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Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Aparência exterior

 

 Exma. Sra. Doutora,

 

Tenho 31 anos e ele 33, eu tive duas relações anteriores bastante felizes, que acabaram bem e sem rancores e ele teve uma relação de 6 anos em que esteve casado 2 anos e que acabou bastante mal. Namoramos há 2 anos e temos o casamento marcado para daqui a 1 ano. Sempre fui uma pessoa feliz, sem problemas, tinha excesso de peso mas nunca fui descriminada, sempre me senti amada por família e amigos, até que há 6 anos decidi emagrecer e se já antes era feliz, passei a adorar a vida e a gostar e a tratar de mim. Entretanto surgiu a relação, ele é uma pessoa muito complexada desde criança, marcado pela relação anterior e indignado por ter dado tudo dele e mesmo assim essa relação não ter acabado bem. É também alguém que liga muito à aparência exterior e quem tem sofrido com isto sou eu.

 

No início da relação eu tinha 57kg (tenho 1.62), estava bem mas senti desde logo alguns reparos da parte dele, uns "vais comer isso?" aqui e ali, uns "essa roupa faz-te gorda", "isso fica-te mal, faz-te as costas largas", "isso são batatas fritas?", etc. Passados estes dois anos e após uma gravidez com um aborto espontâneo, engordei cerca de 5kg e desde então estes comentários anteriores juntamente com os agora já habituais "estão a sair-te as banhas pelas calças", "esse não é o casaco que vestiste o fim-de-semana passado?", o "isso fica-te mesmo mal, vê-se a gordura toda "entre tantos outros, começam a afectar-me a auto-estima... Logo eu que nunca tive desses problemas.

 

Começo a ficar saturada, já tive várias conversas francas e directas com ele sobre o modo como ele começa a arrasar comigo e como se ao princípio eram suportáveis, agora começam a não me fazer er vontade de passar tempo com ele. Isto já dura há bastante tempo, ele não muda e sinceramente não cheguei aos 31 anos feliz para agora ter alguém constantemente a deitar-me abaixo e a fazer-me sentir mal. Sou uma pessoa bastante racional, os pés bem assentes na terra e sei ver que muito do que ele me diz sã o ospróprios problemas e complexos dele reflectidos em mim, como se para se sentir bem com ele próprio tivesse de deitar a outra pessoa abaixo.

 

Sei que racionalmente não devia deixar-me afectar por isto, mas sou humana e neste momento já não estou a gostar nada de mim. Cheguei a uma altura em que preciso de ajuda para lidar com isto pois trata-se de uma relação que quero manter, amo-o.

 

Obrigada
pela atenção e disponibilidade.

 

 

Casamento confuso

 

Bom dia Dr.ª Mariagrazia

 

Ando desde há já algum tempo á procura de ajuda, por vezes penso que exagero (já cheguei a “consultar” tarot, mas que não foi nada positivo para o meu problema e que por isso ainda aumentou em mim a preocupação). Vou tentar ser a mais concisa e exacta possível.

Estou casada há cerca de 11 anos e deste casamento temos dois filhos. O nosso casamento nunca o considerei perfeito.

Durante o namoro saímos muito, estava sempre a oferecer-me presentes, parecia não querer separar-se de mim. Com o casamento a situação alterou-se. Passou a sair com os amigos sozinho (em média, se calhar 2 vez por mês: aniversários, festas…). No início ainda lhe pedia para ir com ele e ele justificava o facto de não o acompanhar pois eram só colegas e eu não me iria sentir bem… Isto aconteceu algumas vezes até que a dada altura me cansei de me chatear com isso. No entanto, nunca perdia a oportunidade, em altura de discussões, de lhe “atirar” isto á cara, dizendo-lhe que só saia com os amigos e com a esposa nunca se dava ao trabalho de sair.

Nunca mais fomos a uma discoteca, ao cinema juntos. Com o nascimento dos filhos a minha atenção virou-se mais para eles, até
porque o meu marido sempre foi um pai ausente, por motivos profissionais, e quando podia estar com eles, arranjava sempre algo para fazer (já me chegou a confessar que por vezes vinha mais tarde para casa – quando já estava tudo a dormir – para não se chatear).

