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Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Preguiça

 

Olá, gostava de ter uma orientação para um problema sério que anda a perseguir-me: a preguiça. Não tive grandes instruções de minha mãe em como ser uma boa dona-de-casa e hoje sofro com isto pois casei com um homem que amo, mas que no entanto realiza-se a ver a casa a brilhar e é muito exigente até no cardápio. Estamos casados há 4 anos, temos um filho ao qual gosto muito de cuidar (neste aspeto não tenho preguiça) mas quando chega a parte principal que é cuidar de um lar para mante-lo limpo e confortável não me apetece nada, odeio cozinhar e limpar, apesar de lutar todos os dias contra isso.

 

O que faço? Ajude-me, tenho medo de perder meu marido por causa disto, ele é o único que sustenta a casa e eu adoro shoppings e ele acaba por ficar irritado quando quero satisfazer minhas vaidades de mulher. Será que sou anormal? Odeio ser assim mas a preguiça não me larga. Ajude-me por favor!

 

 

Cara leitora,

 

Como a preguiça não é considerada uma patologia, não se pode falar em cura. Mas algumas mudanças podem diminuir significativamente a moleza e fornecer novas formas de energia e motivação. A prática de exercícios físicos é uma dessas mudanças. Algum acompanhamento terapêutico também pode ser indicado, na tentativa de buscar compreender as causas da preguiça ou, ainda, resgatar antigas atividades consideradas prazerosas. Além disso, alimentos mais leves e dietas mais balanceadas parecem estar diretamente ligados à disposição para as atividades.

 

O que precisa é de disciplina e fazer um plano de trabalho. Coisas que precisa fazer todos os dias, coisas que vai fazer uma vez por semana, etc. e o resto do dia faz o que quer, vai ao shopping, e satisfaz algumas das suas vaidades, etc.

Prepare uma lista, procure cumprir  e inclua na sua lista exercícios físicos.

 

Fique bem

 

 

Violência e agressividade doméstica

 

Boa noite

 

Escrevi para aqui na esperança que me pudesse ajudar a pelo menos entender o porque e o que posso fazer para melhorar.

 

Sou portador de XXX, tenho 22 anos e sempre fui muito mal tratado pelo meu pai também se fartava de espancar minha mãe.

 

Eu desde sempre que vi minha mãe ser agredida pelo meu pai constantemente e diariamente e apenas era dia de paz quando ele não estava em casa e passava dias fora, o pior mesmo era quando ele se embebedava...

 

Após 16 anos de os meus pais estarem juntos, a minha mãe não aguentando mais tais agressões e maus tratos, fugiu de casa abandonando-me a mim e a minha irmã.

 

Ficamos os dois entregues ao monstro do meu pai. 

 

A minha irmã foi para uma instituição porque o meu  pai começou a agredi-la também e a todas as "namoradas" que cruzaram seu caminho.

 

Eu fui posto fora de casa com 20 anos o meu pai apontou-me uma arma a cabeça e mandou-me embora.

 

Eu sempre fui um rapaz atinado e ajuizado fazia as minhas "brincadeiras" e saídas como toda agente normal.

 

Agora com 22 anos tenho um relacionamento com uma mulher mais velha, e já dura a 1 ano e meio.

 

O grande problema agora e que eu já a agredi algumas vezes e depois sinto-me mal por isso fico com remorsos e até nojo de mim próprio.

 

Isto acontece sempre que ela me levanta a voz ou e um pouco mais brusca comigo.

 

Eu não quero ser igual ao meu pai e quero mudar mas quando acontece eu não consigo tomar conta de mim e algo que não controlo.

 

Eu amo-a muito e agressão não tem perdão e eu não a quero perder, por favor ajude-me a tratar-me. 

 

 

 

 

Caro leitor,

 

Esses ataques de agressividade que sofre estão relacionados com a sua experiência do passado. Embora as experiências do passado tenham sido traumáticas, presenciou e sofreu muitas cenas de violência doméstica que registaram no seu subconsciente como ser uma maneira de agir.

