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Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Sentimento de falha

 

 

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Olá. Tenho 33 anos e uma menina com 3 anos e 7 meses. É a luz dos meus olhos e a filha que sempre desejei. Não me dá problemas de maior. Amo-a demais e mimo-a mas também a repreendo quando necessário. Ensino-a e tento estar sempre presente mas por vezes tenho a sensação que algo me falha... será normal este sentimento ?

 

Cara leitora,

Ter um sentimento de falha está relacionado ao medo do fracasso, talvez relacionado com o desejo de ser uma mãe perfeita. Procure agir normalmente, educando com carinho, responsabilidade e amor o que garantirá ser uma boa mãe.

A perfeição não existe. Confie em si e na sua capacidade de atingir um equilíbrio emocional saudável e educar sem ansiedade, mas com consciência de estar a formar uma filha saudável.

Um abraço

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Perfil falso no facebook

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Boa noite, me chamo Matilde. Tenho 24  anos e passo por uma situação  que me deixa bastante entristecida.

Sempre tive uma relação  difícil  com minha mãe desde a infância,  ela nunca teve muito carinho por mim porém sempre fez o melhor que ela pode dentro das condições. Tenho um irmão  mais velho  que ela já disse ser o queridinho já  que ela acha que sou a preferida do pai. Há mais ou menos uns dois anos descobri que minha mãe tinha casos na Internet não  contei para meu pai apenas para meu irmão. Logo após essa descoberta, ela sofreu um enfarto e passou por uma grande cirurgia cardíaca fiquei ao lado dela em todos os momentos larguei meu emprego para cuidar dela.

Recentemente descobri que ela tem um perfil falso no face com minhas fotos se passando por mim além disso peguei várias mensagens no celular dela falando besteira com homens de passando por mim venho sempre guardando  esse ressentimento pra mim pois mudei minha postura com ela hoje sou uma filha melhor mas isso acaba comigo não  saio mais o que fazer.

 

Cara Matilde,

 

A sua é uma situação delicada, difícil de gerir. Penso que o melhor é conversar com a sua mãe e dizer que sabe o que se está a passar (sem criticar) e só pedir que por favor não use as suas fotografias e nem o seu nome pois isso poderá trazer problemas futuros para si, pois tudo que colocamos on-line ou que mandamos por mensagens a desconhecidos, pode sofrer mau uso.

 

Talvez ela usa esse tipo de práticas para se “distrair” da rotina do casamento ou da solidão. Mas é preciso atenção pois todas as práticas que dão prazer podem-se tornar viciantes Há, também a questão do risco. Não o risco físico – esse é nulo, o que permite aventuras seguras com desconhecidos, mas o risco virtual, que se pode tornar “bem real”, com um desconhecido pode ser perigoso, pois não se sabe quem está do outro lado. As imagens podem ser gravadas, manipuladas e postas a circular pela internet e ainda se houver mais pessoas envolvidas, é necessário o seu consentimento para que as imagens possam ser difundidas, senão se está a cometer um crime. Os crimes de abuso de utilização e manipulação de imagens difundidas pela internet têm crescido de forma significativa, embora a maior parte das pessoas não apresente queixa. Trata-se de um crime semipúblico, o que implica a apresentação de queixa.

 

Entendo que não queira “estragar” a relação com a sua mãe uma vez que só agora é que voltou a retomar mas também não pode deixar que ela estrague a sua reputação. Penso que se falar com calma e clareza ela vai entender.

 

Para a sua mãe é indicado um acompanhamento psicoterapêutico, para que a ajude a ultrapassar alguns impasses devido aos problemas cárdicos e aos problemas afectivos, que podem prejudicar ainda mais a sua vida e saúde.

Tudo de bom

 

 

Filha e mãe

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Tenho 20 anos, quase 21, fui criada sempre com a minha mãe, meu pai sempre foi ausente, sou filha única. Sempre fiz tudo que minha mãe dizia para eu fazer, sempre escutei muito ela e a respeito muito! Hoje faço engenharia, com grande apoio dela, e moro a 100 km da minha cidade natal, e de onde ela mora, moro sozinha e só estudo. Eu quero muito trabalhar, porém minha mãe quer que eu apenas estudando e quando surgir uma oportunidade de trabalho boa, aí sim posso trabalhar...

