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Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

A viver com o namorado

 

 

 

Olá Dra. Mariagrazia,

 

Estive a ler o seu blog que me pareceu muito interessante e na sequência de um artigo que li gostava de partilhar o meu caso e saber a sua opinião (se possível).

 

Tenho 36 anos e estou a viver com o meu namorado há cerca de 8 meses. Antes de vivermos juntos namorámos pouco tempo (cerca de 1 ano) mas como tivemos um sentimento forte e a idade também já é outra, as coisas foram acontecendo rapidamente.

 

Quando namorámos foram notórias algumas diferenças grandes entre nós, sobretudo do ponto de vista social, económico, cultural. Ou seja, somos pessoas de mundos muito diferentes. Encontrámo-nos porque ambos éramos monitores de passeios na natureza e isso aproximou-nos. Porém nas outras áreas como gostos musicais, culturais, etc. somos opostos.

 

De todas as nossas diferenças a que me custa mais é ele ser uma pessoa por vezes muito rude. Não me interprete mal, ele não é violento ou mal criado, é até extremamente carinhoso, porém no dia-a-dia sinto que me trata de uma forma rude. É brusco a falar, fala alto, pede as coisas sem pedir sff, se lhe der para aí é capaz de passar um jantar a olhar para o prato e sem falar.

 

Tento falar com ele e explicar-lhe que estou habituada a COMUNICAR com a pessoa com quem estou. Gosto de partilhar coisas, o dia, ideias, inquietações e espero também ouvir conselhos e opiniões.

 

Ele comunica muito pouco e o estritamente necessário e admito que o pouco que faz, fá-lo muito bem. Na verdade as suas opiniões são muito concisas e dificilmente repete um assunto pois diz: "já falei sobre isso e sabes a minha opinião".

 

Já lhe disse que me sinto sozinha nas minhas decisões pois ele alheia-se de opinar sobre situações que ele considera serem "da minha vida" - nomeadamente o sítio onde vamos morar. Vivemos na minha casa e agora devido a uma alteração familiar posso mudar-me e isso é algo "stressante" para mim. Ajudava-me que ele me apoiasse mas ele diz que o que eu decidir está bem. Isto parece-me desinteresse e acabo por chegar à conclusão que tenho de decidir sozinha o melhor para mim e ponto.

 

Irrita-me especialmente o facto de ele ser extramente simpático e dado quando estamos com outras pessoas e quando estamos sós parece qué só quer TV e Sexo!

 

Por outro esta forma de ele ser reduz-me o desejo sexual pois sou muito dependente da cumplicidade e confiança para poder "dar-me" (coisa de mulher). Ele, por seu lado, é extremamente sexual mas não especialmente imaginativo. Acabamos por fazer sexo quase sempre segundo o mesmo ritual. Isto a mim frustra-me um bocado porque já tive outras experiências sexuais óptimas (apesar de não sentir o que sinto pelo meu namorado). Agora ter isto deixa-me insatisfeita.

 

Gosto muito dele e penso que ele também mas temo que esta erosão diária me canse e me farte. Eu sou gémeos :) e preciso mesmo de comunicar e ao não ter esta proximidade vou-me afastando sem querer. Quando dou por mim penso que estamos a perder tempo e que me equivoquei pois não imagino passar o resto da vida com alguém em silencio ou a responder torto.

 

Não sei o que fazer e sinto que estou a minar a nossa relação com o meu feitio, mas por outro lado não consigo evitar. Serei muito sensível? Estarei a ser injusta?    

 

Obrigada por me ter lido e ficava muito feliz se me pudesse dar a sua opinião.

 

Beijinho, M.

 

Constituir uma família

 

 

Olá Doutora!

 

Bem, tenho uma relação séria e estável (ao menos para mim) há quase dois anos, e venho percebendo mudanças no meu namorado, que está afetando drasticamente a relação, meu modo de enxergar a relação, e o que penso sobre ele.

 

Tudo começou a mudar quando o pai dele morreu a um ano. Ele sempre foi muito romântico, dedicado, atencioso, delicado comigo. Já algum tempo que ele mudou muito, se tornou mais frio, grosseiro, insensível. Ele diz que se fechou mais depois da morte do pai, mas acho que é só uma desculpa para se fazer de vítima.

 

Há outra questão que me desestimula e me faz querer desistir de tudo. Nós dois temos um passado parecido, tivemos casamentos desastrosos, e cada um tem um filho desse casamento, mas nós amadurecemos muito com o tempo, e me sinto pronta para construir outra vez uma família e ele recua, diz que não quer nesse momento e não me da esperanças de que um dia vamos viver juntos, e estou no momento da vida que preciso de alguém do meu lado, dividindo tudo e não de um namorico. Nos damos melhor quando estamos em convivência diária, do que cada qual em sua casa. Há outra questão que afeta muito também, não só a mim, como a família e o filho dele.

 

Ele é viciado por um jogo on line e dedica muito tempo a isso, prejudicando ele em muitos aspectos,  principalmente na relação familiar. Ele brigou muito feio com um dos irmãos e esses é uma dos motivos. Sinto que ele está perdido na própria vida e eu não sei mais o q fazer pra ajudar.

 

Por favor, me de uma luz, do que eu posso fazer, estou a um fio de desistir de tudo, mas amo muito ele.

 

Amor é fogo que arde sem se ver

 

Amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade, se tão contrário a si é o mesmo Amor?

 

Luís Vaz de Camões

 

 

Feliz dia dos namorados!

 

 

Dialogue

 

Respeite

 

Aceite o outro como ele é

 

Valorize os bons momentos.

 

Confie

 

 

 

 

 

Solidão

 

 

Desculpa por pedir ajuda, mas é que estou me sentindo muito sozinho e não tenho vontade de fazer nada, eu estou corrente e fico querendo atenção da minha namorada e ela está a estudar de manhã e não pode pra falar comigo e fico triste com ela pois não pode me dar atenção.

 

Meus pais são ausentes e não sabem que estou nesse momento de aflição, só gostaria que a Senhora me orientasse, às vezes penso que estou de cabeça vazia pode ocorrer isso?

 

Agradeço mais uma vez.

 

Medo de morrer

 

 

Boa tarde Dr.ª Mariagrazia,

 

Tenho 37 anos, sou casado e 2 filhas de 5 anos. Não sei porque, mas tenho tanto medo de morrer e deixar minha família, medo de morrer e se esquecerem de mim. Amo muito minha família. Tenho medo da morte, fico pensando como vou morrer, se dói, se existe algo do outro lado. Tenho medo de envelhecer. Enfim, minha cabeça está muito confusa.

 

Você me ajuda por favor. Obrigado.