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Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Filha de 14 anos

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 Boa noite doutora!

 

Estou precisando de uma orientação.

Tenho uma filha de 14 anos e um filho de 8. Percebo que ela não gosta dele, convive muito bem com os amigos dele, demonstra carinho e cuidado, mas com ele não é a mesma coisa.

Ela tem ciúmes, compete com ele o tempo todo, bate e belisca. Não demonstra nenhum carinho. Se ele faz alguma coisa errada, ela sempre critica, fica rindo dele e faz questão de falar comigo, para eu repreendê-lo...

Ela fica feliz se eu brigo com ele.

Apesar de ter 14 anos, tem atitude de criança de 7, 8 anos. E ele já me perguntou varias vezes porque ela não gosta dele. Eu não sei o que dizer.

O que eu devo fazer para resolver essa situação?

Aguardo

 

Cara A.,

A relação entre irmãos nunca é inteiramente fácil ou isenta de conflitos. É, em geral, uma relação ambivalente de amor e ódio, que, longe de ser negativa, pode funcionar como um incentivo para permitir à criança crescer de forma saudável.

 

A rivalidade entre irmãos é uma questão que vem desde a antiguidade. É através da rivalidade que a criança aprende a vida em comum, a necessidade de partilhar e a competição social. É na relação com irmãos que a criança começa a aprender padrões de lealdade, prestabilidade, proteção, competição, domínio, conflito, que vão ser generalizados a todas as relações que a criança vai estabelecer ao longo da sua vida adulta.

 

Esta situação torna-se complicada e eventualmente patológica quando os pais não sabem gerir essa rivalidade e tendem a proteger e favorecer um dos filhos, normalmente o mais novo, passando a exigir mais do mais velho, que muitas vezes acaba por crescer “depressa de mais”. Essa situação pode comprometer o desenvolvimento da criança e poderá levar a que a criança mais velha se sinta cada vez mais posta de lado (não quer dizer que isso seja real, mas pode ser sentido) e a sua agressividade vai se agudizar.

 

É importante que os pais não interfiram muito na relação entre irmãos, porque isso implica tomar partido de um em detrimento de outro, defender um e acusar outro, o que vai em muitos casos, aumentar a rivalidade e o ciúme.

Porém, em situações extremas, é claro que os pais devem interferir, no sentido de clarificar os papéis de cada um dentro da família e não permitir que a situação prejudique o relacionamento entre os irmãos e no caso de surgir violência física é importante uma rápida intervenção.

 

Quando a sua filha faz considerações menos positivas sobre o irmão, dê-lhe a oportunidade de “exteriorizar seus sentimentos” sem limitar ou criticar aquilo que ela diz sentir. Da rivalidade podem surgir oportunidades de aprendizagem ou novas estratégias para resolução de problemas e competências sociais.

Quando a discussão surge, procure observar e esperar, no sentido de perceber se as crianças conseguem voltar a se entender sem a intervenção de um adulto.

 

No entanto, quando surge a violência física, é importante a sua rápida intervenção. Clarifique de forma firme que não é admissível, sob circunstância alguma, bater, morder, dar pontapés ou reagir de qualquer outra forma com a intenção de magoar o outro. Procure manter-se imparcial e desafie as crianças a gerar uma solução para as suas divergências.

 

Lembre-se que a sua atenção deve ser dirigida para os filhos em muitos outros momentos para além das situações de conflito. Privilegie dar atenção nos momentos em que há interações positivas e adequadas, elogiando a capacidade deles partilharem brincadeiras e trabalharem em equipa.

É importante ter em mente que os adultos são modelos para as crianças que aprendem por observação. Em momentos de conflito, evite gritar, chamar nomes ou bater portas. Trate as outras pessoas, e refira-se a elas, sempre com respeito e afeto.

 

Se entretanto essa situação se tornar mais complicada, encaminhe a sua filha para uma consulta de psicologia para uma avaliação e orientação mais aprofundada.

 

Tudo de bom

Dúvidas de relacionamento

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Olá. Soube do seu e mail numa página da net e resolvi entrar em contacto porque pretendia que alguém entendido em relacionamentos me ajudasse. E por isso agradeço desde já a ajuda.