Ultimamente tenho tido muitos conflitos com ela, como moro sozinha, me acostumei a manter a casa do meu jeito, e quando ela vem pra cá, ela só me critica só pelo jeito como eu deixo o escorredor de louças na pia, de como eu recolho a roupa, de onde eu guardo as coisas, sacolas de lixo, enfim, tudo! Ela vem pra cá e muda todos os móveis de lugar, muda os tapetes de lugar, isso me cansa! Estou esgotada de ser criticada por ela, tudo que eu faço está errado, se eu faço de uma forma diferente da dela, está completamente errado e ela briga muito comigo, faz piada do jeito como organizo as coisas! Ela me trata como se eu tivesse 10 anos!

Eu não sei se isso acontece porque sou dependente dela, mas eu não suporto mais ela me falando tudo que eu tenho fazer da forma como ela quer!

Peço que me dê um conselho do ponto de vista profissional, por favor!

Obrigada!

 

Cara filha,

 

Procure compreender a sua mãe que a ajuda a se organizar e pretende o seu bem, embora ao mesmo tempo tente discriminar o que está bem para si e o que não está, sugerindo sempre mudanças. Fale ela sua mãe com racionalidade e maturidade, explicando que há coisas que prefere organizar à sua maneira, o que ela certamente vai entender. Se houver lógica e paciência já é um caminho para solução.

 

Acontece que para as mães, muitas vezes, é difícil  aceitar a independência da própria filha o que leva a conflitos  e incompreensões. Cabe a si saber encontrar seu equilíbrio e a sua independência.

 

Um abraço

Filha e sexualidade

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Boa tarde Dra.

Meu nome é Ana, tenho 37 anos e uma filha de 08 anos. Ultimamente ela tem pensado muito em sexo, já pequei ela algumas vezes se masturbando, mas não tive reação, fingi que não percebi. Porém, ela tem-se sentido culpada e vem falar-me as coisas que pensa e que sente, está com a sexualidade muito aflorada, pensa muito em namoro, em beijos, colegas sem roupa, e ela me fala que é feio mas ela não consegue parar de pensar...

 

Não sei como agir, falo  pra ela tentar distrair a cebecinha que esses pensamentos vão embora, mas ela fala que não consegue e não sei como ajudá-la, mas estou sentindo que essas coisas e esses pensamentos a estão deixando depressiva.

Por favor, me oriente. Obrigada

 

Cara Ana,

Ter curiosidade sexual nessa idade é normal. Fale com ela naturalmente respondendo as perguntas sem dizer que é feio, mas diga que são questões normais que surgem com a curiosidade sobre sexo e que pode sempre falar consigo quando tiver alguma dúvida. O que ela precisa é satisfazer essa curiosidade sem sentir-se culpada. 

 As respostas devem ser simples e claras, não havendo necessidade de responder além do que lhe for perguntado. Dar respostas insuficientes faz com que a criança pergunte mais e mais . Dar respostas extensas demais não é indicado, é preciso buscar respostas de acordo com o que a criança for solicitando.

Poderia comprar um livro para a ajudar a falar de sexo com ela.

 

Tudo de bom

Mãe e filha adolescente

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Olá Doutora. Primeiramente quero agradecer pelo espaço concedido e dizer que aqui eu posso dizer o que eu estou passando e tenho certeza que serei orientada adequadamente.

Meu nome é Paula tenho 28 anos..., Eu tive a minha filha com 14 anos hoje ela se encontra com 13 anos. Nunca morei com o Pai dela, mais ela tinha um contado com o pai as vezes, hoje ela ja não quer por vontade própria se vê-lo. Hoje em dia me encontro casada, com um filho de 3 anos e 11 meses. A relação dela com o padrasto não é lá muitas coisas mais o respeito se mantém. De 3 anos pra cá, minha vida mudou completamente em relação a minha filha.