 

O melhor para si é fazer uma psicoterapia, para poder entender quais são seus bloqueios que o impedem de ter um relacionamento saudável e uma vida normal sem violência. Precisa mudar o seu comportamento e controlar sua impulsividade e para tal necessita de uma ajuda psicológica válida para reorganizar a sua mente e investir num projecto de vida saudável. O tratamento psicológico é essencial para a sua própria eficácia de protecção e criação de mecanismos que permitam quebrar o ciclo de violência e encontrar novas atitudes para gerir a sua vida.

 

Entretanto confie si próprio, procure sempre se controlar antes de agir, nessas situações pare e faça alguma outra coisa como sair da sala, ir fazer uma caminhada, faça uma acção inofensiva, entretanto inscreva-se num curso de artes marciais para soltar a energia, etc.

 

Conscientize-se que é possível demonstrar insatisfações sem ser violento!

O ser portador de XXX, em princípio, não é uma predisposição para a agressividade.

 

O ter consciência do seu problema já é um passo para o caminho do tratamento, agora é ter motivação, segurança e certeza de si!

 

Um abraço

Mariagrazia

 

Grávida confusa

 

 

 

 

Esta é mais uma tentativa DESESPERADA de entender meu parceiro.

 

Estou grávida de 6 meses e meio, de um menino. Me relaciono com o pai dele a um ano e cinco meses. Durante toda a convivência ele expressava a vontade de ser pai, pois carrega a dor de ter perdido um filho que já estava em formação, da ex mulher. Quando soubemos da notícia da chegada de um filho foi em uma época um tanto conturbada. Aliás nossa relação sempre foi muito conturbada, pois não é um relacionamento onde existe um parceiro e uma parceira, é um relacionamento onde existe um parceiro (ele),  uma parceira (eu), uma ex mulher que esta sempre por perto (mas não ataca diretamente), uma ex namorada que ataca diretamente fazendo chantagens emocionais (alegando que ela deixou marido por ele, alegando que ele prometeu cuidar dela e da filha), e a culpa culpa por ter traído a primeira esposa com esta ex namorada e culpa porque o relacionamento com esta "amante" que passou a ser namorada não ter dado certo), e para finalizar o medo (pois ele tem 36 anos e sua vida sentimental e profissional não obtiveram sucesso, medo de eu cometer os mesmos erros que as ex's dele cometeram, medo pois tenho apenas 22 anos e considerada bonita pelo padrão da sociedade).

 

Por todos estes motivos decidi que nosso relacionamento deveria encerrar (diversas vezes ele tentou terminar comigo e eu não aceitei pois sempre achei injusto agente terminar por medos e receios de um passado quando eu nem fazia parte da vida dele, não queria "pagar" por uma coisa em que eu nem estava presente, e por isso passei por cima de muitas coisas, para provar que queria que desse certo), mas finalmente havia chegado a conclusão que talvez seria melhor assim, cada um seguir a sua vida. Foi ai que veio a notícia, descobri que estava grávida.

 

Na hora chorei muito, pois só eu sei o quanto custou para mim ter coragem de deixa-lo. Me senti culpada, pois ele na mesma época voltou com os planos de fazer faculdade, e abrir o próprio negócio, e o nosso filho por mais que seja um criança desejada ela não foi planejada para este momento. Eu também queria iniciar minha faculdade.

Então combinamos que ele continuaria com a faculdade, eu adiaria a minha (mesmo porque com um filho pequeno é difícil estudar e trabalhar, ainda mais quando a grana é curta), e mantive em segredo a minha decisão de terminar. Cresci sem um pai, não quero que isso ocorra com o meu filho.

 

Combinamos de morar juntos. 

Sei de todos os defeitos dele, e mesmo assim achei que valeria a pena recomeçar, talvez com a chegada do nosso filho ele se sentiria mais seguro, pensaria mais no presente e o passado o atormentasse menos.

