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Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

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Felicidade e natureza

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O que é a Felicidade

Todos temos a nossa própria ideia de felicidade, mas pode ser definida genericamente como o estado de espírito de alguém sereno, imperturbável por dores ou preocupações e sentir prazer com esse estado.

É difícil definir a felicidade. Para um gênio como Albert Einstein é uma vida tranquila e modesta, para o sociólogo Zygmunt Bauman é conseguir superar as dificuldades. De acordo com estudos de psicólogos é a emoção temporária que sentimos quando estamos bem, bem como a serenidade que vem de nos sentirmos realizados, o que é mais duradouro. Seja qual for a felicidade há uma boa notícia: não é um privilégio de poucos felizardos, mas um estado de espírito que deve, na verdade, ser aprendido. Resumindo com algum esforço todos podemos ser felizes.

 A primeira regra para alcançá-la é simples e, ao mesmo tempo, difícil. É preciso viver no presente das nossas vidas. Aproveitar o que temos e o que a nossa existência nos oferece a cada momento. Esta é a melhor maneira de nos sentirmos bem.

Tempo da felicidade autêntica

A felicidade é algo que acontece quando estamos em sintonia com a nossa alma e não requer nenhum esforço. Muitas vezes adiamos o nosso bem-estar para um momento futuro e o vinculamos à conquista de vários objetivos: um emprego, um relacionamento, um bem material, acreditando no íntimo que a autorrealização depende de fatores externos. Desta forma, o presente insatisfatório é visto em termos de futuro e não só nos impossibilita de sentir prazer naquilo que a vida quotidiana nos oferece, como também nos dá uma sensação de incompletude e de derrota pessoal.

A felicidade vem de dentro

A verdadeira felicidade, a autêntica joie de vivre nunca depende do exterior e ninguém pode induzi-la a nós porque está em nós; é sentida quando estamos no presente e presentes para nós mesmos. A felicidade está aqui e agora. Devemos, portanto, tentar dominá-la tanto nas ocasiões positivas quanto nas mais difíceis.

A felicidade é uma condição profunda e natural da alma: se não a sentimos, significa que nos distanciamos de nós mesmos e perdemos de vista a nossa interioridade. O prazer está no gosto de viver cada momento, de nos sentirmos em todas as atividades que realizamos, de nos divertirmos e encontrarmos satisfação no que fazemos, mesmo nas ações aparentemente mais triviais e simples; o prazer surge de forma espontânea a como abordamos as coisas e em tudo há beleza.

Pesquisas científicas afirmam que viver perto do mar melhora o bem-estar e a qualidade de vida, ou seja dá felicidade. E um novo estudo da Universidade Britânica de Exeter confirma que morar num resort à beira-mar, melhora a saúde física e mental de uma maneira leve, mas significativa.

Outras pesquisas também mostraram que basta apenas observar paisagens marítimas ou paisagens naturais, como um campo, para ter efeitos positivos no nosso humor e até melhorar a nossa capacidade de concentração. As paisagens urbanas cinzentas, por outro lado, ativam sensações opostas ou menos favoráveis: ou seja, podem facilitar a tristeza e a depressão.

Eliminar definições

Vamos eliminar todas as definições, vamos fazer o vazio interior e ouvir o silêncio interior; só assim podemos entrar em contacto com a nossa interioridade; vamos suspender todo julgamento e pensamento racional, olhando-nos com desapego, vendo-nos sem história e sem nome. Como na natureza há a sucessão das estações, em nós não há um único estado de espírito; somos "animais" complexos e experimentamos milhares de emoções. As emoções são como as ondas do mar, elas vêm por um curto período de tempo, depois vão embora.

Quando a tristeza, o mal-estar, a ansiedade faz-nos perder a alegria de viver, não nos precipitemos na busca das causas e não devemos atribuir a um destino adverso colocando-nos no papel de vítimas, mas compreendamos o seu significado; são sinais que indicam que a vida, como a levamos, está muito desequilibrada, perdemos o equilíbrio.

