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Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

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Família sufocante

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Dra. Mariagrazia boa noite,

Estou com grandes dificuldades na minha casa. Tenho 22 anos e namoro com um homem de 29. Minha família conhece-o e até demonstra gostar dele.

Estamos juntos há quase um ano. Ele trabalhava comigo e antes do meu relacionamento era o meu melhor amigo. Nós tínhamos contacto 6 vezes na semana (dificilmente nos encontrávamos de domingo porque queria ficar com a minha família) mas há 3 meses ele mudou de emprego. Frequênto Universidade com a minha mãe e moro com os meus pais e dois irmãos (18 e 20 anos). Com a mudança de rotina, só consigo ver meu namorado nos finais de semana (Ele mora sozinho).

Então minha mãe acha que é o suficiente que eu o veja somente um dia na semana ou que eu nunca durma fora (toda vez é uma briga), minha mãe sempre que possível fala algo para atingi-lo falando "mal", que ele não fica muito na minha casa e etc. mesmo ele indo.

Só que isso está acabando com o meu psicológico e causando conflitos no meu relacionamento.

Minha mãe engravidou muito nova e eu sempre fui amiga dela.

Meu último relacionamento terminou há 4 anos, sofri muito e acredito que seja por isso esse comportamento dela.

Queria que ela entendesse que sou uma mulher e que ela cortasse um pouco isso, mas não sei como fazer, sem machucá-la.

Cara Leitora,

A independência precisa ser conquistada por si. Não se deixe sufocar. Aprenda a fazer valer a sua vontade através de uma atitude mais assertiva com a sua mãe e com a sua família. Não a culpe a sua mãe pelo seu passado e presente, mas procure em si soluções para os conflitos.

As relações entre mães e filhas não nos podem se confundir com as das melhores amigas. É fundamental haver uma assimetria de poder, para permitir ao filho crescer independente com capacidade de socialização e autonomização.

Procure conquistar a sua autonomização o quanto antes!

Mãe complicada

chagall22.jpgOlá me chamo T., tenho apenas 17 anos, entendo que é uma fase complicada, tanto pela adolescência, tanto pela vida amorosa de minha mãe ser complicada, por ela ter me tido nova, e por agora ela ter tido a segunda separação, e ter um bebé de 1 ano. Porém ela nunca foi muito presente na minha vida mesmo morando juntas, ela sempre foi grosseira, manipuladora. Eu sempre fui uma criança carente de afeto, sempre ajudei nos afazeres domésticos pois ela botava dinheiro em casa e era o mínimo que eu deveria fazer, e se esquecesse de algo ela era extremamente agressiva me xingava de imprestável, vagab.. pra cima, pois eu não servia pra nada, nunca fazia nada direito, não ajudava em nada só servia pra incomodar...

 

Enfim, sempre fui muito sensível a ofensas e ela quando começa não para, me deixa com muita raiva não somente dela, mas de mim também, ela sabe muito bem "apertar a ferida", . Mas ao mesmo tempo me arrependo de ter raiva e sinto muita pena dela ser assim tão infeliz, tentei muitas vezes falar, dialogar, conversar, mas é um monólogo só, porque ela que manda, eu não sei de nada e cala a boca. Até assuntos simples tipo " mãe preciso sair amanhã cedo.." Já é interrompido, ela ergue a voz, eu tento explicar ela manda eu calar a boca e não retrucar, que e não tenho respeito com ela. E vive ameaçando-me do tipo "vou te ensinar a ter respeito, vou levantar daqui e vou dar na tua cara se não fizer o que eu mando". Tipo é um inferno junto com ela. Mas com os outros, como meu namorado e a família dele ela é um anjo e adora falar mal de mim pra eles.

 

Recentemente estou a semana fora estudando (graças a Deus é um alivio ficar a semana longe dela) porém chega final de semana ela me liga dizendo que eu não me importo com ela se ela esta viva ou morta, e que eu não vou mais ajudar ela, que ela ta sozinha, que vai morrer, e que o bebé incomoda, e que eu to nem aí pra ela.