Ela é uma criança que consegui manipular outras crianças, ela mente de mais...., ela se faz lider da sala de aula aonde ela ameaça outros amigos... Não vai bem nas matérias. Ela enfrenta professores. Dra. eu não sei mais o que fazer. Ela vai para colégio a gente conversa, ela volta do colégio nós da família perguntamos e ai como foi? Ela responde tudo bem! Ela estudou 7 anos em escola particulares,  eu não aguentei pagar colégio caros pra ela me trazer todo santo dia bilhete,  ou quando não a secretária me ligava pra agendar um dia p eu comparecer... Agora esta em colégio público e nada. Nada q eu faça,  nenhuma chance dada a ela tem uma melhora. Ela vive de castigo,  porque eu acho que se eu pegar p bater eu mato. Ela já passou em psiquiatra, psicólogos e eles dizem q ela não tem nada. Sempre dão alta. Então estou aqui lhe pedindo ajuda Dra.

 

Cara Paula,

 

Será que educa essa filha como filha ou como uma irmã?

Provavelmente ela sente a falta do pai, falta de limites, talvez falta de afeto da mãe e do pai. Pode ser que sinta que o irmão é mais acarinhado do que ela, e provavelmente o é por ser pequeno e mais engraçado.

E agora ao entrar na adolescência essas carências se agudizam e dão origem a comportamentos menos educados e agressivos.

Procure dar mais atenção a ela e ao mesmo tempo mais limites e regras (estabelecer rotinas de estudo, ajuda na casa, etc.). Se cumprir dê algum premio (saiam juntas só as duas, compras, cabeleireiro, cinema) e se não, algum castigo leve, (não sair, não usar computador, etc.).

Convém ser incentivada a praticar algum desporto e desenvolver atividades em grupo que a levem a ter um objetivo saudável. É preciso que ela tenha certas liberdades com para tomar suas próprias iniciativas e se responsabilizar por elas.

 

Seria favorável se o pai estivesse mais presente na relação com ela, tendo em vista a fase de transição para a adolescência.

Convém que os pais tenham confiança nela para fomentar o sentido de responsabilidade.

Elogiar, mais do que criticar, pois é assim que se forma a autoestima.

 

O melhor seria se ela pudesse ser acompanhada e orientada por uma psicóloga pelo menos nessa fase de início de adolescência.

 

Um abraço e tudo de bom

 

Relação com filha

 

 

 

Boa tarde, Dr.ª

 

O meu discurso pode parecer-lhe confuso, mas não estranhe pois é assim mesmo que eu me sinto.

Confusa, frustrada, desiludida e muitos outros adjetivos poderia enumerar.

 

Tenho 46 anos, divorciei-me do pai da minha filha quando ela tinha 6 anos, hoje está com 13.

 

Entretanto tive outra relação fracassada. A minha filha até tinha uma relação boa com o meu companheiro.

 

Desde então nunca mais tive ninguém, nem intensões, para mim chega.

 

Mas o que me leva a escrever tem tudo a ver com a minha relação com a minha filha.

 

Sei que ela sofreu muito e sofre com a separação. Antes de dar este passo, consultei uma psiquiátrica, no sentido de me orientar a melhor (se é que existe) de lhe comunicar.

 

Por indicação da professora primária, aconselhou-me  que a minha filha fosse vista por uma psicóloga. Uma vez que após o domingo em que estava com o pai, vinha sempre muito transtornada, normalizando ao longo da semana (nessa altura eu já vivia com o meu ex companheiro). Eu notava que a minha filhinha não vinha muito bem, bastava o olhar dela, o abraço para eu saber que algo de menos bom se tinha passado. Mas como eu imaginava que ela teria sido submetida a um interrogatório, limitava-me a abraçá-la e perguntar se estava tudo bem. Ela respondia sempre que sim.

 

No meu intimo eu sentia que ela me escondia algo. Aos poucos e a medo e passado muito tempo é que ela deixava escapar uma coisa ou outra, coisa vaga.

 

Um dia ela me disse que não gostava dos avós paternos, mas que o pai a obrigava a lá ir almoçar. Nessa altura tentei perceber, o que já sabia.

 

Os avós não gostavam da mãe, porque a mãe usava tacões altos, usava sim, mas o seu significado era outro. Tinha de ser, até porque fui eu que pedi o divórcio.

 

Sempre tentei não dizer mal do pai, ocultei muitas coisas. Até porque pai é pai e bom ou mau, era o pai que tinha.

 

Mas chegou uma altura que já não dá mais para esconder, disfarçar, e também chegou a altura, em que eu achei que ele não merecia o pedestal em que eu própria ajudei a construir.

