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Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

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Alucinações auditivas

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Olá Dra., meu nome é João, tenho 20 anos, estou enfrentando algumas coisas que não sei exatamente o que são, não vou citar tudo, mas, eu do nada sinto que mudo, como se alguém tivesse dentro de mim, como se tivesse 2 eus entende? 

Os pensamentos mudam, eu sinto que sou eu, mas, sem ser eu de verdade, e não consigo mudar, já não sei mais quem sou.

Quando eu fico calmo e amável, sinto tristeza, dor, sofrimento, não durmo, não como, tenho crises de pânico e ansiedade, quando vou dormir ouço  vozes.

Quando eu fico irritado, sinto raiva de tudo e de todos e passo muito tempo assim, sinto vontade de matar, de espancar, de fazer enumeras atrocidades.

Nunca fiz nada disso, sabe, em relação a matar e tal, eu estou calmo agora, mas estou com medo, triste, segurando o choro, estou no trabalho nesse momento, mandando o email para a doutora porque achei seu site através de uma pesquisa no google.

Eu já tentei suicídio, quando a tristeza vem, quase sempre uma voz vem junto, nunca grita, nunca fala alto, sempre fala baixinho, um sussurro, ela joga sugestões, da última vez sangrei bastante, não sou de me cortar pra ficar punindo-me, eu queria morrer, queria que as vozes se calassem, queria dormir bem, fazer as pessoas felizes, mas sempre dá errado, eu estou farto disso, se puder me ajudar eu agradeço, se não, obrigado na mesma.

 

Caro João,

 

Pelo que refere está sofrendo alucinações auditivas, que  são uma característica comum de alguns transtornos psiquiátricos. Mas, também podem ser experimentadas por pessoas sem condições psiquiátricas. Estima-se que entre 5 e 15% dos adultos experimentarão alucinações auditivas alguma vez na vida.

 

Precisa é ir a uma consulta de psiquiatria para ser medicado para equilibrar o seu estado de humor. Ao mesmo tempo está indicada uma psicoterapia com um psicólogo para ajudar a gerir e ultrapassar esses seu desânimo e mal-estar. Precisa reconhecer que essas vozes são simplesmente parte de si e que revelam suas preocupações inconscientes.

 

O importante é como interpreta essas vozes. Se acredita que são mensagens mais positivas, nada a temer. A melhor maneira é ter consciência que essas vozes são parte de seus pensamentos e é como pensar alto.

Juntamente com as vozes, parece que está passando por uma depressão com tentativas de suicídio. Portanto penso que deve procurar ajuda o quanto antes. Lembre-se que tudo tem solução na vida.

Não se desespere, confie em si próprio e marque uma consulta de psicologia o quanto antes.

 

Tudo de bom

São Valentim

3.jpg(Etapas da reconstrução facial de são Valentim)

 

São Valentim é um santo reconhecido pela Igreja Católica e pelas Igrejas Orientais que dá nome ao Dia dos Namorados em muitos países, onde o celebram como Dia de São Valentim. O nome refere-se a pelo menos três santos martirizados na Roma antiga.

 

O imperador Cláudio II, durante seu governo, proibiu a realização de casamentos em seu reino, com o objetivo de formar um grande e poderoso exército. Cláudio acreditava que os jovens, que não tivessem família, ou esposa, iam alistar-se com maior facilidade. No entanto, um bispo romano continuou a celebrar casamentos, mesmo com a proibição do imperador. Seu nome era Valentim e as cerimónias eram realizadas em segredo. A prática foi descoberta e Valentim foi preso e condenado à morte. Enquanto estava preso, muitos jovens jogavam flores e bilhetes dizendo que os jovens ainda acreditavam no amor. Entre as pessoas que jogaram mensagens ao bispo estava uma jovem cega, Artérias, filha do carcereiro, a qual conseguiu a permissão do pai para visitar Valentim. Os dois acabaram apaixonando-se e, milagrosamente, a jovem recuperou a visão. O bispo chegou a escrever uma carta de amor para a jovem com a seguinte assinatura: “de seu Valentim”, expressão ainda hoje utilizada. Valentim, depois da condenação de morte, foi decapitado em 14 de fevereiro de 270.

