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Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Bloqueio amoroso

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Olá boa noite,

tenho 28 anos de idade e não consigo amar nenhum homem. Não sei o que se passa comigo e também nunca atraí nenhum homem. Eu quero ser como outras jovens normais, mas não consigo.

 O que fazer?

Cara Jovem,

O bloqueio emocional amoroso é uma barreira que impede a expressão de sentimentos profundos e a criação de vínculos íntimos e saudáveis.

Manifesta-se em evitar o compromisso emocional, medo de ser vulnerável ou dificuldade em expressar emoções positivas, ou negativas.

Traumas do passado, como abuso emocional, traição ou relacionamentos tóxicos, podem deixar profundas cicatrizes emocionais que favorecem a construção de blocos emocionais para nos proteger de desgostos futuros.

Não sei se é esse o seu caso, mas é possível de ser superado. Para tal dedique-se ao autoconhecimento, busque ajuda psicológica especializada e pratique o autocuidado.

Ao reconstruir relacionamentos amorosos saudáveis, certamente encontrará a felicidade que tanto ambiciona.

Trauma emocional

109.jpgBoa tarde doutora,

tenho 23 anos e penso estar com um bloqueio emocional.

Aos 18 anos tive uma relação de 2 anos com a única pessoa que eu já amei. Engravidei passado esses dois anos e ele veio a falecer de um acidente grande de automóvel há quase 2 anos.

Já tentei conhecer pessoas novas só que de início sinto me muito apaixonada e de um dia para o outro perco todos os sentimentos e sinto desinteresse. Já me aconteceu 3 vezes. Não sei o que se passa de errado comigo, mas não quero magoar mais pessoas … será que não irei conseguir amar de novo?

Cara Leitora,

O seu relacionamento do passado, com um desfecho trágico, poderá ter-lhe provocado um trauma psíquico importante. Mesmo com o passar do tempo, as sensações experimentadas ficaram retidas na sua mente e, diante de qualquer sinal que relacione com esse fato traumático, revive a angústia e o sofrimento, como se estivesse a acontecer novamente.

O perder os sentimentos e o interesse parece estar relacionado com o seu medo inconsciente de vir a sofrer uma nova perda ou um luto.

A psicoterapia pode ser uma ótima ferramenta para superar o trauma. Procure ajuda de um psicólogo e lembre-se que é importante ter pensamento positivo e saber que é possível superar o sofrimento e, até mesmo, transformá-lo em algo edificante.

Bloqueio emocional

107.jpgEu tenho 16 e não consigo sentir tipo nada de sentimentos! 

Quando minha prima morreu só chorei no velório, no da minha avó eu nem me importei....afasto-me de todo o mundo por sentir que eu sou insegura demais e as minhas inseguranças meio criam um bloqueio mental e não sinto absolutamente nada, apenas choro e tenho uma vontade imensa de morrer! Socorro!!!

Cara Jovem,

O natural do corpo humano é sentir e quando isso não acontece pode ser prejudicial à saúde mental.

O bloqueio emocional é uma espécie de barreira psicológica, um mecanismo de defesa que pode ser inconsciente e impede de interpretar alguns aspetos da vida a nosso favor.

Essa barreira poderá bloquear o alcance aos nossos objetivos e tornar-se uma fonte de incertezas e infelicidade.

Esse seu estado pode estar relacionado com uma fase de depressão que é preciso investigar e tratar. Procure sem demora ajuda de uma psicóloga para um tratamento adequado!

 

Conversar e chorar

22.jpgOlá Boa noite.

Eu tenho uma certa dificuldade, toda vez que vou conversar alguma coisa com alguém ou até mesmo coisa simples com meu namorado ou alguém da minha família, começo a chorar.

Eu não sei definir o que realmente sinto no momento, se é tristeza, só sei que é um choro que não consigo segurar e as vezes é muito mau e é tão simples o assunto que eu choro e eu não sei mais o que fazer.

 

Cara leitora,

O ser humano chora por motivos emocionais. As suas lágrimas são emocionais, ativadas pelo cérebro por meio do sistema imunológico de acordo com a situação que causa emoção.

Tentar antecipar o choro e ensaiar formas de lidar com situações difíceis pode ser uma boa forma de controlá-lo. Permita-se chorar antecipadamente para ter maior probabilidade de manter a compostura. Pode ensaiar o que vai dizer e como o vai falar, porque assim não vai ficar tão emocionada.

