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Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

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Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Medo de morrer

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Olá,

tenho 27 anos e desde os 12 anos eu tenho esses tipos de pensamentos..... Fico pensando no agora e na fluidez do tempo e como ele passa, Quando eu começo a ter o ataque milhões de coisas passam na minha cabeça como, e se eu morrer agora, o que é o universo, estamos em um multiverso, ele pode acabar a qualquer momento, um asteróide pode se chocar com a terra, Deus existe de verdade, para onde vamos, será que é só isso aqui.

Lutamos tanto para acumular conhecimentos e memórias e isso nos molda, não faz sentindo tudo isso acabar com o nosso cérebro derretendo e tudo isso se perdendo após morrermos.... Minha cabeça se enche desses pensamentos, me falta o ar, o coração vai a mil, e me dá uma vontade louca de sair correndo.... Às vezes eu penso em por um fim nisso para não sentir mais essas coisas,momento pois só eu sei como é horrível e minha família não entende.

Às vezes sinto vontade mesmo é de me matar só para não esperar um fim inesperado e iminente, pois aí sim eu teria a certeza do que estaria acontecendo e o momento do acontecimento....

Me ajuda Dra. Tenho medo de Fazer uma loucura

 

Caro leitor,

Todo o ser humano tem medo do desconhecido. O medo da morte é o medo do desconhecido, somado ao medo da própria extinção, da ruptura da teia afetiva, da solidão e do sofrimento.

É preciso ter em mente que a morte faz parte da vida. É uma etapa da existência humana com a qual tem-se que conviver. Todo ser humano está programado para nascer, crescer e morrer.

Refletir sobre a morte pode torná-la mais familiar e, portanto, menos ameaçadora. O que pode ajudar a refletir é um exercício de meditação, inspirado nas práticas budistas: repita a palavra “morte”, de olhos fechados, inúmeras vezes. Surgirão pensamentos, imagens e sentimentos muitas vezes antagónicos. Mas, se continuar essa experiência de mergulhar até onde a palavra ‘morte’ o levar, verá que algo dentro de si mudará positivamente.

A morte tem também um lado vital. O medo da morte é fundador da cultura. Funciona como motor de todas as civilizações. A partir do desejo de perenidade, se desenvolvem instituições, crenças, ciências, artes, técnicas e mesmo as organizações políticas e económicas.

O medo da morte nos força a viver, a nos relacionarmos, a procriarmos, a criarmos e a construirmos coisas que nos transcendam.

Acolhê-la, encará-la de frente, compreendê-la, admiti-la é o caminho para viver a vida e para que possa se relacionar, procriar e construir coisas que o transcendam sem fazer nenhuma loucura.

Viva a vida em sua plenitude!

 

Filho de 13 anos

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Não aguento mais. Tenho um filho de treze anos. Quando me separei ele era bom filho, sempre estava comigo, passamos muito trabalho, ele sempre cuidou do irmão menor e agora que estabilizamos e não passamos dificuldades e eu ganhei um bebé, ele está terrível. Reprovou na escola, tudo que eu falo ele réplica. Responde e eu sempre sou a culpada, eu tento dar tudo que posso mais ele sempre quer mais. Resolvi por limite pois nada é fácil na vida. Ele está pior só me responde, maltrata o irmão e o pai que nem lembra que dele. Se eu não deixo ele ir passar o final de semana sou má, lá ele faz o que quer, em casa não faz, mas todo dia é briga e discussão.

Eu sei que ele não é mau, mas só queria que ele me respeitasse pois na escola melhorou, gosta de todos mas em casa a coisa está difícil.

Preciso de ajuda não sei realmente o que fazer e como lidar com ele, peço socorro, amo meu filho mas estou perdendo para rebeldia!

Virginia

 

Cara Virginia,

É preciso saber equilibrar o tratamento que dá ao seu filho nesta fase da vida, enfrentando-o como um adulto em que ele está a se transformar, embora ainda não tenha maturidade suficiente e cuidando-o como a criança que ainda é, principalmente no aspeto emocional.

O que funciona é o diálogo permanente, o afeto mútuo, a determinação em acertar, o amor, a paciência e, principalmente, a certeza de que se trata de uma fase passageira. É preciso manter a comunicação e a disciplina, bem como compreensão e persistência.