Para ser breve a questão é a seguinte: O meu nome é SS, tenho 29 e conheci um rapaz de 29 com a mesma idade em trabalho. Houve logo uma química entre nós e começamos a sair. Estávamos nos conhecendo até que um dia eu o beijei. Fiquei na casa dele porque ele me convidou mas não aconteceu nada. Continuámos falando e passado uma semana, ele convidou-me a jantar em casa dele e assistir um filme. Ele pediu para eu ficar lá e eu disse sim eu posso ficar porque quero estar contigo, mas já te vou avisar que não vai acontecer nada íntimo entre nós. Claro que eu fiquei lá a dormir em casa dele, mas fiquei porque pensei que nós íamos continuar a sair ou seja pensei que íamos namorar. A partir daí ele começou a ficar diferente, ignorou me e tratava me com indiferença. Eu fui a casa dele e pedi lhe para me explicar o porquê de estar assim e ele disse- me que estava confuso, que não sabia o que queria, que não estava preparado, que sabia que me devia ter respeitado e tratar me de outra forma e que tinha a consciência pesada, e que queria espaço. Eu dei meia volta e fui embora sem olhar para trás. Eu ainda lhe mandei duas mensagens mas ele nunca mais me respondeu. E eu nunca mais lhe disse nada. Passado um mês e meio, recebo um sms a dizer que me devia um pedido de desculpa, que estava com remorsos de me ter feito o que fez, que sabia que eu era uma pessoa diferente, que sabia que eu era séria, e que não sabia se um dia íamos ter mais alguma coisa ou não, mas que se tivéssemos que já sabia q eu era uma pessoa de confiança e que confiança era uma coisa que ele prezava muito e que me devia ter levado mais a sério. Claro que eu fui fria com ele e até me mostrei indiferente ao que ele disse embora ainda lhe tenha feito alguns elogios. Mas disse lhe também que o pedido de desculpas dele agora já não fazia diferença. Contudo, passado uns dias, ele foi dizer a uma amiga que temos em comum que gostava mas de mim, mas que tinha medo, porque eu era muito dona do meu nariz e que isso o tinha assustado dizendo ainda que eu era boa demais para ele. A minha questão é a seguinte: Será que ele apenas me viu como um momento? Será que esta história do assustado é mesmo verdade? E porquê que ele não corre atrás de mim? E porquê que até ao momento ele ainda não tomou uma decisão?? E como eu me devo comportar? Devo procurá-lo?

 

Preciso de alguém que esteja de fora que me dê uma ajuda, porque eu acho que quando uma pessoa gosta que corre atrás e eu não o percebo.

 

Obrigada

Cumprimentos

SS

 

Cara SS,

atualmente há muito homem mais retraído por conta da liberação feminina.

Pelo que contou penso que ele tenha ficado realmente assustado e não corre atrás por ter “medo “ de ser rejeitado e deve estar à espera de “coragem” ou de oportunidade onde se sinta que é bem recebido.

Pode procurá-lo, mas demonstre interesse de forma sutil para que ele não se sinta pressionado. Ele parece que já conseguiu ter alguma coragem para voltar a fazer contato e pedir desculpa.  Pode ser que ele tenha dificuldade  para dizer algo ou demonstrar interesse, o que pode partir de si principalmente com o olhar e deixar que ele se aproxime, pois os homens adoram estar no controle da situação. Seja paciente e dê a oportunidade dele chegar a si. Deixe que ele se autodescubra e ganhe confiança no tempo dele, mas continue sempre dando sinais de interesse para conquistá-lo.

Felicidades

Construir família

 

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Olá, gostaria de um conselho, me chamo J. tenho 24 anos e sou uma pessoa meio solitária, há 4 anos comecei a namorar uma pessoa extremamente ciumenta que me fez romper meus únicos laços de amizade que tinha na época, decidi por romper por gostar dela e por não aguentar mais tanta incomodo, queria que nosso namoro desse certo pois meu sonho sempre foi ter um futuro com uma pessoa e uma família.

Por fim namoramos por 3 anos e ela terminou comigo por motivos que me fizeram sofrer e me culpar muito por não ter colocado um fim em nosso relacionamento quando tive a oportunidade, disse que queria ter amizades e viver a vida, isso me magoou pois passei muito tempo tentando fazê-la entender que amizades são importantes.

Pois bem sofri muito mas acabei conhecendo outra pessoa uns 4 meses depois, ela foi totalmente o oposto tinha amigos saíamos nos divertíamos e não existia ciúmes, era uma relação totalmente diferente e boa mas quem não se sentia muito bem na maioria das vezes era eu pois ela parecia dar muito mais valor para os amigos do que para mim seu namorado, como se tanto faz se estivesse comigo ou não.

