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Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Crise existencial

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Eu não sei basicamente quando tudo começou mas foi do ano passado pra agora. Eu tenho passado por algumas crises emocionais, nunca sei o que estou sentindo ao certo e isso me angustia. Eu me sinto mal, ou não me sinto, ou não sei se sinto, não consigo sentir emoções profundas, não sei nem explicar como isso está acontecendo, apenas é mau e dói, todos os dias dói, eu quero chorar mas não consigo, eu quero sumir, quero isolar-me apenas, eu não aguento mais essa rotina e certas coisas que andam acontecendo.

 

Sabe, há um tempo atrás eu conheci alguém que me tirou dessa monotonia, parecia que finalmente as coisas voltariam a ser como antes, eu estava feliz, pela primeira vez em meses eu realmente me senti feliz com alguma coisa, mas algo deu errado no meio do caminho, e a pessoa me abandonou, e parece que agora voltou tudo pior, tudo, eu sinto vontade de chorar por isso mas não consigo e assim eu fico muito muito angustiada, está doendo muito, nada faz sentido, o mundo perdeu a graça faz tempo. 

 

Cara leitora,

 

Pode ser que esteja a passar por uma crise existencial.

A crise é justamente uma situação-limite, que pode levar a uma mudança. Diante do conflito existencial, a pessoa é levada a verificar seus verdadeiros sentimentos e pensamentos. No calor da crise, a pessoa pode descobrir que o seu caminho é dar oportunidade ao seu “eu verdadeiro” se expressar. O término da crise acontece quando a pessoa descobre que ela precisa encontrar o próprio caminho, sem depender de ninguém.

A superação da crise implica quase sempre no surgir de uma “identidade pessoalmente desejada”.

 

Se a pessoa for suficientemente verdadeira para consigo mesma, se conseguir olhar para a sua própria verdade e encarar o seu desejo, ao mergulhar fundo na sua crise existencial, seu verdadeiro eu vai se manifestar e triunfar.

 

Confie em si própria e deixe a sua verdadeira natureza florescer.

Se não conseguir sozinha procure ajuda de uma terapia para orientá-la e acompanhá-la nesse novo caminho.

 

Um abraço

 

Crise adolescente

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Olá o meu nome é Márcia, tenho 15 anos e não tenho passado muito bem, tudo começou há 3 anos, quando senti que estava sozinha e não tinha amigos, que era completamente inútil e que não me sentia apoiada pela família. Sentia-me muito mal e adormecia a chorar e tinha receio do dia seguinte, então eu conheci a automutilação o que se tornou um vício. Eu cortava-me com uma lâmina de afia e os cortes não eram nada profundos.

Eu parava durante o verão e no tempo de aulas sempre que me sentia psicologicamente mal eu cortava-me. Era um vício.

Parei durante quase um ano mas agora voltei e cada vez pior. Comecei a usar lâminas de gilete e cada vez mais fundo.

Sinto-me cada vez pior, sem ninguém para me apoiar, a única pessoa que sabe disto é a minha melhor amiga, mas ela encontra-se a viver longe de mim e só podemos falar por telemóvel.

Já me tentei suicidar, eu sinto que não faço falta a ninguém. Feia, gorda, quem me quer?

Eu estou sempre com um sorriso no rosto a disfarçar a minha tristeza, mas já não consigo muito mais manter este disfarce.

Eu parei porque a minha melhor amiga disse que ia contar aos meus pais. Eu já deixei de ter amor pela vida.

Sinto-me gorda então eu comecei a forçar o vomito e descobri que tinha bulimia. Sempre que como sinto-me mal.

Só queria um psicólogo porque sinto que não consigo ser feliz assim, mas eu não quero contar aos meus pais porque o meu irmão à dois anos ele tentou-se suicidar e isso marcou-me muito, e ele anda num psicólogo, eu não quero dar trabalho aos meus pais.

A minha mãe tem problemas de coração e isto ía-lhe fazer mal ao coração.

O que faço?

Obrigada pela sua atenção e desculpe o incomodo.

 

Cara Márcia,

É imperativo que tu fales com a tua mãe sobre esses teus comportamentos para que ela possa ajudar-te a procurar um psicólogo e sair dessa crise adolescente.

