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Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

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Violência não educa

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Cheguei até si na esperança que possa ajudar-me.

Tenho uma filha de 9 anos que está numa fase que quer desafiar a minha autoridade, está difícil de obedecer-me, é teimosa. Palmadas ajuda a educar e dar limites? Desde já agradeço a sua atenção.
 

Cara Leitora,

Há alguns anos era aceitável que os pais e educadores batessem nas crianças para as educarem e dar limites. Algumas palmadas eram consideradas normais como forma de disciplinar. Muitos dos que agora são pais, levaram palmadas quando eram crianças e repetem o chavão de que a "palmada pedagógica" pode ser útil.

Qualquer violência sobre as crianças é errada e bater é um ato de violência, é sempre errado. Violência nunca. Nem física, nem verbal, nem intimidatória, nem humilhante, tudo o que seja bater, castigos físicos ou humilhações são inaceitáveis. Sejam em qualquer zona do corpo ou com qualquer intensidade.

Atualmente sabe-se mais e melhor acerca do desenvolvimento das crianças para conseguirmos adequar os nossos comportamentos parentais. E ainda, a ciência demonstrou, em diversos estudos, a ineficácia e os efeitos negativos destas práticas parentais para o futuro das crianças. Confunde-se tratar as crianças com respeito, sendo gentil, com ser permissivo na sua educação, o que está errado.

Mostrar respeito aos filhos, não significa não colocar limites ao seu comportamento. As crianças precisam e desenvolvem-se sentindo os limites à sua volta. A forma como os limites são transmitidos pode fazer a diferença. Se formos violentos, estaremos a ensinar violência ao nosso filho.

Educar é muito difícil e não há um livro com regras que funcionem para todos, as crianças são todas diferentes, os pais também e tem de haver uma aprendizagem de ambos, que se vão ajustando e procurando o que funciona. Nos casos mais complicados, os pais devem procurar a ajuda de especialistas para encontrar as melhores estratégicas.

Reações mais amenas, sem gritos ou acessos de raiva, influenciam positivamente. A criança deixa de sentir que precisa reagir com intensidade e ainda aprende que os comportamentos serenos adotados pelos pais são mais saudáveis para ela. Ao mesmo tempo que repreensões intensas não são recomendadas, passar a mão na cabeça da criança também não é. Os pais devem desenvolver métodos de repreensão e de educação adequados ao perfil da filha

É importante compreender o porquê do comportamento desafiante da sua filha e colocando-se ao seu lado em vez de contra ela, procure utilizar formas de disciplina que de facto ensinam competências para a vida, como, por exemplo diálogo, estímulos positivos de elogiar as condutas adequadas, ensinar à criança sobre controle emocional e modos sadios de expressar a frustração.

Criança Feliz

 

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Deixe-os falhar
A palavra “perfeição” não deve existir num ambiente familiar. Substitua esta palavra por “excelência” e eduque os seus filhos a serem excelentes em vez de perfeitos. A excelência tem todos os bons aspectos da perfeição mas sem as expectativas irrealistas e o medo constante de falhar.

 

Ensine-os a partilhar

Ensine o seu filho que é melhor dar que receber. Crianças que partilham são mais felizes do que as crianças que não partilham.

 

Deixe-os tomar decisões

Crianças que tomam decisões têm mais hipóteses de se tornarem disciplinadas e de tomarem decisões mais sensatas no futuro. É melhor para os pais deixarem os seus filhos decidirem o seu próprio castigo. As crianças que o fazem não quebram as regras tantas vezes. Ao longo do crescimento dos seus filhos, dê-lhes a liberdade de tomarem mais decisões. Eles tornar-se-ão mais felizes e mais bem-sucedidos.

 

Peça-lhes conselhos

Pedir conselhos aos seus filhos faz com que eles saibam que opiniões deles importam para si. Também lhes permite saber que são responsáveis pelas suas opiniões, o que tem um impacto no mundo real, não só nas suas mentes.

 

Deixe-os brincar

Crie “horas de brincar” não estruturadas. Poder brincar livremente encoraja as crianças a ter pensamentos imaginativos e conseguir arranjar soluções alternativas para situações difíceis ou complexas.

