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Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

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Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Comportamento inibido

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Vivi durante uns 30 anos num apartamento, onde tive família constituída.

Tive sempre problemas de falta de confiança própria que me bloquearam nos relacionamentos sociais, com as inerentes consequências de sofrimento, frustrações e sentimentos de culpa.

Nesse apartamento as pessoas passavam por mim e habituaram-se aos comportamentos desajustados de inibição em que não as cumprimentava por receio. Entretanto aposentei-me, divorciei-me e casei. Mudei para um outro apartamento, com novas pessoas, mas mais dadas, "obrigando-me" a abrir, porque eram mais expansivas, mas dei comigo a fechar-me ainda mais.

Na minha infância tive uma experiência desagradável na escola que me inibiu socialmente e mais tarde aos 14 anos tive de usar um processo de defesa perante um grupo de pessoas que me defrontavam e à minha mãe que eu queria proteger. Servi-me de uma "arma" de hipnotismo que consistia em rituais no modo de olhar as pessoas, pretensamente para as dominar. Esta experiência acabou com a pouca autoconfiança que tinha. Desaprendi de olhar naturalmente para as pessoas o que prevalece até hoje.

Como superar este problema que me gera muito desconforto e ansiedade?

Caro leitor,

Para superar o seu problema psicológico tem que star motivado para a mudança. É essencial buscar a raiz do problema para encontrar formas de atenuar as inseguranças.

O uso de estratégias como o hipnotismo, embora possa ter-lhe servido como um mecanismo de defesa durante algum tempo, não resultou por tratar-se de uma prática inadequada para o seu caso.

A falta de confiança é um problema que ainda atinge parcela considerável da população. Perfecionismo excessivo, medo de dizer o que pensa e mania de se comparar são algumas das características das pessoas que vivem com essa insegurança.

Os traumas de infância, certamente, também influíram na sua inibição, mas tendo em conta a sua maturidade atual, foque na possibilidade de mudança e na aceitação de algumas imperfeições.

Uma dica que pode ajudar é ler o livro: A coragem de ser imperfeito, de Brené Brown .

A autora Brené Brown apresenta as suas descobertas e estratégias bem-sucedidas para tratar vulnerabilidade, medo, vergonha e imperfeição. Para a escritora, viver é experimentar incertezas, riscos e se expor emocionalmente. E isso não precisa ser algo ruim. Para Brown, a vulnerabilidade não é uma medida de fraqueza, mas a melhor definição de coragem. Com esse pensamento, A coragem de ser imperfeito nos desafia a mudar a maneira como vivemos e relacionámo-nos.

Caso não sinta melhoras, busque ajuda profissional, a terapia pode ser uma ótima ferramenta para entender de onde vem as suas inseguranças.

 

Relacionamento aberto

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Olá! Eu preciso de uma opinião profissional para esse meu caso, pois busquei neste blog acerca de algum caso mais parecido que o meu, mas não encontrei.

Sou casada há 15 anos com meu marido. Ele é um marido maravilhoso, e um amante melhor ainda. Mas ele sempre me disse que possui um desejo incontrolável em ter "relações sexuais com qualquer mulher", tanto que no decorrer desses anos ele teve casos com diferentes mulheres (fato revelado nesta última semana). Devo informar que quando eu desconfio, ele não nega e sempre acaba me revelando (motivo este pelo qual eu sempre perdoei todas as escapadas). Dessa forma eu sempre contei com a sua lealdade, e não a fidelidade.

Quanto ao meu sentimento, o complicado é que ao saber que outra mulher teve prazer no corpo dele, eu fico excitada. Inclusive em alguns momentos eu até gostaria que outra mulher partilhasse do nosso ato sexual. Mas até nisso eu sinto ciúmes dele, medo dele achar o corpo de outra mulher mais desejável que o meu, ou de ser trocada.