 

Eu fico com pena, e vou ajudar, faço tudo o serviço ela larga o bebé comigo, vai sair sem dizer onde vai e quando volta, e depois quando volta só me humilha e põe pra baixo, me manda calar a boca e que vai sumir, que eu não sirvo pra nada, que eu não sei de nada, que eu tenho que obedecer ela, pq graças a ela q eu to no mundo e graças a mim q ela ta nesse inferno.. Enfim eu fico com muita raiva (ela não precisa me humilhar pra dizer as coisas), penso em sumir, mas quando estou longe durante a semana eu fico com pena dela ser assim, e ter essa vida infeliz, até me sinto culpada. Esse sentimento de raiva e pena ta acabando comigo, não entendo pq com os outros ela sabe conversar normal e comigo tem que falar qualquer coisa simples gritando e me ofendendo e não quer nem me escutar. Por que ela está sempre correta e eu não sei nada???

 

Completo 18 anos daqui 4 meses, estou pensando em morar com o meu namorado, já estamos juntos há dois anos e a família dele é totalmente diferente, são pessoas alegres, felizes, eles tratam os filhos deles tão bem e a mim também; meu namorado mora sozinho, mas perto da família lá eu me sinto bem, me sinto acima de tudo digna, respeitada coisa que a minha família (mãe) não sabe fazer. Gostaria de saber a opinião de alguém que passa pela mesma situação (ou parecida) que a minha ou que sabe lidar com esse tipo de conflito que me ajudasse, dando uma opinião construtiva.

 

Obrigada e desculpa qualquer coisa que possa ter ofendido alguém ou algum erro de português.

 

Cara T.,

Não existem pais e mães perfeitos, mas existem pais e mães incapazes de se dedicar, de se envolver, de amar. São pessoas perdidas em seus próprios labirintos e não tem a consciência da importância de educar e amar um filho.

 

Muitos processos em que a filha não se dá bem com a mãe resultam em grandes sentimentos de culpa.

Um dos caminhos é procurar entender a sua mãe, e perceber que muitas das atitudes dela estão relacionadas às frustrações, os sonhos e interesses dela. Não é uma fórmula para que você consiga estabelecer uma boa relação com sua mãe, mas talvez deixar de sentir-se tão tanto o que ela fala.

 

Compreendo que conviver com a sua mãe não é fácil, mas ir morar com o namorado só para fugir da presença dela não é solução. Vá morar com ele se essa for uma decisão vossa de ficar juntos por amor que sentem um pelo outro.

 

Um abraço

 

Automutilação e angústia

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 Olá, meu nome é Paula tenho 15 anos, tenho pais, meus pais já sabem, por um descuido minha mãe viu as cicatrizes no meu braço tentei mentir falar que eram apenas arranhões mas ela não acreditou e tive que contar tudo... eu me sinto sozinha...não sei porque me corto, já faz uns 4 meses que isso vem acontecendo, estou perdida em um mundo de horror onde a lâmina é a minha última saída, não sei como parar isso já virou um vício, eu tento não fazer mas quando eu paro pra pensar me vem na cabeça, quais os motivos que fariam eu não fazer?

 

Me corto. Me arrependo. Me corto novamente. Lembro das promessas que acabo de quebrar. Me corto novamente. E assim vai indo.

Fui tão fraca ao ponto de cometer esses erros no meu pulso? Eu sei que decepciono muita gente fazendo isso, mas o que eu posso fazer se isso é o meu único refúgio? Se é a única coisa que me faz se sentir melhor? E antes de qualquer outro, eu tenho decepcionado a mim mesmo.

Olhar para os braços e lembrar dos motivos, das dores, das angústias. Tem dor Pior ? Eu penso em não fazer fico ali tentando me segurar, a lâmina na mão. Me vem na cabeça o rosto triste dos meus pais ao ver sua filha se mutilando, o olhar de desaprovação, o pensamento ”aonde nós erramos?”.

Não são vocês queridos pais, sou eu. Eu é que cheguei na vida de vocês e estraguei tudo, toda cicatriz tem sua história.

 

Olho para meus pulsos e minhas lágrimas escorrem, enquanto todos dormem e outros sonham acordados com o futuro maravilhoso que querem ter com seu ‘amor’, eu estou aqui sozinha perdida em meus cortes me recordando de cada coisa de cada dor e jurando para min mesma que não cometerei o mesmo erro. Sinto um vazio a vontade de me cortar é imensa.

O que começou com 1 corte passou a ser 5,10 e por aí vai. Cortes que mais pareciam arranhões Hoje é mais um dia em que fracassei promessas jogadas foras. Não aguentei, não suporto passar um dia sem me cortar. Pensei que poderia controlar esse vício mais na verdade é ele quem em controla. Tudo isso partiu de uma brincadeira. Hoje é um vício. Um vício que me consome que me deixa bem, mas ao mesmo tempo me faz sentir uma completa idiota e mentirosa por prometer a muitos que eu iria parar com isso.