 

É preciso recomeçar pela reconstrução da tua autoestima, restabelecer os laços afetivos que muitas vezes, podem ter sido negligenciados e por isso mesmo ter-se proporcionado esse isolamento e sentimento de abandono.

 

Atividades familiares de lazer, participar em atividades lúdicas e desportivas que sejam do teu agrado e te permitam desenvolver os teus dons são importantes para a tua recuperação, mas sobretudo o acompanhamento psicológico é fundamental para a tua cura.

 

Esses teus vícios de bulimia e cortar-te devem ser considerados como um processo de reabilitação, podendo ocorrer "crises de abstinência" e também recaídas, contudo, não significa que tudo está perdido, mas sim que tens que vencer uma batalha e encontrar um novo e saudável equilíbrio na tua vida de adolescente.

 

Um abraço

Perdida no mundo

 

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Bom dia!

Sou uma jovem com 30 anos perdida no mundo! Preciso muito da sua ajuda, sou uma pessoa só e abandonada que se refugiou de tudo e de todos!

Queria muito voltar a ser feliz mas não consigo, tenho uma vida demasiado complicada, que me tira toda a vontade de viver.

A.

 

Cara A.,

 

Provavelmente estás a passar pela crise dos 30 anos. É aos 30 que a maturidade bate a porta. Foi-se a infância, a adolescência, os 20 e poucos anos. Agora as cobranças aumentam e com elas aparecem um turbilhão de questionamentos. Será que estou fazendo o que gosto? Será que vou casar? Será que vou ter filhos? Será que estou ficando velha? Será que eu estou no caminho certo?

 

Esse balanço pode ser útil e saudável. Afinal de contas precisamos fazer uma avaliação para poder escolher novos rumos e equilibrar melhor nossa vida pessoal e profissional.

A crise nem sempre é negativa, pelo contrário deve ser vivida como uma oportunidade, de refletir sobre o sentido da existência e tomar novas atitudes.

 

A força de mudar o rumo da tua vida está em ti. Força e coragem! Para tudo tem remédio e na tua idade tens uma vida pela frente. Procura fazer planos possíveis e vá em frente com segurança!

 

Um abraço

Crise no casamento

 

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Cara Mariagrazia,  

Te escrevo pedindo ajuda.   

Sou casada há 7 anos, mas estou neste relacionamento a 14 anos. Quando me casei tinha apenas 21 anos, meu marido já tinha 27. Minha filha nasceu no mesmo ano que nos casamos. Nós tínhamos um bom relacionamento e sempre conversamos sobre os problemas.   Após 5 anos de casados ele conheceu uma pessoa e se separou para ficar com ela. Dizia estar apaixonado e ela era o que ele queria. Ele saiu de casa e eu, para não ficar sozinha, fui morar com meus pais. Me sentia perdida e não sabia como viver sem ele. Não cheguei a contar para minha filha. Ela não entendia o que estava acontecendo, mas estava um pouco agressiva e nervosa.  

A separação não durou muito. Ele ia quase todos os dias me visitar. Às vezes usava minha filha como desculpa para a visita. Me pedia para ficar com ele, para voltar para casa, mas não se separava da outra. Eu viajei durante um mês e quando voltei ele me pediu perdão e queria reatar o casamento. Se separou da outra e eu voltei para casa. Mas não era como antes. Durante muito tempo eu não confiei nele.  

Agora, 2 anos depois dessa crise estamos em outra. Ele me disse que estava infeliz e que o casamento não estava bom. Tinha dúvida se devia ter mesmo reatado o casamento. Que me via apenas como amiga. Ele está com outra pessoa, mas diz que não é como da última vez. Que não é paixão, apenas um encontro casual. Ao mesmo tempo diz que gosta de mim, que quer a minha felicidade, mas não consegue deixar-me livre. Sente ciúmes e fica inseguro. Ele está confuso e essa situação está a me machucar muito. Enquanto ele vive eu sofro. E quando tento sair e me divertir ele fica preocupado.  

Eu quero ajudar, mas não sei o que fazer. Tenho tentado ser imparcial nas conversas, mas é muito difícil. Ele quer procurar um médico, uma ajuda profissional. Mas eu tenho medo de no fim ele perceber que é melhor se separar. Por mais que eu queria a felicidade dele e já me esteja a preparar para a separação eu ainda o amo.   O que fazer? Por favor me ajude.  

