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Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

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Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Medo de morrer

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Prezada,

estou passando por um dos maiores dilemas da minha vida, pois a dois anos venho sofrendo com uma perturbação mental que, não consigo me libertar: estou deixando de viver, pois tenho medo de morrer, este pensamento maldito, apoderou-se de minha mente, e eu não consigo mais ter paz em minha vida, vivo triste, com muita vontade de chorar, sem vontade de fazer nada, pois este pensamento, vive 24 horas em minha mente. Não consigo aceitar que um dia eu vou morrer, deixar minha família meus netos, irmão, esposa, parentes e amigos, deixar de existir, ser enterrado, ser deixado lá naquele buraco, sozinho, e nunca mais ver as pessoais e as coisas que eu amo, neste momentos que estou escrevendo, estou chorando muito, e assim que são os meus dias e noites, este tormento sem fim. Não sei como ainda tenho forças para trabalhar, pois a minha vida e um desânimo total, não tenho mais alegria, não consegue trazer um pouco de paz para minha vida, e uma tristeza profunda, que chegar a dor no meu peito.

 

Tenho 58 anos, sou casado, tenho 1 filha e um filho e quatro netos, minha maior dor e saber que um dia vou separar-me deles. Olhe doutora, quando eu fico sabendo que alguém morreu, mesmo que seja uma pessoa estranha, eu fico no maior desespero, toda esta minha loucura esta acabando comigo, pois até a minha vida sexual esta morrendo junto com os meus dias. Preciso de sua ajuda, pois por medo da morte, estou deixando de viver a cada dia. O que posso fazer?

 

Tem algum remédio para curar-me deste mal. Por favor me responda este e-mail. Tinha muita mais a lhe escrever, mais não consigo parar de chorar, e não consigo mais  escrever. Deus abençoe a senhora. 

 

Caro leitor,

O medo de morrer é um medo natural, espontâneo e necessário. Ele vem do nosso instinto de conservação que serve para a preservação da nossa vida. Este medo natural de morrer nos protege de situações arriscadas. Este medo natural, então, é um mecanismo para a nossa proteção. Quando este medo torna-se exagerado, passa a ser um medo patológico, fóbico que merece tratamento especializado. Portanto, o medo de morrer é necessário, bom e útil dentro de um limite equilibrado.

 

À medida, então, que o ser humano reflete mais sobre a morte, compreende melhor o assunto e aproveita melhor a vida. Assim, sua preocupação com a morte diminui. Compreendendo melhor nossa missão aqui na Terra, e, vivendo a vida cada vez com melhor qualidade, esperaremos a morte com mais serenidade, calma, resignação e sem medo.

 

Conviver bem com a morte é descobrir os encantos da vida. Muitos, tem medo da morte porque não vivem a vida em plenitude.

O que precisa é de um acompanhamento psicoterapêutico para poder falar e trabalhar esses seus medos e poder se libertar desses pensamentos irracionais e viver uma vida plena.

Entretanto confie em si e tome a decisão de se ajudar e de encarar a vida focando no momento presente e o aqui e agora.

 

Tome um minuto do seu tempo para se concentrar apenas no que está acontecendo ao seu redor. Ouça para ouvir o que pode ouvir. Olhe ao redor e veja o que percebe. Faça um exame rápido do seu corpo e preste atenção em como ele se sente.

Com uma prática regular, aumentará sua capacidade de focar o momento, o que é difícil de fazer no mundo acelerado de hoje. E também poderá aproveitar cada momento porque estará menos distraído com os problemas de ontem e as preocupações de amanhã.

Um abraço

Nova experiência

 

 

Boa noite

 

O meu nome é A., tenho 26 anos, terminei este ano a minha licenciatura em Direito.

 

Quando estava na faculdade dizia sempre que quando terminasse o curso ia fazer uma viagem, porque queria viver novas experiências.

 

Terminei o curso e agora estou em Londres a aprender inglês e à procura de trabalho. Neste estou a ter uma nova experiência na minha vida porque estou a fazer coisas que nunca fiz.

 

Em Portugal, para além da faculdade também fazia teatro, e um dos motivos que me trouxe a Londres também foi esse estudar teatro e tentar uma carreira.

 

Eu tenho medo que com o passar do tempo eu não consiga atingir os meus objetivos e que tudo tenha sido em vão. Eu tenho medo de desperdiçar um curso e depois mais tarde não conseguir exercer.

 

Sinto que já fiz o mais importante, que foi o curso, agora acho que devia fazer outras coisas completamente diferentes. Mas as pessoas acham que por ser nova devia começar a trabalhar para ter algo meu, mas neste momento eu quero outras coisas pra mim e gostava muito que tudo desse certo para mim, mas eu estou sempre com esses medos e inseguranças.

 

Cara A.,

 

Sente medo e insegurança por ser uma pessoa responsável.

 

Resolver ir atrás dos próprios sonhos para conseguir levar uma vida de plena satisfação é uma decisão que não pode ser tomada levianamente, é preciso coragem.

 

Todos sonham, mas nem todos conseguem identificar os próprios sonhos. Quando isso acontece, muitas possibilidades se abrem. As pessoas costumam seguir um fluxo automático da vida sem se preocupar com sonhos.

É difícil saber se vai dar certo mas pense que o importante para si nesse momento é fazer coisas que nunca fez e que gostaria de fazer.

