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Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

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Problema emocional

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Bom dia 

 

Meu nome e F., tenho 49 anos. estou casado há 22 anos e 01 filho de 10 anos.

 

Estou passando por um grande problema emocional, principalmente depois que meu pai faleceu em 2013.

Mas minha história começa há mais de 25 anos atrás.

Em 1989 conheci uma moça (M. ela tinha na época 18 anos, eu 22) tanto eu como ela começamos a nos conhecer, pois tínhamos interesses em comum. No mês de maio daquele ano seus pais decidiram mudar para outra cidade. Ficamos muitos tristes, porque estávamos amando um ao outro. No segundo semestre daquele ano, fui visitá-la.

 

Seus pais gostavam muito de mim, e eu deles. Na  minha ultima visita (Dez de 89) fui para oficializar o namoro, quando fui surpreendido com a noticia que ela não estava mais interessada e que queria continuar os estudos e não tinha ninguém em vista( que era minha grande preocupação, pois estávamos longe para se ver e vulneráveis por outros). Fique, naquela época muito decepcionado, porque nos contatos telefónicos, fazíamos planos para o futuro, juras de amor, etc. Na volta desta viagem, desabei a chorar, pois amava muito ela e não tivemos a oportunidade de nem se quer dar um beijo. no ano de 1990 fique com depressão, achando que o mundo tinha acabado pra mim, tinha antes de conhecê-la . Com baixa alutoestima, me achando feio, tímido demais para conquistar uma mulher, alguns meses se passaram, e logo fiquei sabendo que ela estava namorando um rapaz na cidade, o que aumentou mais ainda minha depressão, pensando que nunca mais iria vê-la.

 

Depois de 1 ano (1991), suportei a depressão, resolvi ligar para a M. e sua mãe atendeu e ficou muito contente em falar comigo e me contou que a Marcia não estava mais namorando. Isso me deixou com muitas esperanças, então combinei com a mãe dela que iria lá no mês de Julho de 1991. Nesse mesmo ano e antes de ligar para a M., conheci outra moça (G.) Percebi que a G. era muito parecida com a M. fisicamente. Isso estava me perturbando, por que ainda amava muito a M. Precisava ir vê-la para conferir o seu interesse por mim. Essa viagem foi muito boa, pude vê-la, passear, ir ao cinema e quando fui perguntar a ela se havia alguma esperança, M. pediu-me um tempo.

 

Fiquei mais confuso ainda na época, porque eu tinha a G. e lá a M.

Como a M. já me havia decepcionado antes, decide começar um namoro com a G.

que estava interessada. Eu por orgulho e egoísmo deixei a M. com seus pensamentos.

 

O grande problema e que eu estava enganando a mim mesmo, porque amava muito a M. e só percebi isso muito tempo depois. em 1992 A M. e sua mãe vieram na minha cidade e percebi que ela ainda estava me esperando e eu não notei isso, pois estava ainda namorando a G.. A G. achou as fotos e cartas que tinha da M. e destruiu tudo (menos os negativos). Não tinha mais o telefone para entrar em contato com a M.. Em 93 com quase tudo preparado para casar com a G.  tivemos uma forte desentendimento e desmanchamos o noivado, mas fiquei envergonhado por chegar até aquele momento e desistir, apesar de não amá-la, como amava a M. reatamos e casamos em 93.

 

Ao longo dos anos sempre me lembrava da M. com muito carinho e amor, mas não tinha como entrar em contato, porque o telefone e o endereço foram destruídos. Por muitas vezes eu e a G. brigávamos muito a ponto que querer jogar tudo pro alto e separar, A G. chegou até se interessar por outro, mas relevei. Em 2006 nasceu meu filho, isso me fez rever o casamento, mas veio outros problemas maiores ainda. Por volta de 2010, comecei a digitalizar as fotos que eu tinha e também os negativos. Foi quando voltei ao passado e rever os momentos que tive com a M.. A curiosidade de saber como a M. estava foi crescendo a ponto de começar a pesquisar na internet. Depois de muito tempo achei seu endereço e também outras coisas nas redes sociais. Vi que a M: já tinha uma filha (dois anos mais nova que meu filho) mas notei que não havia o marido em algumas fotos no facebook. Em 2016 consegui com muito custo o telefone da mãe dela e entrei em contato depois de 25 anos. Conversamos por telefone e ela me disse que havia casado em 2007 e teve sua filha em 2008, mas não durou muito o casamento e 2010 estava separada e em 2013 seu pai havia falecido e ela havia se divorciado. Notei que o meu sentimento pela M., que havia ficado adormecido, acordou. Começamos a nos comunicar por telefone e whatsapp. Recentemente (jan de 17) fui sozinho à cidade dela para vê-la, sem ela saber e nem minha esposa a G. Conversando com sua mãe, pois a M. não mora com ela. Sua mãe me disse que depois que voltamos a nos comunicar, M. ficou mais feliz e que o voltar a conversar mexeu com ela. Mas que está muito preocupada comigo pois ainda estou casado.