Lembremos que no período mais difícil, a felicidade está ali connosco. Basta fechar os olhos, imaginar um lugar, uma paisagem que nos faça sentir bem, que ressoe em nós ou relembre um episódio em que rimos. Somos todos diferentes e únicos, e cada um tem um sol dentro de si que pode iluminar os estados mais sombrios. Existe um conhecimento inato em nós que sabe o que nos deixa alegres. A felicidade é uma condição de bem-estar interior que só precisa ser experimentada.

Experimente a sua felicidade!

O amor e o cérebro

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O amor é uma necessidade biológica – é tão necessário para o nosso bem-estar quanto exercícios, água e comida. E do ponto de vista neurocientífico, podemos realmente dizer que o amor floresce no cérebro.

Duas décadas de pesquisa mostraram que, quando se trata de amor romântico intenso em estágio inicial – o tipo em que costumamos pensar quando falamos sobre estar apaixonado – é ativada uma parte muito primitiva do sistema de recompensa do cérebro, localizada no mesencéfalo.

É a área do cérebro que controla coisas como engolir e outros reflexos básicos. Embora muitas vezes pensemos no amor romântico como algo eufórico e amorfo e como uma emoção complexa, a ativação que vemos nessa parte básica do cérebro mostra que o amor romântico é, na verdade um impulso para satisfazer uma necessidade básica.

Isso explica porque as pessoas nos estágios iniciais do amor podem ficar obcecadas com pequenos detalhes, passando horas a debater sobre um texto de ou para a sua amada.

O amor de longo prazo também aumenta a ativação em áreas cognitivas do cérebro, como o giro angular, a parte do cérebro associada a funções complexas de linguagem e o sistema de neurônios-espelho, uma região que ajuda a antecipar as ações de um ente querido. Esse é o raciocínio por trás dos casais que terminam as frases um do outro ou que têm uma maneira de estar a cozinhar junto ao amado, sem problemas.

As pessoas apaixonadas têm essa conexão simbiótica e sinérgica graças ao sistema de neurônios-espelho, e é por isso que costumamos dizer que alguns casais são melhores juntos do que a soma das suas partes. O amor nos torna pensadores mais perspicazes e criativos.

Embora a intensidade da atividade cerebral difira, o amor entre um pai e um filho, um cachorro e o seu dono, ou mesmo o amor de alguém por um hobby, ou paixão, pode fornecer a sensação de conexão que todos procuramos e que precisamos desenvolver para sobreviver como humanos.

 Feliz  dia de São Valentim 

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Feliz Ano de 2023

 

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Escrever metas de Ano Novo

Escrever metas de Ano Novo é terapêutico. Os objetivos devem ser postos no papel de forma específica, realista e com prazos razoáveis poderem ser cumpridos.

O gesto de escrever os objetivos não só é terapêutico, mas de fato ajuda por nos dar a oportunidade de concretizar ações e tomar decisões que ficariam de lado se não fossem colocadas em pauta.

Decidir objetivos para o novo ano é o primeiro passo para se alcançar o que se busca.

Rever os nossos planos é sempre um exercício válido. Mesmo quando as metas não são cumpridas ou são apenas parcialmente, permitem momentos de reflexão sobre a vida que queremos e promovem a tomada de consciência sobre os problemas e a busca de soluções.

É importante ter em mente que os objetivos e as metas são eventos futuros e não estão completamente sob o nosso controle.

Dependem, na sua maioria, do comportamento de outras pessoas, de acontecimentos externos e do controlo da própria subjetividade. Assim o plano de metas deve estar focado nas razões dessas promessas serem importantes.

Para alguns indivíduos, estabelecer metas e objetivos para os anos vindouros, constitui uma forma de se manter organizado, disciplinado e com foco em resultados.

A meta deve ter o que na psicologia é chamado de matriz Smart. A sigla, em inglês, traz palavras a que o indivíduo deve estar atento.

São elas: específico (specific); mensurável (measurable); atingível (attainable); relevante (relevant); temporal (time based). Isso significa que cada meta deve ser bem definida, nada generalista ou ampla demais, significativa a ponto de motivar mudanças de hábitos envolvidos e capaz de ser medida e alcançada num prazo razoável.

Empoderamento feminino  

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Empoderamento é a "capacidade de o indivíduo realizar, por si mesmo, as mudanças necessárias para evoluir e se fortalecer".