 

Sempre foi um pai pouco presente, nunca gozou o período de férias a que tinha direito, nem um fim-de-semana completo, nem Natal, nem aniversário, nada. Mesmo correndo o risco de ser egoísta, fico feliz. Mas nunca a impedi de estar com o pai. As suas visitas limitavam-se e limitam-se a uma tarde de domingo de 15 em 15 dias.

 

Durante 4 anos, não pagou a pensão de alimentos, a vestiu, quis saber se passava fome ou não. Grata eternamente aos meus pais, avós que a minha filha adora e diz que são os pais dela, que estão sempre prontos a ajudar, embora me incomode de ainda quase depender deles.

 

Este mês avancei com penhora de vencimento.

 

A relação com o pai da minha filha sempre muito conflituosa, ainda hoje o é.

 

Tentando resumir, pois o mail já vai longo.

 

Tudo piorou, quando o pai da minha filha assumiu uma relação e existe e uma enteada com 9 anos. Agora de ser pai pouco presente, para ser pai ausente. Por sua vez a companheira, não é grande pessoa.

Coisas que a minha filha vai deixando escapar, eu tento ser apenas ouvinte, mas existem coisas, que custa mais que engolir um sapo vivo.

O pai humilha-a constantemente, tipo o que a enteada quiser é o que conta. Dar uma nota de 5€ á enteada e dar 10 cêntimos á filha é do mais baixo. Teria muitas outras oportunidades de dar, sem precisar de humilhar a filha, até porque vivem juntos, mas enfim…

 

Nunca gostou de estudar, mas tudo piorou a partir daí. Ficou retida no 7º ano.

 

Eu escrevo desesperada e ergo as mãos aos céus pedido ajuda. Tenho consecutivas queixas da directora de turma, não reconheço a minha filha.

 

Hoje foi-me comunicado que ela seria excluída das aulas de apoio de inglês, caso não mudasse o seu comportamento. Ela nega, diz que a professora a quer queimar. A mim também me custa aceitar que ela tenha esse comportamento.

 

A minha filha diz que se eu a castigar, é injustamente. E eu fico perdida e desorientada. Não quero tirar a razão á professora (embora tenha razões, para duvidar da sua conduta), mas custa-me sentir que possa estar a castigar a minha filha injustamente.

 

Eu sei que ela é preguiçosa, nada estudiosa, refilona, roçando por vezes falta de educação, mas fora de casa, não a imagino a fazer isso.

 

Eu sei que sou muito permissiva, faço de tudo para minimizar o seu sofrimento.

 

Para tentar que ela se descontraísse anda na natação que adora, na dança  que é outra paixão e num clube de música da escola, que sempre aprende a dar uns toques na viola que lhe ofereci num Natal.

 

Tudo o que for regra, ordem, obrigação, luta contra. Tudo o que faço para a ajudar, recusa, nunca quer ajuda para estudar, aliás ao que me diz quase nunca trás trabalhos de casa. Continua até hoje na psicóloga e ainda hoje diz que não quer ir, que não tem problemas e quer que eu diga á psicóloga que vai deixar as consultas. A verdade é que não vejo qualquer resultado, mas a esperança é a última a morrer.

 

A minha filha foi muito desejada, sonhava  muito ter um filho, adorei estar grávida e saber que um dia me iam chamar de mãe, era tudo o que eu mais ambicionava.

 

E hoje estou tão perdida, quero o melhor para ela, mas parece que ela se recusa a ser ajudada. Não tenho mais ninguém, e olho para aquela carinha e penso aonde terei errado?

 

As nossas discussões são constantes. Se tento debater dizendo que ela está errada, diz-me que não estou a ser justa. Se tento ignorar, nem quero saber. Se lhe digo que se as atitudes não mudarem que bloqueio os canais, ou deixo de carregar o tlm, diz que a ameaço.

……………………………. e eu quero muito resgatar o amor da minha vida, a MINHA FILHA.

 

Desculpe o meu longo desabafo, minhas palavras soltas e nem sei se terei resposta ou se me conseguem ajudar. Mas escrever também ajuda.

 

Obrigada

 

Atenciosamente

 

AM

 

 

Cara AM,

 

Filhos de casais separados sempre sofrem as consequências e é preciso por vezes um acompanhamento psicológico, que a sua filha já vem tendo e isso ajuda muito, convém manter!

