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Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Adolescente desmotivada

 

 

Dra. Mariagrazia Marini Luwisch

 

Estava numa consulta intensiva na internet de modo a verificar soluções e motivos para o comportamentos da minha sobrinha, quando me deparei com algo que pensava não ser possível, ou seja, deparei me com o seu blog onde responde ás perguntas de pais e familiares aflitos.

Sinceramente, recorro por também me encontro bastante preocupada com a minha  sobrinha de 13 anos e se possível gostava muito que me pudesse dar uma resposta.

O caso é o seguinte a Catarina vive numa meio familiar bastante tranquilo e com todo o conforto que uma criança precisa, no entanto mostra uma falta de interesse por tudo, perguntei lhe o que gostava de fazer quando fosse maior e respondeu que não sabe, perguntei lhe o que gosta de fazer e respondeu nada demais ( gosta apena de estar com amigas e no facebook).

A preocupação prende-se com o facto de estar a frequentar pela terceira vez o 7º ano de escolaridade, as dificuldades que ela apresenta são apenas dificuldades quanto á interpretação e concentração.

Não tem motivação para estudar para ter boas notas, diz que sabe tudo e quando se faz perguntas pouco sabe.

A minha irmã já fez tudo pagou explicações, retirou-lhe tudo e mesmo assim continuas sem ter vontade e mostra um desinteresse que nos choca.

 Ela é uma rapariga muito calma, tranquila sem ter comportamentos de revolta.

Perante este desinteresse, e sem conseguir saber algo que ela gostasse para poder dizer "  tem boa nota que depois teres o que queres" é possível qual é a solução?

 

Agradeço de coração uma resposta

Obrigada

Com os melhores cumprimentos

M.

 

Mãe deprimida

 

 

 

 

Boa noite, Dra. Mariagrazia!

 

Encontrei seu blog por acaso em uma pesquisa desesperada por ajuda.

Meu nome é Débora, tenho 34 anos e dois filhos.

Há dois anos meu terceiro filho morreu aos 13 dias de vida, meu ex-marido não me suportou e saiu de casa 11 meses depois, da forma mais covarde que se pode imaginar. Ele não me deixou um bilhete. Eu voltei para a casa da minha mãe com a qual nunca me dei bem, e de lá pra cá a vida virou um inferno. Eu tenho minha casa separada, apesar de ser no mesmo lote. 

Minha mãe sempre quis que eu me casasse com alguém que tivesse uma boa situação financeira, e agora eu volto para casa com 2 filhos e precisando de ajuda.

Bom, ela não me ajuda com nada, nem financeiramente e nem com soluções.

Eu me sinto perdida, e nos últimos tempos tenho-me sentido desesperada, pois não trabalho fora, não tenho com quem deixar as crianças e só com a pensão não estou conseguindo sustentar os meus filhos. Faço artesanato, o que não me garante uma renda fixa.

Minha mãe não me ajuda com as crianças nem para ir ao médico.

Me sinto sozinha e sem saída.

 

Amo meus filhos, mas estou nervosa com eles.

Às vezes minha filha de 4 anos me pede um pão e eu não tenho como comprar e os culpo por não poder trabalhar.

Não vejo graça em nada, não tenho perspectiva de futuro, não encontro saída.

Já pensei em entregá-los para o pai, mas não tenho coragem, apesar de tudo eu não conseguiria ficar sem eles, e até acho que isso é egoísmo, pois não posso sustentá-los.

 

Penso em morrer, mas não em me matar, já pensei, mas acho que eu não teria coragem, eu acho que não. Mas peço a Deus todos os dias para me levar, vejo a morte como um alívio. Passo a maior parte dos meus dias na cama e já não consigo cumprir com minhas funções de mãe e dona de casa. Vejo meus filhos sofrerem com isso.

Apesar de ter certeza de que eles ficariam muito melhor longe de mim, eu sei que eles são a única razão para que eu continue arrastando-me.

Eu me sinto em um beco sem saída esperando a morte chegar, e as vezes, muito as vezes eu consigo ficar alegre por alguns minutos com uma coisa qualquer.

Quando penso no futuro, não sei o que será.

Sei que minha mãe não tem que cuidar de mim na idade em que estou, mas ela mora ao lado, sabe que estou precisando de ajuda e me ignora. Isso faz doer ainda mais.

 

Peço desculpas pelo desabafo.