Eu não consigo conversar com ele, vejo claramente que ele é uma pessoa frustrada, insegura. E se eu for falar isso com ele, para poder ajuda-lo ele não vai aceitar, vai transformar em briga como das outras vezes. Ele não consegue lidar com a pressão, e as coisas estão acontecendo tudas juntas, a gravidez passando rápido, e nem um teto para nosso filho ainda temos, cada um na casa de seus pais, problemas com a empresa, pois ainda esta nova e negócios novos são dores de cabeça. O dinheiro anda curto e ainda estamos tendo muito prejuízos.

 

Me considero uma pessoa razoável, não gosto de ficar muito no pé pressionando pois sei que se eu o fizer ele não vai aguentar a pressão e vai escapar. Mas também não estou aguentando a barra sozinha. Tentei explicar a ele que estou precisando de mais segurança, afeto, mas toda vez que acontece algo a iniciativa é terminar, quando o vendaval passa ele diz que não conseguiria viver sem mim e nosso filho, que foi da boca para fora. Mas esta situação já esta ficando intolerável, TODA SEMANA ele termina comigo, sofro pois fico imaginando se esta realmente não será para valer, mas sei também que eu preciso tomar uma decisão, porque virou safadeza este vai e volta. Quero terminar, mas não tenho forças pois o amo muito e mesmo com os defeitos sinto muito a falta dele quando estamos sem nos falar. Mas também sei que preciso de segurança para mim e para o nosso filho, que não será saudável para ele conviver em um lar instável. 

 

Para ajudar, com os distúrbios emocionais que a gravidez proporciona eu também tenho me descontrolado, assim pioro as brigas. 

O pior é que não posso me abrir com as pessoas, pois a maioria incentiva a terminar, até mesmo a mãe "se não dá certo talvez seja melhor mesmo terminar...". Não estou a procura de motivos para permanecer, procuro uma solução. Não quero arrepender-me da minha escolha, sei que é um risco...

 

Cara futura mamãe,

 

 

Terminar a relação não é solução. A confusão está armada: um bebé a nascer, um pai com baixa auto-estima, sem sucesso, culpado, com ex-mulher e ex-amante, etc.

 

Não se assuste, essa situação pode ser bastante comum e é consequência das novas famílias.

 

Se você gosta dele, antes de pensar em terminar tente investir na vossa relação, afinal ele vai ser o pai de seu filho.

 

Encontre soluções positivas para o futuro da sua relação e de seu filho que vai nascer. Tente ser flexível, dialogue muito com ele e tentem negociar para se entenderem.

 

Se ele se sentir inseguro pode incentivá-lo a procurar uma ajuda especializada ou mesmo irem juntos a uma terapia de casal para serem acompanhados nesse momento mais difícil.

 

Procure se acalmar, ter paciência e tomar decisões com sabedoria e pensamento positivo para receber essa nova criança!

 

Tudo de bom e felicidade para si e para o seu menino que vai nascer!

 

 

 

Carnaval e origem

 

 

 

 

A origem do carnaval é um assunto controverso. Alguns historiadores associam o começo das festas carnavalescas aos cultos feitos pelos antigos para louvar boas colheitas agrárias, dez mil anos antes de Cristo. Já outros dizem que seu início teria acontecido mais tarde, no Egito, em homenagem à deusa Ísis e ao Touro Apis, com danças, festas e pessoas mascaradas. Há quem atribua o início do carnaval aos gregos que festejavam a celebração da volta da primavera e aos cultos ao Deus Dionísio. E outros ainda falam da Roma Antiga com seus bacanais, saturnais e lupercais, em honra aos deuses Baco, Saturno e Pã.

 

A origem das festas carnavalescas não tem como ser precisamente estabelecida, mas deve estar relacionada aos cultos agrários, às festas egípcias e, mais tarde ao culto a Dionísio, ritual que acontecia na Grécia, entre os anos 605 e 527 a.C.