 

Um dia eu até cheguei a ficar ali por muitas horas, sentada no chão do banheiro, olhando para teto. Passava-me cenas de tudo de ruim que havia vivido. Lembro-me daquelas noites em que não conseguia dormir. Aquelas vozes perturbadoras me seguiam. Virava-me na cama e cobria meu rosto com o travesseiro. A fim de conter meu choro.

"Às vezes a dor causada por um sentimento é tão forte que sentimos a necessidade de tirar essa dor de dentro do peito e transmiti-la para o corpo. A sociedade condena, julga, critica, mas só que sente no peito essa dor que é insuportável é capaz de entender o alivio de sentir na pele."

 

Os meus Cortes antes apareciam por algum motivo. Hoje aparecem por vício Eu só queria poder parar. Eu só queria voltar à viver. Só queria poder dar uma risada verdadeira. Queria poder me achar, no meio dessa confusão, eu só queria voltar a ser aquela garotinha, que ria, que era feliz, alegre, com vida.

Sinceramente, eu já perdi a conta de quantas madrugadas eu já passei ouvindo músicas que me cortavam por dentro, e escrevendo, escrevendo textos que a maioria se assustaria ao ler, tentando fazer com que palavras descrevessem sentimentos que nem eu mesma compreendia.

Passo o dia falando que estou bem, mesmo não estando, sorrindo quando a minha vontade é chorar, mentidos pra pessoas que me querem bem e pra outras que nem tanto, calma aí… alguém me quer bem?

 

É eu acho que a resposta é óbvia, mas enfim, passar pelo dia até que é “fácil”, mas quando chega a noite, tudo que eu suportei forte durante toda minha vida vem em mente, tudo que me falam e finjo que não ligo, que não me atinge passa pela minha cabeça e a dor, a agonia que eu sinto aqui dentro parece se multiplica milhões de vezes e de repente me vejo sozinha no banheiro com a porta trancada, sentada no chão com a lâmina na mão e o sangue já ali escorrendo, e nesse momento eu sinto um alivio inexplicável, é como se tudo o que eu sentia até então sumisse assim em um passe de magica, a dor dos cortes supera, ou faz com que eu esqueça pelo menos por um momento a dor que eu sinto aqui dentro,

EU PRECISO DE AJUDA, PF

 

Medo da solidão

 

 

 

Boa Noite Dra. Mariagrazia

 

 

Venho relatar aqui um pouco do que tenho vivido em meu segundo casamento, e se puder gostaria de um conselho para o meu caso que já se tornou um tormento.

 

Meu primeiro casamento foi muito conturbado, ambos éramos novos quando nos juntamos no que resultou em dois filhos. Vivemos juntos por 12 anos, mas a partir do sexto já arrastávamos o casamento entre diversas separações de idas e vindas, isso resultou na nossa definitiva separação, que por sinal muito dolorida. A partir deste momento valorizei a minha vida, mas nunca me esqueço do que vivi neste casamento. Fiquei traumatizada com tudo que passei. Tenho medo da dor da separação.

 

Quanto ao meu segundo casamento começou em um espaço de tempo bem pequeno entre a minha separação, confesso que me precipitei, por carência ou para esquecer o anterior. Hoje estou casada com um rapaz de 23 anos, tendo eu 31 e com dois filhos, mentes diferentes, apesar dos mesmos objetivos, criação diferente e claro, há muita imaturidade.

 

Tive a primeira impressão, que claro, não foi boa. Menino imaturo, sem responsabilidades, ainda não sabe o que quer da vida, porém com sonhos. Mesmo com toda esta transparência, tapei o sol com a peneira. Sabia que não daria certo, mas me guiei pelo encantamento que estava sentido. Dei ouvido a emoção.

 

E com o decorrer do tempo fui-me apegando, havia qualidades mas, os defeitos transpareciam mais e mais, e o amor cego, afinal o ser humano é feito de defeitos e qualidades.

Ao longo do tempo, percebi em meias palavras e outras que o sonho do meu marido era casar-se com uma virgem, que tivesse o primeiro filho com ele. A partir de então ouvi diversas outras coisas que me feriram demais. A minha atenção tinha que se dedicada somente a ele, meus filhos em diversos momentos ficaram em segundo lugar. Me sentia mal por isso, mas não queria deixá-lo com “raiva”. Essas e outras situações desagradáveis aconteceram por mais de um ano. Atualmente, estamos juntos a dois anos, mas o mundo dá voltas, hoje a situação é diferente, virei a página e reivindiquei os meus direitos no relacionamento, meus filhos em primeiro lugar entre outras coisas, mas ele não aceita e o casamento está por água abaixo.