Em público nunca foi pessoa de muitos afectos (salvo durante o namoro), mas em casa a situação alterava-se um pouco.

No início do casamento os problemas surgiram mas devido à proximidade dos pais dele, pois morávamos numa casa que era deles e no andar inferior ao deles. A minha sogra sempre se meteu muito na nossa vida, mais comigo do que com o filho, pois ele não lhe dava muita importância. Ela queria assegurar-se de que o filho não sairia das asas dela. Cinco anos após o casamento consegui convencê-lo a comprarmos casa.

 

Felizmente para mim, o meu marido sempre separou muito bem as “águas” fazendo ver a mãe que eu sou mulher dele e mãe dos seus netos e que por isso “mando” mais do que ela.

Estas divergências acabaram também por influenciar os primeiros anos de casamento e não são raras as discussões que não cabem em falarmos das nossas famílias (ele com a minha família nunca foi nada aberto) o que acaba por magoarmo-nos um ao outro.

 

No entanto, o casamento foi-se mantendo com algumas crises tendo sido ultrapassadas mais ou menos bem.

O maior problema surgiu quando eu tive a possibilidade de ingressar numa carreira que me dava mais motivação.

No início foi mais fácil pois fiquei por casa. Passado cerca de 3 anos tive que me deslocar (por motivos deste trabalho) a mais de 300 Kms de casa. Durante estes primeiros anos falámos da possibilidade de ele ir comigo, situação a que não se opôs. Também não lhe ocultei o facto de querer levar os filhos comigo.

 

Os problemas começaram a agudizar-se logo após 1 mês da minha ausência durante a semana (aos fins de semana sempre fui a casa, quando os nosso filhos estavam doentes era eu quem os levava ao médico, era eu que falava com a professora – apesar de distante fisicamente sempre estive muito próxima deles), dizendo-me ele que não sabia se iria aguentar a situação, pois iríamos perder muito como casal, que tinha medo de não me conseguir perdoar por lhe ter desfeito um sonho e pensando no dia em que os filhos iriam comigo seria muito pior. Ele realmente chamou-me a atenção para o que está a suceder agora.

Durante o ano passado as nossas conversas, acabavam por terminar quase sempre em discussão, no entanto a nossa intimidade sempre esteve salvaguardada.

Confesso que não é nada fácil lidar com esta situação, pois os ciúmes acabam por ser muito maiores, e quando nos vêm dizer que o nosso marido anda envolvido com outra, apesar de nunca terem visto nada (pois apenas tomavam café, fumavam juntos e iam às festas de trabalho juntos) o certo é que me fez vacilar.

Confrontei-o com esta situação e ele sempre me negou este envolvimento, mas o certo é que esta situação me fez vacilar, uma vez que a partir do ida dos nosso filhos para junto de mim ele tornou-se mais distante.

Já há muito não o ouço a dizer que me ama, que ainda gosta de mim, e esta incerteza tem-me minado por dentro.

 

Há cerca de 2/3 meses começámos a dialogar normalmente. Ele diz-me que sabe que me está a fazer sofrer, que inconscientemente me culpa pela distância, mas que conscientemente sabe que eu fiz a melhor opção e me irá apoiar sempre nesta minha decisão de mudar de vida. Inicialmente ainda se colocou a hipótese de ele deslocar-se também para onde estou a trabalhar, mas depressa abandonou essa hipótese e neste momento, não quer falar sobre esta situação.

 

Tenho lido e falado com algumas pessoas que me tentaram ver a situação pelos dois pontos de vista.

Sempre lhe disse que compreendia e aceitava o que ele estava a passar, mas que estava já a chegar ao meu limite, pois quando fala comigo é sempre com “sete pedras na mão”. Já há muito que não tem um carinho para comigo, apesar de demonstrar
preocupação. O problema, penso eu, é que não se consegue abstrair da ausência dos filhos, e ao fim de semana “vive” para os filhos e quer saber de mim.