 

Faça-os rir

Não tenha medo de dizer aquelas piadas secas, quando os pais brincam e contam piadas, ajudam os filhos a pensar criativamente, a fazer amigos e a controlar o stress.

 

Reduza o tempo que passam a ver televisão

Filhos os que passam mais tempo a ver televisão têm mais hipóteses de se tornarem depressivos. Dê o exemplo aos seus filhos, limitando também o tempo que passa em frente ao ecrã.

 

Promova uma imagem de corpo saudável

Foque-se nos benefícios do exercício na saúde, e exercite em família. Fale com os seus filhos de como a comunicação social distorce os padrões de beleza, não comente que se sente culpado por comer certos tipos de comida, e não julgue a aparência de outras pessoas.

 

Crie tradições de família

Tradições de família aumentam a ligação entre a mesma e permitem que as crianças sejam sociais. Crie tradições simples como um lanche em família todos os sábados, noite de cinema às sextas-feiras, preparar o jantar em família, ou passeios a pé aos domingos.

 

Priorize o seu casamento

Um bom ambiente familiar ajuda uma criança a ser mais feliz. Famílias que se centram apenas nos filhos criam ansiedade, pais exaustos e filhos exigentes. O maior presente que pode dar aos seus filhos é ter um bom casamento.

 

Seja feliz

Problemas emocionais nos pais estão diretamente ligados a problemas emocionais nas crianças. Seja feliz para poder ser um pai mais eficiente.

 

 

Texto adaptado da revista: Visão

Criança de 9 anos com medo


gonga.jpgOlá Bom dia!

Meu filho tem 9 anos, há 3 meses não consigo levá-lo a escola. Passou por um constrangimento em um aniversário escolar, que aconteceu em um restaurante, ele passou mal, vomitou, e as responsáveis pela festinha não trocaram a roupa dele, deixando-o vomitado, as crianças ficaram rindo dele, e não quiseram ficar perto dele!


Descobri porque depois de uma semana, que ele sofria para entrar na escola, ele conseguiu desenhar o que aconteceu!
Agora ele tem medo de ficar sem a minha presença, e ficar doente, morrer, ou acontecer alguma coisa comigo!
Estou tendo que ir na escola, para ele fazer provas, tenho que estudar em casa o conteúdo escolar.


Não se o que fazer, estou levando em uma terapeuta ocupacional, que foi a única que ele quis, e está tomando um medicamento, passado por um neurologista.


Levei em um psiquiatra, que passou em medicamento que deixou ele extremamente agitado, e disse que era para esperar ele se sentir seguro para voltar para escola, ele ouvindo isso, se apoiou nisso, e não consegue voltar!
Não estou sabendo mais o que fazer! Preciso de uma orientação!
Obrigada!
IC

Cara CI.,
Situações de stresse pós-traumático, como bullying aparecem como causadores de ansiedade de separação, ou seja, dificuldade de se adaptar a um novo espaço sem a presença do vínculo familiar. O seu filho pode ter receio de deixar a mãe, por ter fantasias de abandono ou destruição.


A maioria das crianças supera essa fase em, aproximadamente, uma semana. No entanto, apresentar algum tipo de insegurança e ansiedade em até quatro semanas ainda é considerado normal. Os pais devem ficar atentos se o temor do filho de ir para a escola se intensificar ou persistir por muito tempo que pode, sim, ser indício de fobia.


A adaptação desses alunos no ambiente escolar, deve ser feita de forma lenta e gradativa, seguindo o ritmo e a necessidade de cada um. O papel da escola é, aos poucos, mostrar ao aluno que ele possui habilidades e potencialidades, que os erros fazem parte do desenvolvimento e que o ambiente escolar e a aprendizagem podem ser muito prazerosos. Se a ajuda familiar e da escola por meio de conversas e combinados não for suficiente, deve-se procurar um profissional, de preferência um terapeuta familiar, que vai abordar a questão no contexto relacional do problema.


