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Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

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Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Medo de ficar sózinha

Marc Chagall

 

 

Olá!
Minha história é a seguinte. Há 2 anos tenho feito concursos públicos para obter estabiliade profissional. Neste ano fui convocada por um deles que fica há 150 km da minha cidade. Sou casada e vivo muito feliz pois amo tudo que tenho, inclusive minha família. Porém, não estou gostando do meu emprego e principalmente de ter que ficar sozinha por pelo menos duas noites, num lugar próximo ao meu trabalho.
 
Sei que não deveria lagar o emprego logo ainda no início, principalmente porque é uma boa oportunidade. Só sei que ao imaginar a possibilidade de chegar no lugar de trabalho e no meu quarto á noite e não ter meu marido por perto, me dá medo, suor frio, pés gelados e coração acelerado...o que fazer, vou conseguir superar este medo???

Desmotivada e triste

Mary Cassat

 

 

 

Olá, ainda bem que encontrei este site. Eu estou desempregada há 3 meses e até agora tenho andado bem....mas há 2 dias par cá sinto-me triste, sozinha irrito-me com qualquer coisa......eu moro junta, e até a bem pouco tempo tinha muito desejo sexual agora estes dias não tenho tido........eu já tive uma depressão há alguns anos ando a tomar o valdispert......tenho uma vida razoável........ta a xegar os meus anos devia tar mais motivada mas não tou muito,,,,,,tou um pouco ansiosa para ver as prendas.............mas costumo tar melhor.............também sei que a primavera mexe muito connosco se calhar até e por isso...........gostaria que me aconselha-se e me desse  a opinião do que deva fazer mas não queria o meu email publicado gostava que me respondesse par ao meu email................só o facto de escrever este mail fiquei melhor.......se precisar de alguma informação disponha...........a minha mãe tem histórico de depressões e tem epilepsia,,,,,,,,,,,eu já andei a tomar magnésio..............
 
muito obrigada com os meus cumprimentos

Voltar à vida

Marc Chagall

Boa dia Dr. Mariagrazia,

Sou estudante em Engenharia, digo sou estudante mas nem ao menos sei se ainda posso me considerar como tal pois a cerca de um ano e meio  não consigo fazer nada de minha vida.
Lembro-me de que desde bem criança me levantava sozinho, me arrumava e me punha a caminho da escola sem sequer acordar minha mãe. Foram bons tempos. Hoje não consigo me levantar da cama no horário (na verdade passo praticamente todas as noites em claro e durmo depois cerca de 11 a 12h até que não aguente mais ficar na cama) e não consigo fazer nada que seja minimamente desagradável. Por exemplo, se tiver que viajar e para isso precisar acessar um site que contém a informação dos horários isso será para mim motivo até de não querer mais viajar (ou deixarei para fazê-lo no último prazo possível).

Alguém poderia dizer que estou em depressão. Eu diria que não. Simplesmente não consigo fazer nada que me desagrade minimamente. Se há uma festa para ir, eu prontamente iria. Se tenho que viajar para encontrar minha namorada, eu vou feliz e com boa vontade. Se estou há um jogo que gosto, não tenho problemas em começar.
Vejo muitos de meus colegas se formando e conseguindo bons empregos enquanto deixo todas as oportunidades que me são oferecidas passarem por obra dessa atitude que não sei como definir.

A questão que fica é: se estou fazendo de minha própria vontade, por que me sinto tão incomodado?
E outra questão ainda mais fundamental: como posso obter ajuda? Acaso existe alguém que tenha enfrentado similar distúrbio?

Por favor responda esse e-mail desesperado. Estará ajudando alguém a voltar a vida!
E.

 

 

 

Medo do escuro

Van Gogh

 

 
Olá boa noite,
eu tenho uma filha de 12 anos que sempre teve medo do escuro ela só consegue adormecer se tiver a luz acesa, durante a noite se eu me levantar e lhe apagar a luz  ela acorda logo e acende-a de novo e volta a dormir, se por qualquer motivo a luz faltar ela acorda e chama logo por mim, eu vou ao quarto dela e tenho que lhe dar uma pilha ou qualquer objecto que ilumine mesmo que pouco pois ela não consegue estar as escuras.
 
Ela já me prometeu várias vezes que ía começar a dormir com a luz apagada, mas quando chega a altura diz que não consegue, eu acabo sempre por ceder e deixar a luz acesa.
 
