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Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

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Dificuldade em Beijar

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Olá, o meu nome é Mariana e tenho 15 anos.

Vi no em seu site sobre uma garota que não consegue beijar e eu estou quase na mesma situação. Eu namoro há 3 meses e ainda não nos beijamos, porque eu sempre travo na hora, eu não consigo mexer a boca e só me dá vontade rir. Eu quero muito beijá-lo, tenho muita vontade, mas chega na hora eu não consigo.

O que poderia ser isso? E o que eu poderia fazer para mudar isso?

Obs: eu e ele ainda somos bvl, ou seja, nunca beijamos, só que ele está mais de boa em relação a isso. Ele quer muito isso, assim como eu, porém eu travo e aí vai tudo para o ralo abaixo.

Cara Mariana,

Em primeiro lugar, não há nada de errado contigo por não conseguires beijar. Há muitas pessoas que tem dificuldade ou medo, principalmente nas primeiras vezes e ainda mais que ambos nunca beijaram. No teu caso, parece que colocas tanta pressão que acabas por atrapalhar o momento. O beijo nada mais é do que um momento para relaxar e curtir. Se ficares tensa, acabas por anular um dos efeitos do beijo, que é o próprio ato de relaxar.

Não há segredo, na hora H, com a pessoa certa, entrega-te! E se as coisas não correrem bem, paciência! Faz parte do aprendizado! Tentes novamente, até acertares! A experiência vai ajudar-te a perder o medo!

Empoderamento feminino  

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Empoderamento é a "capacidade de o indivíduo realizar, por si mesmo, as mudanças necessárias para evoluir e se fortalecer".

Segundo o dicionário, empoderar significa “conceder ou conseguir poder; obter mais poder; tornar-se ainda mais poderoso.” Paulo Freire foi o primeiro a traduzir o termo para o português e para ele empoderamento é a “capacidade de o indivíduo realizar, por si mesmo, as mudanças necessárias para evoluir e se fortalecer”.

Assim, podemos definir o empoderamento feminino como o movimento em que a mulher toma poder para si, ao buscar fortalecer-se e promover ações pela igualdade de género. Também podemos considerar o empoderamento feminino como uma maneira da mulher tomar as rédeas da sua própria vida, tomar as suas próprias decisões e fazer as suas próprias escolhas.

O empoderamento feminino não é apenas um movimento interno da mulher, é um movimento social, para que este movimento seja realmente efetivo e assim se conquiste a igualdade de género, é necessária a contribuição de todas e todos. É necessário que toda a sociedade participe e passe a empoderar a mulher seja na família, trabalho, escola etc.

 A ONU Mulheres criou uma cartilha de 7 princípios para o empoderamento das mulheres:

  1. A liderança promove a igualdade de género: estabelecer liderança corporativa de alto nível para a igualdade de género.

 

  1. Igualdade de oportunidades, inclusão e não discriminação: tratar todos os homens e mulheres de forma justa no trabalho, respeitar e apoiar os direitos humanos e a não discriminação.

 

  1. Saúde, segurança e fim da violência: garantir a saúde, a segurança e o bem-estar de todos os trabalhadores e as trabalhadoras.

 

  1. Educação e formação: promover a educação, a formação e o desenvolvimento profissional das mulheres.

 

  1. Desenvolvimento empresarial e práticas da cadeia de fornecedores e de marketing: implementar o desenvolvimento empresarial e as práticas da cadeia de suprimentos e de marketing que empoderem as mulheres.

 

  1. Liderança comunitária e envolvimento: promover a igualdade através de iniciativas e defesa comunitária.

 

  1. Transparência, medição e relatórios: mediar e publicar os progressos para alcançar a igualdade de género.

 

Mulheres, sejam protagonistas da própria vida!

Feliz dia da mulher!

 

 

Namoro entre adolescentes

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Olá muito bom dia

Deve receber muitos pedidos de ajuda, talvez para muitos pais seja fácil, mas para mim e muito difícil está situação pois fui criada que o meu pai nos prendia muito nunca saiamos nem muito menos namorávamos, mas sei que não foi o certo não quero ser assim, mas e muito difícil para mim.

Meu filho tem 15 anos e tem uns dias que ele anda sempre com uma menina de 12 anos já lhe perguntei se era namorada disse que não, mas ela anda com ele para todo o lado vai aos treinos de futebol dele que só acabam as 22h e vai aos jogos com ele que temos que sair de casa às 6h30 da manhã acho estranho os pais dela não fizeram nada pois ela passa o dia na rua.

Ontem foi ver o jogo dele e depois veio também almoçar a casa connosco depois fomos a uns amigos e os vi juntos aos beijinhos para mim foi um choque muito grande pois meu filho me mentiu.

O que me preocupa e ela estar sempre na rua acho que devia falar com os pais dela, mas ontem não estava preparada.