Nós namoramos por 1 ano e 7 meses até que ela decidiu por um fim, não sei o verdadeiro motivo mas creio que por não gostar muito do meu jeito e ela ser uma pessoa bem diferente de mim, era envolvida com drogas, valorizava coisas que pra mim não são importantes, mas também me fez conhecer coisas que eu realmente gostei. hoje me sinto vazio como se nada me fizesse feliz, não consigo ver graça em nada acabo por ser sozinho, frequento minha religião e lá tem pessoas que até converso mas não consigo chamar de amigos, aquele tipo de amizade que lembra de você e Te procura, que procura te ouvir. Te ajudar.

Isso me incomoda pois ao mesmo tempo que quero e sinto ter a necessidade de ter amizades o que realmente quero é ir em busca do meu sonho de ser feliz com uma pessoa e construir uma família, não quero me isolar do mundo tendo uma vida à dois, mas sinto que não consigo ser feliz apenas comigo mesmo.

 

Caro J.,

Para aumentar o círculo de amigos precisa fazer algo positivo como atividades, cursos, desporto, etc. Talvez no teu grupo religioso possa encontrar alguém interessante para conviver, sair, divertir-se, etc.

No trabalho ou no estudo é um bom lugar para fazer novos amigos e encontrar namoradas.

 

O sentir-se vazio é normal, por ainda não ter feito o luto da última relação. Conforme diz que “não quero me isolar do mundo” , é preciso ter paciência e estar aberto para cultivar e receber novas amizades . Sem pensar em se isolar, mas é ir em busca do seu sonho e verá que quanto menos espera mais se sentirá feliz e acompanhado.

 

Confie em si e sinta-se aberto para o mundo.

Um abraço

 

 

Mulher e feminilidade

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“Se desejarem saber mais a respeito da feminilidade, indaguem da própria experiência de vida dos senhores, ou consultem os poetas, ou aguardem até que a ciência possa dar-lhes informações mais profundas e mais coerentes”.

Freud S.1932

 A maioria dos problemas das Mulheres resume-se à palavra consciência.

 O autoconhecimento nos leva ao desenvolvimento da consciência, transcendendo as “aparências” e indo em direção a nossa verdadeira essência, numa caminhada que nos possibilita a realização pessoal, profissional, revelando aspetos que despertam admiração real e verdadeira daqueles que nos cercam e influenciando outras pessoas na busca por suas próprias verdades. O autoconhecimento é um exercício que tem como objetivo revelar a natureza, a origem e os verdadeiros valores que formam cada um de nós, visando um melhor entendimento de nossas experiências e possibilitando assim uma vivência mais plena da vida e com os outros, uma aventura em busca de nós mesmos.

 

Feliz dia da mulher !

Filho de 17 anos

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Boa tarde doutora

Tenho um filho de 17 anos, bom menino e muito trabalhador e assim sempre conseguiu bons resultados na escola. Neste momento, sinto-me muito "em baixo", desmotivado, porque apesar de trabalhar muito não está a conseguir bons resultados. Há pouco, recebi uma mensagem dele a dizer-me que o teste correu muito mal, que está farto, que não consegue fazer nada... Fiquei muito preocupada e só lhe respondi: "quero que saibas que te adoro e estou contigo".

Também no futebol, que joga desde os 7 anos cheio de " garra", está desmotivado e nem quer ir aos treinos.

Sei perfeitamente que existem milhões de casos mais graves que o meu, mas estou preocupada, vejo meu filho que sempre foi tão alegre, triste e desmotivado para tudo.

Se me poder dar uns concelhos para o ajudar, agradeço...

Obrigada

 

Cara mãe,

Nessa fase é comum haver períodos de desmotivação, seja por stress no estudo, seja por baixa autoestima ou desvalorização entre colegas. O que pode fazer é motivá-lo, fale com ele que é preciso ter paciência que vai passar, que se não correu bem o teste pode aumentar o empenho, estudar mais etc.

Procure também motivá-lo para o desporto, que pode ajudar a descontrair e a relaxar.

O que funciona é suporte afetivo e apoio. Diga-lhe que sabe como esse pode ser um tempo difícil, quando tem que aprender a viver, a sobreviver e a competir com o mundo lá fora.

 

No entanto se essa fase continuar pode sugerir que ele procure ajuda psicológica para poder falar sobre seus medos e inseguranças, melhorar o seu autoconhecimento e se preparar para o futuro.

 

Tudo de bom