas é sempre uma discussão. CANSATIVA!!!!

Sempre que estamos juntos as suas conversas, dúvidas da escola, são com o padrasto, que é uma pessoa com maior capacidade intelectual que a minha. E eu sou completamente ignorada.


Eu sou boa é para fazer as comidinhas, comprar-lhe tudo o que necessita, pensar em fazer os programas de férias, ou de fim-de-semana e basicamente o saco de boxe dele, quando as coisas não estão bem.


Não consigo conversar com ele de uma forma mais intima. Detesta falar dos seus problemas, diz que não é com a mãe que deve fazê-lo.

Como lhe passar valores bonitos e que ele não me veja como a sua empregada doméstica?

Não é fácil resumir em algumas linhas o problema. Nem sou muito boa a escrever. Espero que esteja minimamente claro para ser perceptível.


Obrigada pelo seu tempo.

Um abraço C.

 

Cara C.,

 

Não se preocupe e não exija demais d si e de seu filho. Essa diversidade de escolas e ambientes lhe trarão uma cosmo visão mais ampla.

O adolescente ao agir assim como refere, está à procura da própria identidade e independência e para tal quer liberdade e ter a própria intimidade preservada. O fato dele se comunicar mais com o padrasto é um sinal dele se identificar com essa figura masculina, o que é normal.

Essa é uma idade de contestação mas internamente sabe valorizar o amor dos pais.

 

Os pais na ânsia de não cometerem erros vão cada vez mais em busca de informações, que por vezes são controvertidas e confundem ainda. O que vale na educação é sempre usar a intuição e o bom senso.

 

Tudo de bom e felicidades pelo seu trabalho

Dúvida sexual

 

Olá Dr.ª. 

 

Gostaria que me desse a sua opinião relativamente a uma situação com a qual me enfrentei há duas semanas e que mexeu comigo.

Sou uma pessoa bastante ansiosa e tenho 25 anos. Curiosamente, trabalho na área da Saúde e adoro o que faço. Sou Enfermeira e há cerca de duas semanas, uma colega de trabalho, auxiliar, pediu-me que lhe dispensasse medicação para dormir (prescrita pelo seu médico). Dado que era uma sexta-feira, dispensei-lhe a medicação para o fim-de-semana, com a bela intenção de a ajudar. Fui fazer o meu trabalho e quando chego à minha sala, a minha colega tinha deixado o seu número de telefone escrito num papelinho. Achei estranho, mas nem liguei. O fim-de-semana passou. Chegámos a segunda-feira, estava ao serviço, quando recebo uma chamada da mesma auxiliar, querendo falar comigo. Como eu estava ocupada, ela deixou de novo o seu número para que eu a contactasse. Pensando que ela necessitava de ajuda para algo, liguei-lhe mais tarde. Para meu espanto, sou confrontada com a seguinte pergunta: "Estás interessada em mim e andas a tentar seduzir-me?". Devolvo a resposta: "Não, mas porque perguntas isso?". E ela responde-me dizendo que eu havia sido muito simpática, que quando a cumprimentei quase a beijei na boca e que lhe toquei no braço, tendo ela interpretado aqueles gestos, como sinais "sexuais". Expliquei-lhe que era uma impressão, que não tive essa atitude, uma vez que nunca tive qualquer interesse por mulheres, e que inclusive tinha um namorado de quem gostava muito. Aproveitei para esclarecer que, habitualmente, quando posso ajudar, faço-o com toda a prestabilidade e simpatia. 

 

No dia seguinte, terça-feira, recebo uma mensagem da senhora no meu telemóvel, a dizer que se porventura estivesse interessada, que ela estaria a fim de tentar algo. Novamente, respondi dizendo que não estava minimamente interessada nas suas propostas e que parasse de me procurar. Recebo de volta uma chamada telefónica, mas desta vez pedindo-me desculpas, a dizer que tinha confundido as coisas e que não queria que reagisse com ela de forma diferente. Fiquei tão irritada e ansiosa com a persistência dela, que falei-lhe de uma forma menos agradável e corri a contar a história à minha chefe, para que não a pusesse mais a trabalhar comigo. 

 

Pensando que o assunto teria ficado enterrado por aqui, aquela situação incomodou-me de tal forma, fiquei tão chocada, que fiquei a pensar e a cismar durante este tempo todo, chegando mesmo a colocar-me em questão se realmente, demonstrei algo (mesmo que inconscientemente) ou se teria algum interesse por mulheres. Neste momento já estou mais tranquila, mas andei este tempo todo a "observar" mulheres, para ver se me despertava alguma sensação. Acha normal ter ficado tão chocada com este pequeno "assédio"? Pensava que poderia encarar as coisas de uma forma mais natural... Parece que moralmente, não encaro bem este tipo de situações e não percebi o porquê de ter tido este pensamento de "será que tenho algum interesse em mulheres?", quando no fundo foi a senhora que interpretou as coisas à sua maneira. 

