Saltar para: Post [1], Comentar [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Traição e pormenores

 

Descobri que meu namorado enviou flores a uma mulher q conheceu durante a sua estadia de trabalho na Alemanha. Vi as flores com uma mensagem no facebook dela. Contou-me depois que apenas saíram 5 vezes todos juntos num grupo e que se beijaram numa noite.

 

Tentei ultrapassar e fui passar o fim de ano com ele, correu tudo bem e fui muito feliz, ate que no dia de regresso ele ao mexer na mala deixou um carregador ver-se, questionei e ele diz ser dum amigo o telemóvel, que só tinha o carregador.

 

Eu no outro dia já em Portugal perguntei se tinha ligado ao amigo, e ele mentiu e disse que não, quando a mulher dele disse que sim.

 

Agora diz q quer contar tudo, todos os pormenores que me queria poupar a mais magoa, que o pior já sei.

 

Será bom querer ouvir todos os pormenores ou vou ficar focada neles e continuar a odiar, é muita desilusão...Gostava de uma orientação.

Obrigado

 

 

Querer ouvir todos os pormenores, só vai trazer mais sofrimento e dificuldade para ultrapassar.

 

Por um estranho mecanismo perverso, o traído quer saber e conhecer os mínimos detalhes de “ quem, como, quando e onde” consumou-se a traição, mas cabe ao traidor proteger o parceiro de mais uma dor e portanto é justo contar somente o estrito e necessário, sem alimentar com detalhes os fantasmas dos quais se nutre o ciúme.

 

A traição provoca uma ferida profunda, uma cicatriz, que ficará mais indelével se favorecermos a imaginação, mantendo vivo o conto com detalhes. O eros vive de mistério, portanto se a chama da paixão tinha-se apagado e procurou-se estímulos externos ao casal, agora deve-se procurar manter o mistério não revelando tudo ao parceiro, mas somente o estrito necessário. Manteremos uma zona secreta e lembrando que não devemos confessar somente impulsionados pelo desejo de ficar bem com nós próprios e com a nossa consciência mas sim com o nosso parceiro.

 

A traição é um acto voluntário e ao mesmo tempo um acto de fraqueza e podemos aproveitar as suas consequências para reinventar a relação.

 

O importante é que não fique rancor, que é um dos principais vilões da intimidade, mas que se faça espaço ao perdão, que não significa esquecer, mas deixar que através de um longo percurso o casal possa recomeçar um novo caminho de amor, cumplicidade e partilha.

 

Tudo de bom

Mariagrazia

 

Comentar:

Mais

Se preenchido, o e-mail é usado apenas para notificação de respostas.

Este blog tem comentários moderados.