Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Namorar aos 12 anos

97.jpg

O meu nome é Eloisa e tenho 12 anos.

Eu comecei a namorar dia 29/04/2022, como o meu melhor amigo. Eu e ele temos a mesma idade, iremos completar 13 esse ano. Ambos nos gostámos. Nós dois sabemos que somos muitos novos ainda para ter esse tipo de relacionamento agora, mas nós gostámo-nos muito. Só que o problema é meu pai. Ele é muito ignorante para esse tipo de coisa, ele já me falou para mim que não iria deixar eu namorar e nem sair só de casa, enquanto não for maior de idade.

Estou sem saber o que fazer!

Preciso de um conselho.

Cara Eloisa,

Se ambos sabem que são muitos novos para ter esse tipo de relacionamento, a solução é dar um tempo antes de começar a namorar. Podem estar juntos, encontrar-se como amigos e deixar o namoro para mais tarde. Vai ver que quando for um pouco mais velha o seu pai irá deixar. Tudo tem o  seu tempo certo e se ambos se gostam, vão conseguir esperar.

Namoro entre adolescentes

89.jpg

Olá muito bom dia

Deve receber muitos pedidos de ajuda, talvez para muitos pais seja fácil, mas para mim e muito difícil está situação pois fui criada que o meu pai nos prendia muito nunca saiamos nem muito menos namorávamos, mas sei que não foi o certo não quero ser assim, mas e muito difícil para mim.

Meu filho tem 15 anos e tem uns dias que ele anda sempre com uma menina de 12 anos já lhe perguntei se era namorada disse que não, mas ela anda com ele para todo o lado vai aos treinos de futebol dele que só acabam as 22h e vai aos jogos com ele que temos que sair de casa às 6h30 da manhã acho estranho os pais dela não fizeram nada pois ela passa o dia na rua.

Ontem foi ver o jogo dele e depois veio também almoçar a casa connosco depois fomos a uns amigos e os vi juntos aos beijinhos para mim foi um choque muito grande pois meu filho me mentiu.

O que me preocupa e ela estar sempre na rua acho que devia falar com os pais dela, mas ontem não estava preparada.

Sei que tenho que falar com o meu filho para não mentir, mas não sei como começar não quero ser bruta, mas para mim e difícil aceitar ele namorar, mas prefiro que estejam aqui em casa do que na rua, mas sou muito sincera e muito difícil.

Quero que ele entenda que a escola e o mais importante nesta fase desde que ele namore sem se prejudicar é o mais importante.

Por favor me ajude a como devo lidar com esta fase.

Cumprimentos,

Sonia

Cara Sonia,

A adolescência é uma fase de grandes transformações. Além das intensas mudanças hormonais, marca o período de transição da infância para a vida adulta e que vem acompanhado de muitas descobertas. É nessa fase que começam a surgir os primeiros relacionamentos amorosos, o que pode deixar muitos pais um tanto preocupados.

O namoro na adolescência é um acontecimento normal e não é motivo para se desesperar. O seu filho está a passar por diversas mudanças e a fazer descobertas, entre elas a do amor.

Nessa idade é normal começar a ter alguns namoros.

Fale com o seu filho naturalmente assim como falou comigo. Sem proibir ou mostrar desaprovação, para que ele não se sinta estimulado a mentir. Estabeleça limites e aposte na confiança construída com ele até agora.

Se achar conveniente, fale também com os pais da menina.

Adulto 18 e adolescente 14 anos

83.jpgEu tenho 18 anos e a minha ex namorada tem 14. Porém terminamos justamente por essa questão de idade. " O que uma pessoa de 18 anos iria querer com uma de 14" , frase dita pela psicóloga dela.

Caro leitor,

Não cabe à psicóloga comentar sobre o entendimento da dupla. A decisão de estarem juntos é do casal. No caso de encontrarem amor, compreensão, cumplicidade, interesses comuns e  com o desejo de fazer um percurso juntos é benéfico continuar. O entendimento também prevê a alquimia sexual, que às vezes é potencializada pela diferença de idade e experiência.

O mundo é interessante por ser variado e em assunto de amor, as convenções e os preconceitos não devem contar. É preciso deixar a energia fluir conforme o casal sinta existir harmonia e reciprocidade.