Conclusão: Me precipitei totalmente. Não existe futuro, ao lado dele minha vida estagna, não consigo caminha para alcançar meus objetivos. Seus ciúmes são doentes, e ele me sufoca, já não sei se existe ainda o amor. Só tenho uma alternativa, a separação, mas o trauma vivido no passado me impede de executá-lo. Tenho medo da solidão, tenho medo de viver a dor da separação novamente.

 

O que devo fazer?

 

Obrigada,

P.

Diferença de idade

 

 

 

 

Bom dia, 

 

É possível um relacionamento dar certo com uma diferença de idade física muita grande (43 anos)? O meu medo é que ele mora primeiro que eu e eu ficar aos 40 anos sozinha.

Eu sofro muita em me tentar relacionar com alguém devido a separação dos meus pais e vejo a Imagem que homem não prestar. Mas mesmo assim sinto falta de alguém do meu lado.

 

Este atual relacionamento que eu estou sem saber se continuo ou não o que atrapalha é a diferença de idade pois ele me trata super bem, não tem filhos e eu sou estudante de Direito e ele é professor e tem outro emprego também nossa alma quando conversamos da muito certo  porém tenho medo de estar misturando isso por admiração estamos há 2 meses juntos e eu não sei o que faço da minha vida .(Ele é super conservado e nem parece ter a idade que tem e até mais animado que eu e me faz bem .)

 

Pode dar-me uma dica sugestão ou um conselho?

 

Obrigada

 

 

Divorciada com filho

 

Boa tarde Dra.

 

Sinto-me completamente perdida, triste, e revoltada comigo própria, precisava assim caso possível que me orientasse....

 

Sou divorciada há mais de 8 anos, e tenho um filho de 12 anos, vivi somente com o meu filho cerca de 7 anos, no ano passado após namorar um ano, resolvi eu e o meu namorado passarmos a viver juntos.

 

O meu namorado também tem uma filhota proveniente de uma anterior relação.

 

Este verão, separámo-nos pois não suportava mais a forma como ele tratava o meu filho, ele não estava a ter o papel que eu achava importante ter, o de amigo essencialmente.

 

Repreendia-o em tudo o que fazia, nada era bem feito, nunca ouvi um "muito bem", e quando não era a ralhar, era desprezo....

 

Após cerca de um mês de tentar que reconsidera-se, resolvi aceitar que voltasse com promessas de que tinha mudado e que tudo iria ser diferente....

 

Neste momento, não poderei dizer que está igual, mas denotam-se comportamentos forçados, optou por não intervir em nada, contudo ainda esta semana que passou voltou a ter uma reação daquelas bem pesadas com o meu filho "não te admito que me fales assim"...

 

Após esta situação chamei-o  a atenção visto que não é a melhor forma de se impor respeito, pois em minha opinião, o respeito não se impõe, conquista-se...

 

Sinceramente estou completamente sem rumo, a relação após a reconciliação não voltou ao seu normal, e para além disso, ao fim de tão pouco tempo ele volta a desiludir-me relativamente ao meu filho....

 

Se me puder ajudar agradecia imenso....

 

Obrigada e cumprimentos.

 

 

Mãe, bebé e sogra

 

Boa Tarde Doutora

 

Eu e a minha esposa tivemos uma bebé em Janeiro.

Desde o primeiro dia, a minha esposa revelou grandes fragilidades emocionais (insegurança e choro frequente) acompanhado de alguma irritabilidade e intolerância. Tudo sintomas, creio eu, "normais" para as circunstâncias.

 

Estes sinais foram-se intensificando e pequenas situações de discórdia rapidamente começaram a tomar proporções gigantescas na cabeça dela.

O "copo transbordou" quando a minha esposa começou a ficar incomodada com a forma como a minha mãe se comportava com a nossa bebé. No meu entender, a minha mãe comportava-se como qualquer outra avó que ama a sua neta. No entanto, para a minha esposa, a minha mãe manifestava um comportamento obsessivo ao ponto de, perante comentários de "minha menina" ou outras expressões carinhosas, ficar num grande estado de ansiedade e com vontade de fugir dali para fora.

 

A minha esposa pediu-me para falar com a minha mãe, para que esta se "comportasse normalmente" na presença da neta e que medisse as palavras antes de as proferir. Naturalmente eu tive imensa dificuldade em arranjar as palavras para abordar este assunto com a minha mãe de modo a que ela entendesse a mensagem sem a magoar.

