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Boa tarde Dra. Mariagrazia!
Numa das minhas saídas no verão passado, cruzei-me com uma mulher. Olhamo-nos, e apenas trocamos algumas palavras de circunstância. Não sei porquê, mas senti um clique dentro de mim e essa mulher não me saia diariamente do pensamento. Passado pouco tempo, voltei a vê-la numa danceteria. Observei-a, sem ser visto, a dançar com um cavalheiro que conhecera naquela noite, num envolvimento extremamente ousado, imperando os beijos e as carícias. Soube que no dia seguinte dormiram juntos. Fiquei desiludido!
Entretanto, encontrámo-nos numa festa de amigos e nessa noite fiz-lhe um convite para minha casa e o sexo aconteceu. Falei-lhe da história que eu tinha presenciado e ela disse-me que devia estar doida naquela noite, porque não se revia naquela situação, referenciando-me ainda, que só tinha feito essa asneira e uma outra que foi andar com um homem casado, ainda que por pouco tempo. Dá a entender que me ama. Que estranho!
Não me considero um homem conservador, mas não acredito nesta mulher, que não me dá confiança depois do que fez. Quando estou com ela, vem sempre à minha memória aquela noite e não consigo gerir esta situação.
O que devo fazer? Agradeço a sua opinião.