Se terminaram, provavelmente, é por  terem sentido que algo na relação não estava bem.

Namoro entre adolescente e adulto

78.jpg

Boa noite. Dra, preciso de ajuda, a minha filha com 15 anos diz estar apaixonada por um homem de 40 anos. Ele não se nega a nada. E diz estar a amá-la. Esta situação para mim é inaceitável, inacreditável. Não consigo conceber. Por favor, não quero que esta adolescente vire uma rebelde, ou que se auto destrua. Também não quero ter atitudes que se revolte.

 

Cara Mãe,

Em Psicologia, fala-se de busca pela figura paterna, para explicar a atração de uma jovem por um homem muito mais maduro.

Pode-se colocar a hipótese que a sua filha considere o parceiro como um substituto do pai e confie nele em todos os aspetos. O homem, pode ser uma pessoa que não concorda em envelhecer e escolheu uma jovem bem mais nova.

Muitas jovens deixam-se seduzir pelo homem maduro, com experiência, que a corteja e a faz sentir-se adulta com presentes e favores, jantares e fins de semana.

Penso que o melhor é dialogar com a sua filha para avaliar os prós e contra dessa situação de desequilíbrio etário, bem como avaliar as diferenças de objetivos. As exigências típicas da idade podem desestabilizar a relação. Existe grande possibilidade de cada um dos parceiros estar em ciclos de vida diferentes, resultando em perspetivas de futuro divergentes.

 

Jovem sem interesses

70.jpgBoa tarde Dra.,

Sou mãe de um jovem que faz 15 anos próximo mês e uma menina que faz 7 em setembro. Neste momento tenho uma situação que não sei se é um problema grave ou uma preocupação exagerada minha.  Neste momento ele encontra-se numa fase que nada lhe desperta interesse, nem escola nem música nem futebol, nada. Anda numa de dizer que tira boas notas sem estudar, logo não precisa de estudar. No futebol se for convocado foi se não for diz não interessa....e tudo isto causa-me muita preocupação sou muito sincera. Gostaria de ter a opinião da Drª se possível, se acha que é normal da idade ou se será objeto de uma análise de um profissional. Desde já agradeço a atenção que me possa dispensar.

Cara mãe,

Quando um adolescente se apresenta desmotivado e sem interesses a palavra-chave é conversar. Além de dar atenção e conversar, pode ainda ajudá-lo a encontrar novos interesses. É preciso que ele experimente coisas novas para perceber o que gosta e o que não. Para além de experimentar, o jovem também deve ser capaz de, a certa altura, investir de forma consistente em alguma atividade, o que pode implicar em tolerar frustrações e encontrar estratégias para melhorar o seu desempenho.

 

Essa fase da adolescência pode representar um período de flutuação necessário ao amadurecimento e pode ser preciso experimentar muito. Peça-lhe para participar em algumas atividades antes de decidir e comprometer-se. Não o critique, mas ajude-o nesse caminho tortuoso.

Essa fase de pandemia que estamos a viver, também não colabora e acaba por incentivar muitos adolescentes a isolarem-se.

Se, entretanto, perceber que a situação se mantém inalterada, faz-se necessária uma análise de um profissional.

 

Adolescente entocado

68.jpg

Sou mãe de um menino de 15 anos, que estuda, tira notas boas, tem amigos na escola só que agora está muito “entocado”. Ele é filho único e em nosso prédio não há e nunca houve, meninos da sua idade. Quando ele está em casa fica só no computador falando com os amigos, jogando, vendo filmes e até estudando com os amigos. Conversam muito pela internet.  Ocorre que ele não sai mais de casa além da escola. Ano passado era convidado para festas de 15 anos e nunca foi. Sempre foi ao cinema e ao shopping com os colegas e agora todos trocaram para a mesma escola e a rotina mudou. Eu e meu marido somos muito quietos e silenciosos e meu marido não gosta de sair. Eu tenho depressão, mas o convido para pequenos passeios e ele não quer ir. Ele e o pai ficam em uma sala multiuso, de onde só saem para comer e dormir. Fica todo tem longe da minha visão. faço questão que todos almocemos juntos, e ele é rapidinho para voltar ao quarto.

