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Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Mulher mal amada

 

 

Tenho de 25 anos. Uma mulher à beira de loucura e que precisa urgentemente de ser ajudada. 

 

Namoro há 7 anos e juntei-me há 2. O início da relação já não foi o melhor, porque eu tinha apenas 18 anos e ele 29 e a juntar a isto ele ainda era o tio da minha melhor amiga de infância, com quem estava sempre.

Contra tudo e todos, ele deixou a namorada de 4 anos e ficou comigo. Mas passado um mês de estarmos juntos, descobri que ele ainda andava com a ex-namorada. Foi desesperante, confrontámo-nos os três e passadas umas semanas eu estava novamente com ele. Até hoje. 

Mas desde o início que sempre houveram discussões e mais discussões, ciúmes descontrolados da minha parte, implicância com a família dele, porque não queriam e aceitavam o nosso namoro. E agora há pouco tempo o corte de relações entre mim e o irmão gémeo dele, pessoa que ele idolatra por completo.

 

E todas estas coisas tornaram-se num ciclo vicioso e eu não consigo sair. Quando há uma discussão está dias sem me falar e quando fala, para responder às dezenas de mensagens que lhe mando é para me chamar louca, maluca e me dizer para eu sair de casa. Sim a casa e o carro são dele. Sinto-me inútil, mal amada, desprezada como nunca fui na vida e sem saber para onde ir.

Já não sei se ainda está comigo, porque lhe pago as contas ou porque passados uns dias eu vou ter com ele a chorar e imploro que fique comigo. Não sei nada.

Ele só me diz para eu me tratar, que sou obcecada, possessiva, que quero mandar em todas as relações dele. A verdade é que tenho ciúmes de todos. 

 

Diga-me Doutora, dê-me só um estímulo para eu poder seguir a minha vida.

 

Cara leitora,

a sua situação é inquietante que precisa ser trabalhada e resolvida.

 

O CIÚME EXCESSIVO vai sempre trabalhar contra a vossa relação. O fato dele ser tão distante também não trabalha a seu favor. Parece que esteja a precisar de uma ajuda psicológica para por as ideias em claro e poder investir na sua relação com maior rigor e sensatez.  

 Não existe uma receita pronta para tratar problemas afetivos e psicológicos. Cada pessoa é uma e cada conflito é diferente do outro. De qualquer maneira quando estiver bem consigo mesma vai conseguir estar bem com o namorado, com a família e com o mundo ou pelo menos vai conseguir compreender e tomar as decisões mais apropriadas e mais acertadas.

 

Para tal é preciso fazer uma psicoterapia para se conhecer melhor e poder enfrentar as suas dificuldades, com maior serenidade.

A psicoterapia proporciona formas de transformação da pessoa na sua maneira de ser, pensar e agir, no sentido de uma maturação, do ultrapassar dificuldades de gestão emocional e pessoal, de comunicação interpessoal, de resolução de crises e manejo dos sintomas, por forma a melhor lidar com a vida na sua complexidade.

Não se desespere, mas aprenda amar a si mesma, perceber todo o seu potencial positivo e pô-lo em prática, na sua vida. A partir daí procure estender o seu amor ao seu companheiro, amigos e ir ampliando cada vez mais este círculo amoroso, abrangendo cada vez mais toda a sua natureza.

Comece logo a planejar o seu tratamento junto com uma psicóloga capaz de compreendê-la.

Tudo de bom

 

 

Sites de pornografia

 

Esse ano passei por um período de doença com minha mãe desde dezembro e acompanhei ela num tratamento fora da minha cidade e tive que ficar meses longe de meu marido, assim não estávamos tendo contato sexual.

 

Recentemente eu descobri no site de navegação que ele estava acessando vários sites pornos e se masturbava pensando naquelas imagens que via. Quando descobrir fiquei muito chateada,  me senti um lixo e não estou conseguindo tirar isso da minha cabeça, mesmo depois que conversei com ele não consigo mais confiar nele e nem perdoar. Ele me garantiu que foi só virtual nunca procurou outra mulher para ter sexo. Eu disse a ele que foi traição, somos de dentro da Igreja e ele desejou outras.  O que eu achei mais ruim é que mesmo depois que minha mãe faleceu ele vendo meu sofrimento pela perca dela ele continuou acessando esses sites de madrugada se masturbava e depois vinha deitar do meu lado. Um dia ele foi no nosso quarto 1 hora da madrugada me olhou na cama, ligou a internet e foi se masturbar vendo essas porqueiras.

