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Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Relação madura

56.jpgBoa tarde Dra.

Eu tenho 35 anos e tive 3 namoros meio abusivos onde eu fazia de tudo por ele, para que ele me escolhesse, já que em todas as relações, sempre tinha uma outra mulher no meio (ex, mãe e filho). E eu me entregava por inteira. Fazia de tudo pelos homens e no final, terminava porque eu não aguentava mais a situação. Sempre o luto era bem difícil passar, mas passou. Acreditava que amor era aquela paixão louca, de querer estar toda hora com a pessoa, fazer loucuras, frio na barriga, faltar no trabalho só para ir encontra-lo. Fiz muitas coisas em pro do outro e achava que isto era amor. E hoje vejo que não era. Era uma doença minha e que criei na minha cabeça como se fosse amor e hoje, estou com um rapaz que me respeita, me ama, faz tudo por mim, me leva a passear, as famílias se gostam e é o primeiro relacionamento dele com 34 anos. Muitas vezes.

Sinto falta da maturidade de saber como tratar na hora do sexo, como deve e arrumar o ver a namorada. É como eu estive ensinando para ele como é namorar. No começo o sexo era rápido e passou por uma psicóloga sexóloga que conversou e o orientou e tudo ficou melhor. Ele no começo não era uma pessoa que me atraía fisicamente, mas ele possui todas as qualidades que eu gostaria que tivesse um homem para estar comigo e aceitei namorar com ele depois de resolvermos a parte sexual. Mas quando penso no meu ex, há uma certa comparação com tudo e eu sinto que desta vez, eu estou aprendendo amar ele, dia a dia, detalhes, é isto para mim é novo também. Já que o fogo da paixão era o que eu denominava amor por 35 anos e é difícil mudar isto dentro de mim. Não quero perdê-lo, mas também não sinto um algo a mais com ele. Ficamos juntos, é normal, viajamos, mas nada daquelas loucuras que vivi e parece que isto está me bloqueando para eu me entregar de vez para ele. Estou preocupada porque sei que o problema é comigo porque ele faz de tudo para me fazer feliz e quero viver com ele, mas preciso de ajuda para entender o que está acontecendo dentro de mim.

Desculpe a extensão.

Obrigada

Cara leitora,

A paixão louca não é o principal numa relação madura. As principais bases de todo relacionamento maduro são a confiança e o diálogo, assim os parceiros sentem-se apoiados e comprometidos com a relação. Cultivar um vínculo positivo com a pessoa amada, desenvolver bons hábitos de comunicação e fortalecer a confiança entre ambos amadurece o relacionamento. Além disso, a análise de hábitos passados poderá ajudá-la a resolver problemas comuns de relacionamento.

Ter ao seu lado uma pessoa na qual pode confiar é uma base relevante. Estabilidade emocional e autossuficiência emocional são os pilares mais importantes num relacionamento. Reflita sobre os sentimentos que tem por ele. Pode ser que esteja vinculada a ele por apego, o que é diferente de amor. O apego possui, fecha-nos, aperta-nos, o amor é abertura, liberta.

É um equívoco imaginar que o amor é suficiente para esquentar a relação, é preciso também cuidar da parte sexual. Para tal é preciso cultivar as fantasias e continuar a pensar no parceiro como um objeto de desejo e estimular a vontade de tocar, acariciar e fazer sexo de modo não repetitivo e de uma forma sentida.

Cada casal deve descobrir o que funciona melhor sem desperdiçar e nem interromper a produção de carinho e achar que o prazer esteja garantido.

Caso continue a sentir que há algo errado consigo e não consiga encontrar um caminho, procure ajuda especializada de uma psicóloga para trabalhar os seus bloqueios.

 

Tudo de bom

Adolescente com depressão

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Drª Mariagrazia, boa tarde!

Tenho 16 anos e já faz um bom tempo que meu estado de espírito oscila.

De uns anos pra cá desisti dos cursos que fazia, e não consigo mais fazer as coisas que tanto me davam prazer, como: tocar violão, passar o dia lendo ou escrevendo músicas e poesia.

Tenho uma boa família e amigos que amo muito, sou grata por tudo que tenho. A questão é que parte do tempo consigo controlar a tristeza, vou simplesmente seguindo a vida, fazendo as obrigações e até me divertindo com quem amo. Já em outros momentos tudo fica mais difícil e dolorido,  mas não por conta de nenhum evento ou frustração específica. É como se esse vazio estivesse sempre ali, mas eu finjo que está tudo bem, até que não consigo mais me segurar e mergulho nas incertezas.

Me encontro em um desses períodos melancólicos. Sinto que sou como um robô, apenas cumprindo as obrigações, esperando ansiosa por uma chama que me desperte, o problema é que tem sido cada vez mais difícil fazer o básico (ser uma boa aluna, comer, dormir bem).

Percebi que faz anos que eu não tenho um sonho, as coisas parecem sem propósito, sempre monótonas. Sou bem pensativa e sei que posso escolher qualquer sonho aleatório, mas não tenho forças para por nada em prática, nada me deixa eufórica ou motivada e quando penso nisso uma angústia toma conta de mim, como se o vazio avisasse que está sempre comigo.

Acredito que sou capaz de ser feliz, mas há anos que esse sentimento, em sua forma genuína, parece distante e inalcançável...

Penso que é preciso desejar algo, pois quando sonhamos despertamos uma grande força, liberando um leque de sensações.

Consigo passar horas na teoria, mas parece que perdi os sentimentos. Existe algo ou alguma prática que possa me dar, mesmo que o mais leve, impulso para sentir alguma sensação genuína, além de angústia?

           Grata!

            D.M.

Cara D.M.,

Pelo seu relato parece que está a passar por uma fase de depressão ligeira.

Para tentar driblar esses sentimentos, vai precisar fazer algumas mudanças.  O que pode ajudar é fazer exercício físico regular para aumentar a sensação de bem estar. Outras coisas é iniciar a fazer alguma coisa nova como fazer um curso ou engajar-se em algum trabalho.

O que certamente é de maior ajuda é fazer uma psicoterapia.

A psicoterapia é fundamental para o tratamento da depressão.

A psicoterapia, através de sessões regulares, ajuda a:

  • Entender fatores desencadeantes da depressão;
  • Aprender como identificar e fazer mudanças em comportamentos ou pensamentos distorcidos ou negativos;
  • Explorar relacionamentos e experiências;
  • Encontrar maneiras melhores de lidar e resolver problemas;
  • Aprender a definir metas realistas;
  • Recuperar uma sensação de bem-estar e controle;
  • Aprender a lidar com sentimentos como frustração e raiva.

Fale com seus pais e não hesite em ajudar-se e procurar ajuda.

Fique bem