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Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

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Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Preconceito e sexualidade

129.jpgOlá,

eu estou com uma dúvida que está martelando na minha mente há semanas e já não sei mais o que fazer, então eu estou aqui para tentar me ajudar.

Desde pequeno eu pensava que era hétero, até chegar minha adolescência (tenho 18) eu fui descobrindo mais esse lance de sexualidade, sexo, prazer e etc...

Já cheguei a me apaixonar por pessoas do sexo oposto. ficar, e tals.... Mas eu sempre tive uma certa curiosidade com o sexo o oposto, nunca me considerei uma pessoa difícil para experimentar novas coisas, aí eu fiquei com um menino e comecei a me questionar e me perguntar o que eu sou ou por que eu gostei de tal coisa... (isso quando eu tinha 14/15 anos ainda).

Depois que eu cheguei nos meus 15/16 anos eu me assumi bissexual, desde então eu já fiquei com alguns meninos e muitas meninas, só que a partir dos meus 16/17 eu comecei a sentir mais vontade ou desejo (interprete da forma que preferir) por meninos.

Aí me veio o pensamento "Será que sou gay e pensei que eu era bi por causa que eu não queria/quero ser gay? Será que durante todo esse tempo eu mesmo me enganei e falei que eu era bi para ser 'aceito' por mim e pela sociedade mais fácil?"

Eu realmente não sei. não sei se sou bi, não sei se sou gay, mas eu sei que eu estou muito confuso e pensativo em relação a minha sexualidade.

Será que eu estou com homofobia internalizada?

Caro leitor,

A sexualidade é uma parte pessoal importante. Não existe uma sexualidade “certa” e uma “errada”, existe uma sexualidade que faz sentido para cada pessoa. A sexualidade pode mudar ao longo do tempo. Descobrir e viver a sexualidade, além de importante para a saúde física e psicológica, também pode ser libertador, excitante e uma experiência positiva.

Não deixe que o preconceito e a discriminação dificultem o seu processo de identificação sexual. Viva a sua sexualidade com naturalidade e inteligência, pois a ignorância destrói e é o epicentro de qualquer discriminação.

Dúvida sobre sexualidade

 

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Olá, boa tarde!

 

Tenho 22 anos e até o momento não possuo nenhuma experiência com relacionamentos. Nunca namorei e nem ao menos beijei. Porém desde o mês passado venho criando certas dúvidas quanto a minha orientação sexual. Tenho uma colega de trabalho lésbica e conversando com ela, percebi que em alguns momentos também tive algumas crises de orientação. Não sei se isso se deve a minha falta de experiência, mas desde então não consigo não pensar no assunto. Não me imagino namorando com outra mulher, porém tento evitar tanto pensar sobre o assunto que isso tem-me causado certa angústia. Será que sou bi? Ou apenas estou tendo uma crise tardia por conta da minha falta de experiência?

Agradeceria se pudesse ajudar-me e também agradeço desde já pela atenção.

 

Cara leitora,

É importante lembrar que não se nasce com uma orientação sexual definida, pronta e acabada. Pelo contrário, ao longo da vida vamos aprendendo e nos identificando com diferentes formas de vivenciar nossos desejos de uma forma mais fixa ou mais flexível, conforme as experiências vividas.

Provavelmente a sua falta de experiência impede que tenha um sentimento claro da sua sexualidade e quanto mais se preocupa mais fica angustiada. O importante é deixar fluir seus sentimentos e viver a sua sexualidade naturalmente sem forçar nada.

 

 

 

Dúvidas e sexualidade

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Olá Dra. Eu não estou com dúvidas em relação à minha orientação sexual. Sempre tive mulheres e sempre me senti bem com isso. Mas do ano passado para cá, vinha-me à cabeça que era gay.

 

Eu não ligava porque isso não fazia sentido. Mas este ano, no dia da minha imposição de insígnias (sou finalista) deu-me qualquer coisa na cabeça e fiquei obsessivo com essa ideia.

 

É possível uma pessoa aos 25 anos descobrir isso? É que eu não sinto nenhuma atracção por homens nem nada que se pareça. Procurei um psiquiatra e ele disse-me que eu estava com uma perturbação obsessivo compulsiva.

