Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Casamento e depressão

niki12.jpg

 

 Boa noite,

Meu caso é o seguinte, estou casada há 7 anos mas o minha relação não está nada bem, eu neste momento estou com depressão e muito se deve ao feitio dele porque me ignora, em relação às crianças tudo que eu possa fazer repreender na visão dele está sempre errado e fala em frente às crianças, em relação a nós ele diz que me ama mas tenho muitas dúvidas é to tipo sou presa por ter cão e presa por não ter, e eu cada vez me fecho mais porque começo a ter medo da reacção dele, agora até me controla do tipo deixei o carro com x km e agora tem estes foste para onde? E não me compreende em relação a doença, já começo a fazer mal a mim própria e a não ter paciência com as crianças mas ele está nem aí. O que devo fazer?

S.

Cara S.,

Quando a relação não resulta a causa está sempre no casal, nunca é de um só. Se sente que está com depressão porque não procura ajuda? Com um acompanhamento psicológico poderá sentir-se mais segura em compreender o que não está bem na sua relação e a partir daí dialogar com ele para encontrarem juntos algumas soluções possíveis para melhorar o vosso relacionamento.

Não é bom para si se sentir acuada, com medo da reação dele e tornar-se cada vez mais fechada e ele cada vez mais “desconfiado” e “crítico”, tudo isso é contra um bom entendimento.

 

Comece por tratar da sua depressão, procure ajuda, pois o melhor para si é fazer uma psicoterapia, para poder entender quais são seus bloqueios que a impedem de ter uma vida saudável e para que possa reorganizar as suas ideias e investir mais adequadamente em si e na sua família. Uma psicoterapia pode ajudar a se conhecer melhor, melhorar a sua auto-estima, a sua insegurança e consequentemente a gostar mais de si.

Pense nisso!

Um abraço

 

 

Falta de carinho dos pais

 

niki11.jpg

 Bom dia encontrei seu blog, e queria relatar algo que está acontecendo comigo.

 

Sempre tive uma infância carente de carinhos dos meus pais, e até hoje sinto muita falta disso, fico tentando buscar na memoria momentos deles comigo.um gesto, um carinho.. Acredita que durante minha vida (tenho 28 anos) só escutei umas 3 vezes eu te amo dos meus Pais? Minha mãe nunca disse que me ama, ela sempre diz: AMO, parece que não quer dizer: EU te amo. pois bem.. nunca fui tão estudiosa, só terminei o ensino médio, tive alguns empregos, e lembro que quando trabalhava minha mãe me tratava como uma rainha, quando desempregava ela mudava totalmente comigo.

 

Tive um relacionamento muito sofrido com um rapaz, quando eu o conhecei sabia que era casado, na época eu tinha 17 anos... más ele me garantiu que o casamento não ia bem e que iria ficar comigo. Com isso o tempo foi passando e eu me apaixonei cada vez mais por ele, e se passaram dois anos e eu já estava perdidamente apaixonada e amava ele demais. E então a comecei a perceber que ele não iria largar a mulher dele, e comecei a sofrer. tinha escrito uma carta para ele é minha mãe achou, na carta dizia da nossa primeira vez juntos, e sofri muito com o que minha mãe passou a enchegar sobre mim naquele dia. Me igualava a garota de progama, e vários xingamentos...

Até que ele terminou comigo quando viu que eu o amava demais. Ai pronto!! Meu teto desabou, não sabia o que fazer... e fui à vida.

Depois de um ano conheci meu Meu marido, a qual estou casada com ele. Ele conseguiu me fazer feliz em questão de relacionamento, me fez superar muitas feridas que relacionemtos atrás causaram em mim, me fez acreditar no amor. Me ensinou a amar e ser amada. falando de vida amorosa estou muito feliz e realizada. Mas me sinto infeliz com meus pais. construímos em cima da casa deles, e devido estarmos um pouco apertados financeiramente, não tínhamos fogão, então estávamos fazendo nossas refeições na casa da minha mãe. Mas eu comecei a perceber que ela sempre tava de cara feia na hora da comida,se sentindo incomodada com a gente... então meu Pai comprou um fogão novo, é deu o deles para nós. Mas também ainda não tinha os alimentos para cozinhar... Até que um dia eu ainda não havia jantado, e minha mãe mesmo assim tampou as panelas e tirou as colheres. então eu reclamei para meu Pai, ela não gostou subiu na minha casa e disse: para evitar problemas faz sua comida em cima, que faço a minha embaixo. (más não tinha o que fazer) tudo bem!! Más pude notar que ela também não me quer mais entrando em sua casa, me trata como se fosse uma estranha, ela sai e tranca a casa toda, não me quer perto, não fala comigo. Sinto que meus pais estão se sentindo livres de mim. como se isso fosse tudo que eles queriam, e isso me machuca muito. E com isso junta mais ainda toda falta de carinho que sinto deles, falta de amor...

Não sei o que fazer... tenho vontade de sair de cima da casa deles, e ir morar em outro lugar. não consigo conviver com quem me trata mal, com quem me negue comida... Me sinto infeliz com o desprezo dos meus Pais

 

Cara leitora,

 

talvez não se trate de desprezo mas a consequência de dificuldades financeiras e necessidade de terem o próprio espaço. Porque não fala frontalmente com a sua mãe expondo o que está a sentir e esclareça a situação? Sempre é o diálogo que desfaz mal entendidos.