 

As crianças são flexíveis e rapidamente se adaptam às diferenças das duas famílias: a do pai e a da mãe, embora possa sempre haver um momento de readaptação, como quando diz que ao voltar da casa do pai ela vem diferente, por vezes triste.

Além de haver diferenças no estilo de vida, ela vai sentir tristeza pois sempre fica o desejo de voltar a juntar os progenitores.

 

O que é preciso em casa é que a sua filha tenha LIMITES. Embora isso possa ser difícil para si, só vão trazer benefícios presentes e futuros. É com limites, regras e disciplina que a criança interioriza valores, normas, aprende o que é certo e errado e aprende a tomar decisões acertadas.

 

A falta de limites na educação dos adolescentes é devido a vários factores como a falta de valores morais da sociedade, a ausência dos pais na vida das crianças e ao medo que os pais têm com relação aos traumas que poderão provocar nos filhos caso eles sejam mais enérgicos na educação. Entretanto esses medos são infundados.

 

A forma como o adolescente se comporta na escola é de certa forma o reflexo do seu contexto familiar. O comportamento do adolescente é totalmente reproduzido em sua escola, principalmente pelo ambiente escolar ser uma extensão do seu contexto familiar. Sendo assim cabe aos pais se questionarem e mudar a postura e estabelecer limites para que o filho aprenda o que pode ou não pode, ajudando assim o jovem com regras que provavelmente o tornarão um adulto com condutas assertivas.

 

Quanto ao ex-marido, como sempre será o pai da sua filha, o melhor é tentar não denegri-lo e nem criticá-lo.

 

Toda a situação que referiu é mais ou menos normal em casais separados.

Não dá para mudar a situação mas o importante é mudar a sua atitude diante da situação!

 

Para esclarecer mais eventuais dúvidas leia também no meu site em:

 http://www.psico-online.net/psicologia/divórcioefilhos.htm

 

Entretanto, procure motivar a sua filha sempre pela positiva, proponha prémios quando cumprir.

É muito importante a maneira dos pais lidarem com os filhos, para poder ajudá-los a crescer saudavelmente.

Com paciência e amor verá que vai conseguir muitas mudanças positivas.

 

Fique bem

Enteada adolescente

 

 

Vivo há 3 anos com meu marido,ele tem 3 filhos do primeiro casamento e foram deixados pela  mãe, a menina de 13 hoje com 17 o do meio hoje com 15 e o menor com  12.

No inicio a menina não queria nem saber da mãe mas depois que a dita cuja engravidou a menina virou a cabeça virou a melhor amiga da mãe dela e do novo irmão quanto a mim que a ajudei tanto com sua primeira menstruação com o primeiro namorado, pra convencer o pai a deixá-la namorar, conversava muito com ela sobre todos assuntos agora do nada ou melhor depois que ela voltou a frequentar a casa da mãe dela ela me ignora, às vezes faz isso com meu filho que tive com o pai dela um bebé de 1 ano.

 

Não sei o q fazer não dou ordens, não bato boca, ela não me ajuda em nada e eu não reclamo e não sei mais o que fazer pra ser amiga dela. O que faço?

 

 

Medo de perder a filha

 

 

 

 

Olá Dr.ª,

 

Gostei muito de ter encontrado o seu site. Gostaria de lhe pedir ajuda para um medo que me avassala várias vezes ao dia. Estou desesperada e não consigo reverter o que sinto.

A minha vida sofreu algumas mudanças neste último ano, o que me causou algumas angústias e me levou, por conselho médico, a tomar um ansiolítico, pois cheguei a ter ataques de pânico. Entretanto engravidei e deixei de tomar o ansiolítico que tomava para dormir. Com o início da gravidez, passei a sentir-me melhor.

 

Neste momento estou grávida de 32 semanas e até me sentia relativamente bem, até há umas semanas atrás, mas comecei a dormir mal e a ter insónias e, a semana passada, sem qualquer explicação aparente, durante o dia, veio- me a ideia q a minha filha de 5 anos ia morrer de acidente, fiquei de tal forma transtornada que fiquei com uma angústia terrível, só me apetecia chorar e rezar. Mudei o itinerário que fazia para a levar a escola, mas continuo a ter esta sensação de perda. Falei com o meu obstetra que me receitou um ansiolítico de 5 mg para dormir e, também para tentar-me sentir melhor, foi a igreja e até foi a Fátima colocar uma vela.