Isto já dura há 5 meses. Estou completamente desesperado porque eu não sou gay e só me vem à cabeça imagens mentais de homens em tronco nu e pensamentos de sexo anal.

Mas eu não sou gay nem o quero ser. Poderia esclarecer-me por favor. É que eu não sinto a mínima atracão sexual por homens. Nada mesmo.

 

Cumprimentos, CB

 

 

Caro CB,

 

Segundo a concepção junguiana de sexualidade, “…a pessoa é masculina e feminina, não é só homem ou só mulher”, assim todos teríamos o nosso oposto interno. A saúde ou a patologia está na capacidade de lidar com este oposto.

 

Não podemos pensar a sexualidade como restrita ao corpo, há que sentir também na alma (psique em grego), e a partir daí ir além. Assim a vivência interna de um homem pode ser feminina ou masculina.

 

Precisa descontrair e viver a sua sexualidade com naturalidade. Não importa o que lhe vem à cabeça e não deve fazer disso uma cisma. Pode ser que seja bissexual, heterossexual, etc., o importante é que se sinta bem consigo mesmo. Descontrair e relaxar é a melhor maneira de viver a sua sexualidade.

 

Se não conseguir superar essa inquietação sozinho procure uma ajuda profissional para poder falar sobre as suas dificuldades e aprimorar seu autoconhecimento.

Fique bem

Orientação sexual

 

 

 

 

 

 

Boa noite doutora. O meu último namoro durou três anos e acabou porque o meu ex namorado me traiu.

Actualmente namoro com um rapaz há cerca de 7 meses de quem gosto muito.

Para mim o amor e os relacionamentos são muito importantes e o meu atual namorado apesar de eu saber que gosta de mim é um pouco distante e não é chato e sinto que as vezes podia ser mais próximo e preocupado.

Um dia destes, triste por me sentir m pouco carente dei comigo a pensar se o problema não seria eu, ou algo que e fizesse ou dissesse. Então dei por mim a pensar que se calhar o problema era mesmo eu e pensei que se calhar era bissexual e não sabia.

 

Nunca me senti atraída por mulheres, nunca achei que estivesse apaixonada por nenhuma mulher e nunca pensei nem tive fantasias com mulheres e isso nunca me tinha passado pela cabeça, mas mais ma vez os meus medos e receios da vida tomam conta de mim e este medo não me tem saído da cabeça apesar de eu saber que na tenho razões para isso porque não tenho motivos para tal. Se vejo ma mulher e acho bonita penso no assunto, se gosto das calças, da mala, dos sapatos, do cabelo, penso no assunto.

 

Este problema anda a dominar os meus dias e não me sai da cabeça e afeta a minha vida. Acha que devo ir a um psicólogo ou isto será apenas inseguranças?

Atenciosamente, I.

 

 

Cara I.,

 

Pelo que refere, não parece que tenha uma orientação sexual bissexual. Entretanto pode estar a reparar mais nas mulheres numa tentativa de compreender o motivo da traição do seu ex.

 

Provavelmente está a atravessar uma fase de insegurança onde a outra mulher é vista como um espelho e como uma imagem a ser imitada.

 

Porém, se essas questões de identidade sexual e orientação sexual a estão a perturbar e a inquietar, o melhor é ir a um psicólogo para poder trabalhar as suas inseguranças e ao mesmo tempo aprimorar o seu autoconhecimento.

 

O objetivo da psicoterapia é levar a pessoa a se conhecer mais profundamente, compreendendo seus processos e mecanismos mentais, para aprender a utilizá-los em seu próprio benefício.

 

O resultado é um ganho geral na sua vida, com aumento da autoestima e da autoconfiança, maior sensibilidade às suas necessidades reais e qualidade nos seus relacionamentos. Aprendendo sobre si mesma, vai poder transformar-se no agente de seu próprio destino, passando a lidar com a dor, com a ansiedade e com o sofrimento em geral de uma forma mais saudável, sem se descontrolar e sem dificultar o seu desenvolvimento pessoal. Pelo contrário, será mais livre para escolher e desfrutar da vida com leveza e harmonia, aceitando-se e respeitando-se simplesmente

 

Tudo de bom

Mariagrazia