Adiei durante três meses a conversa com a minha mãe na esperança de a situação se resolvesse por si só (ou na cabeça da minha esposa ou no comportamento da minha mãe). Não só não se resolveu como a minha esposa actualmente me acusa de não me preocupar com ela e preferir que seja ela a sofrer em vez da minha mãe.

 

A nossa relação está muito fragilizada, tendo inclusive afectado os sentimentos dela por mim.

Actualmente, qualquer situação menos feliz ou de falha da minha parte assume contornos catastróficos.

Não sei o que fazer e temo que a relação termine por falta de clarividência da parte dela motivada por este estado emocional.

Será que ela precisa de ajuda? Será que precisamos os dois? Que lhe parece doutora?

 

Obrigado

Mãe de adolescentes

 

 

 

Boa tarde, sou uma mãe de três jovens adolescentes, a precisar de alguma orientação pois está a ser muito complicado o meu relacionamento com eles. Em pesquisa encontrei este site. Tenho lido sobre o assunto apesar de estar um pouco dentro do comportamento adolescente... Mas uma coisa é o que lemos e sabemos dos casos que nos rodeiam, outra é estar dentro da situação e me sentir impotente, perto de desistir... 

 

Sou mãe divorciada há quatro anos, e sempre fui mãe e pai de três jovens, uma com 22 anos e um casal de gémeos com 18. 

O rapaz neste momento é a minha maior preocupação. Está na fase de contrariar tudo, indiferente, respondão, e leva-me ao limite na provocação e desarrumação em casa. Tenho-lhes dito que me sinto apenas a criada deles, que depois de um dia de aulas, chego a casa para limpar, arrumar, tratar das roupas, fazer comida... para no dia seguinte voltar ao mesmo e nem uma palavra amiga ou um beijo ou um simples boa noite... Se falo vira-me as costas com palavras agressivas... cada vez  me apetece conversar menos com eles. Por vezes chego a casa e gostaria que não estivessem lá (para não me incomodar), mas se não estão, fico triste e angustiada. Pergunto onde está toda a formação e educação que lhes transmiti desde pequenos.

Frequentaram música, escuteiros, catequese, reuniões da seicho-no- ye, são reikianos, tudo por iniciativa deles e livre-vontade, sempre com o meu apoio. Sempre fui mãe presente e tentei não ser muito repressiva, embora tivessem regras. Foram habituados a partilhar, a fazer de tudo e colaborar nas tarefas domésticas, sempre tive muito orgulho neles. 

 

Hoje quase não os conheço. Parecem-me distantes, indiferentes sem sentimentos, muito críticos em relação a tudo e todos ( como se eles fossem os melhores), muito egoístas... estão sempre à espera que lhes façam tudo e nada são capazes de fazer pelos outros. A mãe parece que só serve para tratar da casa e pagar as despesas... Apetece-me afastar-me, ou mandá-los para casa do pai , ( o que eles não querem de maneira nenhuma, apesar de se entenderem com ele,) ou ser indiferente com eles, para ver se eles sentem o que eu sinto. Não sei mesmo como reagir com eles, mas ando muito magoada. Gostaria de ter uma resposta ou alguma orientação, antes que tome alguma atitude menos correta, pois estou cansada. Estou a passar por isto há três anos. Obrigada.

 

 

Relação complicada

 

Vivo uma relação muito complicada que temo não conseguir resumir os problemas. Tenho 30 anos e o meu namorado 35. Namorámos há 9 anos, mas a nossa relação já teve 2 rompimentos. Tenho a certeza que há amor entre nós actualmente. Contudo, a nossa relação é muito instável. Estamos chateados a toda a hora, com chatices sérias.

 

Sei que tenho defeitos e um deles é ser chata e insistir numa coisa quando pretendo algo. Contudo, sinto as forças esgotarem-se quanto às atitudes dele. Por um lado, nunca mais decide dar o passo em frente. Chegamos a ficar dias sem nos vermos embora expresse vontade em ter filhos comigo, não se decide em deixar a casa em que vive com a mãe, viúva de 76 anos.

 

Vivo angustiada. Numa hora somos muito, muito felizes e noutra sinto-me no fundo do poço, pensando que melhor seria acabar o namoro. O problema se calhar está em mim....mas já não sei que faça. Eu tento falar, mas ele não é de diálogo. Assim é muito difícil saber o que fazer.