Outra dica é empurrar a língua para o céu-da-boca e relaxar os músculos faciais, o que vai ajudá-la a evitar as lágrimas.

O segredo está em concentrar-se na respiração, de forma a afastar as emoções que podem fazer com que as lágrimas apareçam.

 Convém lembrar que chorar não é sinal de fraqueza mas ser uma pessoa sensível.

Apatia emocional

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Eu estou em uma situação que as vezes parece surreal pra mim, não consigo aceitar o fato de que isso está acontecendo comigo. Mais ou menos no fim de 2017 comecei um tratamento com o Roacutan 20mg, porém não fui muito longe, tomei por uns 2 meses e tive que interromper o tratamento por conta que estava sendo super agressivo ao meu fígado, e por coincidência no fim do ano de 2017 e no começo de 2018 comecei a me sentir meio estranho (minha suposição que tenha sido o Roacutan por relatos de problemas psicóticos, como depressão) mas na época eu não tinha percepção disso, parei de fazer as coisas que eu gostava, e aos poucos os sintomas foram piorando, eu senti que tinha algo muito diferente comigo, a primeira percepção foi que eu estava menos sensível com as pessoas, não conseguia me apaixonar tão fácil nem me apegar a ninguém (coisa que acontecia super rápido e fácil), para mim foi super estranho pois eu sempre fui muito sensível emocionalmente, e com isso foi piorando, depois eu estava me sentindo desconexo do mundo, como se eu não estivesse mais conectado com a vida, com as coisas, com a natureza, a minha essência, minha energia interna estava se apagando, e foi piorando cada vez, mais e mais, tive sintomas de depressão, cheguei a um ponto que não aguentava mais nada, não conseguia conversar com as pessoas, queria ficar isolado, sentia vontade de chorar, só queria dormir e viver no meu mundinho deitado na minha cama assistindo algo que tomasse o meu tempo. Nada mais me dava prazer, nem mesmo sexo, tudo na Minha vida perdeu o sentido, meu mundo estava preto e branco, como se eu estivesse vivendo no automático, só existindo.

 

Fiz um tratamento com antidepressivo por uns 6 meses, aliviou muito meus sintomas, consegui botar minha cabeça no lugar, e sempre tentando achar uma luz no fim do túnel, porém, tudo isso me deixou muitas sequelas, hoje em dia eu estou "bem" porém perdi totalmente o meu lado emocional, me tornei uma pessoa opaca, fria, sem sentimentos, sem motivação, sem vontade de viver sabe? Eu não consigo mais sentir minhas emoções, nem alegria nem tristeza, não tenho mais adrenalina assistindo aquele filme de ação ou aventura, ou até mesmo escutando aquela música empolgante, não consigo amar nada nem ninguém, nem mesmo minha família nem namorada, não consigo sentir amor, nem paixão, é triste, não consigo sentir até mesmo prazer em um beijo, sabe aquela liberação de endorfina ?

 

Isso não acontece mais comigo é como se eu estivesse beijando uma parede, também perdi a minha fé, minha crença, não consigo ter empatia, perdi o respeito pelas pessoas, não consigo levar mais nada a sério, não estou mais nem aí pra nada, se der certo deu, se não der não deu, se morrer morreu, me afastei de todas minhas amizades, e não sinto falta de ninguém, eu preciso ao menos entender o que está acontecendo, ninguém me ajuda, ninguém tenta me entender, eu me sinto sozinho e sufocado.

Caro leitor,

uma das raras reacções adversas do roacutan é a depressão, pode ser que o início da depressão esteja relacionada coma medicação. De qualquer maneira os sintomas que sente precisam ser tratados e para isso é preciso trabalhar o seu estado emocional.

A apatia clínica é considerada depressão no nível mais moderado e diagnosticada como transtorno dissociativo da identidade no nível extremo. O que eu sugiro é que espere mais um tempo para verificar que não seja uma fase passageira e caso a situação se mantenha procure ajuda de um terapeuta para poder falar sobre as coisas e perceber o que está por trás dessa sua falta de motivação.

Entretanto procure socializar: procure encontros com amigos, retome atividades que eram sinônimo de alegria para si, retome hobbies antigos e volte a lugares que costumava visitar. Procure encontrar onde foi perdida a conexão com a  felicidade e tente restabelecer esse elo, voltando a ter uma vida ativa. 

A socialização é o processo que permite a cada indivíduo desenvolver a sua personalidade permite a sua integração na sociedade, o que o irá ajudar a sair desse “bolha” de apatia emocional.

