Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia.
Mariagrazia Marini Luwisch
Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia.
Mariagrazia Marini Luwisch
Olá Maria, vi seu blog e queria muito ouvir seu conselho.
Me chamo Ana, tenho 24 anos e estou precisando de ajuda.
Tive um relacionamento de 1 ano e 5 meses com um rapaz, éramos felizes, mas tínhamos brigas muito intensas, nós dois temos personalidades fortes e nossas brigas estavam constantes, tínhamos passado por muitos problemas, ele tem um filho de 3 anos com uma mulher e outra criança de mesma idade com outra, era um fato que eu sabia mas eu me sentia insegura por isso.
E nossas brigas só vinham evoluindo, já tínhamos nos agredido fisicamente, mesmo assim nos desculpamos e ficamos juntos, até que este mês fomos viajar de férias, fomos pra uma praia e depois de 5 dias de viagem brigamos muito feio por um motivo irrelevante e nessa discussão eu o agredi, joguei coisas nele, e ele me deu um soco na boca.
Levei 6 pontos e fiquei com o rosto muito inchado. Isso há 2 dias, mas não paro de pensar nele, e no desejo de voltarmos.
Como posso pensar em alguém que me fez tão mal? Preciso de ajuda, estou passando dias muito difíceis. Seria errado haver um perdão?
Cara Ana,
Não é errado perdoar mas é preciso cuidado para que essa situação de violência não se perpetue.
A violência doméstica funciona como um sistema que apresenta, regra geral, três fases:
aumento de tensão: as tensões acumuladas no quotidiano, as injúrias e as ameaças tecidas pelo agressor, criam, na vítima, uma sensação de perigo eminente.
ataque violento: o agressor maltrata física e psicologicamente a vítima; estes maus-tratos tendem a escalar na sua frequência e intensidade.
lua-de-mel: o agressor envolve agora a vítima de carinho e atenções, desculpando-se pelas agressões e prometendo mudar (nunca mais voltará a exercer violência).
Este ciclo caracteriza-se pela, pela sua repetição sucessiva ao longo de meses ou anos, podendo ser cada vez menores as fases da tensão e de apaziguamento e cada vez mais intensa a fase do ataque violento. Usualmente este padrão de interacção termina onde antes começou. Em situações limite, o culminar destes episódios poderá ser o homicídio.
A violência doméstica não pode ser vista como um destino que a mulher tem que aceitar passivamente. O destino sobre a sua própria vida pertence-lhe, deve ser ela a decidi-lo, sem ter que aceitar resignadamente a violência que não a realiza enquanto pessoa.
É preciso quebrar o ciclo. Haver controlo de parte a parte. Se esse comportamento se repetir é preciso terminar o relacionamento. Uma relação agressiva e violenta não é normal e não pode continuar. Ninguém merece uma vida de violência e sofrimento.
Se sentir dificuldade procure ajuda de uma psicóloga para a orientar.
O meu nome é Cristina, tenho 50 anos e um filho de 19. Meu filho sempre sonha que está batendo muito no pai dele. Joga coisas, fere com faca, etc. Ele fica muito triste com estes sonhos.
O que isso significa? Como fazer para não ter mais esses sonhos?
Cara Cristina,
O pai simboliza autoridade e proteção. O sonhar com o pai sugere necessidade de maior auto-confiança.
Sonhar que bate e fere o pai pode representar uma tentativa de chamar a atenção para a carência de afeto e necessidade de maior proximidade. Talvez sinta que é um pai ausente e precisa que ele lhe dê ouvidos.
Seu filho agride o pai em sonho como forma de chamar a sua atenção para receber carinho.
O que pode ajudar é procurar melhorar a relação entre ambos: estarem mais tempo juntos, trocarem ideias, falarem, conviverem, etc.
Tenho 16 anos e namoro com uma rapariga há 11 meses, sempre a amei e ainda amo.
Este verão tive 3 experiências homossexuais (Sem envolvimento sexual), as primeiras 2 foram sem sentimento, só para experimentar, mas a última foi com um rapaz que já conhecia à muitos anos. Estávamos a falar sobre sexualidade e eu disse que estava curioso de beijar um homem (porque nunca tinha beijado) e ele beijou-me! Pensava que ia ser estranho, mas não foi, só queria mais tempo com ele e tivemos mais um bocado!