Segundo o dicionário, empoderar significa “conceder ou conseguir poder; obter mais poder; tornar-se ainda mais poderoso.” Paulo Freire foi o primeiro a traduzir o termo para o português e para ele empoderamento é a “capacidade de o indivíduo realizar, por si mesmo, as mudanças necessárias para evoluir e se fortalecer”.

Assim, podemos definir o empoderamento feminino como o movimento em que a mulher toma poder para si, ao buscar fortalecer-se e promover ações pela igualdade de género. Também podemos considerar o empoderamento feminino como uma maneira da mulher tomar as rédeas da sua própria vida, tomar as suas próprias decisões e fazer as suas próprias escolhas.

O empoderamento feminino não é apenas um movimento interno da mulher, é um movimento social, para que este movimento seja realmente efetivo e assim se conquiste a igualdade de género, é necessária a contribuição de todas e todos. É necessário que toda a sociedade participe e passe a empoderar a mulher seja na família, trabalho, escola etc.

 A ONU Mulheres criou uma cartilha de 7 princípios para o empoderamento das mulheres:

  1. A liderança promove a igualdade de género: estabelecer liderança corporativa de alto nível para a igualdade de género.

 

  1. Igualdade de oportunidades, inclusão e não discriminação: tratar todos os homens e mulheres de forma justa no trabalho, respeitar e apoiar os direitos humanos e a não discriminação.

 

  1. Saúde, segurança e fim da violência: garantir a saúde, a segurança e o bem-estar de todos os trabalhadores e as trabalhadoras.

 

  1. Educação e formação: promover a educação, a formação e o desenvolvimento profissional das mulheres.

 

  1. Desenvolvimento empresarial e práticas da cadeia de fornecedores e de marketing: implementar o desenvolvimento empresarial e as práticas da cadeia de suprimentos e de marketing que empoderem as mulheres.

 

  1. Liderança comunitária e envolvimento: promover a igualdade através de iniciativas e defesa comunitária.

 

  1. Transparência, medição e relatórios: mediar e publicar os progressos para alcançar a igualdade de género.

 

Mulheres, sejam protagonistas da própria vida!

Feliz dia da mulher!

 

 

Amor e Paixão

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São Valentim é a festa dos namorados e é a ocasião perfeita para aproximação do casal e reforçar a cumplicidade e intimidade.

 

Amor e paixão são potentes benefícios para o corpo e a mente.

Ter uma saúde de ferro. Essa é a “gratificação” para quem ama. O corpo dos amantes reconhece um estado de graça que é capaz de afastar as doenças.

 

O amor cura

Esse benefício é fruto da atmosfera em que estamos imersos, do desejo de perder cabeça, daquela onda neuroquímica que entra na circulação, que transforma as nossas perceções e nos faz sentir, diferentes. Se por um momento saímos do modelo mental que nos detém, podemos aproveitar ao máximo esse "elixir de saúde" que é o amor.

Mas é preciso cuidado.  Nem sempre o amor é saudável. Precisamos ouvir atentamente os pequenos sinais que o corpo e a mente nos enviam para reconhecermos se estamos no caminho certo.

 

O apaixonamento saudável 

Uma paixão saudável é capaz de "entrar no sangue" e regenerá-lo, de fazer circular nova energia e de nos oferecer oportunidades inesperadas. A abertura ao outro, o inesperado, a vontade de romper com velhos padrões para abandonar-se aos sentimentos e emoções, são condições indispensáveis ​​para um apaixonar que nos traga renovação.

 

Conquista de um peso saudável:

depois de se apaixonar, não há necessidade de dietas ou dietas controladas. O corpo "apaixonado" recupera espontaneamente a sua forma ideal. É como se procurasse a sua verdadeira essência, numa jornada que parte da alma para envolver cada fibra.

 

Mais energia ao acordar:

com um amor saudável, acorda-se energizado, com uma energia nunca antes experimentada. O dia que se aproxima nunca é muito pesado: o entusiasmo e o desejo de fazer as coisas nos leva a ser mais ativos e vitais do que o habitual, em benefício da nossa autoestima.