 

Ao organizar-se com algum cuidado a probabilidade de dar errado diminui. De qualquer maneira se não fizer agora, com o passar dos anos, provavelmente, vai ter menos oportunidades.

 

Decida com bom senso e  atenta para que não seja prejudicada.

 

Um abraço e tudo de bom

Comoção e choro

 

 

Bom dia,

 

Ultimamente, tenho-me sentido comovida ao ver imagens de manifestações. Sinto que não há motivo grandioso o suficiente que explique esta tristeza que me faz chorar. Não tenho este tipo de reacção com frequência, o que ainda me inquieta mais.

 

Participei ha cerca de um ano e meio numa manifestação e a sensação que tive foi muito boa. Além se me sentir parte da comunidade senti que, aparte dos protagonismos, estava de facto com o mesmo sentimento e objectivo que milhares de pessoas. Senti ainda uma massa enorme vontade colectiva sem violência.

 

Cara leitora,

O segredo é aceitar a comoção que surje naturalmente e permitir-se sentir as suas emoções como elas ocorrem, em vez de as controlar, distorcer ou reprimir.

 

Não se preocupe em manifestar as suas emoções, tanto as colectivas como as pessoais, que sendo fruto do seu mundo interior, certamente são criativas. As funções das emoções são importantes para seu desenvolvimento pessoal.

Procure olhá-las e vivê-las assim simplesmente como se apresentam.

 

Um grande abraço

Violada pelo tio

 

 

Boa noite, eu chamo-me Cristina e tenho 13 anos, eu fui violada pelo meu tio quando tinha 12 anos ou seja o ano passado ele namorava com a minha tia.

 

Eu costumava passar lá os fins-de-semana, houve um desses fins-de-semana que o meu tio me agarrou e disse não te vou magoar e  eu com medo não fiz nada e também porque não podia, ele tinha mais força que eu e também porque tinha medo que se eu gritasse ele me matava foi o que pensei, ele depois obrigou me a mexer no órgão dele e fazer coisas com a boca,  com a mão mas nunca passou disso, ele depois ajudou a minha tia a mudar de casa e a  partir dai nunca mais o vi mas nunca mais fui a mesma tornei me mais agressiva e mudei muitas atitudes.

 

Nunca mais o vi até hoje as minhas irmãs estavam no café aqui ao lado de minha casa a brincar com a neta do dono, ele apareceu lá viu as minhas irmãs e começo a fazer perguntas eu não estava lá estava com umas amigas ele perguntou a aonde estava e a minha irmã disse que tinha saído com umas amigas perguntou também se eu tinha namorado e a minha irmã disse que não e ele aonde morais agora e a minha irmã não disse a rua mas sim o distrito tenho medo que ele volte para fazer aquelas coisas nojentas novamente, o problema é que os meus pais não sabem que eu fui violada por ele as únicas pessoas que sabem é a minha melhor amiga e outra amiga minha por favor ajude me preciso de saber o que fazer.

 

Cara Cristina,

 

Não tenhas medo de denunciar o teu tio, conta tudo para tua mãe que certamente vai compreender-te e ajudar-te. Não te deixes intimidar com a sua presença, mas procura não ficares a sós com ele.

 

Não há um jeito certo ou errado de reagir em situações de abuso sexual. Quando a tua segurança é violada, é importante que voltes a sentir-te segura novamente e capaz de tomares tuas próprias decisões.

 

Se te sentires angustiada, insegura, culpada ou deprimida, fala com a tua mãe para encaminhar-te a uma psicóloga para que possas desabafar e receber um tratamento específico para que possas superar esse  acontecimento traumático sem consequências mais graves.

 

Tudo de bom

Depressão pós-parto e cura

 

 

Gostaria muito que me respondesse... Eu tive depressão pós-parto já tem mais de um ano e meio. Fiz todo o tratamento com medicamentos, psicólogo, e tudo mais. Hoje já não tomo nenhum remédio, e também tive alta do psiquiatra e do psicólogo. Mas, grande parte da minha família continua me tratando como se eu tivesse algum problema, e isso me incomoda muito.

 

Porque eles não acreditam que eu estou curada já que eu terminei meu tratamento há mais de um ano e voltam a me tratar do mesmo jeito? Depressão realmente tem cura ou eu que estou errada? Grata.

 

Cara leitora,

 

O objetivo central do tratamento da depressão é a remissão ou seja a melhora completa da sintomatologia depressiva. Como grande parte das doenças, há sempre um risco de, mesmo tratada corretamente, o paciente apresentar recaída no futuro (cerca de 80% das pessoas que apresentaram um episódio depressivo devem apresentar um ou mais episódios adicionais).

A depressão, portanto, é, na maioria das vezes, uma doença crónica, assim como diabetes e hipertensão. Quando tratada adequadamente, o paciente leva uma vida absolutamente normal.

 

A depressão pós parto exige apoio integral da família, especialmente do marido que deve dar atenção redobrada e ter uma dose grande de compreensão.

Precisa ter paciência, sentir-se curada e vai ver que a sua família vai voltar a tratá-la normalmente. Depressão tem cura.

 

De qualquer maneira se pudesse manter a psicoterapia, seria uma mais-valia para si, para poder colocar e trabalhar essas questões que se coloca e que a perturbam.

 

 

Um abraço e tudo de bom