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Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

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Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Avaliar namoro

 

 

 

Em primeiro lugar, gostaria de parabenizá-la pelo trabalho extremamente interessante e pelo empenho dado ao seu blog. Admiro muito seu trabalho!

 

Gostaria de falar do meu relacionamento. Tenho quase 18 anos e namoro há um ano e cinco meses com uma menina da minha antiga escola. Ela foi e continua sendo minha primeira namorada séria, e vivi ótimas experiências com ela. Sinto-me muito bem ao seu lado e percebo como nós somos próximos.

 

Conversamos sobre tudo: temos um relacionamento bem aberto e flexível. Contudo, desde a metade do ano passado, tenho sido de certa forma atormentado por alguns pensamentos que surgem na minha cabeça. A verdade é que eu sofro de T.O.C e esse contribui para que muitos pensamentos negativos fiquem ruminando o dia inteiro em minha mente. Enfim, no ano passado, por alguma razão, comecei a pensar em terminar com ela. Nada de ruim havia acontecido connosco, então coloquei imensa culpa sobre mim mesmo por pensar em algo desse género.

 

Passava noites chorando ao imaginar qual poderia ser a reação de minha namorada quando eu desse alguma notícia. Nunca cheguei a terminar de fato, porque sempre conversava com minha mãe sobre o assunto e acabava percebendo que o relacionamento ia bem.  No entanto, um pouco depois, comecei a perceber que sinto poucas saudades dela e que não tenho tanta vontade de vê-la quando podemos. Quando nos vemos, aproveito o tempo e me sinto feliz, mas quando passamos um tempo maior lado a lado, me sinto irritado e com vontade de ir pra casa.  Obviamente me culpo mentalmente por pensar esse tipo de coisa. Não tenho coragem de tomar nenhuma atitude com ela, e mesmo se tivesse essa coragem, tenho certeza que ficaria muito triste em perdê-la.  O problema é: eu não consigo avaliar se realmente gosto ou não dela.

 

Às vezes parece que sim, às vezes parece que não. Não sei se deveria tomar alguma atitude logo ou se deveria simplesmente me acomodar, como muitos sugeriram. Acredito que ela não tenha esse mesmo problema que eu, então fico pensando o que há de errado comigo. Afinal, o problema é comigo ou com o relacionamento? Não fazemos muitas coisas novas, saímos com pouca frequência, passamos a maior parte do tempo em casa.

 

Não sei se me fiz claro. Parece que eu apenas joguei informações no texto com a ínfima esperança de que eu pudesse receber alguma resposta. Espero que leia a mensagem e me responda o quanto antes! Agradeço desde já!

 

FB.

 

Sindrome de Down

Apaixonada por outro

 

 

Bom dia Drª
Solicito ajuda relativamente ao seguinte:
 
Sou casado á 18 anos, tenho 42 anos, tenho 2 filhas menores, amo a minha mulher, ao longo destes 18 anos nem tudo foi perfeito no casamento, houve erros de ambas as partes, mas minha esposa no ultimo ano sentiu que eu não gostava dela e diz que também deixou de gostar de mim, entretanto a meio do caminho alguém se meteu e ela traiu-me e está completamente apaixonada pelo outro, completamente louca por ele, teve um caso com ele e neste momento ele é a prioridade dela, só pensa nele, quer repetir as sensações que teve e ouvir as palavras que ouviu, mesmo que por pouco tempo, até comenta em tom irónico que eu sou um fiat e o outro é um ferrari, não pela apresentação física de cada um, mas sim pela relação amorosa.


Acontece que após algumas noites sem dormir e emagrecer uns bons kilos, nunca perdi a calma, mas perdi o sentido de orientação, tentei depois focar-me principalmente nas minhas filhas.


Minha esposa ao início estava convencida que iria viver com o outro feliz para sempre, acompanhada das filhas, mas o caso deu algumas reviravoltas e o outro individuo, que sempre teve algumas relações ou casos curtos, aconselhou-a a ficar comigo e disse-lhe que neste momento tinha outras prioridades e que não estaria interessado numa relação com ela, ao que ela lhe respondeu que gostava era dele e não de mim.


Após muitas conversas entre minha esposa e eu, e 4 meses passados, decidimos continuar a dormir juntos e praticamente fazemos a vida normal que antes fazíamos, mas vamo-nos divorciar, pois ela insiste bastante, e até porque não há grande segurança no casamento e ela mantem a esperança de ter um caso com o outro nem que seja por pouco tempo, e se não for com ele que seja com outro, para voltar a sentir novas sensações.