Uma coisa, porém é comum: o carnaval tem sua história, como todas as grandes festas, ligada a fenómenos astronómicos ou da natureza. O carnaval se carateriza por festas, divertimentos públicos, bailes de máscaras e manifestações folclóricas.

 

A palavra carnaval também apresenta diversas versões e não há unanimidade entre os estudiosos. Há quem defenda que o termo carnaval deriva de “carne vale” (adeus carne!) ou de “carnem levare” (supressão da carne). Esta interpretação da origem etimológica da palavra remete-nos ao início do período da Quaresma que era, em sua origem, um período de reflexão espiritual e também uma época de privação de certos alimentos, dentre os quais, a carne.

 

Outra interpretação para a etimologia da palavra é a de que esta derive de “currus navalis”, expressão anterior ao Cristianismo e que significa carro naval. Esta interpretação baseia-se nas diversões próprias do começo da primavera, com cortejos marítimos ou carros alegóricos em forma de barco, tanto na Grécia como em Roma.

 

Embora não saibamos ao certo a origem dessa celebração, o Carnaval é uma festa que celebra a vida e a alegria.

 

Dificuldade em engravidar

 

 

 

 

Boa tarde

 

Não consigo deixar de estar triste, desde Abril de 2011 que tento engravidar e não consigo, já passei por uma fertilização in vitro com resultado negativo, não sei se tenho forças para fazer outro tratamento, sinto que o tempo se esgota. O meu marido já tem um filho, durante todo o ano sou mãe semana sim semana não, mas apenas nas obrigações.

 

Às vezes penso se não será melhor voltar a morar sozinha, ao menos assim acaba-se a esperança, mas acaba-se também o stress, a raiva e a ansiedade que me assola a cada mês e cada vez com mais intensidade. A mãe do meu enteado já tem outro filho, já ficou grávida e sem dificuldade depois de eu começar a tentar e já teve o bebé, os nossos amigos também, sem querer aconteceu e já nasceu o bebé. Assim como aqui no meu trabalho, engravidaram tiveram os bebés já regressaram ao trabalho e eu nada.

Não me apetece trabalhar, não me apetece fazer nada, falar com ninguém, conviver com ninguém, nem sequer festejar o Natal.

 

Amanhã tenho jantar com um casal amigo para conhecer a filhinha de tem 3 meses, escusado será dizer que não quero ir porque me causa sofrimento, mas o meu marido não compreende, nem nunca vai compreender e eu nunca vou quero ir porque me causa sofrimento, mas o meu marido não compreende, nem nunca vai compreender e eu nunca vou conseguir ser feliz. Só me apetecia desaparecer. Adormecer e não acordar mais. Deve ser por isso que tenho tanta dificuldade em adormecer.

 

Estou tão cansada.

Cumprimentos,

M.

 

 

 

Cara M.,

 

Para engravidar vai precisar ter calma. A ansiedade põe tudo a perder.

 

Ao não conseguir engravidar é normal ter uma sensação profunda de perda, ficar stressada, triste ou sem saber o que fazer. Procure não se recriminar por se sentir assim. Encarar e aceitar o que está a passar, ajuda a suportar essas emoções e a pensar mais descontraidamente.

 

Não se culpe. Tente resistir à tentação de ficar zangada consigo. Esse tipo de pensamento negativo só piora as coisas. Quando começar a ter pensamentos sobre o que "devia" ou "podia" ter feito, lembre-se que problemas de fertilidade acontecem, não são culpa sua.

 

Mesmo que você tenha tomado decisões no passado e hoje se arrependa, já passou, não adianta mais ficar remoendo. Tente se concentrar no presente e nas coisas boas que virão quando o problema for finalmente superado.

 

E o mais importante "esqueça", deixe acontecer, vai ver que quanto menos espera, acontecerá. Aproveite o bom da vida!

 

Se entretanto sentir que esse fato está a se tornar um problema recorrente, procure a ajuda de uma psicóloga para que a oriente e a acompanhe nessa fase.

Felicidades

Mariagrazia