 

Obrigada,

 

A.

 

Cara A.,

 

O assédio funciona como uso do constrangimento do outro em uma disputa pessoal.

 

Dentro das empresas, esse recurso pode ser usado para a obtenção de prémios de trabalho ou na conquista de um cargo.

 

Certamente o que aconteceu consigo a deixou constrangida, chocada e humilhada, por não estar preparada para um assédio homossexual, por não estar à espera da reação dela e por ter agido inocentemente sem nenhuma pretensão de sedução.

 

A dúvida se estaria interessada em mulheres, pode ter surgido pela sua própria inocência e talvez pela sua pouca experiência sexual.

Mas não se deixe abater com os pensamentos, refletir nunca fez mal a ninguém e ajuda a perceber melhor a vida e o mundo.

 

Viva a sua sexualidade com naturalidade e abra a sua mente para as vicissitudes normais da vida.

 

Fique bem

Desperdiçar a vida

 

 

 

 

Boa Tarde. Encontrei o seu site numa pesquisa no google e… Não sabendo bem o que pretendo ao escrever-lhe, sei que no fundo é apenas um grito por ajuda.. Tenho 25 anos, fiz uma pausa do curso que estava a tirar para arranjar trabalho, o que ainda não consegui (nunca trabalhei). Há praticamente um mês saí dum relacionamento que ainda que imperfeito, me suportava mais do que o que imaginava.

 

Quase que é parvo reler isto. Pensar por um segundo que a maioria das pessoas tem problemas reais, enquanto os meus soam tão mundanos.

 

Mas é essa a questão. Serem os "meus" problemas.

 

Estou a desperdiçar a minha vida. A emagrecer a cada dia que passa, a isolar-me, a não sair de casa, a trocar os sonos, a chorar compulsivamente sobre a tortura constante das recordações do que já 'fui'. Só encontro algum conforto em fumar cannabis, que, ainda que nada resolva, me dá aconchego por alguns momentos, e me faz sossegar a mente.

 

Não faço ideia se vai responder ou não, mas desde já obrigado pelo seu tempo.

 

Cumprimentos,

J.

 

Caro J.,

 

Se tem consciência que está a desperdiçar a sua vida, conscientize-se também que não adianta tentar “anestesiar-se” com cannabis: para que haja uma mudança é preciso “agir”.

 

As pequenas e grandes derrotas que encontramos na vida fazem parte do percurso da nossa realização pessoal e nos permitem notar a situação e aplicar novas estratégias que valorizem melhor a nossa capacidade. Como diziam os antigos alquimistas: “ a matéria precisa passar por várias fases de degradação antes de se tornar pedra filosofal que tudo transforma em ouro. Assim também pra si, aceite as derrotas que servirão para uma renovação.

 

Procure não estagnar, volte ao estudo, procure um trabalho com afinco, certamente alguma coisa encontrará. O importante é inovar.

 

Tudo de bom

 

 

Violência contra as Mulheres

 

 

 

A violência contra as mulheres, o fosso salarial e as dificuldades em conciliar vida privada e actividade profissional são as desigualdades de género que mais preocupam os portugueses,

 

É quase sempre entre as paredes domésticas, no relacionamento com o marido ou companheiro ou ex, e cada vez mais frequentemente na frente dos filhos, que se tornam testemunhas aterrorizados, que, por sua vez, se tornam os algozes. A violência contra as mulheres é um fenómeno que não diminui no mundo. A dependência económica resulta em um fator determinante tanto na expressão da violência de genero através de fortes restrições económicas e uma gestão completa de dinheiro por parte do parceiro, quanto em tornar ainda mais difícil, se não impossível para a mulher sair do contexto violento.

 

Segundo estudos recentes o autor é o marido (48%), o parceiro (12%) ou ex-(23%), um homem entre 35 e 54 anos (61%), empregado ((21%), educado (46 % média superior e superior 19%). Ele faz uso particular de álcool ou drogas (63%). Em suma, um homem "normal".

 

Assim como normal é a vítima, uma mulher de 35 anos e 54 anos, com ensino secundário (53%) ou licenciatura (22%), empregada (20%) ou desempregada (19%) ou doméstica (16%), com filhos (82%). A maioria da violência continua a acontecer em casa, em um relacionamento sentimental (84%), em uma família "normal".

