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Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

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Como lidar com mãe e irmã

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 Chamo-me Sónia sou deficiente, tenho uma incapacidade de 69%, nos ultimo 20 anos tenho sido rejeitada pela minha irmã e pela minha mãe. Há 5 anos que me deixam sozinha no natal.

 

Há 10 anos que tenho um problema muito grave sem se informarem sobre realmente o que se passava responsabilizaram e deixaram me sozinha sem ter como me defender. Comprei a minha casa e fui lesada pela caixa central do crédito agrícola de Lisboa. Descobri que não me deram os meus direitos como deficiente que estão na lei e puseram-me a pagar o dobro da prestação da casa. Fiz um simulação no balcão do mesmo banco em vila franca de rixa, e o valor da prestação eram 562€, no balcão de Lisboa onde fiz o crédito a prestação que eu pagava eram 1100€.Tentei resolver tudo a bem com o banco e pedi para fazerem a correcção, mas recusaram se e disseram que agora só em tribunal. Informei a minha mãe e a minha irmã do que se estava a passar, até porque só me restava ir para tribunal, e elas disseram que é tudo da minha responsabilidade e tinha que resolver sozinha.

 

Devido a esta situação o meu pai que vivia comigo teve um avc e encontrei o sem vida em casa. Fui pedir a ajuda ao Estado para ter uma advogado, foram nomeados 6 advogados da ordem dos advogados que não me prestam auxílio diziam que o caso não tinha condições para seguir para tribunal, dizendo que não tina viabilidade jurídica, o que não corresponde a verdade porque o caso é de facto muito grave.

Tive 5 anos a batalhar sozinha contra o banco e sem advogado. Ao fim deste tempo pedi ajuda ao Dr Marinho Pinto ex bastonário da ordem dos advogados, que me nomeou logo uma advogada. Como eu decidi pagar o valor justo da prestação e não o dobro o banco caixa de crédito agrícola penhorou me a casa, alegando que eu estava em divida quando andei sempre a pagar o dobro durante 4 anos. Depois puseram um processo a minha irmã e a minha irmã em tribunal para as obrigar a pagar o valora mais que eles estavam a exigir ou então retiravam todos os seus bens. Se elas me despregaram tudo ficou ainda pior e fiquei ao abandono.

 

Acusavam me sempre de que a culpa era minha. No processo que foi posto a minha mãe e irmã eu e a minha advogada não fomos notificadas, e a minha irmã e a minha mãe também não me avisaram a cerca desse julgamento que aconteceu nas minhas costas quando eu sou a principal interessada. Depois da audiência foram a minha casa coisa que nunca acontecia para me informar que o tribunal ordenou que saísse da minha casa e a minha mãe e a minha irmã foram condenadas a pagar ao banco mil.

 

Fiquei sem a minha casa ilegalmente e injustamente, fiquei só com os meus objectos pessoas e tive que vir vier para a casa da minha mãe por não ter por onde ir. A minha mãe é empresária tem uma boa situação financeira e a minha irmã também , se tivessem posto logo um advogo em 2008, quando eu lhes contei o que se estava a passar, eu não teria ficado sem casa, e elas também não teriam tido problemas. Isto é reflexo do total desinteresse por mim por parte da minha mãe e irmã. São 20 a perdoar coisas muito graves porque só queria que tudo ficasse bem entre nós é a minha família mais directa. Quanto mais perdoo mais erram, foi ao ponto de me terem posto fora de casa, antes de eu comprar a minha casa. Esta neste momento a decorrer um processo contra o banco caixa central do crédito agrícola no tribunal da relação de Lisboa.

 

A minha mãe pediu-me que passasse uma procuração para que pudesse vender ou arrendar a casa, contudo a casa estava hipotecada pelo banco, por isso não se conseguia vender. Então a minha irmã ficou de baixa 4 meses, e como a imobiliária não vendia a casa, mas intenção não era vender era aguardar a decisão do tribunal da relação, a casa estava a venda e o banco só tinha era que esperar. A minha irmã foi encontrar um investidor uma pessoa dessas que compra e vende casas em leilões e vendeu me a casa nas minhas costa. Estou de rastos nunca mais vou confiar nelas nem nunca mais lhes passo um documento legal para as amos.

 

A minha pergunta nesta tarde é: como devo lidar com a minha mãe e com a minha irmã será que a única solução é afastar me delas sensitivamente?

Desde já agradeço a atenção dispensada, com os melhores cumprimentos Sónia Candeias.

 

Cara Sónia,

Não posso pensar que a sua mãe e irmã tenham vendido a casa para lhe fazer mal, mas talvez tenham achado que era a melhor solução para si.

 

Para lidar com a sua mãe e a sua irmã é preciso dialogar, conversar, contar as coisas, discutirem juntas o que fazer, com a liberdade de falar sobre seu projeto e discutir com elas para certificar-se da que viabilidade. Se tem condições de viver sozinha, poderá pedir um empréstimo e comprar outra casa para ter uma vida mais independente, assim que resolver o processo contra o banco caixa central do crédito agrícola.