 

Confesso que durante o dia até me sinto melhor, mas, ao final do dia, volta-me este pensamento de que vou perder a minha filha, fico tão angustiada que até me faz doer o peito, fico sem apetite, tento rezar, falo com a minha irmã mas nada me faz abstrair deste pesadelo. Tenho medo que seja um presságio de algo. Estou a sofrer muito e não sei o que fazer. A minha filha e a minha razão de viver. O pior e que fico tão mal que até me esqueço que trago outra criança dentro de mim. Já pensei em fazer uma terapia qualquer, mas não sei exactamente o que. Por favor, ajude-me, estou desesperada.

Obrigada.

 

 

 

Vida às avessas

 

 

Exma. Sra. Dra. Mariagrazia

Encontrei o seu blog por acaso venho por este meio pedir a V. Exa. aconselhamento para lidar com uma situação desagradável que me tas bastante tristeza e desconforto.

 

Vou começar pelo principio, chamo-me Isa, tenho 24 anos (quase 25) e uma filha de 8 anos, vivo sozinha com ela e com o meu actual namorado de 23 anos.

 

Desde muito nova sempre sofri, os maus tratos por parte do meu pai, a separação dos meus pais, a morte do meu irmão, a morte da minha avó (fui criada pelos meus avós desde os 6 anos) isto tudo antes de eu completar 15 anos, entretanto tive a minha filha com 16 anos e aos 19 anos a minha não foi assassinada o que fez com que ficasse sozinha apesar de viver com o pai da minha filha, nós vivia-mos uma relação muito conflituosa a qual aguentei 7 anos. Estes entre outros acontecimentos levaram-me a auto mutilar-me e a tentar o suicídio varias vezes, actualmente estou medicada e a ser acompanhada por um psiquiatra de 3 em 3 meses.

 

Actualmente vivo com o meu namorado há um ano e com a minha filha como já referi acima, o problema é que estou a passar por muitas pressões e já não sei o que fazer, acusam-me de ser má mãe apesar de eu fazer de tudo pela minha filha e ela ser super apegada a mim, a relação entre a minha filha e o meu namorado não é má mas também não é boa o que me trás muita angustia, pois ele não tem paciência para ela, ele não lhe bate nem a trata mal mas falta-lhe aquele carinho e dedicação, sei que não é pai dela e não lhe posso exigir isso, depois acho que ele é imaturo e não sabe assumir responsabilidades, para qualquer coisa pede a minha ajuda ou que eu o faça por ele o que origina vários conflitos entre nos pois sempre fui "obrigada" a desenrascar-me sozinha e a lutar pelo que quero, enquanto ele as vezes tem uma atitude de quem espera que as coisas lhe caiam do céu...

 

Para agravar mais as coisas, estou a lutar pela guarda da minha filha em tribunal, pois além de estar separada do pai dela à mais de um ano, desde que nos separamos sou eu quem suporta as despesas dela sozinha, na primeira audiência ele recusou dar-me a guarda da menina alegando que eu não tenho condições psicológicas para cuidar dela, o que segundo o meu pediatra estou bastante capacitada para o fazer. 

 

Entretanto no meu desta "guerra" ela foi sinalizada pela comissão de protecção de menores e jovens, que apesar de me dizerem que eu não estou a agir mal na sua criação tenho que mudar certos aspectos, nomeadamente em relação aos estudos dela pois apesar de ela ser boa aluna tem vindo a ressentir-se na escola por causa destes acontecimentos pois apesar de eu tentar protege-la ela não é parva e apercebe-se de algumas coisas, o que me levou a coloca-la num psicólogo, pois vi que ela não andava bem, que andava muito sensível. Mas até aqui tudo bem pois sei que faço o melhor que sei por ela e que a comissão de protecção de crianças e jovens serve para melhorar mais ainda. 

