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Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

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Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Filho inquieto

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Olá boa tarde,

Não sei se costuma responder aos emails mas estou com um problema e não sei se me pode dar uma ajuda ou umas ideias o meu filho tem 12 anos desde muito pequenino que tem muita vida e é muito desinquieto desde que entrou pequenito na infantil as educadoras sempre se queixaram que era uma criança bastante desinquieta e que acabava sempre por ter as atenções todas viradas para ele coisa que ainda hoje adora ter atenções todas viradas para ele.

 

Na primaria as professoras queixavam-se que era desinquieto e que destabilizava muito as aulas ele é bastante inteligente tem muito boas notas mas não é porque estude porque ele não gosta nem porque esteja quieto nas aulas ele capta o que os professores falam e porque é mesmo essa a questão nas aulas não esta nunca quieto nem calado perturba as aulas o tempo todo e mandam-lhe sempre sair para o GAA ( gabinete de apoio ao aluno) nos pais colocamos ele de castigo tiramos o telemóvel a televisão computador etc. e falamos bastante com ele.

 

Ele está no 7 ano diz-nos sempre a mesmo coisa que não volta a fazer mas todos os anos é sempre a mesma coisa e este ano sem exceção já começou o diretor de turma a ligar-me quase todos os dias que portou-se mal que respondeu mal a professora enfim já não sei que mais castigos lhe dar que fazer estou cansada desta situação toda que já se arrasta há anos.

 

Se existe alguma coisa natural que ele possa tomar pra acalmar, gostaria que me pudesse ajudar.

 

Cara mãe,

Essa inquietação excessiva pode estar relacionada com um transtorno de déficit de atenção com hiperatividade.

 

Para ajudar o seu filho a estar menos inquieto, poderá dar-lhe café com leite ao pequeno-almoço. Segundo estudos a administração de cafeína em doses adequadas controla o défice de atenção e hiperatividade, sem causar efeitos secundários.

 

Também uma atividade física é importante para gastar as energias e acalmar. Incentive seu filho a fazer atividades ao ar livre (andar de bicicleta, dar um passeio pelo parque). São algumas estratégias que podem fazer a diferença na gestão das suas emoções.

Castigo não resolve, converse com seu filho para que se comprometa a ser responsável e atento, colaborando sempre com os pais e professores.

 

Aqui algumas dicas os pais :

 

Promova atenção positiva –

Elogios: use e abuse

Valorize o processo e não tanto o produto/resultado

Forneça recompensas

Aplique consequências e recompensas imediatas, aos bons comportamentos.

Antecipe situações públicas/ou desobediências ocasionais

Encoraje o seu filho a desenvolver pensamentos positivos: “Vou ser capaz”; “Eu consigo”; “Vou acalmar-me”; “Vai correr tudo bem

Aliviem a pressão e recarreguem baterias

 

Se essa situação perdurar está indicada uma psicoterapia. Na adolescência, onde surgem diversos conflitos, a psicoterapia pode ser de grande ajuda para o hiperativo lidar melhor com suas dificuldades e com a vida.

Memórias esquecidas

 

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Olá. Vi sua página e gostaria de orientações.

 

Meu pai já é falecido e minha mãe foi diagnosticada há pouco tempo com esquizofrenia paranóide. Depois desse ocorrido com ela comecei a me perguntar se ela já mostrava sinais da doença e nunca percebemos e descobri que não me lembro nada de minha infância e início da adolescência. Me lembro de algumas pequenas coisas que hoje acho que me causaram traumas como medo de altura e medo de piscina/mar. Cai de um escorregado muito alto e quase morri afogada em uma piscina. Pensei em procurar uma terapia de regressão. Será que se eu conseguir lembrar eu consiga entender o que acontece e consiga lidar melhor com minha depressão? Agora estou medicada mas tive uma crise depressiva e fui descobrir que minha depressão veio desde a morte de meu pai a 3 anos. Os sentimentos sempre foram de solidão e tristeza profunda que refletiram no meu corpo físico causando dores e sempre com diagnósticos negativos. Tudo era da depressão.

Mas porque não lembrar? Não me lembro de sentar a mesa com meus pais para almoçar. Não me lembro de momentos de carinho e diversão. O pouco que lembro classifico em 2%. Os outros 98% sumiram da minha memória. Queria sua opinião sobre isso e se seria válido a terapia de regressão. Obrigado.

 

Cara leitora,

A esquizofrenia paranóide tem fator hereditário, parentes de 1º grau devem ser acompanhados.

Eu aconselho:

  • Bom ambiente de suporte
  • Técnicas de recuperação de memória (como hipnose)
  • Psicoterapia

Ambiente de suporte

Os médicos começam o tratamento ajudando as pessoas a se sentirem seguras e confiantes, por exemplo, ajudando-as a evitar traumas posteriores. Se as pessoas não têm razão urgente aparente para recuperar a memória de um evento doloroso, esse tratamento de suporte pode ser tudo o que é necessário. As pessoas podem se lembrar gradualmente das memórias perdidas.

Técnicas de recuperação de memória

  • Hipnose

Preencher todas as lacunas da memória contribui para o restabelecimento da continuidade em relação à identidade pessoal e do senso de self.

Psicoterapia

Assim que a amnésia for solucionada, a psicoterapia contínua ajuda as pessoas nos seguintes aspectos:

  • Compreender o trauma ou conflitos que causaram o transtorno
  • Encontrar meios para solucioná-los
  • Evitar traumas futuros, se possível
  • Seguir com suas vidas

Um abraço

Mariagrazia Marini