 

Diz-me que eu também mudei, pois estou muito mais exigente na forma como nós estamos do que anteriormente. Já lhe justifiquei que mudei, mudei sim, pois as saudades na semana são tantas que ao fim de semana tento conjugar todas as
forças em investir na relação e na família que somos 4.

Há um tempo atrás pediu-me mais espaço, pois eu queria a sua atenção sempre, não o deixando estar sozinho com os filhos.

 

Entendi a situação e agora estou a dar-lhe mais espaço.

Tudo isto para enquadrar o problema. Agora fala em separação. Diz-me que não sabe se consegue ultrapassar esta fase, que está a ser muito difícil para ele, que sabe que me magoa, mas não consegue agir de outro modo e que se soubesse que seríamos todos muito mais felizes separados que não tinha dúvidas nenhumas.

 

Não o consigo fazer abrir-se para mim. Já o questionei se ainda gostava de mim o suficiente para tentar recuperar o que ainda pode ser recuperado e ele responde-me que não sabe se será já tarde de mais. Já ponderei a hipótese de os nossos filhos regressarem para junto do meu marido, pois eu aguentei muito melhor a separação do que ele, mas ele diz-me que neste momento não tem tempo para eles (pois a sua vida profissional não lhe permite).

 

O discurso dele, por vezes é contraditório.

Já tentei que ele aceitasse a ida a uma consulta de terapia conjugar, mas ele recusa-se.

Neste momento, estou a tentar dar-lhe o espaço a ele e a ele com os filhos, mas por vezes sinto-me colocada de lado, pois acho que os filhos têm todo o direito de estar com os dois pais ao mesmo tempo. Ele muito dificilmente se abre comigo (é o problema dos homens falarem dos seus próprios sentimento?!...)

 

Tenho-lhe dito constantemente que o amo, que quero lutar pelo casamento, pois acho que ainda há muito que fazer, mas não consigo obter nenhuma resposta da parte dele. Eu sei que ele está magoado comigo e com o mundo, que ainda não aceitou a nossa separação física, a separação dos filhos, a solidão de uma semana, que a cabeça dele também ainda não encontrou qualquer resposta. Sei que ele está muito confuso.

Gostaria de o ajudar, já tentámos conversar para encontrar alguma solução mas nunca conseguimos.

Já não sei o que fazer.

 

O que posso fazer para o ajudar a superar esta situação e a ajudá-lo a descobrir o que quer para a sua vida, para a vida dos filhos e para a nossa
vida.

 

Obrigada por me ter ouvido e peço desculpa por este meu extenso testemunho.

 

Traição e perdão

 


 

 

Preciso de ajuda! sou casada há 9 anos. Já levei um chifre a 2 anos atrás. Perdoei. Me senti um lixo mas ele disse que buscou fora o que eu não oferecia em casa, aquelas coisas que eu penso que todo homem diz. A verdade é que perdoei mas não parava de falar nela e ressentida não me abri para o relacionamento. Ficamos distantes e as brigas comecaram novamente. Há 20 dias descobri outra traição. Mandei-o embora, só que ele diz que me ama, quer voltar, nao vive longe de nós...o fato é que eu nao sei se dar uma segunda chance, se vale a pena...

 

 

 

 

Continuar junto ou separar?

Bom dia,

 

Estou casado há 13 anos, e tenho 2 filhos de 5 e 9 anos respectivamente. De há 3 meses a esta parte tenho notado a minha mulher distante e apreensiva, até que há cerca de 2 semanas disse que queria separar-se de mim, que estava farta, já não conseguia olhar para mim porque eu durante muitos anos tive atitudes agressivas verbalmente com ela e os nosso filhos.

 

Depois de uma conversa decidimos que eu devia sair de casa por uns tempos para ver se ela sentia a minha falta, e se ainda me amava e estabelecemos um prazo até ao fim do verão para ver se continuamos juntos ou nos separamos de vez.

 

Neste momento sinto uma grande distância entre nós e gostava de saber a sua opinião e possivel ajuda.

 

Com os meus respeitosos cumprimentos

PS:agradeço que não publique o meu nome