Sei que na adolescência os meninos se afastam da mãe e querem ficar isolados, mas estou preocupada. É previsível que o menino não queira mais sair para tomar sorvete com a mãe? Posso considerar o contado pelo computador como algo aceitável já que moramos um pouco longe dos outros amigos? Tenho respeitado o espaço dele, mas tenho medo de estar deixando algo passar e que isto possa causar dificuldades no futuro.

Agradeço por futura orientação.

Cara mãe,

Sim, é previsível que o menino adolescente não queira mais sair para tomar sorvete com a mãe.

Agora não é saudável que ele fique "entocado". Esse comportamento pode evoluir para uma Síndrome que é bastante comum no Japão, chamada Hikikomori, literalmente, Síndrome do Isolamento em Casa, ou seja, a doença da pessoa que não consegue sair de casa. Em casos extremos, não há nenhum contacto “presencial” com o mundo exterior.

Está indicado um tratamento psicológico para que esse comportamento não se cristalize e para expandir o repertório comportamental do seu filho, afim de que ele possa fazer mais coisas quando precisar ou desejar, não ficando limitado nos seus comportamentos.

É muito difícil ver os limites nesses casos. O Tratamento é normalmente adiado pelos pais ou responsáveis por pensarem que não há nada de errado, ou então, porque vai conseguir sair deste quadro sozinho.

É preciso procurar ajuda especializada!

Adolescente com depressão

55.jpg

Drª Mariagrazia, boa tarde!

Tenho 16 anos e já faz um bom tempo que meu estado de espírito oscila.

De uns anos pra cá desisti dos cursos que fazia, e não consigo mais fazer as coisas que tanto me davam prazer, como: tocar violão, passar o dia lendo ou escrevendo músicas e poesia.

Tenho uma boa família e amigos que amo muito, sou grata por tudo que tenho. A questão é que parte do tempo consigo controlar a tristeza, vou simplesmente seguindo a vida, fazendo as obrigações e até me divertindo com quem amo. Já em outros momentos tudo fica mais difícil e dolorido,  mas não por conta de nenhum evento ou frustração específica. É como se esse vazio estivesse sempre ali, mas eu finjo que está tudo bem, até que não consigo mais me segurar e mergulho nas incertezas.

Me encontro em um desses períodos melancólicos. Sinto que sou como um robô, apenas cumprindo as obrigações, esperando ansiosa por uma chama que me desperte, o problema é que tem sido cada vez mais difícil fazer o básico (ser uma boa aluna, comer, dormir bem).

Percebi que faz anos que eu não tenho um sonho, as coisas parecem sem propósito, sempre monótonas. Sou bem pensativa e sei que posso escolher qualquer sonho aleatório, mas não tenho forças para por nada em prática, nada me deixa eufórica ou motivada e quando penso nisso uma angústia toma conta de mim, como se o vazio avisasse que está sempre comigo.

Acredito que sou capaz de ser feliz, mas há anos que esse sentimento, em sua forma genuína, parece distante e inalcançável...

Penso que é preciso desejar algo, pois quando sonhamos despertamos uma grande força, liberando um leque de sensações.

Consigo passar horas na teoria, mas parece que perdi os sentimentos. Existe algo ou alguma prática que possa me dar, mesmo que o mais leve, impulso para sentir alguma sensação genuína, além de angústia?

           Grata!

            D.M.

Cara D.M.,

Pelo seu relato parece que está a passar por uma fase de depressão ligeira.

Para tentar driblar esses sentimentos, vai precisar fazer algumas mudanças.  O que pode ajudar é fazer exercício físico regular para aumentar a sensação de bem estar. Outras coisas é iniciar a fazer alguma coisa nova como fazer um curso ou engajar-se em algum trabalho.

O que certamente é de maior ajuda é fazer uma psicoterapia.

A psicoterapia é fundamental para o tratamento da depressão.

A psicoterapia, através de sessões regulares, ajuda a:

  • Entender fatores desencadeantes da depressão;
  • Aprender como identificar e fazer mudanças em comportamentos ou pensamentos distorcidos ou negativos;
  • Explorar relacionamentos e experiências;
  • Encontrar maneiras melhores de lidar e resolver problemas;
  • Aprender a definir metas realistas;
  • Recuperar uma sensação de bem-estar e controle;
  • Aprender a lidar com sentimentos como frustração e raiva.