 

Pele de pêssego:

A felicidade pode ser lida no rosto. Graças ao amor, a pele fica mais lisa, macia, pura e radiante. Até o olhar se ilumina com uma luz incomum.

 

Aumento das defesas imunológicas:

as alegrias do amor trazem saúde. As defesas imunológicas são reforçadas, tornando-nos quase invulneráveis ​​a vírus e bactérias. Gripes e resfriados são menos frequentes. E quando chegam, saem mais rapidamente.

 

Bem-vindo ao bom humor:

apaixonar-se deixa-nos felizes e otimistas, é aquela pitada de loucura da omnipotência que nos faz acreditar que temos o mundo nas nossas mãos.

 

Não há mais obstáculos:

tudo flui, como por magia. Não há mais obstáculos ou barreiras para a realização dos nossos objetivos, mesmo que até recentemente nos parecessem impossíveis: a distância entre pensamento e a ação é reduzida, os dilemas desaparecem e a vida parece tomar um novo rumo.

 

Amor tóxico

 

"Tenho medo de apaixonar-me de novo, já sei como vai acabar". Para alguns, apaixonar-se torna-se uma experiência dolorosa e repetitiva. Sempre nos apaixonamos pela “mesma pessoa”, ou seja, por uma cópia imperfeita de uma imagem ideal inatingível. E assim acabamos por nunca conhecer completamente o outro. A carga vital de apaixonar-se perde-se, esgota-se numa implosão de energias que deixam uma sensação de vazio e mal-estar interior.

 

Casal muito fechado:

casal sempre junto, fora deste mundo. Uma imagem que, no princípio, é normal. Mas quando essa atitude se torna uma constante, algo está errado. Um casal "saudável" não tem medo da vida social. E quando é apenas um, a exigir "exclusividade", é mais um sinal de um amor fortemente desequilibrado.

 

Pensamentos fixos:

passamos o dia constantemente pensando no ente querido, imaginando o que ele está a fazer. E, sobretudo, quando há o terror da traição, física ou psicológica, diz-se de um amor doentio, no qual um não consegue se relacionar de forma serena com o outro e descarrega todos os seus fantasmas sobre o outro, projetando a sua insegurança.

 

Sono perturbado:

muitas vezes, um amor doentio é acompanhado por problemas de sono. Já não nos abandonamos com a usual facilidade nos braços de Morfeu. Assim como não nos podemos deixar ir entre os de Eros. A insónia fala de uma dificuldade em experimentar o amor em todos os seus componentes, físicos e sentimentais.

 

Fica-se mais doente:

com um amor doentio, podem aparecer problemas físicos como dermatites, erupções cutâneas, asma e patologias intestinais. E as manifestações alérgicas são exacerbadas, sinalizando que o corpo se recusa a ser contaminado por uma forma de amar que prejudica a saúde.

 

 

Mente, Corpo e Aceitação

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Mente, Corpo e Aceitação

O ideal de beleza sofreu mudanças ao longo do tempo. O novo paradigma cultural da contemporaneidade consiste no dever moral de ser belo, como condição primordial para ser feliz.


A mulher contemporânea considera que para ser atraente precisa de ter uma determinada forma física, com um corpo bem delineado, magro e com as medidas certas. A aparência física é considerada fundamental para a maioria das mulheres, em detrimento de qualidades como a beleza interior ou a força de caráter.


Ter cuidado com o corpo é fundamental para a saúde e para ter uma vida duradoura. Contudo, quando a preocupação é exagerada pode ser um problema.
Atualmente o culto ao corpo chega a criar nas mulheres uma verdadeira obsessão. A procura de um corpo perfeito faz com que adoeçam emocionalmente, com perda da autoestima, excesso de ansiedade e falta de autoconfiança, que pode conduzir a transtornos do comportamento alimentar. O nome psiquiátrico é transtorno dismórfico corporal.

Trata-se de um transtorno que gera a distorção na imagem corporal e também uma mudança severa no regime alimentar, chegando a provocar distúrbios como anorexia, bulimia, ortorexia e vigorexia.