Acontece que desta última vez eu desconfiei enquanto o relacionamento acontecia. Descobri quem era a mulher, inclusive tivemos uma conversa eu, ele e ela em um local público, onde chegamos a conclusão de: Ele disse que nunca tinha prometido nada de relacionamento sério a ela; Ela confirmou, disse que não tinha intenção de acabar nosso casamento e pasme! Até disse que eu mereço coisa melhor que meu marido! Rsrsrsrsrsrsrs E eu já tendo em vista o histórico dos casos anteriores dele (marido) acabei cedendo e permitindo que ele este caso siga o seu curso até o fim de formatura natural. Inclusive eu disse: "-eu sei que corro o risco desse caso de vocês se transformar em algo sério como foi o meu relacionamento com o marido, mas vou fazer como Wesley Safadão, eu vou pagar pra ver", mas que se eu notar alguma diminuição no meu amor com o meu marido, sinal que a nossa relação chegou ao seu destino.

Passado dessa autorização ele teve dois encontros com ela e sinceramente, eu morro de ciúmes, eu choro, fico ansiosa. Meu marido apesar de sempre dizer que nunca escolheu por outras mulheres, sempre rola a minha insegurança. Como casal, sempre fomos muito ligados e parceiros.

Após esse relato, eu sinceramente não sei o que fazer, pois sofro em saber que a atenção e o tempo dele está dividida com outra pessoa. Ontem sofri uma crise de ansiedade devido a isso. Eu o amo, e estou tentando lutar por nós, mas penso se ainda devo continuar esse casamento ou se cada um deve seguir o seu caminho.

Por gentileza não respondam com preconceitos, pois as vidas são carregadas de complexidades e principalmente as relações entre pessoas. 

Cara Leitora,

Relacionamento aberto é a relação romântica em que os parceiros envolvidos concordam com uma forma de não-monogamia, de modo que relações românticas ou sexuais com terceiros possam não ser consideradas traição ou infidelidade. Isso significa que eles concordam que uma relação íntima, sexual ou romântica com terceiros é aceita, permitida ou tolerada. (https://pt.wikipedia.org/wiki/Relacionamento_aberto)

Um relacionamento aberto pode dar certo desde que haja concordância de todos os envolvidos e a intimidade seja bem delineada.

O problema é que no vosso caso é uma relação “quase” aberta e há ciúmes e desconfiança.

Se ama o seu marido e quer lutar para que a relação se mantenha, pensar em separação, não é solução. Em qualquer relacionamento, a comunicação e o diálogo são essenciais. É preciso haver uma comunicação aberta e honesta. No vosso caso, é essencial definir limites claros e realistas, haver um consentimento contínuo, uma revisão regular dos acordos e fazerem testes periódicos de doenças sexualmente transmissíveis.

O diálogo não pode faltar, para que ambos se sintam confortáveis e possam estabelecer limites claros e consensuais.

Embora possa ser uma experiência enriquecedora, nem todas as pessoas estão preparadas para essa forma de relacionamento e é importante respeitar as vossas escolhas e preferências.

Conversem sobre todos os vossos sentimentos e emoções, com sinceridade e autenticidade.

 

 

 

Luto de um amor

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Não consigo deixar de pensar no meu ex, mesmo se já não estamos mais juntos e se eu já frequento outra pessoa. Com o meu ex, estivemos juntos 4 anos. Foi um namoro à distância, estivemos presencialmente umas 4 vezes, mas falávamos sempre por videochamadas, sms, e tínhamos uma cumplicidade e entendimento fantástico.

Passaram-se 3 meses e tenho vontade de procurá-lo, como amigo, mas sei que poderemos recomeçar. Ao mesmo tempo sinto muita culpa por ser a má da fita, já que comecei com outro antes de terminar com ele.

Não quero voltar com ele, pois sinto que a relação não tem continuação num futuro próximo.

Não se porque isso acontece comigo.

Cara leitora,

O luto de um amor, pode levar mais tempo do que o próprio enamoramento. O fato de terem estado juntos presencialmente poucas vezes faz com que se favoreça as boas lembranças e mantenha-se a idealização do relacionamento futuro.  

Após 4 anos juntos, é normal que sinta saudades mesmo se a relação não tem futuro.

Deixe passar algum tempo e se a saudade permanecer ... volte a procurá-lo.