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Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Violência doméstica sexual

 

 

Boa noite,

eu chamo-me Lúcia e tenho 13 anos, eu fui violada pelo meu tio quando tinha 12 anos ou seja o ano passado ele namorava com a minha tia, eu costumava passar lá os fins-de-semana, houve um desses fins-de-semana que o meu tio me agarrou e disse não te vou magoar e  eu com medo não fiz nada e também porque não podia, ele tinha mais força que eu e também porque tinha medo que se eu gritasse ele me matava foi o que pensei, ele depois obrigou-me a mexer no órgão dele e fazer coisas com a boca, com a mão mas nunca passou disso, ele depois ajudou a minha tia a mudar de casa e a  partir dai nunca mais o vi mas nunca mais fui a mesma tornei-me mais agressiva e mudei muitas atitudes, nunca mais o vi até hoje as minhas irmãs estavam no café aqui ao lado de minha casa a brincar com a neta do dono, ele apareceu lá viu as minhas irmãs e começou a fazer perguntas eu não estava lá, estava com umas amigas ele perguntou aonde estava e a minha irmã disse que tinha saído com umas amigas perguntou também se eu tinha namorado e a minha irmã disse que não e ele aonde morais agora e a minha irmã não disse a rua mas sim o distrito tenho medo que ele volte para fazer aquelas coisas nojentas novamente, o problema é que os meus pais não sabem que eu fui violada por ele.

 

As únicas pessoas que sabem são a minha melhor amiga e outra amiga minha. Por favor ajude-me, preciso de saber o que fazer.

 

Olá Lúcia,

 

Ninguém merece ser agredida, abusada, ou humilhada. O mais importante é pedires ajuda. É preciso quebrar o silêncio e dizer tudo à tua mãe que é a pessoa certa para te compreender e ajudar.

 

Não tenha medo dele, não te deixes intimidar e foge dele quando se aproxima de ti.

Não há um jeito certo ou errado de reagir em situações de abuso sexual. Quando a tua segurança é violada é importante que voltes a te sentir segura e capaz de tomar as tuas próprias decisões. Se sentires que estás angustiada com o que aconteceu diz a tua mãe que queres falar com uma psicóloga para desabafares e superares o mais depressa possível essa triste experiência.

 

Um abraço

 

Solidão

Olá boa tarde, estou passando por um momento complicado em minha vida. Sou casada, amo muito meu marido, ele é uma excelente, me completa, nos damos super bem, porém me sinto muito sozinha, sabe...? Sem amigos, com a sensação que ninguém liga para mim, que não sou útil, com falta de realizações e isso me deixa muito triste. Tenho um contato mais ou menos com meus pais e guardava algumas mágoas, mas dentro possível perdoei e tento manter um bom relacionamento.

 

Parece que as coisas só acontecem para as outras pessoas e comigo é sempre diferente. Não sou uma pessoa ruim, gosto de ajudar, tenho um bom coração e as vezes as pessoas se aproveitam disso, parece que só se aproximam de mim por interesse e minha amizade não fazem questão. Sou sempre uma pessoa simpática e sociável, mas ainda sim parece que causo repulsa nas pessoas. Sempre tive meu marido como amigo, mas de uns tempos para cá falta um pouco mais paciência e compreensão. Para ele sou uma pessoa carente.

 

Cara leitora,


Penso que, no seu caso, precisa encontrar um sentido para a sua vida que a preencha e que a faça se sentir útil e capaz. A solução é mudar seu estilo de vida, com determinação, com força de vontade e investir em si mesma, cuidar de si e da sua mente para melhorar a sua autoestima. Valorizar suas capacidades e potencialidades para saber eleger as suas prioridades, defender sua privacidade e seus pontos de vista e dar um sentido à própria vida.

 

Não há nada de errado em gostar de estar sozinho em alguns momentos, desde que isso contribua para o seu bem-estar e crescimento pessoal.

Podemos também aproveitar a solidão como oportunidade para mudança e como espaço de lazer ou de realização dos nossos sonhos e assim pode ser um caminho amadurecido para uma vida melhor.

 

A resposta para a causa da solidão está no interior da pessoa, sendo preciso entrar em contato com o próprio “eu” para descobrir quais os passos a dar. 

