Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Isolamento social

magritte32.jpg

 

 

João Frederico 53 anos.

Dª Maria gostaria da sua ajuda para me ajudar ultrapassar um trauma que tenho há mais de 10 anos, sempre fui ligado o comércio local por conta própria sem preconceitos ou qualquer problema com a sociedade até que tive um acidente no qual resultou paralisia numa perna, daí comecei a isolar-me cada vez mais. Tenho amigos mas não me sinto a vontade em público ou no meio da sociedade. Levo estes anos todos refugiado evitando festas, eventos etc.

Como posso ultrapassar este problema?

Muito Obrigado Dª.

 

Caro João Frederico,

 

Qualquer tipo de deficiência física, seja ela por nascença, por acidente ou mesmo por doença, tem sua singularidade e especificidade e acaba limitando o nosso corpo.

 

O importante é acreditar na sua capacidade, habilidade e competência e dar asas a sua imaginação e criatividade para superação.

Quanto mais se isola mais difícil vai ser retomar o relacionamento social. Parece que ainda está a sofrer consequências do trauma passado, não aceitou a sua deficiência e não aprendeu a conviver com ela.

 

O melhor é fazer uma psicoterapia para poder trabalhar e ultrapassar o seu trauma e poder retomar a sua vida com algumas restrições, mas em pleno.

 

O ponto positivo é que tem consciência do seu problema e demonstra estar bastante motivado em resolvê-lo, o que é um primeiro passo para um avanço e cura.

Não tenha medo de se expor, confie em si e procure ganhar forças e confiança para viver a vida o mais normalmente possível.

 

Fique bem!

 

 

Problemas com a mãe

renoir30.jpg

 

Olá bom dia..estou passando por problema há anos e estou num ponto que não aguento mais....minha mãe me sufoca..ela sempre me falou coisas desagradáveis.

 

Ela parece que não gosta de mim..tudo que eu faço ela sempre coloca defeitos...quando criança me chamava de estrume..inferninho...sempre me coloca pra baixo. ...me chamava de burra..burralda...e hoje sinto que não tenho auto estima alguma...sempre acho que sou pior que os outros...acho que sempre mereço menos..e não consigo me valorizar. ...não sei mais o que faço...sinto que estou depressiva e não consigo melhorar.

Quando cometo algum erro ela sempre me lembra...parece que quer que eu fique me lastimando.

Obrigada

 

Cara leitora,

De forma geral, o relacionamento entre mãe e filha é marcado por movimentos de separação e de aproximação, de busca de diferenciação e descoberta, de similaridades, de encontros e desencontros. Conflitos existem, mas podem ser minimizados em prol da manutenção do relacionamento.

 

O problema é que a sua mãe provavelmente não percebe que a está a prejudicar na sua auto-estima e pensa que é assim que se educa. Não me disse a sua idade mas penso que em primeiro lugar precisa se colocar na posição de não se deixar desrespeitar. Aprenda a fazer valer as suas ideias e fale com sua mãe exigindo respeito. Só assim é que é possível haver um diálogo normal entre mãe e filha. Fazer pequenos reparos para ajudar está certo pois afinal mãe é mãe e gosta de exigir dos filhos e principalmente da filha por sentir uma certa rivalidade, mas é preciso haver educação e respeito.

 

O principal é não se sentir rebaixada mas agir com segurança e autodeterminação, afinal é com erros que fazemos as experiências importantes para a vida. Tente não dar tanta importância aos reparos, valorize-se e foco no seu crescimento pessoal.

Um abraço e tudo de bom

 

Mãe e filha adolescente

renoir29.jpg

 

Olá Doutora. Primeiramente quero agradecer pelo espaço concedido e dizer que aqui eu posso dizer o que eu estou passando e tenho certeza que serei orientada adequadamente.

Meu nome é Paula tenho 28 anos..., Eu tive a minha filha com 14 anos hoje ela se encontra com 13 anos. Nunca morei com o Pai dela, mais ela tinha um contado com o pai as vezes, hoje ela ja não quer por vontade própria se vê-lo. Hoje em dia me encontro casada, com um filho de 3 anos e 11 meses. A relação dela com o padrasto não é lá muitas coisas mais o respeito se mantém. De 3 anos pra cá, minha vida mudou completamente em relação a minha filha.

Ela é uma criança que consegui manipular outras crianças, ela mente de mais...., ela se faz lider da sala de aula aonde ela ameaça outros amigos... Não vai bem nas matérias. Ela enfrenta professores. Dra. eu não sei mais o que fazer. Ela vai para colégio a gente conversa, ela volta do colégio nós da família perguntamos e ai como foi? Ela responde tudo bem! Ela estudou 7 anos em escola particulares,  eu não aguentei pagar colégio caros pra ela me trazer todo santo dia bilhete,  ou quando não a secretária me ligava pra agendar um dia p eu comparecer... Agora esta em colégio público e nada. Nada q eu faça,  nenhuma chance dada a ela tem uma melhora. Ela vive de castigo,  porque eu acho que se eu pegar p bater eu mato. Ela já passou em psiquiatra, psicólogos e eles dizem q ela não tem nada. Sempre dão alta. Então estou aqui lhe pedindo ajuda Dra.