 

Procure acalmar-se e tente não fixar-se no comportamento de seus pais. Procure investir seu amor no seu casamento, no seu trabalho, na maneira de melhorar a vossa vida e as vossas possibilidades para poderem, talvez, mudar de casa e ter uma vida mais independente e autónoma.

Nem sempre os pais correspondem às expectativas dos filhos mas é preciso tentar que haja um mínimo de compreensão para conseguirmos viver sem culpas e em harmonia.

 

Um abraço e tudo de bom

 

Dependência emocional com a mãe

niki10.jpg

 

 

 

Olá, doutora! Tudo bem?

Estou passando por uma situação da qual não vejo muita solução. Gostaria de receber comentários seus sobre o assunto.

Sou a M., tenho 21 anos. Moro com minha mãe e fazemos praticamente tudo juntas. Dormimos no mesmo quarto, estudamos, comemos... Tudo juntas. E quando vou para a faculdade, vamos e voltamos juntas de carro porque ela passa o tempo estudando na biblioteca (ela está desempregada e estuda na biblioteca durante minhas aulas).

E agora como se não bastasse, vamos começar a fazer academia juntas.

 

Tenho sentido muito incómodo com isso, porque sinto que preciso mais espaço. Mas todas as minhas tentativas de conseguir isso faz ela pensar que não a amo, que sou fria. Ou então ela acaba convencendo-me de que essa é a forma mais conveniente de passarmos nossa rotina, que não tem nenhum problema. E assim continua pra sempre...

Às vezes minto para conseguir algumas horinhas longe dela. Pra ler um livro ou qualquer atividade em que eu aproveite a minha própria companhia ou a de amigos.

Não sei se poderia falar a verdade, pois ela sempre me convence de que é melhor eu fazer essas coisas depois, ou fazer outras coisas (junto dela).

 

Preciso me libertar, mas não sei por onde começar.

Obrigada, doutora.

Abraço.

 

Cara M.,

Quando a mãe tem a função de mãe e o pai tem a função de pai temos uma família funcional, se não for assim teremos uma família disfuncional, onde as relações entre os seus membros não são equilibradas e estáveis e onde os padrões de comunicação alterados conduzem a problemas crónicos no seio da família. Parece que a sua mãe tem uma relação patológica consigo e que esse exagero de convivência é prejudicial para o seu amadurecimento.

 

A relação com a sua mãe é de dependência emocional, uma relação simbiótica e muito pouco saudável. É preciso que encontre o seu equilíbrio e o seu próprio espaço para viver a sua individualidade. Cabe a si não se deixar envolver em demasia e ter consciência que tem o direito de viver a sua própria vida, o que não inviabiliza o afeto e o amor que sente pela sua mãe.

 

Fale com ela e explique o que sente e as necessidades que precisa e não desista de tentar a sua independência afetiva.

Um abraço

Vazio, medo e ansiedade

niki9.jpg

Oi doutora tudo bem, gostaria muito de um conselho da senhora para me dizer o que eu faço da minha vida.

Me chamo J. tenho 23 anos e de uma tempos pra cá passei a sofrer com ansiedade que eu ía levando. Só que agora ultimamente do nada comecei a ter medo de ter esquizofrenia, mas um medo intenso mesmo, sabe de me dar dor de barriga, enjoo, falta de apetite suor e etc. Daí comecei a ver os sintomas da esquizofrenia na internet e dai que me deu mais medo ainda e fico imaginando que estou com os sintomas.

Não escuto vozes as únicas vozes que escuto são meus pensamentos dentro da minha cabeça me dizendo que estou louca. E depois que passei a ver os sintomas na internet passei a acreditar que tudo que eu li esta acontecendo comigo. Vivo com crises de choro, medo de ficar louca e ando com insónia e nem consigo mais dormir. Sinto um desespero junto com um vazio muito grande dentro de mim. Nada enche esse vazio mesmo quando saio pra distrair a minha mente, esse vazio está dentro de mim.

Doutora o que eu faço será que estou ficando louca?

 

Cara J.,

Todos nós temos alguns sintomas de perturbações mentais, mas para termos uma patologia, depende da quantidade. No seu caso, parece seja somente uma questão de ansiedade e medo de estar doente. Tem bem a consciência que os “pensamentos estão dentro a sua cabeça” e, atenção, que se for muito impressionável quanto mais pesquisa para ver sintomas, mais vai se identificar com alguns deles. Ao pesquisarmos é preciso agir com discernimento e sensatez, do contrário podemos por em evidência a “loucura”.

 

O vazio existencial está presente na vida de todo ser humano, em maior ou menor grau. É sentido e vivenciado em inúmeras circunstâncias da existência humana. Emerge diante de situações peculiares e às vezes stressantes na vida da pessoa.

O vazio que sente dentro de si, pode estar relacionado com o seu momento de vida e quem sabe se a partir daí vai se revelar uma “oportunidade” e procurar desenvolver e aprofundar todos os seus recursos e capacidades no caminho da autorrealização e a responsabilidade pela própria vida.

 

Feliz 2016!