O que é preciso é que ele vá na escola sozinho para que esse medo não se cristalize. A terapeuta ocupacional é uma boa ajuda. Converse com seu filho sobre seus medos, passando-lhe a segurança de que precisa. Os pequenos sempre percebem a ansiedade e insegurança dos pais. Seja breve nas despedidas na escola. Nada de voltar para dar mais um beijinho ou falar algo que esqueceu. Isso aumenta o sofrimento.
Entretanto tranquilize-o sempre dizendo-lhe que não vai ficar doente e que não vai morrer. Procure sempre alimentar a autoestima do seu filho para que possa se sentir mais seguro. Só vai se sentir mais seguro e independente ao conseguir fazer as coisas sozinho e para tal procure sempre incentivá-lo e motivá-lo. A medicação deve ser mantida, mas assim que melhorar fale com o neurologista para retirar.

Fique sempre alerta: se os sinais de sofrimento não diminuírem, procure ajuda junto à escola.

Um abraço

 

 

 

Comportamento erotizado

Boa Tarde!

 

 

Minha filha de 5 anos e 8 meses nos contou q a antiga babá (q cuidou dela quando ela tinha 4 anos) vía filmes pornô na frente dela.

 

Começamos a desconfiar do comportamento dela ainda enquanto a babá trabalhava pra nossa família e morava connosco.

 

A menina tinha comportamento erotizado e ficava olhando com expectativa demais para cenas de casal na TV. Nunca reprimimos na intenção de saber o que estava acontecendo e uma vez, após vê-la insistir em se tocar apesar de eu explicar que não pode brincar com a vagina, dei um tapa.

 

No feriado q acabou de passar ela ficou gemendo (imitando sons de orgasmo) e fazendo a movimentação característica. Quando eu perguntei o q ela estava fazendo ela disse q estava imitando uma mulher apaixonada. Daí eu e meu marido juntamos isso a muitos outros comentários q nossa menina fazia, coisas do tipo: “o homem fez xixi na boca da mulher”, e ela com frequência se tocava, ficava se esfregando no travesseiro... ele conversou mais com ela e depois de fazer algumas perguntas, ela contou que a babá assistia filmes de tarde...

 

 Em geral conversamos com nossa menina sobre tudo e respeitamos os interesses dela. Ela tinha amigos imaginários antes de essa babá ter trabalhado lá. Inclusive despedimos a babá por conta desse comportamento erotizado da menina.

 

Escrevi esse e-mail, pois estou desnorteada sem saber como tratar desse assunto. Devo procurar um psicólogo imediatamente? Minha filhinha terá problemas sexuais ou será promíscua por conta dessa vivência? Tem “cura”? será que ela recupera (se é que perdeu) a inocência? Posso denunciar a babá? Se sim, que tipo de provas devo apresentar?

 

Hoje ela é cuidada por uma moça que foi babá do pai dela e moramos bem pertinho da avó paterna que é muito presente e atenciosa. É uma menina alegre e “metida”! Muito inteligente e determinada.

 

 

 

 

Irmão de pais separados

 

 

 

Boa tarde Dr.ª!!

Permita-me antes de mais, expressar o meu profundo respeito pela sua área de trabalho. Sou casado e pai de três filhos, sendo que o segundo não é da minha esposa. Na verdade, a diferença entre o primeiro e o segundo é de apenas 3 meses, estando, ambos com 5 anos e o mais novo com 1 nove meses.

 

A mãe do meu segundo filho é uma pessoa que foi minha namorada durante 7 anos (somos amigos apesar da separação), dos quais, a partir do quarto ano, iniciei uma outra relação com a minha esposa. Foram, na verdade, cerca de 2.5 anos de vida dupla que resultou no nascimento dos dois primeiros rapazes.

 

Após o meu casamento, tivemos de mudar de cidade por razões profissionais e em concertação com a minha esposa, pedi a mãe do meu segundo filho para que ele fosse viver connosco, mesmo porque ela é uma pessoa que viaja muito e parte do seu tempo é passado no campo, em virtude de ser formada em engenharia florestal e como tal, estar mais tempo longe das cidades.

 

Ela concordou que o miúdo vivesse connosco, tendo pedido apenas para visitar o filho sempre que o trabalho permitir, o k implica viagem de uma cidade para outra, percorrendo uma distância de mais de 500 km.

