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Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Dor da separação

 

 

Boa tarde doutora,

Venho lhe expor o meu caso que me faz bastante sofrer:

 

Tenho 34 anos e estive durante dez anos com um companheiro de quem tenho dois filhos, separei-me há pouco tempo mas desde aí (se calhar até antes) só penso na morte dele, mas pior também estou sempre a pensar na morte dos meus pais (sao pessoas saudáveis) mas no entanto estou regularmente a pensar nisso e a pensar que dificilmente conseguirei ultrapassar esse futuro... o que posso fazer para conseguir superar os meus medos?

 

Outra coisa... o meu ex companheiro não aceitou muito bem o nascimento do nosso segundo filho que foi planeado!... Apesar de lhe pedir explicações ele não mas da nem reconhece que inconscientemente talvez o tenha rejeitado...separamo-nos 4 meses depois do nascimento do nosso segundo filho...quando a nossa primeira filha nasceu ele foi um pai muito presente e para o segundo foi ignorando o filho, evitando o contacto com ele... não percebo!

 

Agradeço lhe desde já ter lido o meu mail e uma resposta que me possa ajudar...

Obrigada CD

 

 

 

Cara CD,

 

Separar de quem se ama ou de quem partilhamos parte de nossa vida e tivemos filhos  não é uma tarefa fácil. É uma parte da vida que encerra naquele momento e portanto é visto por nós psicólogos como um momento de luto, onde as dores da perda serão elaboradas até que se volte à normalidade. As emoções ficam mais expostas e a razão parece não existir.

 

Ficamos totalmente sem defesas e sem proteção. Perde-se a vontade de fazer qualquer coisa que seja por si mesmo, falta forças, desvalorizada, ou ainda desacreditada de ser merecedora de nada que a faça  sentir-se bem, como se houvesse uma culpa escondida pelo acontecimento ou uma enorme amargura pela injustiça, que equivocadamente sente ter sido vítima.

 

Com toda certeza é um momento de muita dor, são lembranças, projetos, sentimentos, realizações que terão que ficar para trás, que não farão mais parte da sua vida atual. É exatamente isso que dá a sensação de vazio, os planos desfeitos, os sonhos que jamais serão realizados, ao menos com quem se acreditou que seriam. Tudo isso acabou! Acabou o “nós” e é preciso de novo voltar a dizer “eu”.

 

Mas podemos, e devemos, fazer algo para que consigamos suportar esse momento tão difícil, que para a grande maioria dos seres humanos, parece não ter fim. É preciso fazer o luto da relação.

 

Assim estará pronta para recomeçar. É necessário também um comprometimento seu em querer superar e seguir o seu caminho, levando consigo a experiência enriquecedora, que a faz ser uma pessoa muito melhor do que antes. Acredite que viver é constantemente recomeçar. Só que agora será de uma forma diferente. Se transformará positivamente para novas relações, para ser mais feliz e conquistar tudo que desejar. Pode ter certeza! Se quiser, conseguirá!

 

O pensar na morte de pessoas que quer bem pode estar relacionado com o medo da solidão ou medo do sofrimento da perda. Uma das principais angústias do ser humano está relacionada com a morte. Pensar, na possibilidade deles morrerem, reflete a sua preocupação e uma maneira de elaborar a sua angústia.

 

O porquê do seu companheiro rejeitar o filho poderá estar relacionado com a zanga que tem de si e da separação e inconscientemente escolhe afastar-se como forma de proteção para o seu sofrimento ou como forma de “castigá-la” pela separação. Outra hipótese poderia ser o fato dele não o reconhecer como filho seu. Mas essas são hipóteses vagas, pois tenho muitos poucos dados para poder dar uma resposta.

 

Penso que com o tempo vai conseguir reconhecer o filho.

 

Separação sempre traz sofrimento mas com paciência e calma as coisas aos poucos se recompõem.

 

Pense nos seus filhos que precisam muito de si e viva a mãe e a mulher que é e abra-se para uma nova forma de ver, pensar, sentir e agir! Se puder, faça terapia! Isso ajudará muito, nesta e em outras questões!

 

Um grande abraço

 

Primeiro encontro

 

 

 

Tenho 43 e a minha namorada 23 mas só nos conhecemos apenas na internet e queremos estar juntos em breve.

 

Quanto ao tema sexo ambos gostamos de sexo, mas eu tenho receio de não a satisfazer devido a ter às vezes ejaculação precoce.

Só quero fazer a minha namorada feliz, mas tenho receio de não estar à altura. Para mim no sexo há muitas coisas como carícias e jogos de amor e penso que as mulheres sentem o mesmo.

 

O que me aconselha?

Cumprimentos

 

 

Caro leitor,

 

Tudo na vida tem sua primeira vez e juntamente com as novas experiências surgem as dúvidas, a expectativa, a ansiedade e principalmente o medo de falhar quando chega o momento de ter sexo pela primeira vez com uma pessoa com quem ainda não tem muita intimidade.

 

A melhor opção é não fugir do tradicional. As descobertas precisam acontecer naturalmente e de acordo com a convivência. Para não assustar a parceira, evite fazer de tudo na primeira vez.

 

Os segredos e vontades na hora do prazer devem ser descobertos gradualmente. O importante é o casal entrar em sintonia e descobrir o que cada um gosta para poder depois tentar outras coisas.

Para satisfazê-la saiba captar a essência e saber o que ela quer de fato, onde ela gosta mais de ser tocada.

Embora as pessoas sejam parecidas elas diferem em diversos aspectos e peculiaridades.