É um conjunto de perturbações que envolvem emoções, atitudes e comportamentos excessivos em tudo o que se refere ao peso corporal e à comida. São perturbações de natureza emocional e física, que podem colocar a vida em risco.


A anorexia é caracterizada por uma perda intensa de peso decorrente de uma dieta alimentar extremamente rígida. A atividade física também é intensa e excessiva. Na bulimia há uma grande preocupação com peso e imagem corporal. Frequentemente há ingestão de uma quantidade excessiva, compulsiva e inadequada de alimentos e, posteriormente, uma busca de métodos compensatórios para não engordar. A orterexia é a obsessão por uma “alimentação saudável” e a vigorexia caracteriza-se pela distorção da imagem corporal, pela prática excessiva de atividade física e uma preocupação obsessiva com o corpo. Pessoas “vigoréxicas” descrevem-se como sendo fracas e pequenas, quando, na verdade, apresentam uma musculatura acima da média.
Os transtornos alimentares podem acontecer em qualquer faixa etária e em ambos os sexos, inclusive com crianças. Entre adolescentes na faixa etária de 14 e 17 anos é mais comum anorexia ou bulimia, também podendo ocorrer mais cedo entre 10 e 13 anos ou mais tarde por volta dos 40 anos e atinge 10 vezes mais as mulheres do que os homens. Na vigorexia, a prevalência é maior em homens entre os 18 e 35 anos.
A procura por um padrão estético ideal também leva muitas mulheres a fazerem cirurgias plásticas, muito mais pela busca da beleza socialmente imposta, do que por uma motivação interior.


É preciso ter em conta que somos o produto dos nossos genes e não podemos alterar a constituição de base. Se a aparência física é determinante para o nosso bem-estar, talvez seja preciso avaliar o nosso nível de autoestima.

O diagnóstico dessa problemática não é fácil porque os pacientes tendem a ocultar o seu comportamento e a negá-lo. Devido à sua complexidade, esses transtornos não podem ser resolvidos, simplesmente, mediante a aprendizagem de novas condutas que compensem as inadequadas. A solução passa por encontrar um ponto de equilíbrio entre corpo e mente.

Para um tratamento bem-sucedido é preciso ter consciência do problema e motivação para iniciar um novo estilo de vida.
O tratamento recomendado é um trabalho de equipa multidisciplinar de nutricionista, psiquiatra e psicólogo, onde se privilegie a variante somática ou psicológica, segundo as fases da doença.


É importante reforçar que a maioria das perturbações relacionadas com o corpo pode ser tratada com sucesso. Contudo, o tratamento deve ser encarado numa perspetiva a longo prazo, pois as mudanças são profundas.

É fundamental equacionar fatores como a melhora da autoestima, frustrações, relações pessoais, o alimentar-se corretamente e sem culpa, e aceitar o próprio corpo. A parti daí, estabelecer metas de saúde para além do peso, ter objetivos pessoais e apreciar o que o corpo físico consegue fazer.
Cada organismo é um conjunto de corpo e mente, e a aparência representa apenas uma parte, e não um todo do valor da pessoa. Através da autoaceitação e segurança constrói-se o corpo e a identidade.

Praticar Aceitação

Reconheça o seu próprio valor: o valor está naquilo que a pessoa é.
Respeite a sua individualidade: cada pessoa é um ser único, com características e subjetividade próprias.
Desenvolva maturidade emocional: entenda que o amor-próprio é importante e a autoaceitação traz um sentimento de completude, plenitude e paz.
Aceite os seus defeitos: pense no defeito como uma característica com potencial de melhoria.
Admita os seus erros: errar é humano, veja o erro como um aprendizado.
Mude o que for possível mudar: a mudança e a possibilidade de mudar está em nós.
Seja autêntica, natural, espontânea: seja você próprio sempre.
Pratique o autoconhecimento: para ter uma vida mais saudável e equilibrada.

A célebre frase: “mens sana in corpore sano” (mente sã em corpo são), ilustra a necessidade de corpo e mente estarem em completa sintonia para uma vida saudável.

Mariagrazia Marini Luwisch

Corar: 5 passos para superar

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Ao  Corar 

1. Relaxamento:

   Respire profundamente.

   Descontrai-a os ombros.