 

Temos 29 anos de casamento, agora estou transtornada, será que ele não me deseja mais. Estamos tentando continuar nossa relacionamento mas não é  o mesmo, estamos tendo relações sexuais mas mesmo assim eu fico pensando será que ele está comigo mesmo ou está pensando nas de filme pornos.

 

Ele é sagitariano tem 52 anos e eu sou libriana tenho 49 anos, temos dois filhos lindos. Por favor me dá um conselho, estou com minha cabeça a mil.

 

Cara leitora,

 

Não se culpe. Não é por sua causa que seu cônjuge vê pornografia. Não é porque não é bonita ou não é feminina o suficiente.

 

Pode ser que por estar meses sozinho tenha procurado uma alternativa que pensou que não fosse prejudicial acabou viciado em pornografia.

 

Um novo estudo britânico associou o vício em pornografia a padrões de atividade cerebral semelhantes àqueles apresentados por alcoólatras e dependentes de outras drogas.

 

Pense que podem ultrapassar esse problema e saírem ainda mais fortes disso tudo.

 

Fale com ele e tentem se entender no sexo, o diálogo é sempre importante na relação junto com amor e carinho. É importante que ele se conscientize dessa dependência da mesma forma que um usuário de drogas.

 

Quanto a ele ser sagitariano e você libriana ou seja ele aventureiro e você uma idealista no amor, não justifica essa atitude. É preciso que ambos respeitem as diferenças e que a procura do prazer e do encontro permaneça na relação para que esta possa evoluir e crescer de forma a trazer prazer e satisfação mútua.

 

Se não conseguirem ultrapassar sozinhos o problema procurem uma ajuda especializada de um psicólogo.

 

Tudo de bom

 

 

 

Esposa infiel

 

 

Bom dia!

Flagrei minha esposa com outro, e após isso ela pediu um recomeço, eu aceitei no mesmo instante, achei até que errei.

Ela alegou que de aquilo por me achar distante, que não a priorizava. E ela sempre desconfiou muito que a trai por diversas vezes durante 4 anos que moramos juntos.

E hoje eu desconfio que ela ainda mantenha esse amante. O que devo fazer?

A.

 

Caro A.,

 

Converse com ela, o diálogo é sempre a melhor solução. O importante é não tomar decisões impulsivas. Mesmo que ainda mantenha o amante pode voltar para si e pode ser só uma questão de tempo. Infidelidades acontecem e "perdoar" é um sinal de maturidade.

 

Claro que não vai aturar que ela continue com o amante, mas vale repensar a relação antes de por tudo a perder e ter consciência que um  casamento pode sobreviver a uma traição mas não aguenta havendo infidelidade constante. É preciso que ambos tentem perceber o que levou à  infidelidade e tentem acima de tudo, sanar a relação.  E neste processo, terão de voltar a cultivar laços de confiança, o que envolve um processo que pode ser moroso, mas jamais impossível.

 

Tudo de bom

 

Namoro do passado

 

Dra. Me ajude. Há quase 10 anos namorei um rapaz 4 anos mais novo e ficamos juntos por 1 ano e meio. Nosso namoro era bem romântico e além de tudo éramos um casal que brincava muito, parecíamos crianças. Tivemos um desentendimento e acabamos terminando o namoro.

Meses depois conheci outro rapaz, comecei a namorar e acabei engravidando. Eu sentia que ainda gostava do outro rapaz, mas com a gravidez não tinha como voltar atrás e acabei me juntando ao pai da minha filha. Sempre lembro do ex, choro, imagino como seria se estivesse com ele...engravidei do meu segundo filho e ainda sim penso no outro.

 

É um amor correspondido pq ele sempre diz que quer ficar comigo. Diz que as coisas podem ser mais simples do que eu imagino, mas eu sempre penso no julgamento das pessoas e medo de magoar meu companheiro. Além de tudo, tenho meus dois filhos, tenho medo de desestruturar eles. Não sei o que fazer.

 

 

 

Cara G.,

 

Se na altura não deu certo é porque não tinha que dar.

 

Agora lembra da parte boa e quer fugir da rotina e vem a vontade de voltar a tempos sem preocupações.

 

Não se deixe enganar pela ideia de que com ele estaria melhor. Provavelmente está a idealizar.

 

Procure investir na sua relação e nos seus filhos para manter uma família saudável e feliz.

As separações sempre trazem sofrimento. É certo separar quando há muitas certezas o que não é o seu caso.

 

Um abraço

 

 

Sogros dominadores

 

Oi Mariagrazia,

 

Estou vivendo junto com um rapaz e tenho uma filha de um ano e quatro meses. Estou certa de que quero separar-me, mas estou sem coragem de dizer a ele. Nós moramos juntos, não casamos e me sinto sozinha e abandonada por ele.