J.
 

Cara J.,

Um casal precisa se ajustar minimamente um a outro no casamento  e  limar arestas em pequenas coisas.

Procure dialogar com seu marido e esclarecer com ele as coisas que não estão bem. Sempre no casal a culpa é de ambos, conversem e encontrem pontos para melhorar. Não se fixe na infidelidade, mas procure se entender com ele e investir no seu casamento. Para que um casamento resulte é preciso: se colocar no lugar dele, compreender o que o outro possa sentir e ter consideração pelo parceiro como fazer favores, delicadezas e cuidados.

Ninguém é perfeito, é preciso encontrar uma harmonia. Quando existe amor, tudo acaba por dar certo mas é preciso empenho, fé e muita paciência.

O diálogo é sempre a melhor solução. Fale com ela e tente esclarecer e façam algum compromisso possível e uma negociação.

Se não conseguirem sozinhos, podem recorrer a uma terapia de casal para vos ajudar. Um psicólogo pode ajudar o casal a encontrar uma forma harmónica de se relacionar. Portanto, assim como existe a possibilidade de uma boa melhora no relacionamento, nada impede que os envolvidos cheguem à conclusão de que serão mais felizes separados. Nesse caso, mesmo que a dor seja inevitável, é provável que o fim se mostre menos traumático, pois ambos puderam se expressar e refletir antes de tomar uma decisão.

Um abraço

 

Namoro longo

 

 

Bom dia Dra Mariagrazia!

Encontrei seu blog em algumas pesquisas de 'desespero', não sei se seleciona as perguntar do e-mail e posta no site, mas enfim queria exemplificar minha história e quem sabe encontrar alguma 'solução'. Mês que vem completo 8 anos de namoro! Não sei se é algo tão normal, ainda mais tratando-se da nossa idade, eu tenho 22 anos e ele 23! É fato que nos amamos, ou é fato que estamos acomodados, a questão é: não consigo diferenciar os sentimentos, só sei que quando brigamos e ficamos longe eu sinto muita falta, eu quero casar com ele, construir uma família, e o que me deixa triste é saber que ele não quer, e já disse com todas as letras!


Depois com tantas conversas e dramas, ele diz que quer sim casar, mas não agora, mais pra frente, resumindo, ele não me passa previsões, não mostra interesse, nem planos sobre esse assunto, não quer ver nem aliança de noivado!! Isso me faz sentir um lixo de pessoa, fico achando que o problema sou eu, que ele enjoou, que sou feia, que não sou atraente, mas em contra partida penso, então porquê ele está comigo????

Já passamos por muitas crises, mas estamos ai até hoje, mas eu sei que ter começado a namorar cedo atrapalhou tudo, eu sou a primeira namorada dele, e ele meu primeiro! Sei que um lado dele quer ficar comigo, mas outro quer ter outras experiências. Isso me deixa muito insegura, com ciúmes, fico sempre desconfiada, achando que ele fica 'cobiçando' outras mulheres, melhores que eu. Não sei o que fazer, nem o que pensar, vejo minhas amigas montando tudo para casar e o parceiro ali do lado companheiro e não vejo isso no meu, de 8 anos !

 

Dói demais, ainda mais que TODO mundo pergunta, vcs não vão casar??? Vão casar quando?? Ainda estão namorando??? Não sei se é medo do novo, sair da acomodação da casa da mãe, se ele enjoou de mim, se não tem certeza que sou a pessoa certa, se gosta de outra, se esta acomodado. Mil perguntas já se passaram na minha cabeça. E mil desculpas ele já deu, antes era: ta onde vamos morar? Só que estamos vendo uma casa agora (mas parece que ele só vê isso como um investimento e não um lugar nosso pra morar) Nós dois trabalhamos e nos formamos esse ano, não tem mais desculpas sabe?! Não sei se terei alguma resposta deste e-mail, mas desabafei.

Não sei se irá me responder mas desabafei!

Agradecida

B.

 

 

Cara B.,

 

Acontece que vocês são muito jovens e atualmente os casamentos acontecem um pouco mais tarde e seu namorado ainda não está mentalizado para um compromisso. Será que vocês estão acostumados um ao outro e é por isso que estão juntos?

