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Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

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Masturbação e abuso infantil

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A minha neta se toca desde os 3 anos de idade, hoje está com 5, estou preocupada se e uma atitude normal de uma criança nesta idade ou algum abuso… sempre perguntei a ela se alguém a tocava e ela sempre respondia que ninguém a tocava, às vezes parecia até se irritar de tanto que eu perguntava, perguntei para a professora da escola se poderia ser normal da criança na idade dela, e ela disse que como a minha neta chuchava muito a chucha que era absolutamente normal, pois a criança fica sensível ao toque.

Então deixei, quando ela largou a chucha realmente deu uma parada, mas uma vez ou outra se tocava, e quando foi esses dias entrei no quarto e ela estava com a mão se tocando na parte de baixo, e perguntei com calma: fala para a avó quem coloca a mão aí? A avó não vai falar para ninguém, e ela pensou e falou: a avó não vai contar? Eu disse que não, ela olhou para baixo como se estivesse pensando e falou: papai! Gaguejou para falar papai. E eu continuei e disse: você falou para ele que não pode? Tem que falar para ele que não pode, e ela disse: eu falei, mas ele disse que pode!

Estou seriamente preocupada, gostaria de saber se criança mente ou o que pode ser.

Cara Avó,

A criança nessa idade usa muito a fantasia e há crianças que, ao serem pressionadas com perguntas, inventam uma resposta para satisfazer o interlocutor.

É preciso sempre ter muito cuidado ao desconfiar de abuso, no entanto, diante de uma situação delicada, mantenha-se atenta.

Quanto à masturbação, ajude-a explicando o que se passa no seu corpo, sem repreende-la e procure distrai-la com alguma atividade recreativa. A masturbação infantil é comum.

Uma criança que receba afeto e amor não deverá ter problemas de masturbação excessiva.

Relacionamento aberto

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Estou com 1 rapaz há quase 2 anos, inicialmente dizia-se incapaz de namorar e inclusive discutíamos muito porque tínhamos visões diferentes, em que para ele fazia sentido ter flirts com qualquer uma e que nada se comparava ao que tínhamos.

 Afastamo-nos muitas vezes devido a isso, mas ao fim dos primeiros 8 meses começamos praticamente a morar juntos. Tivemos uma discussão ridícula qualquer em 2 dias resolvemos e eu sempre desconfiava de alguma coisa que não era normal, apanhei o telemóvel dele e na noite que discutimos convidou uma rapariga para ir dormir com ele na casa onde passamos o nosso tempo todo. Não chegou a acontecer, mas foi a prova de que sempre teve encontros laterais. Confrontei-o com o assunto e mentiu-me com os dentes todos. Fui falar com raparigas que decorei o nome e percebi que ele as procurou e insistia imenso para sair com elas.

Acabamos tivemos 2 meses em discussões e a falar que ele precisava urgentemente de um psicólogo, ele próprio a dizer que queria mudar que não era nada feliz assim e que não entendia essa necessidade. E eu com pena incentivei-o a buscar ajuda, inclusive aproximei-o das próprias amizades dele porque nunca contava nada da vida dele, e fi-lo abrir perante os amigos.

Foi muito duro, e ele voltou a insistir imenso, voltamos a construir aos poucos uma amizade até que voltamos a estar juntos. Nem 2 meses passou desde que descobri dessas traições, volto a pegar no telemóvel dele, novamente mais 1 nome aleatório (nem me atrevi a ver mais) com conversas muito explícitas de sexo. Sim não existe afeto, apenas conversas porcas, e na minha cabeça não existe necessidade visto que em 7 dias 5 estou com ele... eu até cheguei ao ponto de lhe dizer para ir a chats online, ou ir para o onlyfans, para perceberem o nível que compreensiva que sou... porque falar com mulheres da nossa cidade, nunca fui tão desrespeitada na minha vida.

Desta vez disse tudo e mais alguma coisa, quase lhe bati, e que para mim não existe relação aberta e ele simplesmente chorou e diz que não quer ser assim, não sabe porque o faz,  porque só se imagina a viver comigo e fazer o que quer que seja comigo, mas em qualquer recaída em vez de falar comigo ou tentar seduzir-me... porque a realidade é que a nossa vida sexual é uma porcaria, pois cresceu um medo em mim enorme de me expor a uma pessoa que facilmente se excita por qualquer rabo de saia que muitas deve vezes despertar essa insegurança nele é recorrer ao mais fácil... Dito isto... que raio faço com esta pessoa?!

Cara AL,

A atitude dele, provavelmente, não vai mudar. Ele está condicionado a esse tipo de comportamento: procurar outras mulheres e ter encontros laterais.  Parece ser o tipo de homem com uma compulsão para seduzir e o flerte e a sedução se tornam doentios.

Nesse caso, os mecanismos de conquista não estão associados a um desejo legítimo de troca e de construção com o outro, mas pela ânsia de suprir demandas relacionadas a traços de egocentrismo, à necessidade de auto-afirmação, às alterações de autoestima e à compulsão.  Ao seduzir e conquistar o amor do outro, perde-se o sentido da relação, assim como a motivação para manter-se nela. A partir daí, a necessidade de buscar aquele prazer novamente acomete a pessoa.

Uma possível opção para estarem bem juntos, seria ele estar motivado para mudança e procurar ajuda de um psicólogo para um tratamento. Se ele não se ajudar o relacionamento vai ser difícil: ou aceita ter uma relação aberta ou a separação é a solução.