Será que faço bem?
Será normal na idade dela?
O que devo fazer para a ajudar a perder este medo?

 

Amor, sexo e admiração

 

Dra. Mariagrazia,
 
Tenho 25 anos e terminei recentemente uma relação que durou mais de 8 anos. Quando o fiz, tinha a certeza de era a melhor decisão, a única até. Agora não estou tão certa. Eu sei que ele me ama. Essa nunca foi uma dúvida e ele sempre demonstrou isso. Já nos conhecemos desde miúdos e éramos muito amigos antes de iniciarmos este namoro.
Desde o inicio, sempre fui muito apaixonada por ele e tinha uma grande admiração pelo homem que ele é. Iniciamos a nossa vida sexual juntos e sempre fomos muito abertos neste campo. Partilhamos os mesmos valores e projectos de vida e temos grande empatia e cumplicidade.
 
De há uns dois ou três anos para cá, começamos a discutir com muita regularidade. Normalmente eram coisas pequenas e era eu quem iniciava a discussão porque me exalto facilmente. Fazíamos as pazes rapidamente e discussão não tinha grandes consequências. Mas à medida que elas iam acontecendo, comecei a notar um padrão de coisas nele que eram
Incompatíveis com a minha maneira de ser e com a forma como eu o via.
 
Comecei aí também a perder o desejo sexual que sentia por ele.
No último ano, ambos estamos a passar por fases muito complicadas das nossas vidas a nível profissional e familiar. Eu cobrei dele soluções que ele não teve a vontade de empreender e acabei por não me focar nas soluções para a minha vida. Culpa dos dois, como sempre concorda. Chegado a este ponto em que tudo estava saturado, em que tudo era motivo de discussão, em que já fantasiava com outros homens na minha vida íntima, resolvi terminar a relação. Fizemo-lo com o compromisso de ficarmos amigos, tal como éramos antes. Na verdade, a conversa e o apoio nunca faltou no nosso relacionamento.
 
Quando tomei esta decisão e falei com ele, senti-me muito calma e até aliviada, pois achava que aquele relacionamento já me aprisionava, já não era isso que queria. Mas não faltou muito tempo para que sentisse uma imensa falta dele, imagino que da sua companhia e da nossa alegria quando estamos juntos...penso em todos os planos de vida que fizemos juntos. São planos que ainda quero concretizar, não sei é se com ele. Penso que é normal sentir esta saudade, estivemos muito tempo juntos e agora sinto-me um pouco só. Contudo, não consigo evitar o pensamento de que talvez um tempo seja tudo o que precisamos, que quando reorganizarmos as nossas vidas, poderemos voltar à relação inicial (sendo aqui a minha falta de desejo por ele o que mais me motiva a não acreditar nisto). Dê-me um conselho, por favor.
 

 

Mãe e filha

Gustav Klint

Olá Dr.ª.

Venho por este meio desabafar consigo pois já tenho este problema á muito tempo e com o passar dos anos não vejo melhoras...bem pelo contrario cada vez parece que está pior.

Sou filha de pais divorciados desde os 7 Anos...mas penso que o divorcio em si não me causou quais quer traumas, o problema é que fiquei com a minha Mãe , e que ao longo do tempo nos tornamos muito dependentes uma da outra. Tão dependentes que ás vezes não sei bem quem é a Mãe nem a filha.

 

 

Tenho muito orgulho da minha Mãe pois conseguiu-me dar uma boa educação e sempre tive tudo (dentro dos possíveis), sempre foi uma mulher moderna, de mentalidade aberta, um bocadinho rígida, mas penso que fez bem e sempre sozinha pois o Meu Pai só comecei a ter mais contacto com ele depois de o meu filho nascer…e se não fosse a minha Mãe a insistir para lhe ligar de vez em quando, acho que hoje em dia não tinha contacto nenhum com ele.

Neste momento com 58 Anos está Reformada...A Empresa foi á Falência e acabou por pôr a Pré Reforma, no Inicio esteve a viver comigo 2 Anos Quando o meu filho nasceu mas depois por se chatear com o meu marido hoje vive em casa dela.