É viver e tentar perceber o que é que vos une se é amor ou se é hábito. Talvez seja o momento de avaliar em função do momento de vida de cada um, se a relação está apresentando sinais de desgaste ou se o que esperavam da relação quando a iniciaram se modificou.

 

Caso exista amor e vontade de permanecer juntos é necessário muito diálogo, para que fique claro quais são os planos e sonhos de cada um.

 

Tudo de bom

 

Casamento em crise

 

 

Doutora,

 

Gostei muito do seu blog e decidi expor o meu problema, para obter ajuda e também para alertar os casais:

 

Sou casado há 24 anos. 

Sempre fui um homem muito apreciado pelas mulheres. A minha mulher que é lindíssima frequenta o ginásio diariamente e eu anteriormente também. Sempre fomos um casal lindo que sempre suscitou a inveja de muita gente. Muitas vezes quando saiamos de braço dado eu recebia piropos de outras mulheres mas nunca ligava e ela orgulhava-se muito de mim. Hoje em dia, depois de ler muitos artigos, descobri que sempre fui o chamado Macho Alfa. Resta dizer que a nível sexual, durante 19 anos, foi o paraíso na terra. Acredito que existisse igual, mas melhor não existiu. Mesmo sendo muito requisitado pelas mulheres, inclusive assediado, fui sempre fiel e naturalmente monogâmico. Temos 2 filhas de 22 e 17 anos de idade. 

 

Os anos foram passando e na tentativa de melhorar a vida estudei e consegui melhorar muito a nível profissional.

 

Há perto de 5 anos comecei a ter problemas psicológicos com ataques de pânico frequentes e crises de ansiedade, acordando varias vezes na sala de reanimação do hospital, sem no entanto ter qualquer problema físico. Comecei a frequentar Psiquiatras que me foram enchendo de medicamentos. Foi uma pena não ter encontrado logo a psicoterapia. Engordei 55kg e desleixei-me completamente fechando-me numa 'doença' que corrói as pessoas até há morte. Comecei a dormir no sofá pois ressonava imenso e ela não conseguia dormir. Ali passei os últimos 4 anos da minha vida. Quantas e quantas vezes ela me chamou para a cama em sofrimento, com o rosto lavado em lágrimas, e eu respondia: Estou melhor aqui! 

Até me custa escrever isto... como é que eu pude agir desta maneira??? Simplesmente, devido há doença que me deixou 'cego', eu pensava que já não a amava! Gritava com ela e com as minhas filhas; era sarcástico da pior forma possível; tentava ofender etc. etc. etc.   

 

Chamo a atenção para esta doença psicológica que é um demónio extremamente caprichoso e maligno, pois ataca fazendo-nos todo o mal do mundo, toldando-nos o espírito, cegando-nos a visão e depois, um belo dia, retira-se como se nada fosse deixando-nos sãos mas com a vida totalmente destruída.

 

Foi o que me aconteceu precisamente no momento em que a minha amada esposa me diz que resolveu deixar-me porque já não me ama mais! Posso dizer-lhe que senti o céu a cair-me em cima. Nunca pensei que pudesse haver algo tão avassalador. Pois pudera, ela levou anos a tentar reaver o seu amado sem sucesso e sem compreender por quê. Ainda hoje não consegue compreender. Como ela diz: Tu mataste aquilo que eu mais adorei: Tu! Como podemos ouvir isto da boca da pessoa que descobrimos que estamos loucamente apaixonados? Como é possível eu ter repudiado durante anos a pessoa que eu mais adoro???

 

Hoje estou curado devido há minha tremenda força interior, pois descobri que quem comanda o nosso cérebro somos nós. Devido há psicoterapia estou cada vez mais a descobrir a pessoa incrível que eu sou. Por isso digo que toda a gente deveria consultar pessoas como a Doutora e seguir um plano de psicoterapia. 