Não me arrependo mas estou muito indeciso sobre a minha sexualidade especialmente, porque fiz esta experiência, que definitivamente mudou a minha vida, enquanto namorava. Por favor ajude-me!!!
Continuo a amar a minha namorada!
Caro adolescente,
é preciso saber que o processo de definição da identidade e orientação sexual se encontra ativo nas mais diversas faixas etárias, mas é na adolescência, que os jovens, no quadro do seu desenvolvimento normal, exploram e experimentam a sua sexualidade, amadurecendo e definindo a sua identidade sexual. O que pode acontecer através de experiências homo e heterossexuais.
O importante neste domínio da identidade de género e da orientação sexual é a saudável relação entre a sublimidade da natureza humana e a inevitabilidade da experiência individual de cada pessoa.
Suas experiências sexuais ajudam na definição da sua própria orientação sexual. O importante é viver a sua sexualidade com naturalidade e sem preconceitos. Aos 16 anos nada é definitivo.
Me chamo Catarina, tenho 29 anos sou casada há 13 anos, mas há algum tempo estou com dúvidas em relação a meus sentimentos.
Me casei muito nova, em um momento que tinha perdido minha mãe e estava bem fragilizada, pois tive que cuidar dos meus irmãos pequenos e meu pai tinha problemas com bebidas. Meu pai se casou novamente mas eu não aceitava, de tanto as pessoas falarem e colocarem pressão então acabei aceitando, mas tive vários problemas com esta mulher. Então conheci meu marido ele é 13 anos mais velho que eu, mas ele estendeu a mão e me deu carinho, só que quando fui morar com ele em uma situação conturbada, foi bem complicado o começo, ele me deixava muito sozinha e como eu era muito nova aceitava tudo o que ele me dizia.
Nesse período batia-me, não tinha paciência, ficava muito zangado, hoje ele é mais controlado.
O tempo foi passando e eu passei por uma depressão onde tentei tirar minha vida, porque me desesperei, nos brigávamos muito então ele queria terminar, daí me desesperei, graças a Deus estou viva e sem nenhum sequela e muito mais forte, com isso comecei a rever muitas coisas.
Algum tempo comecei a estudar e realizei meu sonho de fazer uma faculdade ele até me apoiou só que agora prestes a me formar ele não quer que me forme coloca vários empecilhos, e também tenho um certo medo pois ele é muito machista e não aceita que tenho amigos homens e fica revoltado. Um dia peguei uma carona com meu patrão o qual ele conhece e é amigo onde a esposa dele também é minha amiga e trabalhamos juntas, ele ficou louco achei que ia bater-me, o que mais me doeu além dos xingamentos foi uma orquídea que ele me deu, ele a quebrou toda e disse que não merecia isso foi pior que uma tapa.
Entre outras situações, hoje prefiro ficar no meu trabalho do que vir pra casa, não tenho vontade de ter relações com ele, não sei o que fazer, estou com muitas dúvidas, acho que não gosto mais dele, mas também não tenho coragem de me separar.
Até já olhei casas pra alugar, só que estou em cima do muro. Ele fez uma cirurgia então não sai, e também brigamos, o teste disso ele foi fazer e não me falou nada, então pensei em ir embora neste dia mas também pensei que não era o momento por ele estar operado.
Preciso saber o que fazer, já não aguento mais tudo isso.
Cara Catarina,
O casamento não é fácil. e uma separação pode ser umas das experiências mais emocionalmente desgastantes. Num momento como esse surgem muitas de emoções, dúvidas e conflitos.
Existem alguns pontos fundamentais que devem ser considerados na hora de decidir pela separação ou não. É preciso repensar itens como: parceria, intimidade, respeito, expectativas e planos.
Todos os relacionamentos passam por oscilações e fases onde alguns desses pontos podem estar apenas provisoriamente abalados, mas quando tudo está mal, a solução é a separação.
A decisão é sua, pense e avalie junto ele. Dialogue e fale sobre tudo que a incomoda e ouça o que ele tem a lhe dizer.