 

Estou com medo de me separar, na realidade chega ao pânico, não por causa dele, pois por mim está bem claro que ele não gosta de mim. Não me levou na primeira consulta do pediatra com minha filha, não levou-me tirar os pontos, precisei ir sozinha, nunca pagou uma fralda, uma pomada, uma roupa, uma lata de leite para a menina. Mas tenho pânico que minha filha fique sozinha com os meus sogros, caso nos horários de visitas ele a leve lá.

São pessoas muito dominadoras. Acho que meu relacionamento começou a acabar por causa deles. Quando minha filha nasceu foi quase impossível amamentá-la, pois apesar de morar em outra residência, todo dia eles iam lá. Tiravam a criança do meu seio e ficavam dizendo que ela estava gorda, a menina só fazia chorar. Não sei se foi o estado puerperal, mas não conseguia reagir. Até que aos vinte dias de nascida, levei minha filha ao pediatra. Lá fui informada que ela não tinha engordado, pelo contrário, havia sim emagrecido e que isso era um perigo.

 

Pedi para não virem mais e levei minha sogra para conversar com o médico, tudo em vão. Cada dia eles chegavam mais cedo. Até que minha mãe teve a ideia de eu levá-los nos parentes por parte deles. Quando chegamos lá expliquei tudo para as duas mães das duas crianças com eles do lado. Que a menina não tinha engordado, os dois já estavam usando P de fralda, enquanto a minha estava no RN. E quando vi as crianças percebi o quanto minha filha estava desfasada. As duas falaram para meus sogros deixarem a criança mamar a vontade e me deixarem em paz.

 

O incrível é que bem cedo, no dia seguinte minha sogra chamou o meu marido até lá e falou que minha filha tinha que ser magra, porque magra é que é bom. Tinha comprado uma lata de leite para complemento que o médico pediu para dar a cada mamada, quando ele chegou da casa da mãe todo alvoroçado e queria jogar fora a lata. Por que a criança ia ficar obesa. Ali tive a certeza em meu coração que minha sogra e sogro queriam a qualquer custo que a menina morresse. Comecei a sair cedo de casa, e eles não me encontravam mais. Coloquei a criança em uma escolinha e só vou lá no final de semana. Mesmo assim, sinto ameaças veladas, ela finge que vai derrubar a criança e no dia em que resolvi não me abalar com isso, ela derrubou a menina de cabeça, coisa que já fez com outras crianças, entre outras coisas. Por sorte não aconteceu nada. Na família dele a mãe e o sobrinho fazem tratamento psiquiátrico, e sinceramente sinto que ela pode vir sim a machucar minha filha.

 

Sinto-me culpada por ter ido morar com meu companheiro, pois vejo que não tenho necessidade alguma dele cuidar da minha filha, já que é um alcoólatra. O que mais sinto é que ao ir morar junto, coloco minha filha em risco, pois sei que ele vai pegar a menina e deixar com os pais, pois o vício dele é mais forte. Estou sentindo-me realmente muito culpada e uma idiota. Sinto que tenho que resolver este impasse, mas não consigo.

 

Gostaria de sua opinião.

 

Olá R.,

 

Será que não é um exagero tudo isso que pensa dos seus sogros? Porque haveriam de querer mal a um bebé?

De qualquer maneira precisa pedir a eles que não se intrometam nos cuidados da criação da sua filha.

Se quiser separar-se, vai ter que exigir que ele visite a bebé na sua casa ou na presença de alguém da sua confiança, pelo menos enquanto ela é pequena e indefesa, mas essas coisas todas, se ele não concordar, tem que ser decididas pelo tribunal.

 

E já pensou em ir morar com os seus pais, para que a ajudem a cuidar da menina?

 

Entretanto pode ser que esteja um pouco esgotada e sinta tudo que acontece com mais força. O cuidado do bebé coloca à prova todas mães. A pequena é sem dúvida a sua prioridade principal e, dessa forma, é simples que acabe por absorver toda a sua energia emocional e física. E sentindo-se mais stressada, mais facilmente pode sentir pânico e preocupação e por vezes até mais exacerbada.

 

Procure ajuda de sua mãe e procure perceber se tudo que sente é verdadeiro ou se é um sentimento exagerado por excessiva preocupação e cansaço!

O melhor seria se pudesse ter um acompanhamento de uma psicóloga para a orientar nesse momento de crise e impasse.

 

Um grande abraço