 

Passados um ano nesse regime, a minha esposa diz que não se sente confortável com a presença mensal da mãe da criança na cidade onde vivemos e acha que ela deve esperar apenas o período de férias para ver o miúdo que, entretanto, deverá ir ao encontro da mãe. Não concordo e isso está a criar um mau estar no nosso relacionamento pois, eu disse-lhe que jamais impediria a mãe de ver o miúdo, lembrando-lhe que essa condição foi por nós aceite como forma de termos o pequeno junto dos irmãos.

 

A última viagem que ela veio ver o filho, ligou-me e perguntou se havia algum inconveniente em vir com o namorado, ao que prontamente respondi que não, tendo, inclusivamente, oferecido, ao casal, hospedagem na casa de hóspedes que o meu serviço têm, facto que gerou um clima tenso entre eu e a minha esposa pois ela não concordou, tendo dito inclusivamente, que por ela, a mãe da criança não mais deveria vir, mas que era um assunto que já não lhe dizia respeito. Mudou de postura, certamente, porque ainda existe um bom relacionamento entre nós, tudo em prol do bem-estar do nosso filho.

 

Esse posicionamento da minha esposa tem sustentação no facto de ela achar que sempre que a mãe do miúdo vem, ele depois fica triste nos dois dias que seguem a sua partida, questionando porque é que a mãe tem que trabalhar longe e como tal, ele não poder viver com ela.

 

A minha esposa acha que o miúdo está a desenvolver algum tipo de trauma, pois, por duas vezes já o surpreendeu a chorar e quando ela questionou o que se passava, ele respondeu que queria a mãe. Na verdade, ma das vezes que ele acordou assustado e a chorar, eu mesmo fui ao quarto deles e questionei o que se passava, o que me disse que estava com saudades da mãe, e questionou-me porque é que eu não caso com a mãe dele para ele poder viver como os irmãos, com pai e mãe!!

Não fui capaz de lhe dar uma resposta naquele momento, tendo-lhe dito apenas que os homens devem casar apenas com uma mulher de cada vez. Não estava a espera daquela pergunta.

1.      Será mesmo que o miúdo está a desenvolver algum tipo de trauma?

2.      Noto que a minha esposa mudou de opinião quanto ao facto de o miúdo viver connosco, mas nunca me disse provavelmente por ter receio da minha reacção, que certamente, não será no sentido de nos afastarmos dele. Tal é assim, porque, mesmo que ele deixe de viver connosco, a solução será ele ficar com uma tia que vive na cidade por impossibilidade de a mãe estar com ele em função do seu trabalho. Entre ele ficar com a tia e connosco, logicamente que me parece mais assertivo ele crescer junto com os dois irmãos.

3.      O que me aconselha Dr.ª? Sei que essa situação pode por em causa o nosso casamento, mas acho que não devo abrir mão de viver e acompanhar de perto o crescimento dos meus filhos apenas porque a minha esposa não se sente confortável com a presença da mãe do meu filho, que, em suma, é ad eterno, pois, temos um filho e necessariamente, teremos que viver essa realidade.

Ajude-me a encaminhar este assunto sem pôr em causa o meu casamento, e muito menos a permanência do miúdo connosco. Eu apenas abrirei mão desse convívio entre os irmãos, quando a mãe estiver em condições de viver ela com o miúdo, pois, tenho consciência de que, em princípio, filhos estão sempre melhor com as mães, mas antes, não me parece, salvo se de facto, houver alguma possibilidade de o miúdo estar a desenvolver o aludido trauma, o que não me parece, pois, aqueles episódios não são frequentes e ele gosta de viver connosco, isto é, com o pai, a mãe (como ele chama a minha esposa) e os irmãos.

À minha esposa reconheço todo esforço que ela certamente faz para gerir o nosso casamento, sem afetar a educação dos miúdos, mas, confesso que me decepcionou ao mudar de uma hora para outra de comportamento, alegadamente porque a mãe do miúdo engendrou tudo isso para estar sempre perto de mim. Acho absurdo, tal é que a mesma já está numa outra relação a mais de 8 meses.

 

Tal mudança de comportamento é notório porque antes era ela que nas visitas da mãe da criança, levava o miúdo à mãe, falavam sobre a escola dele, e outras questões, mas agora, nem telefone atende e quando ela vem ver o miúdo, não há espaço parasse encontrarem, eu é que devo ir deixar o miúdo para ver a mãe. Que fazer, é meu filho, faço com imenso prazer.

