Separação
Estou casada há 17 anos e há sete meses deparei com o meu marido a “galar”, a “engatar” uma senhora, à minha frente, como se estivesse perdido. Perdido de amor, de paixão... Como se necessitasse do apoio e da atenção dela. Confirmaram-se as minhas suspeitas, até porque o casamento, não estava frio, estava gelado. Insisti para nos separarmos. Ele não quis. Diz que quer ficar comigo. Encetei um processo de reconquista, que aparentemente deu resultado. Nunca critiquei a outra, sempre a defendi. Até porque é verdade, todo o começo é involuntário como diz o poeta.
Mas esta tentativa de salvar tem-me saído cara. Sinto que ele tem momentos em que não esquece a outra senhora e que está comigo para salvar as aparências. Devo dizer que o primeiro divórcio dele foi na sequência de traição da primeira mulher. Mas traição a sério. E ele, na altura, adorou o papel de vítima.
Será que está comigo porque não quer passar de vítima a carrasco? Porque, neste divórcio, a vítima passo a ser eu, e acho que ele não aguenta esse julgamento público. Não sinto que me ame. Sinto que está comigo por conveniência. Para que os outros vejam.
Devo acrescentar que este é o meu segundo casamento. E está a acabar rigorosamente da mesma forma que o primeiro. Os meus dois maridos arranjaram outras mulheres. Traíram-me! Corro o risco de me divorciar, pela segunda vez, por causa da intromissão de uma mulher! É dose, para uma pessoa só!
OP
Cara OP.,
Não se sinta “condenada por uma sina”, viva esse momento como se fosse único e sem preconceitos. Ninguém pode preencher todas as nossas necessidades pessoais mas há umas duas ou três coisas das quais não conseguimos abrir mão. A solução está em dialogar e negociar.
Se estão juntos há tanto tempo é porque estão bem juntos. Continue o processo de reconquista, mantenha o seu caminho de reconstrução com amor para recuperar a relação e o bom entendimento.
Tudo de bom
Mariagrazia