Neste momento a minha prioridade é a união familiar, para tentar manter a estabilidade principalmente para as minhas filhas, e não gostaria nada que minha esposa se fosse meter em casos que com certeza a farão sofrer mais ainda, claro que se acontecer não vai ter o meu apoio. Mas às vezes penso que talvez não seja este o caminho correto, eu amo a minha esposa e minhas filhas, gostava de manter esta união, pois com esta idade já não acredito em contos de fadas, e penso que qualquer outra solução seria pior, será que estou agindo corretamente?


Por favor, se possivel solicito alguns conselhos.
Obrigado
JF  

 

Medo da solidão

 

 

 

Boa Noite Dra. Mariagrazia

 

 

Venho relatar aqui um pouco do que tenho vivido em meu segundo casamento, e se puder gostaria de um conselho para o meu caso que já se tornou um tormento.

 

Meu primeiro casamento foi muito conturbado, ambos éramos novos quando nos juntamos no que resultou em dois filhos. Vivemos juntos por 12 anos, mas a partir do sexto já arrastávamos o casamento entre diversas separações de idas e vindas, isso resultou na nossa definitiva separação, que por sinal muito dolorida. A partir deste momento valorizei a minha vida, mas nunca me esqueço do que vivi neste casamento. Fiquei traumatizada com tudo que passei. Tenho medo da dor da separação.

 

Quanto ao meu segundo casamento começou em um espaço de tempo bem pequeno entre a minha separação, confesso que me precipitei, por carência ou para esquecer o anterior. Hoje estou casada com um rapaz de 23 anos, tendo eu 31 e com dois filhos, mentes diferentes, apesar dos mesmos objetivos, criação diferente e claro, há muita imaturidade.

 

Tive a primeira impressão, que claro, não foi boa. Menino imaturo, sem responsabilidades, ainda não sabe o que quer da vida, porém com sonhos. Mesmo com toda esta transparência, tapei o sol com a peneira. Sabia que não daria certo, mas me guiei pelo encantamento que estava sentido. Dei ouvido a emoção.

 

E com o decorrer do tempo fui-me apegando, havia qualidades mas, os defeitos transpareciam mais e mais, e o amor cego, afinal o ser humano é feito de defeitos e qualidades.

Ao longo do tempo, percebi em meias palavras e outras que o sonho do meu marido era casar-se com uma virgem, que tivesse o primeiro filho com ele. A partir de então ouvi diversas outras coisas que me feriram demais. A minha atenção tinha que se dedicada somente a ele, meus filhos em diversos momentos ficaram em segundo lugar. Me sentia mal por isso, mas não queria deixá-lo com “raiva”. Essas e outras situações desagradáveis aconteceram por mais de um ano. Atualmente, estamos juntos a dois anos, mas o mundo dá voltas, hoje a situação é diferente, virei a página e reivindiquei os meus direitos no relacionamento, meus filhos em primeiro lugar entre outras coisas, mas ele não aceita e o casamento está por água abaixo.

Conclusão: Me precipitei totalmente. Não existe futuro, ao lado dele minha vida estagna, não consigo caminha para alcançar meus objetivos. Seus ciúmes são doentes, e ele me sufoca, já não sei se existe ainda o amor. Só tenho uma alternativa, a separação, mas o trauma vivido no passado me impede de executá-lo. Tenho medo da solidão, tenho medo de viver a dor da separação novamente.

 

O que devo fazer?

 

Obrigada,

P.

FELIZ DIA DA MULHER!

 

 

AMAL MUSA (Tunisia, 1971)

"Professora tunisina, uma das vozes do Norte da África mais apreciadas, que fez da emancipação feminina e da sensualidade o centro da sua lírica. Versos lindíssimos são dedicados ao amar a si mesmo."

 

 

AMA-ME

 

 

Me transporto nas pontas dos pés

 

Me transporto no galope da minha vista.

 

Me envolvo nas faixas da minha pele.

 

Me abraço desejando-me.

 

Bendigo o fluxo, o jorrar que de mim provém.

 

Me balanço no meu seio.

 

Nas mãos que brotam visto as luvas da poesia.

 

Reclamo a revelação, as minhas incisões são em pedra.

 

A minha imagem leva água à sede e iscas à rede dos pescadores.

Transcorro os toques dos sinos da noite esculpindo.