 

Sinto que essa história ainda não acabou apesar do tempo, meu amor por ela ainda bate forte no peito, coisa que nunca senti pela G. Pelo lado da M., achou que também despertou o amor que tinha, mas pelo que sua mãe me falou, ela está com medo de ser o pivô de uma separação e de destruir uma família. Meu casamento anda de mau a pior a anos. Para dizer a verdade casei com a G. com a M. na cabeça e no coração.

 

Agora que a encontrei sinto a necessidade de ajudá-la, visto que esta sozinha criando sua filha. Mas eu também estou dividido com um casamento em erupção, um filho de 10 anos e um amor no peito me castigando e me deprimindo cada dia. Desde  Outubro de 2016 não tenho dormido direito, estou ansioso demais, não paro de pensar na M. (apesar de morarmos longe)

 

Sei que enfrentarei muitos problemas, separação, um relacionamento duvidoso (pois dependerá da M. se vai me aceitar depois de fazer isso)  

 

Mas tudo isso foi culpa minha, pois se amava tanto a M., porque não dei o tempo em 91, porque não desisti de casar, porque não separei enquanto não tinha o filho, são tantos os porquês, que minha cabeça não anda bem, estou a cada dia mais depressivo e temo muito o poder vir acontecer, pois penso que a única saída para meu sofrimento e acabar com tudo, não sei mais o que fazer, por isso estou pedindo uma ajuda profissional, como fazer...

 

 

Grato.  

 

Caro F.,

 

Penso que esteja numa grande confusão mental! O seu amor pela M. parece idealizado, uma saudade do tempo passado e da sua juventude e que claramente não voltará mais.

 

Pense bem : será que vale terminar um casamento e destruir uma família por um amor do passado que talvez seja só uma ilusão?  Uma separação sempre traz problemas, frustrações e infelicidade para toda a família. Antes de tomar uma decisão ponha tudo na balança. Se está ao lado de alguém que ama, que o faz feliz, que lhe dá segurança, vale a pena abandonar tudo isso por outra? Não se deixe levar pela ilusão de uma relação perfeita.

Amar é aceitar o imperfeito e torna-lo perfeito para nós. Para que uma relação resulte é preciso respeito, reconhecimento, responsabilidade e recreatividade.

 

Sugiro que não tenha pressa em decidir, reflita com calma e pondere o que é melhor fazer. Um acompanhamento psicológico poderá ser de ajuda nessa fase complicada de indecisão.

Fique bem

 

Namoro adolescente

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 Meu nome é I., tenho 51 anos e uma filha de 12 anos que anda a namorar com um rapaz de 16, isso é ilegal? O que devo fazer, trata-se de um individuo com historial de drogas e violência. Agradeço desde já a ajuda

 

Cara I.,

A sua filha está num namoro prematuro e prejudicial. A comunicação entre pais e filhos é essencial nesse caso.

 

Converse muito com ela sobre as possíveis consequências de seus atos e fale da importância que esta pessoa seja da sua idade ou de idade próxima, que compartilhem os mesmos princípios, valores e crenças pessoais e familiares. Esse rapaz não pode namorar com ela pois irá prejudicar a vida de sua filha em todos os sentidos.

O papel dos pais é buscar que seus filhos vivam com intensidade o que é próprio da idade juvenil, isto é, que cada etapa seja aproveitada em extensão e plenitude com as experiências necessárias ao amadurecimento pessoal, sem os obstáculos apresentados por uma relação afetiva prematura.

 

Fique perto de sua filha e não permita que essa relação continue, aos 12 anos ainda não tem maturidade para decidir e nem para namorar.

Caso não consiga sozinha encaminhe-a para uma consulta de psicologia para que possa ajudar nesta e quiçá outras questões que estejam por trás.

 

Tudo de bom