 

Mas tudo estava destruído entre mim e a minha amada. Tenho tentado reconstruir a minha relação pedra por pedra mas é muito difícil pois ela está tremendamente irritada e ofendida. Eu peço-lhe ajuda e ela pergunta-me quem a ajudou durante 5 anos de desgosto. Eu digo-lhe que foi uma doença estúpida e ela responde que é uma boa desculpa. Estou muito triste porque ela está a tornar-se muito má para mim  e amargurada dizendo que eu tenho que pagar por tudo o que lhe fiz passar. Tento aproximar-me e ela repudia-me. Desde que emagreci 30 kg e restabeleci a minha postura natural tenho notado muito interesse de outras mulheres e dela também pois claramente noto que não lhe sou indiferente. Sei que tratou de toda a papelada para o divórcio mas parou entretanto. Há dias, demonstrando uma raiva pouco comum, disse-me que eu era um estúpido ignorante pois ela há um tempo atrás pensava uma coisa e agora pensa outra e que eu não percebia nada de nada. Claro que isto é um claro sinal do seu interesse por mim.

 

Anteriormente tinha muita dificuldade em percebe-la pois ela começou a falar por código, mas agora percebo que ela está profundamente atraída por mim, mas como quer dar-me uma lição, está num conflito imenso que só destrói cada vez mais a nossa relação e não permite que conversemos. Diz-me que não me ama mais e eu pergunto se está realmente a dizer a verdade ao que ela responde: "Foi o que durante anos tu me disseste." Repare bem que eu não tenho ideia de alguma vez lhe ter dito algo de semelhante mas as minhas filhas corroboram dizendo que eu proferi essas odiosas palavras vezes sem conta! Como pode ser isto possível?

 

Estou pronto para fazê-la a mulher mais feliz do mundo simplesmente porque já estive no "fundo do poço" e, portanto, sei o que fazer para evitar cair lá de novo. Não voltarei a cometer o mesmo erro duas vezes, pois agora sei: Nós temos o total controle da nossa psique. Só entra o que nós deixarmos entrar.

 

P.

 

Acusação

 

Cara Dr.ª

 

As minhas desculpas pelo incómodo, mas o insólito da situação, leva-me pela primeira vez, na vida a procurar alguma explicação válida para os factos que passo a descrever:

 

Sou casado (união de facto) com quatro Filhos.

Vivo com a minha companheira há 13 anos, intensos, mesmo muito, com uma série de mudanças na nossa vida, que vão da localização geográfica até ao desempenho profissional, isto é profissão exercida.

 

O que me leva a incomodá-la passa pelo fenómeno, que de todo não entendo...

Nunca traí a minha companheira, nem sinto qualquer vontade de fazê-lo, no entanto passo a vida  a ser acusado de ser um traidor, com uma tal convicção que parece que alguma vez me apanhou numa cena flagrante de adultério.

 

O último episódio de "acusações", provém de data recente, 01de Novembro deste ano, quando fui apanhar um autocarro à noite para me deslocar para Lisboa e quando cheguei à paragem do transporte, apareceu-me a minha esposa a gritar comigo duma forma totalmente descontrolada sobre um qualquer encontro que tinha marcado com uma vizinha do lado, que segundo me anunciou se encontrava dentro de viatura própria e lhe fez sinais, em gestual de escárnio, como se tivesse qualquer "relação comigo" (???);

 

A Sr.ª em questão é alguém que não conheço de lado algum, excepto do café do lado, onde entro ocasionalmente para comprar tabaco ou beber um café e nada mais!

 

A minha companheira possui uma beleza invulgar, muito jovial, muito sexualmente apelativa e sabe-o, pelo que  a questão da autoconfiança, não se põem (pelo menos de forma objectiva), enquanto que esta fulana com que me acusa de andar metido parece "a madrinha", coitada, não tem ponta por onde se pegue, nem física, anímica ou mentalmente (isto pelo apreciação que posso fazer da postura geral da Sr.ª, do seu comportamento habitual...); em súmula: uma acusação feroz, sobre o que nunca fiz (com a plena noção de não ser comum, 13 anos de absoluta fidelidade); agora com uma mudança de postura, geral, em relação à minha pessoa e sem que perceba onde foi desencantar tal ideia...

 

O que lhe peço é simplesmente, se este tipo de circunstância, é "comum", da experiência que tem, bem como uma indicação sumária do porquê de tudo isto.