 

Durmo na minha mesma sombra.

 

Visto a minha natureza beduína quando estou cansada.

 

 Amo a minha alma impossível, aquela cujos pés são desconhecidos à terra.

 

 

Violência entre irmãos

Cara Dra. Mariagrazia

 

Desde já dar lhe os parabéns por ser tão excelente

profissional. 

 

Resolvi desta forma entrar em contacto consigo, porque estou numa situação em que não sei que fazer, melhor sei que fazer mas o meu receio é que isso vá de alguma forma prejudicar o meu filho de dez  meses. 

Tenho 34 anos, engravidei sem querer, pois havia pouco tempo que tinha mudado a minha vida, morava no Alentejo e o meu companheiro em Lisboa. Resolvemos juntar e vim morar para Carcavelos. 

Trabalhei em rádio durante 12 anos, mas devido a esta decisão fiquei sem emprego, situação que se mantém até hoje.

 

A gravidez surgiu na pior altura. Apesar do choque nunca me passou pela cabeça jamais abortar. O meu companheiro levou três dias a massacrar para fazer o aborto, sempre disse que não e que ia embora para o Alentejo, mas abortar nunca.

 

Um dos argumentos, tinha um filho de 8 anos e que o tratasse como filho, que esta fase passava e daqui a 4 anos engravidava. Foram momentos muito complicados, sozinha sem apoio e a única pessoa que amava estava contra mim. 

Mudou de ideias e disse para ficar em Lisboa e levarmos a gravidez para a frente. 

 

Durante os 9 meses, foi a uma ecografia. tive uma gravidez de alto risco, devido ao bebe ter aumentado do percentil 50 para o 95, a medica disse o bebe tinha problemas de certeza, incluindo diabetes. Fiz todos os exames e mais alguns e o resultado sempre o mesmo, o bebe é grande mas está tudo bem. Durante este percurso muito chorei porque nunca sabia qual o resultado do exame que ia fazer. o pai do meu filho, a única preocupação se for encontrado problemas no bebe vamos logo para o aborto. 

 

Graças a Deus, o único problema pelo menos foi  a medica a dize-lo, engordei 30 kgs e na passagem do natal tudo se modificou ou seja do percentil 50 para o 95. 

Fiz uma indução de parto, entrei num domingo e o meu bebe nasceu de cesariana na quarta as 3 da tarde, foram muitas horas de sofrimento tudo ultrapassei. 

 

Quero só mencionar que somente no sétimo mês, o meu companheiro contou ao filho de 8 anos, que ia ter um mano, Porque o miúdo anda na psicóloga tem problemas de se relacionar com as outras crianças e saber que ia ter um mano ia afectar ainda mais o seu problema. 

Estava habituado a ter todos os brinquedos e a atenção de todos e um mano vinha complicar. Tudo aceitei. 

Vim para casa da maternidade, o miúdo de 8 anos, filho do meu companheiro, sempre esteve connosco. Era para vir só de 15 em 15 dias, mas dado a situação veio uma semana inteira. Tudo corria bem até ao momento em que o Lourenço quer agredir o mano de 15 dias. Sufocando o bebe no ovo, a minha mãe é que viu, falamos todos e o pai ainda ficou chateado por termos abordado o assunto em família. 

 

Várias tentativas seguiram e o pai nada fez. Diz que é uma situação nova para ele e que não vai repreender o filho, que isto vai passar. Nunca faz a frente do pai, mas depois confrontado conta que fez. A situação mais grave foi há uma semana, as escondidas, isto em segundos, tirou uma parte do cinto da cadeira de refeições, por pouco o bebe não ia ao chão, agora tem 10 meses não para sossegado na cadeira, sem cinto claro ia ao chão. O pai nada faz porque se ralhar com o Lourenço nada vai ajudar e só vai fazer pior na próxima vez. O miúdo há frente do pai e das visitas é um querido com o mano, faz-lhe tudo, por trás só não o mata porque temos de estar atentos ao segundo. 

 

Não aguento mais esta situação e o meu companheiro ainda se vira contra mim, porque não trato bem a criança. 

 

Quando na realidade, claro que agora estou fria por ver que o pai nada faz ao filho e esquecendo que o bebe esta em perigo. Há mais situações pelo meio, mas este é basicamente o resumo. 

 

Peço a vossa ajuda pois não sei como resolver. 

 

O meu desejo é voltar para o Alentejo. 

Cumprimentos