O Problema é que não consigo viver mais a minha vida sem ter sempre um peso na consciência de não estar com ela. Sou eu que lhe marco as consultas...telefono-lhe todos os dias...agora arranjei-lhe um computador com internet para se entreter, normalmente de 15 em 15 dias vai a minha casa, passa quase sempre férias comigo, nunca lhe dei problemas grandes..tenho o meu emprego..um casamento estável…uma boa casa….um filho lindo…tinha tudo para ser mas….

 

Eu acho que a minha mãe faz muita chantagem psicológica comigo e eu não consigo escapar.

Namorei com o meu actual marido 5 Anos.com vários problemas pois quando saíamos tínhamos de levar a minha Mãe...Se eu saia sem ela ficava com um peso na consciência de ela ficar sozinha. Pois ela ficava sempre chateada. Cheguei a dizer-lhe que não saía para não a deixar em casa sozinha e aí é que entornava o caldo, pois ficava chateada e dizia que não queria que tivesse pena dela, que nós...eu o o meu marido éramos uns egoístas, enfim era discussão.

Quando estamos com muita gente…chateia-se sempre….ou porque alguém lhe manda uma piada...ou porque não se faz como ela quer…isola-se e diz que se vai embora...que quer ficar sozinha…que já cá não faz falta, enfim eu fico numa pilha de nervos...que fico sem saber o que fazer, de vez em quando tento acalma-la outras vezes acabo por não lhe dizer nada..mas acabo por ficar numa grande ansiedade…e quando não acontece nada ansiosa fico sempre á espera que aconteça algo.

A fase pior é no Natal….Há sempre problemas. Eu neste momento já fico ansiosa só de pensar como é que vai ser…Quando chega a altura de ir para a minha casa…faz sempre fitas ou porque não lhe apetece ir…ou porque não me quer causar problemas…ou porque quer ficar sozinha...enfim, Há dois anos teve a maior crise de Sempre...porque o meu marido discordou com qualquer coisa com o nosso filho...ela descontrolou-se foi para o quarto..que não queria estragar a festa a ninguém…no dia a seguir quase não falou foi para casa dela..ligou a uns amigos nossos a dizer que não sabia o que fazer que se ia matar ..ia desligar o telemóvel para não contactar ninguém e fiquei sem contacto durante alguns dias..cheguei a ligar-lhe para o trabalho e refilou comigo que não tinha nada que ligar para o trabalho dela…depois de andar atrás dela durante 3 meses lá lhe fiz ver que ninguém estava zangado que era bem vinda lá a casa e lá aos bocadinhos lá se foi aproximando. A minha mãe não tem amigos ou amigas, sempre viveu para mim quando eu era pequena tive uma crise que ficou internada no Júlio de Matos, com problemas do foro psicológico…Na família dela existem alguns familiares que se suicidaram.

Em fim….Quando falo com ela fico com uma grande ansiedade…fico sempre com o sentimento de culpa…evito contraria-la….ás vezes sinto-me culpada de não a ter habituado á minha ausência, como a maior parte das minhas amigas o fazem…sempre tentei ser uma boa filha...mas por muito que faça …

 

Ser Mãe

Gustav Klimt

 

Ser mãe, uma missão para a vida, que começa no momento exacto da notícia da gravidez.
 
Existem vários tipos de mães desde a mais permissiva até a mais autoritária. O mais importante é a mãe estar bem estruturada psicologicamente para poder contribuir ao saudável desenvolvimento psicológico de seus filhos.
 
A mãe desejável é a mãe cuidadora, atenta e presente às necessidades do filho, que protege e ajuda o filho no seu desenvolvimento.
 
A mãe ideal não existe, existe a “mãe possível”, cada uma na sua individualidade. A mãe não precisa ser perfeita, precisa ser equilibrada para cuidar, proteger, ajudar, educar, consolar, apoiar, dar amor e prover às necessidades e ao mesmo tempo dar espaço ao crescimento saudável e a independência do filho.     
 
Ser uma mãe atenta e dedicada significa também poder conviver harmoniosamente com o facto de também ser mulher e cuidar de si, para que possa investir na felicidade de seu filho e na sua.
 
Dizem que amor de mãe é incondicional, o certo é que ser mãe envolve prazer e sofrimento e como diria o poeta Carlos Drummond de Andrade no poema Para Sempre: “Mãe não tem limite, é tempo sem hora.” 
 
Um Feliz dia das mães!