   Relaxe a musculatura do estômago.

2. Anuncie que vai corar.

3. Aceite o corar como uma parte de si.

4. Não se importe com a opinião dos outros.

5. Pratique meditação e visualize-se a corar.

Teste de Depressão

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Teste de Auto Avaliação da Depressão ( de Zung)

 

 

Responda rapidamente sem reflectir muito e assinale a pontuação numa folha à parte.

 

1=nunca

2=às vezes

3=frequentemente

4=quase sempre

1. Sinto-me desanimado(a) deprimido(a) e triste.

 

2. De manhã é o momento em que eu me sinto melhor.

 

3. Tenho crises de choro ou me sinto como se estivesse a chorar.

 

4. Tenho problemas de sono durante a noite.

 

5. Continuo a comer tanto quanto comia anteriormente.

 

6. Ainda tenho prazer em ter relações sexuais.

 

7. Notei que estou perdendo peso.

 

  1. Tenho problemas de prisão de ventre.

 

  1. O meu coração bate mais depressa do que o costume.

 

  1. Canso-me sem motivo.

 

  1. A minha mente está tão lúcida quanto antigamente.

 

  1. Tenho facilidade em fazer as coisas que fazia anteriormente.

 

  1. Sou agitado(a) e não consigo ficar parado(a).

 

  1. Sou otimista quanto ao futuro.

 

  1. Sou mais irritável do que o usual.

 

  1. Tenho facilidade em tomar decisões.

 

  1. Sinto-me útil e necessário(a).

 

  1. Tenho uma vida muito intensa.

 

  1. Tenho a sensação de que seria melhor se eu morresse.

 

  1. Ainda gosto de fazer as coisas que fazia anteriormente.

 

Some os pontos obtidos e verifique o resultado relativo à sua ansiedade:

Entre 20 e 31 : baixa

Entre 32 e 43 : média baixa

Entre 44 e 55 : média

Entre 56 e 67 : média alta

Entre 68 e 80 : alta 

Teste de intimidade

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O professor de psicologia social da Universidade de Stony Brooks, Arthur Aron, elaborou um método para criar intimidade romântica, que segundo ele faz com que o casal se apaixone.

O experimento foi criado há mais de 20 anos e, na sua versão original, é feito em um laboratório, com um homem e uma mulher heterossexuais que se conhecem só na ocasião. Eles fazem uma série de perguntas um para o outro, durante cerca de 45 minutos, e depois ficam se encarando nos olhos, sem desviar o foco, por mais 4 minutos.

Escolha alguém que combine com você, e façam as perguntas um ao outro na sequência apresentada. Lembre-se de responder com honestidade