Fale com seus pais e não hesite em ajudar-se e procurar ajuda.

Fique bem

 

Adolescente e namoro

51.jpg

Tenho três filhos dois homens um de 11 anos outro de 4 anos e uma filha de 14 anos.

Minha preocupação hoje é que ela só tem 14 anos e já está namorando e estou preocupada porque ela já age como se fosse adulta. Quer passar o dia na casa do namorado. Ele tem 15 anos, é jovem também, são dois menores e eu já expliquei as coisas: como é se não der certo, o que acontece se fizerem coisas que não devem, mas ela não entende. Me aconselha, como eu faço agora?

Cara mãe,

 

Converse com ela. Falem sobre sexo. Falar sobre sexo permite que ela tenha informação sobre os riscos físicos e emocionais e concede-lhe uma base sobre como deve começar a explorar a sua sexualidade. Oriente em como evitar uma gravidez precoce, doenças venéreas, ensine-a a usar um preservativo o que lhe dá a oportunidade de pensar em todos os riscos que existem e na importância de fazer as coisas de forma consciente. Explique que “não” é uma palavra poderosa, que explorar a própria sexualidade é algo natural, todavia isso não obriga ninguém a fazer algo contra a sua vontade. Explique que ela não é obrigada a realizar as necessidades de outra pessoa por medo e que tem direito de decidir.

Aprender que o “não” é uma palavra poderosa e irá ensinar-lhe que também deve respeitar os desejos da outra pessoa e que qualquer relação sexual deve estar baseada em respeito mútuo.

 

Espero ter dado algumas ideias para abrir um diálogo com ela.

Tudo de bom

Namoro adolescente

45.jpgEu tenho 16 anos quero namorar uma menina de 16. Eu posso fazer isso ou é crime? A minha tia não quer deixar. Diga-me o que fazer com esta situação.

Caro Leitor,

Aos 16 anos já tem idade para namorar. O namoro a "sério", que envolve paixão, amor e, eventualmente contato físico começa por volta dos 12, 13 anos. Os pais jovens têm mais abertura para aceitar a vida sexual dos filhos. Converse com a sua tia e explique-lhe as suas intensões com a namorada. Diga-lhe que encara o namoro como uma relação prolongada, porque ainda têm muita coisa para concretizar antes de uma possível partilha de casa: estudos, carreira profissional, autonomia financeira, etc.

Fale com ela à serio e mostre-lhe a sua maturidade e vai ver que ela vai deixar.

 

 

Jogos online

 

25.jpg

Olá bom dia, meu nome é Gabi, estou tendo dificuldade com meu filho, ele tem 17 anos, e dê uns tempos pra cá, só quer saber de ficar jogando jogos online, não quer sair de casa, não quer conversar com amigos, ele fica a madrugada toda acordado.

Estou me sentindo angustiada e decepcionada, parece que fui derrotada por uma máquina e não sei o que fazer.

Obrigada

 

Cara Gabi,

Ficar em frente ao computador muitas horas tem impacto negativo no bem-estar do adolescente. Adolescentes que ficam muitas horas no computador tem baixa auto-estima, baixa satisfação pessoal, menos entusiasmo na relação com amigos e na diversão e queda do sentimento de segurança e menor o índice de bem-estar. Aqueles que usam meios eletrónicos por seis horas ou mais, apresentaram índice 68% maior de infelicidade.

É preciso estabelecer limites. Cada hora que um adolescente passa em frente ao ecrã, perde cerca de 50 minutos de interação com a família. Para evitar que a situação se acentue, cabe aos pais a tarefa de limitar o tempo de utilização das tecnologias.

Mas proibir não é solução. Ao invés disso, há que estabelecer um horário que poderá ser um pouco superior nos fins-de-semana e férias, contudo, no resto do ano, não pode comprometer o estudo. Durante a semana 1 hora por dia é mais que suficiente.

Para além de tudo, é necessário estimular também os jovens a praticarem atividades físicas, preferencialmente ao ar livre, e a conviverem face a face com os seus pares, pois só deste modo poderão tornar-se adultos equilibrados e felizes.

Caso seu filho continue com esse comportamento pondere a necessidade de encaminhá-lo à uma consulta de psicologia.