 

 

Vontade de chorar

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Tenho 20 anos e sofro desse problema desde a adolescência.

A questão é que eu não consigo falar de assuntos sérios sem que me dê vontade de chorar. No trabalho isso também acontece. Por exemplo: trabalho com direito e muitas vezes, preciso explicar casos para o meu chefe, o que acontece é que chega um ponto que eu começo a sentir muita ansiedade (acho que é ansiedade), fico nervosa, tremo e começa a me dar uma vontade terrível de chorar. Tenho que desviar o olhar, muita das vezes pois fico com os olhos cheios de lágrimas.

A mesma coisa acontece com os meus pais. Quando conversamos sobre assuntos sérios, eu sempre acabo chorando. Ex: meus pais brigaram e pediram que eu escutasse a discussão e desse a minha opinião, e eu não consigo segurar o choro. Eu acabo dando a minha opinião chorando mesmo.

Eles não entendem o motivo do choro (nem eu, na verdade), ficam bravos me perguntando o porque do choro, e eu me descontrolo mais ainda.

Em resumo, eu choro em momento que sinto que preciso conversar sobre assuntos sérios.

Isso é comum? Como evitar esse tipo de comportamento?

Cara leitora,

 

O segredo é permitir-se experimentar as emoções como ocorrem, em vez de as negar, ou suprimir.

Não se preocupe de manifestar as suas emoções tanto as colectivas como as pessoais, que sendo fruto do seu mundo interior, certamente são criativas. As funções das emoções são importantes principalmente para seu desenvolvimento pessoal.

O importante é olhá-las e vivê-las naturalmente. Quanto menos tentar reprimir, melhor.

Muitas pessoas em momentos importantes reagem com choro, o que é preciso é gerir a ansiedade com inteligência emocional.

 

Um abraço

 

 

Dependência emocional com a mãe

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Olá, doutora! Tudo bem?

Estou passando por uma situação da qual não vejo muita solução. Gostaria de receber comentários seus sobre o assunto.

Sou a M., tenho 21 anos. Moro com minha mãe e fazemos praticamente tudo juntas. Dormimos no mesmo quarto, estudamos, comemos... Tudo juntas. E quando vou para a faculdade, vamos e voltamos juntas de carro porque ela passa o tempo estudando na biblioteca (ela está desempregada e estuda na biblioteca durante minhas aulas).

E agora como se não bastasse, vamos começar a fazer academia juntas.

 

Tenho sentido muito incómodo com isso, porque sinto que preciso mais espaço. Mas todas as minhas tentativas de conseguir isso faz ela pensar que não a amo, que sou fria. Ou então ela acaba convencendo-me de que essa é a forma mais conveniente de passarmos nossa rotina, que não tem nenhum problema. E assim continua pra sempre...

Às vezes minto para conseguir algumas horinhas longe dela. Pra ler um livro ou qualquer atividade em que eu aproveite a minha própria companhia ou a de amigos.

Não sei se poderia falar a verdade, pois ela sempre me convence de que é melhor eu fazer essas coisas depois, ou fazer outras coisas (junto dela).

 

Preciso me libertar, mas não sei por onde começar.

Obrigada, doutora.

Abraço.

 

Cara M.,

Quando a mãe tem a função de mãe e o pai tem a função de pai temos uma família funcional, se não for assim teremos uma família disfuncional, onde as relações entre os seus membros não são equilibradas e estáveis e onde os padrões de comunicação alterados conduzem a problemas crónicos no seio da família. Parece que a sua mãe tem uma relação patológica consigo e que esse exagero de convivência é prejudicial para o seu amadurecimento.

 

A relação com a sua mãe é de dependência emocional, uma relação simbiótica e muito pouco saudável. É preciso que encontre o seu equilíbrio e o seu próprio espaço para viver a sua individualidade. Cabe a si não se deixar envolver em demasia e ter consciência que tem o direito de viver a sua própria vida, o que não inviabiliza o afeto e o amor que sente pela sua mãe.

 

Fale com ela e explique o que sente e as necessidades que precisa e não desista de tentar a sua independência afetiva.

Um abraço

Repensando a infidelidade

 

 

Uma palestra para quem já amou.

 

Esther Perel explica a contradição entre amor e desejo e os muitos desafios dos casais contemporâneos, entre eles a junção de duas necessidades paradoxais que buscam no outro: a segurança e a aventura.