 

Para se sentir menos só procure estar mais com pessoas, sair com amigas, fazer um curso e princcipalmente confiar nas pessoas. 

Se não conseguir sózinha é preciso buscar uma ajuda especializada. Vá a consulta de psicologia para perceber melhor essa sua carência e  que mudanças precisam ser feitas.

 

Um abraço

Sogra possessiva

 

 

Bom dia,

 

Estou numa situação complicada.

Tenho a má sorte de ter como sogra uma mulher possessiva. Quer tudo à maneira dela e ofende toda a gente que tem uma forma diferente de agir e pensar da dela.

 

Com o neto, ultimamente, tem sido uma coisa por demais: mora a cinco minutos, está praticamente sempre enfiada em nossa casa e ainda refila se programamos a nossa vida familiar sem a presença dela.

 

Por mais que se explique, por mais que se chame à razão...ela não quer entender que temos uma vida própria, ideias próprias. Para ela isso é uma afronta e não hesita em humilhar e ofender. Não pergunta se pode; para ela temos de nos vergar ao que ela quer. 

Já respondi, tento ignorá-la...mas ainda assim, ela acha-se no direito de vir cá a casa sem avisar, reclamar de tudo e humilhar toda a gente.

 

Uma vez, cheguei ao ponto de a convidar a sair por estar a insultar-me. Não quero conversas com ela, não lhe dou confianças e mesmo assim ela continua a provocar conflitos.

Está a ser difícil de gerir tudo isto e preciso que alguém me ajude!

 

Obrigada

A.

 

Cara A.,

 

A melhor solução ainda é a distância: a boa sogra é aquela que mora nem tão perto que dê para ir de chinelo e nem tão longe que precise ir de mala.

 

Outra solução é criar situações onde ela se sinta necessária e importante no âmbito familiar, como exemplo fazer jantar ou cuidar das crianças. As pessoas mais velhas se sentem inúteis sem atividade com auto estima em baixo e competem pela atenção do filho. Lembre-se que apesar de todas as dificuldades que a sogra possa trazer: competições, excessos de palpites, comparações etc., ela ainda é a mãe de seu marido. Flexibilidade é imprescindível para uma boa convivência, podendo até ser que um dia ela se torne sua aliada!

 

Para que não haja consequências negativas o casal maduro deve limitar a atuação das sogras de maneira firme e gentil. É sempre melhor que se estabeleçam limites. É positivo defender os espaços desde o começo darelação com coragem e com delicadeza mas com firmeza, para que as expectativas e as necessidades do casal possam ser conhecidas e respeitadas por ambas as partes a fim de evitar futuros conflitos e para que a convivência seja mais feliz e harmoniosa.

Um abraço

Divórcio e novo amor

Boa noite Dra. Mariagrazia.

 

Gostaria se possível que me orientasse...

 

Fui casada por 16 anos, tenho um casal de filhos, um com 15anos, outra com 12a, nosso casamento foi sem amor por ambas as partes, tenho uma história muito triste, pois perdi minha mãe com 15 anos, meu pai com 6a, e tenho 4 irmãos com  problemas mentais.

Aos 15 anos tive meu primeiro namorado e era muito feliz, ficamos noivos eu já estava com 19 para 20 anos quando ele veio a falecer, Câncer...

 

Neste meio tempo eu trabalhava em uma empresa, esta empresa é do meu ex-marido, ele até então nunca tivera qualquer outra relação, pois é um homem muito tímido e fechado, temos 20 anos de diferença ele a maior, quando houve o falecimento do meu ex-noivo, meu ex-marido até esteve presente em seu enterro, não tínhamos afinidade alguma, porem ele tinha um grande sonho, de ter filhos, eu com 20 anos, já sem pais, com meus irmãos doentes e sem meu noivo, um belo dia...