 

Entretanto, desde 1969 sua data não é mais celebrada oficialmente pela Igreja Católica em função da precariedade de comprovações históricas que levam em questão até mesmo a sua existência.

Feliz dia dos namorados!

Insegura com o namorado

Olá Doutora,

Namoro há dez anos. Tenho 25 anos e o meu namorado tem 27.

Começamos a namorar éramos adolescentes e atualmente ainda não vivemos juntos porque estou a acabar um curso universitário. No entanto, não consigo sentir-me segura neste namoro porque tenho vindo a aperceber-me que ele não tem ou pelo menos não demonstra vontade em fazer certas coisas comigo. Refiro-me ao passarmos uma noite juntos por exemplo. De há uns anos para cá discutimos muito quando lhe expresso essa frustração de se passarem meses sem dormirmos juntos.

 

Não me pergunte o porquê mas sinto uma grande necessidade em ter isso dado que não vivemos juntos. Depois dessas discussões ou conversas ele compromete-se que vai ter mais atenção a isso mas um mês depois, volta tudo ao mesmo e a minha insegurança aumenta.

Mesmo em relação ao futuro sinto que mais depressa sou eu quem fala nisso ou tenta arranjar soluções do que ele. É como se ele vivesse num mundo a parte e vejo que só quer estar em casa dele o dia inteiro. Já pensei que estivesse numa fase depressiva, mas a verdade é que ele foi sempre assim. Até para passarmos a nossa primeira noite juntos, isto há muitos anos, tivemos uma grande discussão e tive que ser eu a demonstrar que queria, da parte dele havia indiferença.

 

Já conversei a bem com ele, já discuti, já chorei muito a frente dele e já fiquei meio ano sem ter relações sexuais com ele por essa indiferença por parte dele, mas agora só fico calada e apática porque não sei mais o que fazer.

Ele no geral é carinhoso e amoroso comigo, mas nestes assuntos é totalmente diferente.

Obrigada

 

Cara leitora,

 

A questão sexual é uma questão importante para a relação. Cada pessoa tem um ritmo e homens e mulheres têm libidos diferentes, o que pode atrapalhar na ora do sexo.

O desencontro do desejo requer comunicação e entendimento entre as partes, e, em muitos casos, uma redefinição do que o sexo significa na relação. Uma harmonia depende do modo como ambos comunicam o que querem. Harmonia é o mais difícil de tudo, mas não impossível.

Falem sobre isso, dialoguem e tentem encontrar um ponto de encontro.

Para favorecer o desejo sexual, pode ser interessante inovar situações de convívio como, por exemplo, irem a ambientes que não costumam ir, programarem jantares românticos, viajarem juntos, terem algum cuidado com o corpo, darem vazão às fantasias, etc.

 

Conversem e conversem um com o outro mas sempre sem forçar nada para não criar inibições. Também há a opção do seu namorado tomar algum medicamento para que se sinta mais confiante e seguro antes do ato sexual.

Outra solução está em procurar um psicólogo para explorar a situação e identificar e trabalhar possíveis inibições ou constrangimentos relacionados com o sexo.

 

Os relacionamentos evoluem na reciprocidade. Se um puder contar com o outro para dar prazer regularmente, mesmo que não seja com tanta frequência quanto um gostaria, já é um ponto positivo.

Não se esqueça de mostrar apreço por seu parceiro quando este demonstrar preocupação genuína sobre sua felicidade sexual. A felicidade sexual não é apenas fazer sexo quando você quer fazer sexo. É também não ter que fazer sexo quando você não quer fazer sexo. E a felicidade sexual é reforçada por saber que seu parceiro é sexualmente feliz consigo, porque os dois estão na maior parte do tempo, mas nem sempre, tendo o sexo que precisam, e principalmente, mas nem sempre, livres da pressão para fazer sexo quando não há clima.

Você tem que dar um pouco para obter um pouco.

Um abraço e tudo de bom