 

Quando há problemas de deficiências não é fácil a convivência. De parte a parte pode haver, por vezes, irritação ou falta de paciência. Não sei se continuar a “perdoar” é uma opção, mas cabe a si decidir e lembrar que elas são a sua família e o seu apoio.

 

Quanto a si, seria aconselhável que tivesse um apoio psicológico para ajudá-la a gerir as questões emocionais que por vezes prejudicam a sua estabilidade psicológica.

Um grande abraço e tudo de bom


 

Ajuda a ex-detento

chagall9.jpgBoa Tarde Dr.ª, 

 

Encontrei seu blog através do Google e queria poder tirar uma dúvida contigo.

 

Tive uma relação de 8 anos com o Pai da minha filha, ele foi preso ficou 2 anos naquele lugar. Ele saiu ficamos bem e tudo mas acabamos nos separando por conta de uma garota que começou a encher o saco dele eu peguei uma ligação e não pensei outra fui embora faz 8 meses que nós separamos, até um tempo atrás mais ou menos 3 meses atrás eu ainda o via ficava com ele tinha relação mas ele não decidi o que quer da vida , então tomei a decisão de sermos apenas amigos e pais da Kau.... Nossa filha. 

O Pai dele foi embora de casa por causa de uma garota conheceu em um barzinho do bairro traiu a mãe dele e foi embora de casa 25 anos de casados. Eu não sei se tem algo haver mas ele é muito stressado muitooo ao extremo mesmo, as vezes eu tento conversar com ele mas ele não desabafa com ninguém já pedi pra um amigo dele tentar conversar com ele pra vê se ele se solta e nada, se quando ele vê nossa filha ela chora ele fica super nervoso fala que tem muita frescura.

 

Eu fico com dó e quero poder ajuda-lo apesar de não estarmos juntos queria tentar tirar isso dele, ele fica nervoso com tudo como a mãe dele diz as vezes só de olhar pra ele, já explode. O que será que está acontecendo com ele? Será que não existe um jeito de tentar conseguir arrancar algo de dentro dele o que ele sente o que passa na cabeça? 

 

Obrigado Doutora

 

Cara Leitora,

 

Não podemos arrancar nada da cabeça de ninguém. Ele deve estar sofrendo com stress pós traumático pelos anos que passou na cadeia e inseguro com as dificuldades ao tentar reconstruir a vida. A pena de prisão em si não contribui para a mudança dos presos. Livrar-se do estigma de ex-detento, pode durar décadas. A reinserção social ao estar em liberdade é um passo que pode ser muito difícil. Para ajudá-lo seja paciente e compreensiva e encaminhe-o para uma ajuda de uma psicóloga para que possa elaborar todo sofrimento interior e a partir daí retomar a sua vida, seu presente e futuro.

 

Esse novo ciclo resulta no resgate da identidade humana renovada, quando promovida com apoio de todas as esferas sociais (a família, a igreja, a escola, o trabalho, o grupo de amigos, as instituições públicas, a comunidade), que irão contribuir para o desenvolvimento da capacidade de superação do sujeito, permitindo a sua reinserção social na sociedade, como um ser amadurecido, que dá sentido às coisas, às pessoas e à vida, a partir de um novo olhar com liberdade e responsabilidade.

Tudo de bom

Viver outro amor

amado.jpgAtualmente estou vivendo uma dúvida amorosa, tenho 38 anos, sou casado a 15 anos tenho 2 filhos, um menino de 15 e uma menina de 9. Hoje meu casamento está na melhor fase amo minha esposa meus filhos, e nos damos muito bem na cama e no relacionamento. Acontece que a aproximadamente 2 anos conheci uma menina de 28 anos no trabalho e inicialmente me interessei muito por ela, começamos a conversar, porém sem falar de sentimentos, apenas amigos mesmo, eu nem pensava nela, porém eu sabia que sentia leve atração por ela, mas não sabia se era recíproco. Foram passando meses e eu senti esse sentimento e o desejo por ela aumentar cada vez mais, até que eu comecei a perceber que estava sendo correspondido por ela. Resumindo a 3 meses atrás eu me abri com ela, conversei e falei que estava apaixonado por ela desde de começo que a conheci, mas nunca tive coragem de falar antes até porque sou casado e ela namora a 3 anos...

 

Enfim isso acendeu a chama, posso dizer explodiu nossos sentimentos, começamos a conversar por WhatsApp, pessoalmente, final de semana, feriado, literalmente 24hs eu pensava nela e ela em mim. Até o presente momento Ficamos juntos apenas com beijos, carícias, carinhos etc., ainda não rolou sexo, mas já falamos muito sobre isso e tivemos conversas maliciosas. Ela diz que mudou muito com namorado dela, pois só pensa em mim 24 hs e eu nela, confesso que mudei com minha esposa tb, estou perdidamente apaixonado por ela. Ela disse que quer terminar como namorado dela, e que eu achava. Eu Disse para ela não terminar pois ainda é cedo para isso. Convido ela toda semana para sair comigo à noite para ficarmos a sós, mas ela disse que não consegue trair o namorado é que quer terminar para fazer isso sem sua consciência pesar... Estou louco por ela, o que ela pedir eu faço.

