Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia.
Mariagrazia Marini Luwisch
Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia.
Mariagrazia Marini Luwisch
Faz um mês que estou a frequentar uma jovem que me suscita fantasias transgressivas, o que nunca me tinha acontecido antes. Nesse mesmo período comecei a sofrer de prisão de ventre. Só consigo evacuar a cada três dias. Essa situação tem algum relacionamento com esses pensamentos ou é uma coincidência?
Caro leitor,
É possível que essa jovem tenha suscitado emoções reprimidas. As pessoas que sofrem de prisão de ventre, tendem a controlar excessivamente as próprias emoções, são muito formais e tendem a dar uma imagem muito preservada.
Vicent van Gogh disse que as emoções são os grandes capitães da nossa vida e que nós obedecemos-lhes sem nos apercebermos.
Talvez os pensamentos transgressivos que essa jovem despertou, são o reflexo da sua outra maneira de ser: mais aberta e desprendida de limites.
Eu apaixonei-me por um jovem em 2020 e nesse tempo tivemos um rolo, mas não deu certo e nos afastamos mesmo gostando muito um do outro. Eramos da mesma escola então eu via ele todos os dias, comecei a namorar para esquece-lo, passei 7 meses com essa pessoa e nada, então terminei e ele veio atrás de mim novamente. Em 2022, começamos a namorar e assim ficamos por uns 4 meses, mas acabamos terminando em outubro de 2023 por imaturidade nossa, mas ele arrumou outra em 1 mês e eu sofri demais e ainda estou passando por isso. Amo-o muito. Já vai fazer 4 meses que terminamos, ele é bloqueado em tudo e não consigo ver se ele ainda tem sentimentos por mim, mas agora eu não me consigo envolver com outras pessoas. Eu tentei seguir a minha vida, mas algo parece impedir-me, eu enjoo rápido da pessoa e não consigo demonstrar nenhum tipo de afeto, não sei mais o que fazer.
Cara Leitora,
Parece que está passar por um bloqueio emocional. O bloqueio emocional é um mecanismo de defesa que muitas pessoas desenvolvem após passar por situações traumáticas e desconfortáveis, dentro das suas relações amorosas ou não.
O tratamento implica numa construção diária, com muito trabalho mental e emocional, pois é preciso combater hábitos, crenças e manias. Não significa que seja difícil ou impossível, muito pelo contrário, tudo irá depender da energia que esteja disposta a investir na sua cura!
A forma mais efetiva e rápida para alcançar a cura total do bloqueio emocional é a terapia, por trabalhar ativamente a forma como se coloca no mundo, os seus comportamentos e emoções.
Olá, me identifiquei muito, eu escrevi um poema enorme sobre isso, quando leio choro e não sei porque.
Eu sentia muita raiva constantemente e não entendia, era como algo crescendo dentro de mim, sentia às vezes como se tivesse duas de mim dentro de mim mesma e isso me incomodava às vezes e outras vezes não, e essas vezes eu não ligava ou me sentia superior e tratava muitos mal sem me importar com o que sentiam.
Passei anos por isso, então numa noite eu me entreguei para uma luz e falei para me preencher, no outro dia eu parecia uma criança, eu senti certas coisas que não sentia há anos, e era incrível eu estava supersensível, qualquer tom diferente eu chorava, era tudo como se fosse a primeira vez.
Fiquei com muito medo de voltar a ser como antes, me sentindo superior às vezes e também com uma raiva extremamente grande.
Com o tempo eu parei de sentir certas emoções e as sinto raramente, agora eu sinto muita indiferença para muitas coisas, e como se fosse aquilo e pronto sabe...sem me incomodar, espernear nem nada...eu ainda sinto certas coisas.
Eu não tenho irmãos que sejam de pai e mãe, apenas de mãe ou apenas de pai, na época de raiva e sem sentimentos um avô de um de meus irmãos faleceu e era como se eu não me importasse, eu não sei...e recentemente mais 2 avós de outros morreram e sem a raiva para mim era como se fosse isso sabe... e como se eu me conformasse mais rápido que as pessoas, às vezes eu não sinto falta das pessoas, da minha família, mas outras pequenas vezes eu sinto como se fosse saudade.
E eu amo poucas pessoas, é difícil eu considerar alguém meu amigo. Sou muito resistente a dores físicas também, às vezes me perguntam se está doendo e não sinto nada. Fiz uma queimadura solar de segundo grau e todos ficaram preocupados e querendo me entupir de remédios, mas eu não sentia dor, só sentia se encostasse na bolha maior, e isso além de parecer que as pessoas estavam se preocupando mais do que eu.
E mais uma coisa, não me importo se não acreditarem, mas vou falar, eu consigo mudar o que eu sinto só querendo mudar, seja dor física, prazer, lágrimas, indiferença. Se algo me afeta e muitas outras coisas, sejam elas emocionais ou físicas, vou dar exemplos de física também...quando bato ou faço algo que dói eu simplesmente fecho meus olhos e me concentro naquele ponto, fazendo ele parar de doer.