Gostaria de procurar ajuda pessoalmente, mas não consigo sair de casa sem meus filhos.

Agradeço desde já a sua atenção e qualquer conselho que possa dar-me. 

 

 

 

Espionar filho adolescente

 

Temo que meu filho de 17 anos esteja a frequentar más companhias e tenho vontade de procurar indícios no seu telefone.

A Dra. o que me aconselha?

 

 

 

Imagem negativa

 

 

 

 

Meu filho tem 12 anos. Ele tem uma imagem muito negativa dele mesmo. Por mais que expliquemos que ele está se vendo muito diferente do que é: um menino muito querido.....ele não aceita.

 

Vai muito mal nos estudos e parece não aceitar ajuda. diz que vai melhorar mas não faz nada para ajudar...

O que podemos fazer?

 

 

 

 

Lutar pela vida

 

 

 

 

Drª.

 

O meu filho mais velho de 25 anos que sempre foi um rapaz dócil e ordeiro, de há dois anos para cá entrou em guerra com os pais, devido à nossa insistência em ele  melhorar o seu aproveitamento na Faculdade pois o curso de Medicina Dentária  arrasta-se e vai já para a oitava matrícula. Neste momento faltam apenas três cadeiras teóricas e a tese. A nossa pressão em ele acabar o curso, após este investimento todo de tempo e dinheiro, tem resultado em desmotivação, agressividade verbal e isolamento por um lado no seu quarto e por outro lado em saídas diárias à noite com amigos quase sempre mais novos, mesmo em épocas de exames,  , vindo para casa sempre tarde 2, 3 ou 4 da manhã. 

 

Tem gosto por música e toca baixo numa Banda e os interesses musicais sobrepõem-se a tudo. Até aos 21 anos não vinha tarde para casa e era moderado nas saídas. Consultei já uma Psicóloga, mas não me trouxe qualquer ajuda e foi uma desilusão.

 

Neste momento estou a tentar que tenha um part-time e estude, mas a forma negociada como costumo lidar com ele, não está a resultar e as ofertas de emprego praticamente não existem. As minhas palavras não resultam em nada. O pai que foi sempre mais enérgico e explosivo com ele e por isso são bastante incompatíveis, tem-se mantido neutro  e pouco interventivo durante este ano,  numa estratégia conjunta. Porém como também não vemos resultados, na perspetiva de toda a gente próxima, eu sou a culpada porque o vou apoiando e relação conjugal degrada-se.  Devo tomar uma atitude de força e mais radical? Devo deixá-lo sem dinheiro?

 

Estará a passar por uma fase tardia de liberdade, pois até aos 21 anos pouco saía de casa. Como mãe e professora que sou,  sinto-me  falhada e só me apetece chorar e o meu sono é perturbado com esta situação de ver um jovem a não lutar pela sua vida especialmente num país como Portugal em que é tão difícil viver.

 

Peço ajuda com algumas dicas

Obrigada

ML

 

 

 

 

Explicar adoção

 

 

Bom Dia Dr.ª Mariagrazia

 

Gostava que me ajudasse no seguinte:

 

Tenho um filho com 5 anos e 8 meses que adoptei quando ele tinha 2 anos e meio. Ele sabe que eu não sou a mãe biológica, e recorda-se da família de acolhimento onde esteve desde que nasceu até aos 2 anos e meio. Há uns tempos que me vem colocando questões acerca da situação dele, tipo, "se não nasci da tua barriga, então de que barriga foi? e porquê?" diz que quer saber tudo.  Ora, a mãe biológica era uma jovem adolescente que não tinha condições para o criar, a verdade é que não sabemos ao certo o porquê dele ter ido logo para uma família de acolhimento, sendo que ele às vezes pergunta se veio da barriga da mãe de acolhimento, da qual e ele ainda se lembra bem, apesar de termos cortado o contacto depois de  lhe ter feito apenas uma visita, no 1º natal a seguir à adopção, por aconselhamento da assistente social, cortando aí os laços, para evitar qualquer conflito emocional.

 

A minha dúvida é: querendo eu falar sempre a verdade e tendo-o feito até aqui, até onde poderei ir nas explicações sobre o porquê da adopção e de que forma, uma vez que ele diz querer "saber tudo". Ele é uma criança muito viva e inteligente que não se satisfaz com qualquer resposta.

 

Grata P.