PRIMEIRA PARTE

1. Se pudesse escolher qualquer pessoa no mundo, quem você convidaria para jantar?
2. Gostaria de ser famoso? Como?
3. Antes de fazer uma ligação telefónica, você ensaia o que vai falar? Por quê?
4. Como seria um dia perfeito, para você?
5. Quando foi a última vez que cantou sozinho? E para alguém?
6. Se pudesse viver até os 90 anos e ter o corpo ou a mente de alguém de 30 durante os últimos 60 anos de sua vida, qual das duas opções escolheria?
7. Tem uma intuição secreta de como vai morrer?
8. Diga três coisas que acredita ter em comum com seu parceiro.
9. O que faz você se sentir agradecido na sua vida?
10. Se pudesse mudar algo no modo como foi educado, o que seria?
11. Use quatro minutos para contar a seu companheiro a história de sua vida.
12. Se amanhã você pudesse se levantar desfrutando de uma habilidade nova, qual seria?
13. Se uma bola de cristal pudesse contar a verdade sobre sua vida, o que você lhe perguntaria?
14. Há algo que há muito tempo deseja fazer? Por que ainda não fez?
15. Qual é a sua maior conquista?
16. O que mais valoriza em um amigo?
17. Qual é sua lembrança mais valiosa?
18. Qual é sua lembrança mais dolorosa?
19. Se você soubesse que vai morrer daqui a um ano de maneira repentina, mudaria algo em sua maneira de viver? Por quê?
20. O que significa a amizade para você?
21. Que importância têm o amor e o afeto em sua vida?
22. Compartilhem, de forma alternada, cinco características que consideram positivas em seu companheiro.
23. Sua família é próxima e carinhosa? Você acha que sua infância foi mais feliz que a dos demais?
24. Como se sente em relação a sua mãe?
25. Diga três frases usando o pronome “nós”.
26. Complete esta frase: “Gostaria de ter alguém com quem compartilhar...”.
27. Se fosse terminar sendo amigo íntimo de seu companheiro, divida com ele algo que seria importante que ele soubesse.
28. Diga a seu companheiro do que mais gostou nele. Seja muito honesto, e diga coisas que não diria a alguém que acaba de conhecer.
29. Divida com seu companheiro um momento embaraçoso de sua vida.
30. Quando foi a última vez que chorou na frente de alguém? E sozinho?
31. Conte a seu companheiro algo de que já gosta nele.
32. Há algo que seja tão sério a ponto de não ser adequado fazer piadas a respeito?
33. Se fosse morrer esta noite, sem a possibilidade de falar com ninguém, o que você lamentaria não ter dito a uma pessoa? Por que não disse até agora?
34. Sua casa está pegando fogo, com todas as suas coisas dentro. Depois de salvar seus entes queridos e seus bichos de estimação, sobra tempo para fazer uma última incursão e salvar um único objeto. Qual você escolheria? Por quê?
35. De todas as pessoas que formam sua família, qual morte seria mais dolorosa para você? Por quê?
36. Divida um problema pessoal e peça a seu companheiro que diga como ele teria agido para solucioná-lo. Pergunte também como ele acha que você se sente em relação ao problema que contou.

SEGUNDA PARTE
Ajuste o cronômetro para tocar daqui a quatro minutos, e passem o tempo se olhando, olho no olho. Boa sorte!

 

Sobre mães

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O papel da mãe é quase sempre mais forte na educação dos filhos. É ela que define o vínculo de carinho e afeto com a criança que, com passar do tempo, irá sair de seus braços e seguir no mundo sabendo que tem uma mãe que a ama. Ela terá sempre a referência do amor incondicional dela, mas de forma saudável, pois amadureceu de forma inteligente.

 

Ser mãe não é fácil, ser filha ainda menos, e há maus momentos entre todas as mães e filhas, tal como há em todos os casamentos. Há mães esporadicamente difíceis (todas). E também há as mães consistentemente difíceis. A filha de uma Mãe Difícil tem sempre a esperança de que as coisas mudem. Com uma mãe narcisista, isto nunca acontece. A narrativa dela rejeita a mudança, o tempo, e os outros.

A narcisista é um dos ‘tipos’ de mãe difícil. Uma mãe difícil é mais do que uma pessoa com quem temos problemas de vez em quando. Uma mãe difícil põe a filha perante um grave dilema: ou desenvolve mecanismos complexos e autocastradores para manter a relação com a mãe, com grandes custos para a filha em termos de autoestima, relação e valores, ou arrisca-se a sofrer humilhações, desaprovação e rejeição.

 

Algumas mães podem ser tóxicas.

As mães tóxicas oferecem um amor imaturo aos seus filhos. Projetam sobre eles suas inseguranças para se reafirmar e, assim, obter um maior controle sobre suas vidas e a de seus filhos.

Por mais que pareça estranho, por trás do comportamento de uma mãe tóxica está o amor. Agora, todos sabemos que quando se fala de amor, há dois lados da mesma moeda: uma dimensão capaz de promover o crescimento pessoal do indivíduo, seja a nível de parceria ou a nível familiar, e um outro lado, mais tóxico, onde um amor egoísta e interessado é exercido, por vezes de forma sufocante, que pode ser completamente destrutivo.

Para lidar com uma mãe tóxica é preciso estar consciente para quebrar o ciclo de toxicidade.

Viver para ser feliz, exige dizer “não”, colocar suas necessidades em voz alta e aumentar suas próprias barreiras, aquelas que ninguém poderá ultrapassar.

 

Agradecemos às boas mães, pelo milagre da vida, pelo amor incondicional, pelo esforço, pelo cuidado, pelo carinho e proteção.