Cara Leitora,
As emoções fazem parte do mais importante sistema de processamento de informação do organismo e tiveram a sua origem na história evolutiva das espécies, trazendo vantagens de sobrevivência.
Apesar de o corpo ser o "palco" das emoções, alguns indivíduos não conseguem perceber a repercussão das emoções e acabam por perder a capacidade de integrá-las às suas experiências. Em psicologia chama-se de ausência de awareness, ou seja, da incapacidade de simbolizar a experiência corporal.
Essa capacidade também pode ser perdida em função de processos evitativos generalizados. Como exemplo de emoções que costumam ser evitadas ou não simbolizadas, temos a raiva e a tristeza. A incapacidade de regulação emocional está presente em indivíduos que sobrerregulam (que controlam a emoção excessivamente) e perdem a capacidade informativa da emoção e naqueles que sub-regulam a emoção (e sentem-se invadidos e inundados por ela).
Se quiser mudar algumas atitudes, consideraria uma ajuda especializada, para que possa entrar em contacto com as suas necessidades emocionais não atendidas e dores mais centrais, e assim poder gerar novas emoções, além de criar novas narrativas a partir das experiências emocionais vivenciadas.
Vi seus artigos no blog e achei bastante interessante, e vi a maneira que se pode dizer gratificante suas explicações. Então resolvi encaminhar um para você, na esperança que você possibilite-me auxilio, e se possível que esse e-mail seja respondido!
Atualmente tenho 23 anos, e desde muito novo sinto uma escassez de sentimento ou algumas emoções, muito pouco chorei ao longo dessa vida e tampouco me importei com a ausência das demais. Seria como se, as pessoas não se importassem, porém não posso viver isolado, então sempre procurei ou até mesmo por ser simpático, agradável, educado etc... Sempre construir ótimos vínculos, onde quer que eu esteja. Mas dentro de mim, é como se fosse desnecessário. Irrito-me fácil (porem procuro demonstrar paciência para não haver desentendimentos), não sei ou consigo está em constantes demonstrações de afetos constantes seja físico/palavras, não sinto saudade, diante de algumas situações reajo mais fisicamente interno do que externando, e sou muito racional diante tudo, e a maioria das coisas se tornam complexas.
Minha irmã vai ter um bebé, no dia em que soubemos, mãe chegou toda animada contando, e para mim foi tipo “sim, e daí?”, ou quando alguém falece parece que tenho que ficar triste, mas não consigo, porém compreendo e presto um tipo de solidariedade, entre outras coisas. Mas não fico lamentando-me, reclamando ou nada, toco minha normalmente, faço minhas obrigações e tento ser o mais sociável possível, mesmo que isso seja apenas, possamos que dizer indispensável, surreal, entre outras coisas. Isso foi um pouco do que se passa com minha pessoa.
Agradeço sua atenção.
Abraços.
Caro leitor,
Talvez tenha sofrido uma falta de aprendizagem emocional desde a infância. Embora não se possa compensar essa falta, com treino pode ensinar-se à pessoa que busque elementos que lhe ajudem a diferenciar suas emoções e expressá-las de modo básico.
Quanto mais detalhado seja o reconhecimento das emoções que se desenvolvem numa pessoa, maior será sua capacidade dela ser feliz e funcionar bem em sociedade.
Para aprender a expressar as emoções é preciso dedicar tempo e empenho a tratar de identificar o que sente, tratando de descrever sempre o sentimento com palavras.
Para isso, é preciso empregar os adjetivos que o ajudem a descrever para dar maior significado ao que se diz, procure utilizar frases como "me sinto como um cão raivoso", "é como se me tivessem cravado uma faca". Tente aprender palavras que tornem os sentimentos mais específicos. Por exemplo, em vez de dizer "bem", o que é muito comum, use palavras como "alegre", "feliz", "grato" ou "eufórico". Por outro lado, em vez de dizer que se sente "mal", diga que se sente "irritado", "inseguro", "desmotivado" ou "rejeitado
Também é útil focar em como as outras pessoas descrevem suas emoções, que expressões utilizam, como se comportam, como reagem e perguntar-lhes o que é que sentem.
Uma psicoterapia, com uma abordagem adaptada à falta de expressividade costuma ser propícia para tratar esse problema. O primeiro passo é ter consciência do problema o que faz antever um prognóstico positivo.
Não evite emoções negativas ou você se tornará uma vítima
As emoções negativas são estados energéticos, indispensáveis para o desenvolvimento interior: se você recusa o tédio, a tristeza ou o medo, você não se torna uma pessoa melhor, você se torna banal.
Vivemos na era do compartilhamento universal: graças à internet e em particular às redes sociais, estamos sempre conectados e em todos os lugares e muitas de nossas experiências se tornam "virgens", pelo menos entre nossos amigos e conhecidos. Nós compartilhamos muito, mas não tudo: ainda há algo que é melhor não externalizar. Eles são emoções negativas e dolorosas: a insegurança, o medo, o tédio, a tristeza são sentimentos que escondemos, temendo que eles não sejam aceitos em um mundo que parece ser povoado apenas por pessoas felizes que sorriem batendo diante do último selfie.