 

Além disso, a preocupação de não ser capaz de sustentar financeiramente os filhos torna-se na corrente que obriga a mulher a permanecer na violência e somente quando essas crianças colocam-se entre a mãe e o violentador na tentativa de defesa ou quando ambos estão diretamente envolvidos em ações violentas, a mulher encontra a motivação e a coragem para assumir o risco e fugir.

 

A situação é agravada no caso de convivência (chega atualmente a 37%) pela falta de leis que a protegem. Sobe de 13% para 18% a proporção de mulheres que admitem a fraqueza como uma motivação que tem levado por anos (1-5 anos: 35%, de 5 a 20 anos: 34% e acima de 20 anos: 12%) perdurar a situação de violência: a mulher finalmente começa a reconhecer o dano da violência vivida. Durante as consultas as mulheres afirmam ter percebido que a perda de auto-estima e insegurança que sentem são um resultado direto de anos de perseguição e humilhação. Também diminui de 14% para 11% a convicção de tolerar a violência do amor.

 

Segundo os últimos relatórios, o ato violento nunca é isolado , mas é constante e continuo e não termina com o fim do relacionamento, continua através de uma atitude persecutória do parceiro( satalking).

 

Em 55% dos casos, os maus tratos ocorrem apenas em casa, permanecendo desconhecida para o mundo exterior (amigos, parentes e colegas). A violência física aumenta de 18% para 22%, mas sempre é acompanhada de violência psicológica, com ameaças e violência económica.

Talvez o fato mais impressionante é chamado de "violência presenciada”, um fenómeno que sem uma ajuda especializada, as crianças menores já começam a vida adulta com uma bagagem de problemas comportamentais e psicológicos até desenvolvimento de transtornos dissociativos e de personalidade.

 

Além disso, crescer em um ambiente violento significa assimilar uma modalidade de relacionamento de violência, que tenderá a se repetir nos seus próprios relacionamentos amorosos quando adultos. 40 % das mulheres afirmam que na família de origem de parceiros violentos,- houve comportamento violento.

 

É preciso respeito pelas mulheres e acima de tudo que as pessoas comecem a entender que os direitos das mulheres precisam ser respeitados.

 

 “Se você educar um homem, educa um indivíduo; mas, se educar uma mulher, educa uma família”.

 Charles Mclver (1860-1906)

Avô e neto

 

Boa noite. Estou numa situação desesperante...tudo começou há quase 9 anos, altura em que o meu filho nasceu. Engravidei nova (18),e fiquei mãe solteira. Apesar de no início não ter sido, por razões óbvias, uma boa noticia para os meus pais, acabaram por aceitar e ajudar.

 

O problema é que ao longo dos anos o avô ganhou um comportamento obsessivo em relação ao neto e faz o que pode para o afastar de mim, inclusive não deixa o meu filho dormir só no seu quartinho. O menino pede autorização ao avô pra poder estar comigo, porque tem medo das reações do avô (manda com as portas, atira coisas e grita muito).

 

A minha mãe vê que está tudo errado. Mas também tem receio das discussões. Não gostaria de separar a família, mas esta situação está insustentável.

 

 

Cara mãe,

 

É consenso que as avós representam sabedoria, experiência, afeto e carinho. Mas, quando os netos entram em cena, em alguns momentos essa relação pode desandar e explodir conflitos. Nada mais natural. De um lado, a mãe impõe uma série de regras na criação do filho. Do outro, o avô e a avó distribuem mimos que parecem colocar tudo a perder e, às vezes, querem instituir sua própria cartilha de educação.

 

Tendo que morar com os pais é sempre complicado para a educação do seu filho, mas em compensação há algumas vantagens, como o ele poder se identificar com a figura masculina do avô. E ainda a participação afetiva do avô, figura substituiva do pai, promove segurança, autoestima, independência e estabilidade emocional.

 

Entretanto não pode ser uma relação obsessiva. Converse com ele e procure colocar as suas regras de educação.

Explique que aceita de bom grado os conselhos, mas prefere escolher você mesma de que forma educar e agir com o seu filho.

 

Trata-se de um diálogo difícil, mas se for bem conduzido, com calma, sem ofensas e com amor, traz bons resultados.

 

Por outro lado, não tenha medo de perder o amor de seu filho, mãe é mãe e o avô nunca vai ocupar o seu lugar.

 

Fique bem

Mariagrazia