 

Passados 6 meses após o falecimento do meu ex-noivo, meu ex-marido me chamou para sair, ir ao cinema, aceitei ali mesmo ele já me pediu em namoro, com menos de 6 meses ele me pediu em casamento, eu completara 21 anos e aceitei, fiquei grávida do primeiro filho, mas confesso que nunca houve sentimento de amor e nem atração era uma sensação de segurança paternal Dra., passados mais 3 anos fiquei grávida da menina, meu casamento já não tinha muito mais graça, porem como sempre trabalhei com ele, cresci muito dentro da empresa, tenho um cargo de gerente de vendas e com meu esforço hoje faço quase 80% das vendas, (mesmo divorciada continuo na empresa) éramos um casal que nunca brigamos por nada, porem posso afirmar que éramos um casal de fachada, pois como passei a ganhar mais que ele, tudo eu tinha que dividir, até mesmo um lanche se fossemos comer, viagens, empregada, tudo....

 

Como eu sempre viajava, conheci uma pessoa que por minha infelicidade fiquei com ele por quase 6 anos, uma pessoa que eu tive uma atração muito forte, ele não era bonito, não tinha dinheiro mais me dava atenção, porem percebi que ele não gostava de mim, ele estava comigo por puro interesse, pois eu o ajudava e muito, ele bebia, e chegou até me trair (engraçado dizer pq ele era meu amante), mas eu estava enfeitiçada, não conseguia me libertar, ia apte em psicóloga, mas há quase 1 ano e meio consegui colocar uma pedra, pois passava muito apuros ele me ameaçava etc. Importante salientar que meu ex nunca imaginou que eu o traia.

 

Bem, a minha situação financeira perante ao meu ex, apesar de eu ter minha própria independência era muitíssimo boa, com mais propriedades etc. e eu quando conheci este meu amante pedi o divórcio p o meu ex e na época ele implorou para que eu não se separasse porque tínhamos filhos e eles iriam sofrer, bem, naquela época graças a deus eu não me separei, porque ia enfiar os pés pelas mãos por causa deste amante, ai fui indo indo até passar este 1 ano e meio e pedir definitivamente a separação.

 

Perante as crianças foi um choque, porque NUNCA brigávamos, nunca mesmo, ele é um excelente pai e uma boa pessoa mas Dra. eu não era feliz, só para se ter uma ideia, minha casa tinha 2 empregadas fixa e 1 faxineira, uma mansão, mais eu não era feliz...

Antes de eu anunciar a separação para meus filhos, digo isso Dra., porque quando fui falar com ele, ele ainda me pediu um tempo para que passasse as festas de natal, formatura do filho para então anunciar, ou seja, foram quase 6 meses de silêncio, separados na mesma casa, já não tínhamos mais relação há anos, passado o tempo que ele me pediu eu e ele anunciamos para as crianças.

 

Mudei para uma cidade vizinha e graças a deus as crianças optaram para ficar comigo (pela idade já podem optar), porem aos finais de semana ficam com o pai, como disse ele é um super pai e ta infelizmente fazendo de tudo para que as crianças fiquem com ele.

Acontece que esta minha coragem se deu com 15 dias antes de eu anunciar a separação para meu ex, pq eu conheci uma pessoa maravilhosa que realmente eu o amo, ele também pediu o divórcio na mesma época, meu ex nem imagina que eu tenho outra pessoa, esta pessoa é simplesmente maravilhosa, sei que parece pela minha história que procuro um companheiro, sim eu encontrei um companheiro, um amor de verdade, nos dois temos planos de casar, ter filhos, é uma história muito linda mas só contando mesmo em detalhes...

 

Estou aqui hoje porque esta completando perante aos meus filhos que estou divorciada a 6 meses, e para mim e para meu ex a quase 10 meses e com o meu novo namorado a 10 meses.

 

Estou muito perdida, necessitando urgentemente de uma orientação, pois estou namorando escondida e sei que não posso pisar na bola com meus filhos, por exemplo, eles me pegarem com uma outra pessoa sem comunica-los, acontece que queremos casar, temos planos de ter mais um bebe mais eu não sei por onde começar a falar para meus filhos que conheci uma pessoa, sei que não posso contar que foi antes, que ele foi a causa da minha separação, mais eu necessito de uma boa orientação pois eles são muito fechado, o menino é igualzinho ao pai bem tímido e tenho muito medo da reação deles, a menina de vez em quando digo que um dia vou namorar, conhecer uma outra pessoa, ela fala se eu fizer nunca mais olha para minha cara, sabe Dra., tenho muitaaaa sede de ser feliz mais preciso de uma grande ajuda, como irei conversar com meus filhos, porque eu travo, tenho medo da rejeição deles e falarem que não irão mais ficar comigo.