Este fenômeno é pelo menos parcialmente compreensível: as emoções negativas são percebidas como sinais de fraqueza e onde a aparência importa muito, elas podem ser facilmente consideradas bolas irritantes no pé. Devemos sempre ser fortes, felizes, sorridentes, vencedores. O problema não reside tanto no fato de esconder essas emoções dos outros, mas também muitas vezes os escondemos de nossos próprios olhos: se isso acontecesse, significa que transformamos uma recusa externa suposta em algo interior. Rejeitamos uma parte fundamental de nós mesmos e isso é contraproducente: nos tornamos triviais e superficiais e, a longo prazo, corremos o risco de adoecer.
As emoções recusadas se tornam doenças
O medo que se esconde por trás de tal comportamento é precisamente o de não ser aceito: se todos são felizes e despreocupados (porque todos mascaram sua parte "negativa") significa que estamos errados. Assim, nos esforçamos para esconder nossas emoções negativas, preenchendo a vida de compromissos, distrações e entretenimento, negando problemas e dores ou tratando-os superficialmente. Você entra em um círculo vicioso e, mais cedo ou mais tarde, você paga o preço: sintomas psíquicos ou físicos, às vezes doenças sexuais muito intensas serão a única maneira pela qual essas emoções negativas reprimidas ou negadas podem se expressar. Por mais surpreendente que seja, como seres humanos, precisamos perceber essas emoções também para criar espaço para elas: não há outra maneira de crescer e evoluir.
É uma regra universal: sem as dificuldades, sem provas a serem superadas, nossa espécie não poderia ter se desenvolvido como fez. A história ensina como momentos de grande crise muitas vezes prepararam o terreno para o futuro progresso da civilização. Do ponto de vista psicológico, deve-se lembrar que uma dor, um momento de crise, paragem ou apatia são às vezes necessárias para nos separar daquilo que já não nos corresponde, mudar nossa pele e abrir novas janelas em nossas vidas.
Ultimamente, tenho-me sentido comovida ao ver imagens de manifestações. Sinto que não há motivo grandioso o suficiente que explique esta tristeza que me faz chorar. Não tenho este tipo de reacção com frequência, o que ainda me inquieta mais.
Participei ha cerca de um ano e meio numa manifestação e a sensação que tive foi muito boa. Além se me sentir parte da comunidade senti que, aparte dos protagonismos, estava de facto com o mesmo sentimento e objectivo que milhares de pessoas. Senti ainda uma massa enorme vontade colectiva sem violência.
Cara leitora,
O segredo é aceitar a comoção que surje naturalmente e permitir-se sentir as suas emoções como elas ocorrem, em vez de as controlar, distorcer ou reprimir.
Não se preocupe em manifestar as suas emoções, tanto as colectivas como as pessoais, que sendo fruto do seu mundo interior, certamente são criativas. As funções das emoções são importantes para seu desenvolvimento pessoal.
Procure olhá-las e vivê-las assim simplesmente como se apresentam.
Peço desculpa por estar a incomodar, mas tenho tido um problema a longo prazo. Tenho 20 anos e namoro á 2 anos, temos uma relação muito forte e somos os melhores amigos. Desde o início da nossa relação que eu tenho tido "assombrações" nos meus sonhos...sonho coisas tão estúpidas, tão nojentas que nem pareço eu! Eu já sonhei que tive relações sexuais com outros homens, que eu nem conhecia, já sonhei que o meu irmão me violou, já sonhei coisas que me assustam que me enojam e que eu não quero sonhar! Acordo a sentir-me culpada e não sei o que fazer, nunca tive prazer a sonhar esse tipo de coisas, são verdadeiros pesadelos para mim...e depois o pior é que sonho poucas vezes com o meu namorado e não sei porque!
Eu amo o meu namorado e por isso não lhe escondo nada, e por isso desde início tenho vindo a contar-lhe estes meus sonhos estranhos, o que levou a várias discussões, a ele desconfiar de mim e a dizer que eu sonho aquilo porque é aquilo que eu quero e preciso...eu não sei mais o que fazer, ele disse-me que se eu quisesse eu já tinha acabado com isso, mas não é verdade porque se eu tivesse o controlo eu já tinha acabado com isto há muito tempo! Ele disse para eu começar a tomar pastilhas para dormir, e é o que eu vou fazer para conseguir dormir mais profundamente e nem me conseguir lembrar dos sonhos....
Sra. Dra. queria perguntar-lhe por favor, se isto é normal? Eu sou uma pessoa muito calma e um pouco pudica e envergonhada e por isso eu não me sinto bem a sonhar estas coisas, mas serei a única? E o que eu posso fazer para acabar ou diminuir isto? Eu deito-me muitas vezes com medo que vá sonhar alguma coisa, por favor ajude-me.