 

Sem ansiedade e deixando tudo acontecer naturalmente, vai dar tudo mais certo. Caso ela não atinja o orgasmo na primeira vez tenha paciência, com a continuação e maior intimidade vai ser mais fácil.

 

Felicidades

Furto adolescente

 

 

 

Olá, boa tarde. Gostaria que, enquanto especialista na área de educação para adolescentes nos ajude, por favor.

 

Meu filho, um adolescente de 16 anos, se envolveu em uma situação que jamais esperávamos. Aproximadamente há 1 mês, na aula de educação física, um colega dele, muito conhecido por nós, pediu insistentemente que ele pegasse o aparelho celular de outra colega. Meu filho então se apossou do aparelho. Após a colega constatar a falta do celular levou o caso à diretoria. Depois que os diretores pressionaram alguns alunos, meu filho, chamou um deles e confessou o ocorrido, devolvendo o aparelho, dizendo-se muito arrependido. Conforme relato do diretor, meu filho seria o último suspeito, pois sempre viu nele um adolescente estruturado.

 

 

Para piorar a situação, havia no celular da colega de sala um vídeo erótico, e meu filho o repassou para frente, para vários amigos, inclusive criando uma conta para isto. Estamos arrasados, eu e meu esposo, pois nosso filho sempre foi uma ótima pessoa, apesar de alguns desentendimentos normais desta fase. Confiscamos o aparelho celular dele e retiramos todo seu acesso às redes sociais, até mesmo acesso ao e-mail. Não sabemos o que fazer. Ele (filho) não soube dizer exatamente o que o levou a fazer isto. Por favor, nos oriente o que mais devemos fazer. O que será que o levou a agir desta forma?

 

Desde já agradecemos pela atenção.

 

 

Cara mãe,

 

Os adolescentes estão na idade de fazerem as suas próprias experiências para conquistar a sua própria autonomia. Não se inquiete. O importante é que seu filho confessou e se arrependeu. O que aconteceu, foi um comportamento de grupo, movido pelo prazer de burlar uma regra ou por representar uma demonstração de poder sobre a autoridade (professores, pais, diretores).

 

Nesse caso, a melhor atitude a ser tomada é os pais e professores agirem  de maneira clara, mostrando ao adolescente as consequências de seus atos, para que ele aprenda a forma adequada de agir.

 

Também é neste período que se dá um aumento do interesse sexual e o vídeo erótico corrobora essa curiosidade.

 

De qualquer maneira é essencial na educação do adolescente o estabelecimento de normas e limites, pois essas obrigações lhes transmitem segurança. A melhor maneira de criar um adulto desorientado e inseguro é fazê-lo crescer num ambiente familiar caótico, em que tudo é imprevisível e não se sabe direito o que é certo e o que é errado.

 

Bons pais criam um ambiente familiar que favorece o equilíbrio emocional e os elementos associados a ele como a honestidade, empatia e a autoconfiança e a gentileza e a alegria de viver. A combinação disso tudo produz pessoas com curiosidade intelectual, motivação para aprender, se desenvolver e vontade de produzir e se socializar de forma sadia, longe das drogas e do álcool.

 

Penso que não precisa ser muito dura nos castigos. É sempre bom lembrar que o objetivo, tanto dos pais quanto da escola, deve ser educativo, visando o bem-estar do adolescente e não à pura e simples punição do ato.

 

De qualquer maneira penso que essa experiência  irá deixá-lo mais maduro e mais responsável, ainda mais que sempre foi uma ótima pessoa.

 

Se mesmo assim algum evento desse tipo voltar a se repetir, será preciso um acompanhamento psicológico, tanto para ajudar o seu filho, como também os pais a lidarem melhor com a situação.

 

Tudo de bom

 

 

 

Medo do parto

 

 

 

 

 

Tenho 22 anos e namoro há 6, eu e o meu namorado estamos a pensar ir viver juntos e ele já fala em filhos. Eu sempre disse que queria ter filhos com ele, e quero, quero muito, desejo ser mãe com todas as minhas forças mas no entanto pensar no parto aterroriza-me! Tenho medo de morrer no parto. Meti na cabeça que não sou capaz de aguentar o esforço do parto e tenho medo de morrer e nunca chegar a ver o meu filho. Penso que seja normal e que todas as mulheres têm medo do parto mas eu ainda não estou grávida e tenho ataques de pânico quando penso no assunto, o meu medo é tanto que quando ele fala em termos um bebé nem consigo desfaçar o que sinto.

 

O meu medo está se a tornar maior à minha vontade de ser mãe e não posso deixar que isso aconteça.

O que devo fazer? Estou mesmo desesperada.

Obrigada desde já.

 

Cara Leitora,

 

O parto representa um marco na vida da mulher, repercutindo profundamente nos seus planos físico, emocional e social. O medo do parto pode gerar ansiedade principalmente ao se incluir ao medo da morte e ao medo da dor. Esse cenário pode ser minimizado com informação e preparação para a gravidez e nascimento do filho.

 

Quanto mais preparada estiver a mulher, se ela entender a fisiologia do corpo humano no processo, as fases do trabalho de parto, e o que esperar, ela vai passar pelo processo com muito mais facilidade.

Para isso é importante a educação: muita leitura, informação, troca de ideias com outras mulheres, médicos e especialistas.

 

No caso de mulheres mais sensíveis, é essencial um trabalho de psicoterapia, para aprender a lidar com esse medo e impedir que se torne uma ideia excessiva.

Procure trabalhar o seu medo seguindo esses parâmetros e vai ver que quando estiver na altura tudo vai correr muito bem. É importante não sofrer por antecipação.