Sei que tenho que falar com o meu filho para não mentir, mas não sei como começar não quero ser bruta, mas para mim e difícil aceitar ele namorar, mas prefiro que estejam aqui em casa do que na rua, mas sou muito sincera e muito difícil.

Quero que ele entenda que a escola e o mais importante nesta fase desde que ele namore sem se prejudicar é o mais importante.

Por favor me ajude a como devo lidar com esta fase.

Cumprimentos,

Sonia

Cara Sonia,

A adolescência é uma fase de grandes transformações. Além das intensas mudanças hormonais, marca o período de transição da infância para a vida adulta e que vem acompanhado de muitas descobertas. É nessa fase que começam a surgir os primeiros relacionamentos amorosos, o que pode deixar muitos pais um tanto preocupados.

O namoro na adolescência é um acontecimento normal e não é motivo para se desesperar. O seu filho está a passar por diversas mudanças e a fazer descobertas, entre elas a do amor.

Nessa idade é normal começar a ter alguns namoros.

Fale com o seu filho naturalmente assim como falou comigo. Sem proibir ou mostrar desaprovação, para que ele não se sinta estimulado a mentir. Estabeleça limites e aposte na confiança construída com ele até agora.

Se achar conveniente, fale também com os pais da menina.

Adolescente adotivo

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Bom dia. Adotei um bebê recém-nascido e desde pequeno sempre o achei muito agitado. Somente agora aos 14 anos foi diagnosticado com TDAH e TOD.  Minha vida está um inferno.

Ele não respeita, não obedece. Vai à escola, mas não estuda, já roubou dinheiro em casa, agrediu meu marido pós operado do coração e me empurrou. Falou que vai ser rico, acabar com meu dinheiro e me deixar na miséria. Não pode ouvir não. Tem que ter tudo o que quer e na hora. Não sabe esperar. Só quer comer bobagens. Não come legumes, frutas ou salada. Só quer hambúrguer, pizza e pastel. Não respeita. Se tem na mesa come tudo e não se importa se o outro não comeu.

Não tenho filhos biológicos. Ele é único. Me chateia o tempo todo. A mim e meu marido. Só quer coisas caras. As mais baratas que compro não usa. Grita, ouve musicas que falam palavrões.  É articulador. Mentiroso. Não sinto mais prazer na convivência. Só quer gastar dinheiro toda hora com coisas para o seu prazer.

Sempre abraçava, beijava e agora não sinto mais vontade de fazer isso. Clima horrível. Obrigada.

Cara mãe,

O seu filho está a passar por uma crise de adolescência. Este período caracteriza-se como um momento no curso de vida repleto de dificuldades, conflitos, alterações constantes de humor e comportamentos de risco.

Em todo o estágio do desenvolvimento, a pessoa se depara com um conflito central, ou seja, uma crise normal e saudável a ser ultrapassada.

Na adolescência, esse conflito se caracteriza pelo desenvolvimento da identidade, pois o jovem está em plena mudança, com foco na experiência vivenciada com o meio social, sendo assim um sentido mais forte de construção de si mesmo e sensação de independência e controle.

Na adolescência há muitas mudanças como por ex-: o corpo de criança fica para trás e é preciso aprender a lidar com uma nova imagem. Os pais da infância, normalmente vistos como heróis, passam a ser encarados de forma mais real e menos mágica. Além do corpo que muda, a inteligência amplia-se enormemente, permitindo que o jovem seja capaz de pensar hipoteticamente, de refletir e de criticar. As hormonas ficam à flor da pele, evidenciando a sexualidade e a busca de parceiros afetivos. Passam a valorizar os seus amigos, pois com eles começam a construir uma ponte para a idade adulta, preparando-se, gradativamente, para sair de casa e enfrentar o mundo. Assim, a opinião dos colegas passa a ser muito mais importante de que a dos pais, pelo menos aparentemente. As figuras de autoridade, como os pais e os professores, por exemplo, podem ser rebatidas ocasionando, nesses casos, problemas de relacionamento nos quais o adolescente sente-se injustiçado. No entanto, esses e outros sintomas, que geram a conhecida crise da adolescência, são muito importantes para o desenvolvimento do sujeito, ou seja, são esperados e considerados evolutivos.

Agora quando há sintomas importantes como o TDAH (transtorno de déficit de atenção com hiperatividade) e TOD (transtorno opositivo desafiador),  é importante haver uma ajuda especializada. Encaminhe-o a uma psicóloga para um tratamento e para que possa ser acompanhado nessa fase crucial e evoluir de uma maneira saudável. Ao mesmo tempo, a psicóloga poderá dar-vos algumas dicas para lidar melhor com ele.

Lembre-se que tudo o que acontece nesse periodo, não significa falta de amor, mas essa é uma fase natural de crescimento que afasta o filho, provisoriamente, dos pais, por isso é importante haver, da vossa parte, além de limites e disciplina, muita compreensão e  amor.