Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia.
Mariagrazia Marini Luwisch
Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia.
Mariagrazia Marini Luwisch
tenho 16 anos e gostaria de pedir ajuda, eu tenho medo de ir para escola, desde o sétimo ano que comecei a faltar. Ano passado parei de ir pra escola na metade do ano, por sofrer bullying, na verdade acho que eram apenas brincadeirinhas, mas eu sempre fui sensível, e acho que também usei de desculpa para não ir mais para a escola, eu muitas vezes ia e tinha que voltar para casa por estar passando mal, falta de ar, dor de cabeça...
E esse ano inteiro só fui três vezes, tenho que voltar duas para casa por começar a ter crises e chorar. Para piorar uma das professoras tirou sarro da minha cara por saber que eu passo por tratamento psicológico e psiquiátrico. Agora minha mãe conseguiu uma vaga em outra escola, eu não quero ir, eu tenho medo, só não sei de que, mas eu sei que não é nervosismo normal. Eu iria agradecer se pudesse ajudar-me.
Obrigada.
Cara adolescente,
A recusa em ir à escola é um problema que atinge muitas crianças e adolescentes em idade escolar. A pessoa sente-se ansiosa, assustada, e por vezes até mesmo em pânico perante a necessidade de ir para a escola.
Este medo e preocupação intensa podem causar dificuldades em dormir e ter pesadelos, assim como apresentar sintomas físicos como por ex. dores de barriga ou de cabeça, perda de apetite, vómitos ou febre.
Quando a situação de absentismo às aulas se prolonga há progressivamente uma maior dificuldade em regressar à escola. É comum instalar-se uma situação de atraso ou insucesso escolar e, progressivamente, um distanciamento dos colegas e amigos e isolamento do convívio.
A estas dificuldades graves no funcionamento educacional e social, associa-se ainda o maior risco para desenvolver-se uma Perturbação de Ansiedade caso não se intervenha atempadamente sobre as suas dificuldades.
Quando há fatores que contribuam para o problema é preciso encontrar uma solução para os mesmos ou procurar a ajuda profissional de um Psicólogo.
De qualquer maneira tens que ir à escola para não aumentar o problema. Enfrentar a situação pode ser a melhor maneira de superar.
Também é importante falares com a tua mãe para ir à escola falar com o professor para perceber o que se passa, e como poderão ultrapassar o problema de bullying e ainda encontrar novas estratégias para lidar com o problema.
Convidar amigos da escola para vir à tua casa também é uma boa ideia e assim poderes partilhar conversas e interesses comuns.
Confia em ti e enfrenta os teus medos com assertividade e vais certamente conseguir superá-los.
Meu filho tem 9 anos, há 3 meses não consigo levá-lo a escola. Passou por um constrangimento em um aniversário escolar, que aconteceu em um restaurante, ele passou mal, vomitou, e as responsáveis pela festinha não trocaram a roupa dele, deixando-o vomitado, as crianças ficaram rindo dele, e não quiseram ficar perto dele!
Descobri porque depois de uma semana, que ele sofria para entrar na escola, ele conseguiu desenhar o que aconteceu! Agora ele tem medo de ficar sem a minha presença, e ficar doente, morrer, ou acontecer alguma coisa comigo! Estou tendo que ir na escola, para ele fazer provas, tenho que estudar em casa o conteúdo escolar.
Não se o que fazer, estou levando em uma terapeuta ocupacional, que foi a única que ele quis, e está tomando um medicamento, passado por um neurologista.
Levei em um psiquiatra, que passou em medicamento que deixou ele extremamente agitado, e disse que era para esperar ele se sentir seguro para voltar para escola, ele ouvindo isso, se apoiou nisso, e não consegue voltar! Não estou sabendo mais o que fazer! Preciso de uma orientação! Obrigada! IC
Cara CI., Situações de stresse pós-traumático, como bullying aparecem como causadores de ansiedade de separação, ou seja, dificuldade de se adaptar a um novo espaço sem a presença do vínculo familiar. O seu filho pode ter receio de deixar a mãe, por ter fantasias de abandono ou destruição.
A maioria das crianças supera essa fase em, aproximadamente, uma semana. No entanto, apresentar algum tipo de insegurança e ansiedade em até quatro semanas ainda é considerado normal. Os pais devem ficar atentos se o temor do filho de ir para a escola se intensificar ou persistir por muito tempo que pode, sim, ser indício de fobia.
A adaptação desses alunos no ambiente escolar, deve ser feita de forma lenta e gradativa, seguindo o ritmo e a necessidade de cada um. O papel da escola é, aos poucos, mostrar ao aluno que ele possui habilidades e potencialidades, que os erros fazem parte do desenvolvimento e que o ambiente escolar e a aprendizagem podem ser muito prazerosos. Se a ajuda familiar e da escola por meio de conversas e combinados não for suficiente, deve-se procurar um profissional, de preferência um terapeuta familiar, que vai abordar a questão no contexto relacional do problema.
O que é preciso é que ele vá na escola sozinho para que esse medo não se cristalize. A terapeuta ocupacional é uma boa ajuda. Converse com seu filho sobre seus medos, passando-lhe a segurança de que precisa. Os pequenos sempre percebem a ansiedade e insegurança dos pais. Seja breve nas despedidas na escola. Nada de voltar para dar mais um beijinho ou falar algo que esqueceu. Isso aumenta o sofrimento. Entretanto tranquilize-o sempre dizendo-lhe que não vai ficar doente e que não vai morrer. Procure sempre alimentar a autoestima do seu filho para que possa se sentir mais seguro. Só vai se sentir mais seguro e independente ao conseguir fazer as coisas sozinho e para tal procure sempre incentivá-lo e motivá-lo. A medicação deve ser mantida, mas assim que melhorar fale com o neurologista para retirar.
Fique sempre alerta: se os sinais de sofrimento não diminuírem, procure ajuda junto à escola.
Sou mãe de uma menina de 6 anos que entrou este ano para o 1º ano. A professora diz que ela se porta mal, não consegue estar sentada a trabalhar e destabiliza a aula, se bem que não é a única, diz a professora. Diz também que apesar de se portar mal, faz tudo o que lhe é proposto, mas assim que acaba, recomeça. É uma criança que em casa ou na rua se porta lindamente e obedece sempre, mesmo que sejam outros amigos adultos ou familiares.
Já a colocamos de castigo sem brincar com os animais da quinta, já que em casa pouca TV se vê, e ela não é muito adepta. Não resultou. O que faço?
Ando preocupada sem saber como lidar com a minha filha de seis anos. Ela entrou para a primária, e sempre foi uma criança muito ativa, nunca gostou muito de dormir, sempre foi um problema ir para a cama e ficar sozinha. Aliás não conseguimos fazer com que ela fique sozinha a dormir.
Desde que foi para a escola, e fica lá das 08 da manhã até às 18.30, começaram as birras mais constantes, revoluciona a casa. Ando cansada com tal comportamento, pois agora é o nosso dia-a-dia.
Como sou mais exigente com ela do que o pai, agora faz-me frente em tudo. Será normal? Que hei-de fazer? Estou a falhar como mãe?