 

 Aguardo seu conselho, um abraço e muito OBRIGADA

 L.

 

Cara L.,

 

Para falar aos filhos, vai ter que ter muita calma e esperar o momento certo, pois nem sempre os filhos estão preparados para lidar com a situação e entender a presença de um novo integrante dentro de casa.

 

E antes de explicar o seu atual momento é importantíssimo deixar claro para seus filhos que eles não são responsáveis pela separação dos pais e nem por uma reconciliação.

 

Evite armadilhas como:

- Apresentar o namorado muito precocemente Antes de envolver a família nesse novo relacionamento, é importante que haja certa estabilidade para, pelo menos, possibilitar um pouco de segurança.

 

- Apresentar o namorado muito tardiamente Esperar demais é arriscado e pode trazer surpresas desagradáveis. Muitas vezes, elas não conseguem lidar com o que está acontecendo ou alimentam fantasias com medo, até, de que o namorado roube a mãe e sofrem com isso.

 

- Apresentar o namorado como amigo Ser sempre sincero, na medida do interesse dos filhos, ajuda muito a evitar cair em contradições e a perder a confiança adquirida durante a vida familiar.

 

- Apresentar o namorado sem antes conversar com os filhos A chegada inesperada de um, talvez, futuro-membro-novo-dessa-família pode desestabilizar emocionalmente os filhos e trazer consequências danosas ao vínculo mãe-filhos.

 

- Chamar o novo namorado de pai A forma mais adequada para que seus filhos chamem seu novo namorado é pelo nome.

 

- Tentar ser o novo pai Os filhos não vão gostar de se sentir traidores do amor e da confiança do pai ausente. Assegure que o novo namorado não vai substituir o pai e que há espaço para que eles gostem também de outras pessoas.

 

- Criticar o ex-parceiro diante do seu novo namorado Os filhos não podem ser os portadores das dificuldades dos pais (ex-casal) e não devem, sob nenhuma hipótese, ser usados na tentativa de reconciliação ou de retaliação desse ex-casal.

 

- Afastar ou incluir demasiadamente outros membros da família em seu novo relacionamento É importante que a família de origem saiba de suas novas intenções, quando for o momento adequado. Mas, isso não significa que você deva satisfações de todos os seus atos, sentimentos e até pensamentos. A aceitação é desejável, mas não pode ser imprescindível para a continuidade de seu novo relacionamento. Esse limite é muito ténue, porém de importância fundamental.

 

Tendo em conta essas dicas, procure o melhor momento e fale com eles com sinceridade e assegurando que eles sempre estarão em primeiro lugar no seu coração.

 

Um abraço e felicidade

 

Medo de comer

 

 

 

Ando desesperada meu filho, gostaria de fazer-lhe uma pergunta: meu filho tem onze anos há um mês afogou se a comer agora tem medo de comer só bebe líquidos. Já emagreceu 7kg estou desesperada sem saber o porque e o que fazer.

Obrigada.

 

 

Cara mãe,

 

Se seu filho não tem um problema de disfagia (dificuldade de deglutição), vai voltar a comer normalmente, mas pode ser preciso um tratamento.

Ele vai ter que recomeçar a comer comida sólida. Mas depois de um mês é preciso introduzir sistematicamente alimentos sólidos, começando por papas, e passando aos poucos por alimentos cada vez mais sólidos.

Ofereça um premio cada vez que coma um alimento mais sólido e nunca o reprenda quando não quiser. É preciso que ele não se fixe na ideia que os sólidos são maus. Uma preocupação exagerada dos pais pode levar ao efeito contrário. É preciso que os pais demonstrem satisfação em se alimentar com comidas sólidas para que ele se interesse em comer também.

 

É importante estabelecer um ambiente positivo de alimentação.

O uso de suplementos alimentares são necessário nesse momento de transição para que ele readquira peso e não tenha problemas de subnutrição.

 

Se continuar assim pode ser que seja preciso um acompanhamento psicológico.

De qualquer maneira procure não demostrar ansiedade para que o ato de comer seja sentido por ele como algo natural e não como ansiógenico.

 

Tudo de bom