Com este andar, receio que a mãe do miúdo perceba este clima e me pressione para levar o miúdo para com a avo deixar, o que eu não quero que aconteça. O que faço Dr.ª?

 

 

 

Acolhimento de criança

 

Boa noite, gostaria muito de colocar a seguinte questão:

 

A nossa família está decidida a associar-se a uma instituição de acolhimento de crianças, como Família Amiga, para que quando possível possamos trazer uma das crianças a passar o fim-de-semana connosco, para que possa ter acesso a experiências e estímulos diferentes.

 

No entanto tenho uma filha de 4 anos, que valoriza muito o papel da família especialmente o papel da mãe. Ela está entusiasmadíssima com a vinda de uma criança pequena para nossa casa durante um fim-de-semana.

 

A minha questão é:

* Como explicar o aparecimento desta criança em nossa casa sem a sua família?

* Devemos esconder o passado dramático da criança ou não?

* Devemos levar a nossa filha à instituição para buscar e levar a criança ou não?

 

Uma coisa temos a certeza, queremos promover a felicidade desta criança nos dias em que esta estiver connosco e gostávamos muito que a nossa filha interiorizasse o sentido da nossa acção, sem conhecer em demasia o seu passado.

Como transformar tudo isto em algo simples, para a nossa filha?

 

Muito obrigada

 

Medo de dormir

 

Olá Dr.ª Mariagrazia

 

Tenho um filho de 8 anos, que já dorme no seu quarto desde os três anos.

Há coisa de três meses foi dormir a casa de um primo. Desde essa altura que não quer ir sozinho para o quarto pois diz que tem medo.

A muito custo consegui que me contasse o que se passava e então diz-me que viu um filme de terror na casa do primo e agora quando está na cama (antes de adormecer) não consegue pensar noutra coisa que não sejam as imagens do filme. Tentei lhe explicar que um filme é a fingir e enquanto não consegue adormecer, pode ler um livro, ver televisão ou cantar que logo o sono chega.

Foi uma tentativa falhada porque ele não se consegue controlar. Fica num pânico, começa a transpirar, a chorar, e até diz que lhe apetece vomitar. Diz que precisa que eu fique perto dele porque se sente seguro.

Não sei como resolver esta questão, por isso peço-lhe que me ajude a ultrapassá-la.

Ultimamente ele tem adormecido no sofá da sala e eu depois levo-o para a cama. Mas várias vezes ele acaba por acordar durante a noite (mais do que uma vez) e eu acabo por ficar perto dele, até adormecer.

Estou exausta porque não consigo descansar o suficiente e fico com pena do menino porque vejo pela carinha dele que é algo que não consegue controlar. Quando chega a hora de dormir as feições do seu rosto ficam completamente alterados e demora muito tempo para lavar os dentes, achando que consegue adiar o momento.

 

Antecipadamente agradeço toda a atenção que dispense ao meu caso. Aguardo com expectativa pela Vossa resposta.

 

Filho com medo

 

Claude Monet

 

Dra.
 
Meu nome é Francisca, tenho 49 anos e tenho um filho de 9 anos que é tudo para mim, crio com muito amor, sem a presença do pai, que aparece raramente, Meu filho sempre apresentou medo, + do ano passado para ca vem apresentando mais, ele sempre dormiu em seu quarto agora não dorme +, não sei como lidar, como fazer ele vencer este medo de ficar sozinho dentro de casa? Se vai ao banheiro eu tenho que ficar olhando, fechar a porta nem pensar. Em Julho e fiz uma cirurgia e fiquei no hospital 3 dias ele ficou como minha família que é grande, em Outubro passei mal e tive que ficar internada 8 dias e foi de emergência, ele também ficou com minha família, quando voltamos para casa em que moramos os dois, ele começou estes problemas, ele tem enxaqueca desde oe 3 anos e as crise se intensificaram deste período para cá.
 
O que eu faço doutora? não posso obriga-lo a ficar em um cómodo sozinho e não sei como lidar com este medo dele. Desde que tudo começou ele dorme comigo.
 
Obrigada,