Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia.
Mariagrazia Marini Luwisch
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Mariagrazia Marini Luwisch
O Carnaval é uma festa conhecida por deixar as pessoas mais “livres”, ou “menos reprimidas”.
O significado mais oculto de mascarar-se é ter a oportunidade de tirar a própria "roupa" e assumir uma outra aparência. A escolha da máscara representa uma maneira de violar regras, papéis e convenções e também tem o poder de ocultar alguns aspetos psicológicos.
Quando uma pessoa mascara-se, tem a possibilidade de assumir a aparência de outra pessoa, geralmente muito diferente da sua própria identidade e tem a possibilidade de expressar aspetos seus que nega na quotidianidade.
Com uma máscara a pessoa pode externalizar e dar vida a fantasias que nunca faria normalmente, por medo de mostrar aspetos desconhecidos de si própria.
A máscara é uma imagem muito usada no campo psicológico como algo que acompanha os indivíduos diariamente e que desempenha um papel social particular e importante.
Isso significa que, além de um período em que a máscara permite obter uma nova identidade, muitas vezes revertendo papéis sociais e a realidade, é importante ter a consciência de que nunca estamos verdadeiramente livres de máscaras, se não, talvez quando estamos sozinhos connosco.
Vista a sua máscara e aproveite a festa do Carnaval com responsabilidade, respeito e gratidão!
O carnaval é a oportunidade ideal para sintonizar-se com a força das fantasias para proporcionar sensações e sentimentos mais amplos e profundos daqueles que costuma viver no dia a dia.
A fantasia é um conceito desenvolvido por Freud que está intimamente ligada a cada ser humano.
No carnaval podemos libertar os nossos mais profundos e secretos desejos e deixar o inconsciente "falar mais alto", mesmo que disfarçado por uma fantasia.
As fantasias carnavalescas expõem o que muitas vezes ocultamos durante a vida. As máscaras tomam o lugar das nossas dissimulações sociais, ou nos disfarçamos, ou nos revelamos.
O carnaval é representado pela mistura de cores, classes sociais, diversão e cultura. O importante é que tudo é "permitido”.
Fantasiar é saudável, é a forma que encontramos pra suavizar a dificuldade da vida, nem que seja só até quarta-feira de cinzas...”Não me leve à mal, hoje é Carnaval”!
A origem do carnaval é um assunto controverso. Alguns historiadores associam o começo das festas carnavalescas aos cultos feitos pelos antigos para louvar boas colheitas agrárias, dez mil anos antes de Cristo. Já outros dizem que seu início teria acontecido mais tarde, no Egito, em homenagem à deusa Ísis e ao Touro Apis, com danças, festas e pessoas mascaradas. Há quem atribua o início do carnaval aos gregos que festejavam a celebração da volta da primavera e aos cultos ao Deus Dionísio. E outros ainda falam da Roma Antiga com seus bacanais, saturnais e lupercais, em honra aos deuses Baco, Saturno e Pã.
A origem das festas carnavalescas não tem como ser precisamente estabelecida, mas deve estar relacionada aos cultos agrários, às festas egípcias e, mais tarde ao culto a Dionísio, ritual que acontecia na Grécia, entre os anos 605 e 527 a.C.
Uma coisa, porém é comum: o carnaval tem sua história, como todas as grandes festas, ligada a fenómenos astronómicos ou da natureza. O carnaval se carateriza por festas, divertimentos públicos, bailes de máscaras e manifestações folclóricas.
A palavra carnaval também apresenta diversas versões e não há unanimidade entre os estudiosos. Há quem defenda que o termo carnaval deriva de “carne vale” (adeus carne!) ou de “carnem levare” (supressão da carne). Esta interpretação da origem etimológica da palavra remete-nos ao início do período da Quaresma que era, em sua origem, um período de reflexão espiritual e também uma época de privação de certos alimentos, dentre os quais, a carne.
Outra interpretação para a etimologia da palavra é a de que esta derive de “currus navalis”, expressão anterior ao Cristianismo e que significa carro naval. Esta interpretação baseia-se nas diversões próprias do começo da primavera, com cortejos marítimos ou carros alegóricos em forma de barco, tanto na Grécia como em Roma.
Embora não saibamos ao certo a origem dessa celebração, o Carnaval é uma festa que celebra a vida e a alegria.
O carnaval é espaço no qual muitas pessoas libertam suas fantasias com as máscaras, sem terem que sofrer com a censura oficial, moral, social ou religiosa.
O carnaval desvela no palco da vida, as fantasias desde as mais íntimas às mais saudáveis e criativas. Através das máscaras podemos retirar durante o carnaval nossas máscaras sociais coladas ao nosso corpo e à nossa alma.
A fantasia é um sonho acordado. É um dos mecanismos de defesa do ego. É um processo psíquico em que o indivíduo concebe uma situação em sua mente, que satisfaz uma necessidade ou desejo, que não pode ser satisfeito na vida real.
O psicanalista Carl Gustav Jung, ao falar em símbolos nos fala em Persona. Persona é a forma pela qual nos apresentamos ao mundo. É o carácter que assumimos e através dela nós nos relacionamos com os outros. A Persona inclui nossos papéis sociais, o tipo de roupa que escolhemos para usar e nosso estilo de expressão pessoal. O termo Persona é derivado da palavra latina equivalente a máscara, se refere às máscaras usadas pelos actores no drama grego para dar significado aos papéis que estavam representando. As palavras "pessoa" e "personalidade" também estão relacionadas a este termo.
No carnaval, podemos viver despojados da nossa Persona assumindo nossos sonhos e fantasias em pleno.
Para alguns pesquisadores o Carnaval tem raízes históricas que remontam aos bacanais e a festejos similares em Roma; alguns historiadores mais ousados chegam mesmo a relacionar o Carnaval a celebrações em homenagem à deusa Ísis ou ao deus Osíris, no Antigo Egipto. Uma outra corrente acredita que a festa se iniciou com a adopção do calendário cristão.
A festa carnaval teve seus primeiros relatos em Roma XI. Em Roma havia uma festa, a Saturnália, em que um carro no formato de navio abria caminho em meio à multidão, que usava máscaras e promovia as mais diversas brincadeiras. Essa festa foi incorporada pela Igreja Católica, e segundo alguns a origem da palavra Carnaval é carrum navalis (carro naval). Essa etimologia, entretanto, já foi contestada.
Actualmente a mais aceita é a que liga a palavra "Carnaval" à expressão carne levare, ou seja, afastar a carne, uma espécie de último momento de alegria e festejos profanos antes do período triste da quaresma.
Em 1091 a data da Quaresma foi definitivamente estabelecida pela Igreja Católica ; como consequência indirecta disso, o período de Carnaval se estabeleceu na sociedade ocidental, sofrendo, entretanto, certa oposição da Igreja, na Europa. Embora alguns papas tenham permitido o festejo, outros o combateram vivamente, como o Papa Inocêncio II.
À sequência do Renascimento o Carnaval adoptou o baile de máscaras, e também as fantasias e carros alegóricos. Ao carácter de festa popular e desorganizada juntaram-se outros tipos de comemoração e progressivamente a festa foi tomando o formato actual, que se preserva especialmente em regiões da França (Mardi Gras), Itália e Espanha.