 

Cara Paula,

 

Será que educa essa filha como filha ou como uma irmã?

Provavelmente ela sente a falta do pai, falta de limites, talvez falta de afeto da mãe e do pai. Pode ser que sinta que o irmão é mais acarinhado do que ela, e provavelmente o é por ser pequeno e mais engraçado.

E agora ao entrar na adolescência essas carências se agudizam e dão origem a comportamentos menos educados e agressivos.

Procure dar mais atenção a ela e ao mesmo tempo mais limites e regras (estabelecer rotinas de estudo, ajuda na casa, etc.). Se cumprir dê algum premio (saiam juntas só as duas, compras, cabeleireiro, cinema) e se não, algum castigo leve, (não sair, não usar computador, etc.).

Convém ser incentivada a praticar algum desporto e desenvolver atividades em grupo que a levem a ter um objetivo saudável. É preciso que ela tenha certas liberdades com para tomar suas próprias iniciativas e se responsabilizar por elas.

 

Seria favorável se o pai estivesse mais presente na relação com ela, tendo em vista a fase de transição para a adolescência.

Convém que os pais tenham confiança nela para fomentar o sentido de responsabilidade.

Elogiar, mais do que criticar, pois é assim que se forma a autoestima.

 

O melhor seria se ela pudesse ser acompanhada e orientada por uma psicóloga pelo menos nessa fase de início de adolescência.

 

Um abraço e tudo de bom

 

Depressão e fantasia

cezanne2.jpg

 

Sou jovem de 26 anos, sofro de depressão, já tentei suicidar-me com comprimidos, já fui parar ao hospital, já andei em medicação mas não resultou, ficava pior.

Mas a questão aqui é que, eu mesmo com depressão consigo entender que aquilo que fiz foi um bocado por impulsividade, desanimo, frustração, etc...

 

Sem entrar em pormenores de como foi a minha vida desde infância até hoje (Foi toda ela uma infelicidade crescente), eu queria só saber isto:

Como eu descubro o que me faz falta na vida?

Qual a razão de eu não gostar de nenhuma profissão existente?

 

(Gosto de pequenas coisas, mas imaginar-me a trabalhar nelas durante anos, faz-me impressão, acho que seria uma seca autentica... E mesmo procurando áreas ou cursos, NADA, mas mesmo NADA me agrada, não gosto de nada!)

Esta é a parte pior!

 

Porque eu tenho sempre a vontade de querer que o mundo fosse diferente? Como se EU não fizesse parte dele, como se eu  tivesse vindo de outro mundo diferente e é por causa disso que sinto este vazio, esta falta de algo constante... 

Eu sinto vontade muitas vezes de entrar nas histórias de fantasia que eu gosto de ler!

Entrar num mundo com Dragões, animais fantásticos, seria uma vida muito mais interessante... Porque a vida real, a vida aqui no planeta terra, não tem nada de especial, não tem nada de divertido, nada que me faça sentir-me bem!

 

Independente de ter depressão ou não...

Eu sempre pensei assim desde pequeno!

Via os filmes do Harry Potter, e imagina viver em algo parecido... Sempre seria bem mais interessante!

 

Quando alguém me pergunta o que gostava mesmo, o que faria feliz!

Eu não digo, mas penso: Ir para um mundo fantástico!

 

Será que, esta vontade torna a minha vida na real ainda mais complicada?

O que tenho é algo diferente de depressão?

 

Cumprimentos,

João

 

Caro João,

Parece que o João busca preencher um vazio interno e tenta encontrar satisfação no mundo da fantasia, e no entanto não consegue atingir a verdadeira satisfação. O seu problema é um misto de depressão e falta de sentido para a vida, o que o leva a não querer crescer e preferir refugiar-se no mundo irreal.

 

O que eu proponho para se livrar dessa postura é primeiramente ter consciência que é possível brincar, divertir-se e viver no mundo da fantasia e na mesma medida ser responsável, planejar e construir objetos de vida: trabalho, estudos, casamento e família. Que uma possibilidade não anula a outra. Que é muito bom que a criança que vive em nós nunca morra, mas também saber que o nosso lado criança não pode tomar conta da nossa faceta adulta impedindo-nos de nos realizar como pessoa.

 

Ao mesmo tempo é indicado que procure um tratamento correto para conseguir ultrapassar a depressão e poder retomar as rédeas da sua vida com força, vigor e bom senso.

 

Uma ajuda especializada de um terapeuta para um tratamento de autoconhecimento e para que possa ser ajudado a preencher esse vazio que sente em relação ao sentido da sua vida. Confie em si e na sua vontade de evoluir, na vida, no mundo e, principalmente em si próprio, o que vai propiciar nova energia e animo para novas realizações no mundo real.

Um abraço