 

Grato

 

Ataques de pânico

Seraphine Louis

 

Estou a escrever no âmbito de me ajudarem na situação em que já decorre á alguns meses. Tudo começou á alguns meses quando me comecei a sentir dores no peito em que recorri ao hospital ao qual me disseram que estava tudo normal, algumas semanas depois começaram as tonturas. os desmaios e as “malditas” arritmias cardíacas recorri novamente ao hospital e reencaminharam me para um médico de família na altura o médico encaminho-me para um cardiologista, na altura fiz imensos exames ( prova de esforço; o mapa; electrocardiogramas; o holter ecocardiogramas etc.) e tudo normal; enervada por ninguém me diagnosticar nenhum problema voltei para casa.
 
Algumas semanas depois estava a caminho do almoço comecei a sentir falta de ar começaram logo de seguida o coração a bombear muito depressa e entro em pânico e com desmaios e a tremer sem parar, vou logo de imediato para o hospital novamente a mesma historia tudo bem sem nenhuma complicação e volto novamente para casa, mas desta vez foi diferente fiquei deprimida, chorava com sensações estranhas sem motivação para nada e foi a cama ( fiquei quatro dias na cama sem me levantar nem sequer comer, só bebia água só água porque a minha boca ficava seca ), então o meu namorado decidiu levar me novamente ao médico e graças a deus o médico diagnosticou me que não estava bem psicologicamente e receitou me uns anti-ansiolíticos. Entretanto fiquei bem mas sempre com receio de passar novamente pelo que passei, agora passado uns meses depois do acontecimento voltei a ter a tristeza a angustia e realmente não sei o que fazer porque nunca foi assim e agora neste preciso momento não tenho motivação para nada ando bastante deprimida. Tenho uma 22 anos tenho uma vida estável graças a deus, um namorado fantástico, uma família bastante equilibrada e fantástica e realmente não consigo perceber o porque de andar assim tão deprimida e desmotivada?
 
Obrigado pela sua atenção

Desmotivada e triste

Mary Cassat

 

 

 

Olá, ainda bem que encontrei este site. Eu estou desempregada há 3 meses e até agora tenho andado bem....mas há 2 dias par cá sinto-me triste, sozinha irrito-me com qualquer coisa......eu moro junta, e até a bem pouco tempo tinha muito desejo sexual agora estes dias não tenho tido........eu já tive uma depressão há alguns anos ando a tomar o valdispert......tenho uma vida razoável........ta a xegar os meus anos devia tar mais motivada mas não tou muito,,,,,,tou um pouco ansiosa para ver as prendas.............mas costumo tar melhor.............também sei que a primavera mexe muito connosco se calhar até e por isso...........gostaria que me aconselha-se e me desse  a opinião do que deva fazer mas não queria o meu email publicado gostava que me respondesse par ao meu email................só o facto de escrever este mail fiquei melhor.......se precisar de alguma informação disponha...........a minha mãe tem histórico de depressões e tem epilepsia,,,,,,,,,,,eu já andei a tomar magnésio..............
 
muito obrigada com os meus cumprimentos

Tempo de crise

Gustav Klimt

 

 

Boa Tarde Dra. Mariagrazia,

 
Estamos em tempo de crise, é um facto, as pessoas andam deprimidas, também é verdade. As pessoas tem problemas, mas tê-los quase todos os que são escritos aqui, é demais.
Os problemas são tantos os que gostaria de solucionar que acho que devo começar por algum lado. Tenho que saber reconhecer as minhas prioridades....mas são tantas também, enfim... tenho 54 anos, sou divorciada há 4 dum 2º casamento, em que fui vitima ao longo de 18 de violência domestica e cujo filho (meu) assistiu desde os 3 anos , tive há quase 6 anos cancro de mama e  na altura se não fosse o meu filho acho que teria deixado de lutar, mas segui em frente e sai de casa, sem trazer quase nada comigo , que me pertencia, pois não quis passar por um divorcio litigioso, estava farta de aturar um tipo sem escrupulos. Comecei do zero, mas um zero que com 50 anos é mais pesado e depois de estar sem trabalhar há vários anos por causa do problema que tive, foi extremamente duro voltar ao mercado de trabalho. Tenho um bacharelato, tirei o CAP para dar formação ....e eis-me num call center a ganhar 3€ á hora!!!!   Vou começar por onde???? a falar das minhas frentes de combate??? 
 
Cumprimentos
M.