 

O problema vem agora, fui acusada por uma senhora da segurança social de não me conhece de lado nenhum nem nunca viu a minha filha que eu posso dar o melhor de mim mas que tenho que dar mais ainda, que a culpa da minha filha estar assim é minha pois ela não socializa na escola (o que eu estranho pois no parque ela socializa com todas as crianças), que a minha casa apesar de ter condições, podia estar melhor, que é uma casa de jovens que não tem ambiente familiar (coisa que os da comissão de menores não referiram, pelo contrario afirmaram que é uma casa asseada e para continuar a manter assim), essa doutora referiu ainda que eu era muito nova mas que isso não era desculpa que se não queria responsabilidades para dar a menina, pois bem a minha filha não é um objecto para ser dado e eu nunca tive medo das responsabilidades pelo contrario, as assumi desde cedo sem as empurrar para ninguém...

 

Estes acontecimentos todos têm-me deixado bastante stressada e agoniada, pois essa doutora fez um relatório que vai entregar em tribunal e apesar do pai da menina me te assinado um papel em que me dava a guarda total da menina pois não tem condições para a ter (não tem trabalho nem casa) fico com medo de perder a minha filha, um medo que me acompanha desde que ela nasceu e com os últimos acontecimentos piorou mais ainda... tem momentos em que me desespero, em que não sei mais o que fazer pois por mais que eu me esforce nunca é suficiente, à sempre algo que está mal.

 

A relação com o meu namorado também não anda bem pois até recuso até que ele me toque, recuso as suas caricias e estes stresses todos reabriram feridas antigas referentes a acontecimentos que passei em pequena (abusos por parte do meu irmão mais velho e uma tentativa de violação na adolescência), sou exigente com ele e fico frustrada quando vejo que as coisas não estão a correr como tenciono e acabamos por nos chatear, queria mais apoio por parte dele mas também sei que não é fácil para ele. A nossa relação não é o que era, noto um fosso a abrir-se entre nós e já dei por mim a querer terminar a relação vaias vezes, ele não é mau para mim, se eu precisar de ajuda e lhe pedir ele não recusa, mas também não tem iniciativa.

 

Já não sei o que fazer para não me ir abaixo, tenho medo de ficar sem a minha filha... se as vezes penso que estes acontecimentos todos vão passar e me tornar mais forte, outros momentos sinto que não vou aguentar mais e apetece-me desistir de tudo, a única coisa que me dá forças é olhar para a minha filha e ver o seu sorriso...

 

Agradeço desde já a atenção para com o assunto, de desculpe o testo tão grande.

Com os melhores cumprimentos, I.

 

 

 

Filha adolescente

 

 

 

 

 

Exma. Sra. Dra. Mariagrazia

Venho por este meio pedir a V.Exa. aconselhamento para lidar com uma situação muito desagradável.
A minha filha tem 13 anos e frequenta o 7.º Ano de Escolaridade. Até à data tem tido uma avaliação escolar satisfatória, no entanto a partir do momento que começou a ser amiga de uma aluna que não estuda e tem 8 negativas, que só pensa em tudo menos em estudar, tem influenciado muita a milha filha. Já falei várias vezes com ela no sentido de que a amiga só a prejudica e o tempo perdido nunca mais será recuperado.....inclusive a amiga tem um irmão mais velho, com 15 anos que ela quer que a minha filha seja namorada dele.

 

Castigo-a imenso, falo com ela, mas aquilo que digo ela não respeita. Inclusive faltou a uma aula sem o meu consentimento, para ir para casa dessa amiga, tudo por sua influência. Está proibida de utilizar o facebook, mas mesmo assim, supostamente no intervalo das aulas teve acesso à internet na biblioteca da escola e entrou no facebook para escrever: O amor não escolhe idades, Amo-te Ivo (o irmão da "amiga"), que lhe anda a tramar a vida porque não tem outras amigas e a minha filha deixa-se levar, e tem medo dela.

 

Entretanto liguei para a escola para falar com o diretor de turma a pedir ajuda, como é que posso contornar a situação....disse-me para escrever na caderneta em como eu proibo a minha filha de andar com essa amiga no recinto da escola e que ia falar com elas as duas e dizer-lhe que é por minha imposição.

Algum conselho que me posso dar, pois sinto uma enorme frustração, uma vez que educo a minha filha para os bons caminhos, mas ela desrespeita os pais.

Agradeço desde já a atenção para com o assunto.

Com os melhores cumprimentos,
MM