 

E ainda agora que ela também me corresponde nossa estou ficando louco. Ela pediu para eu me separar mas eu disse que é difícil, eu estou há 15 anos casado e ela concordou. Porém, ela me pede várias vezes, diz que para ela é bem mais fácil de separar é difícil para mim. O grande problema é que amo minha esposa e estou perdidamente apaixonado por ela. Já pensei centenas de vezes em contar para minha esposa, e propor um casamento aberto, um trisal, um poliamor ... Mas tenho medo da reação dela e por tudo a perder. ??? Já propus isso para a segunda tb e a princípio ela não aceitou. Kkkk disse que sou louco... Não sei o que fazer não quero me separar e se a outra me largar acho que vou chorar meses e entrar em depressão.

 

Acontece que no fundo eu quero viver esse outro amor. Quero sentir algo diferente e não vou desistir mesmo que quebre a cara. Quero ficar com duas e vou tentar convencê-las. Sinto que amo as duas.

 

Caro Ale,

Está envolvido emocionalmente numa aventura passional e que como tal vulnerável a agir impulsivamente, sem muita consciência das consequências futuras.

 

O melhor é ser cauteloso e precavido no sentido de não estragar o seu casamento por um impulso, que poderá vir mais tarde a se arrepender. Dê tempo ao tempo. O seu envolvimento com essa menina pode ser só sexual e caso se concretize poderá resultar numa deceção ou deixar uma culpa angustiante, além de poder levar a uma rutura familiar com o fim do seu casamento.

 

Parece estar a viver a “idade do lobo”, quando o homem, por volta dos 40 anos passa a viver uma crise de meia-idade. É quando o homem avalia seus sonhos, alvos e projetos e fica satisfeito ou frustrado, quando ele passa a questionar tudo, inclusive a vida.

 

Dizem que na faixa dos 40 anos, os homens transformaram-se em "lobos vorazes", saindo à caça de presas, de amores antigos ou novos, que satisfaçam sua autoafirmação masculina. Mas a busca extraconjugal não passa de um simples alívio temporário a conflitos emocionais mais sérios.

 

A solução é reconhecer essa fase de mudança; cuidar da autoestima e identidade; incorporar as mudanças que o enriquecerão positivamente; estar aberto a transformações e possibilidades futuras; construir uma identidade adequada ampliando e diversificando papéis significativos em outras áreas de sua vida e expressar seus sentimentos de uma maneira saudável.

 

Não penso que a sua mulher vá aderir ao seu desejo e o melhor é não contar e nem propor nada para ela, mas procurar resolver a sua situação da melhor maneira para que não conduza a sofrimentos maiores.

Essa paixão poderá transformar-se numa desilusão e é preciso muita cautela até ter a consciência clara dos seus sentimentos.

Fique bem

 

Relação com filho

 

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Tenho um filho de 16 anos, eu às vezes acho que o sufoco,evito que saia de casa, durmo com ele na mesma cama, porque eu não consigo dormir se ele não estiver do meu lado, quero à toda hora ficar com ele, compro tudo que ele pede, se ele não pede nada eu é que compro mesmo. Quero constantemente beijá-lo, quero ninar ele o tempo todo, se alguém na rua olha para ele eu fico encarando a pessoa, ele não quer mais sair comigo, trato ele como se tivesse 10 anos. Quando estou no serviço eu ligo só para ouvir a voz dele.

Gostaria de saber o que está acontecendo comigo.

O pai dele morreu quando eu estava grávida de 6 meses

Obrigado.

 

Cara mãe,

 

O seu filho tem 16 anos, é um adolescente que está a se tornar adulto. Precisa de espaço, tranquilidade, intimidade para que possa se devolver e amadurecer saudavelmente.

Ao agir assim está a prejudicar a vida de seu filho e a sua. Ele é seu filho e não é seu marido e precisa ser tratado como filho: educá-lo, cuidá-lo mas sem excessos e sem erotizar a relação e nem sufocá-lo com amor exagerado.

 

O melhor seria procurar uma psicoterapia para tratar o seu problema de envolvimento inadequado com seu filho. Provavelmente é por nunca ter feito um luto do marido e agora está a projetar no filho a falta do marido, confundindo os papéis. Sei que não faz por mal e provavelmente sente o filho como uma continuidade do se marido, mas não é uma maneira saudável de agir.

 

Comece por controlar-se mude a maneira de relacionar-se com ele. Não é que deve deixar de amá-lo mas amá-lo como uma mãe ama um filho, preparando-o para a vida e para a independência.

Filhos criados de forma adequada certamente crescerão ajustados, com equilíbrio para continuarem a própria vida.

Um abraço