Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia.
Mariagrazia Marini Luwisch
Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia.
Mariagrazia Marini Luwisch
O ideal de beleza sofreu mudanças ao longo do tempo. O novo paradigma cultural da contemporaneidade consiste no dever moral de ser belo, como condição primordial para ser feliz.
A mulher contemporânea considera que para ser atraente precisa de ter uma determinada forma física, com um corpo bem delineado, magro e com as medidas certas. A aparência física é considerada fundamental para a maioria das mulheres, em detrimento de qualidades como a beleza interior ou a força de caráter.
Ter cuidado com o corpo é fundamental para a saúde e para ter uma vida duradoura. Contudo, quando a preocupação é exagerada pode ser um problema. Atualmente o culto ao corpo chega a criar nas mulheres uma verdadeira obsessão. A procura de um corpo perfeito faz com que adoeçam emocionalmente, com perda da autoestima, excesso de ansiedade e falta de autoconfiança, que pode conduzir a transtornos do comportamento alimentar. O nome psiquiátrico é transtorno dismórfico corporal.
Trata-se de um transtorno que gera a distorção na imagem corporal e também uma mudança severa no regime alimentar, chegando a provocar distúrbios como anorexia, bulimia, ortorexia e vigorexia.
É um conjunto de perturbações que envolvem emoções, atitudes e comportamentos excessivos em tudo o que se refere ao peso corporal e à comida. São perturbações de natureza emocional e física, que podem colocar a vida em risco.
A anorexia é caracterizada por uma perda intensa de peso decorrente de uma dieta alimentar extremamente rígida. A atividade física também é intensa e excessiva. Na bulimia há uma grande preocupação com peso e imagem corporal. Frequentemente há ingestão de uma quantidade excessiva, compulsiva e inadequada de alimentos e, posteriormente, uma busca de métodos compensatórios para não engordar. A orterexia é a obsessão por uma “alimentação saudável” e a vigorexia caracteriza-se pela distorção da imagem corporal, pela prática excessiva de atividade física e uma preocupação obsessiva com o corpo. Pessoas “vigoréxicas” descrevem-se como sendo fracas e pequenas, quando, na verdade, apresentam uma musculatura acima da média. Os transtornos alimentares podem acontecer em qualquer faixa etária e em ambos os sexos, inclusive com crianças. Entre adolescentes na faixa etária de 14 e 17 anos é mais comum anorexia ou bulimia, também podendo ocorrer mais cedo entre 10 e 13 anos ou mais tarde por volta dos 40 anos e atinge 10 vezes mais as mulheres do que os homens. Na vigorexia, a prevalência é maior em homens entre os 18 e 35 anos. A procura por um padrão estético ideal também leva muitas mulheres a fazerem cirurgias plásticas, muito mais pela busca da beleza socialmente imposta, do que por uma motivação interior.
É preciso ter em conta que somos o produto dos nossos genes e não podemos alterar a constituição de base. Se a aparência física é determinante para o nosso bem-estar, talvez seja preciso avaliar o nosso nível de autoestima.
O diagnóstico dessa problemática não é fácil porque os pacientes tendem a ocultar o seu comportamento e a negá-lo. Devido à sua complexidade, esses transtornos não podem ser resolvidos, simplesmente, mediante a aprendizagem de novas condutas que compensem as inadequadas. A solução passa por encontrar um ponto de equilíbrio entre corpo e mente.
Para um tratamento bem-sucedido é preciso ter consciência do problema e motivação para iniciar um novo estilo de vida. O tratamento recomendado é um trabalho de equipa multidisciplinar de nutricionista, psiquiatra e psicólogo, onde se privilegie a variante somática ou psicológica, segundo as fases da doença.
É importante reforçar que a maioria das perturbações relacionadas com o corpo pode ser tratada com sucesso. Contudo, o tratamento deve ser encarado numa perspetiva a longo prazo, pois as mudanças são profundas.
É fundamental equacionar fatores como a melhora da autoestima, frustrações, relações pessoais, o alimentar-se corretamente e sem culpa, e aceitar o próprio corpo. A parti daí, estabelecer metas de saúde para além do peso, ter objetivos pessoais e apreciar o que o corpo físico consegue fazer. Cada organismo é um conjunto de corpo e mente, e a aparência representa apenas uma parte, e não um todo do valor da pessoa. Através da autoaceitação e segurança constrói-se o corpo e a identidade.
Praticar Aceitação
Reconheça o seu próprio valor: o valor está naquilo que a pessoa é. Respeite a sua individualidade: cada pessoa é um ser único, com características e subjetividade próprias. Desenvolva maturidade emocional: entenda que o amor-próprio é importante e a autoaceitação traz um sentimento de completude, plenitude e paz. Aceite os seus defeitos: pense no defeito como uma característica com potencial de melhoria. Admita os seus erros: errar é humano, veja o erro como um aprendizado. Mude o que for possível mudar: a mudança e a possibilidade de mudar está em nós. Seja autêntica, natural, espontânea: seja você próprio sempre. Pratique o autoconhecimento: para ter uma vida mais saudável e equilibrada.
A célebre frase: “mens sana in corpore sano” (mente sã em corpo são), ilustra a necessidade de corpo e mente estarem em completa sintonia para uma vida saudável.
Espero, do fundo do meu coração, que este E-mail seja respondido! Estou apostando minhas últimas fichas em você. Espero poder ser ajudado e retribuir de alguma forma!
Tnho 24 anos e há aproximadamente 10 dias estou sentindo constantemente, 24 horas por dia, algumas sensações estranhas.
Sinto como se eu tivesse tomado um remédio muito forte, que influenciasse nas minhas habilidades mentais de pensamento, raciocínio, memória e capacidade de resolver problemas. Parece que tudo ficou mais difícil. Me sinto como se eu tivesse ficado "burro" de uma hora para outra. Me sinto lerdo, sinto que eu preciso fazer um esforço muito maior para realizar tarefas simples que envolvem raciocínio.
Além da sensação de estar dopado, de estar dentro de uma bolha, tenho efeitos visuais constantes semelhantes a chuviscos, manchas ao redor do ponto em que foco a visão, e quando começo a prestar atenção nestes pontos parece que estou olhando para uma TV sem antena.
Sinto-me como se fosse um zumbi as vezes. Parece que 60% do meu cérebro funciona. Fui ao psiquiatra e ele não me soube dar um diagnóstico. Fui ao psicólogo e ele tenta-me ajudar como se eu tivesse criado isso, contudo cabe esclarecer que todos esses sintomas são involuntários.
Não tive nenhum episódio de decepção recente. Não sofri nenhum trauma. Foi espontâneo, algo do nada.
O meu neurologista pediu que eu fizesse uma ressonância magnética do crânio e está tratando isso como se fosse uma enxaqueca! Me receitou alguns remédios para ansiedade. Sempre fui ansioso e nunca fiquei neste estado!
Estou começando a me desesperar pois é difícil tentar tratar algo sem saber o que é.
Muito obrigado por tudo até o momento!
Caro leitor,
o seu tratamento está adequado: psicoterapia, psiquiatria, neurologista e ressonância magnética.
A ressonância vai dar alguma pista ou pelo menos mostrar que não há nada de anormal no lado físico e a partir daí poderá elaborar o melhor tratamento.
Compreendo que essa situação de não saber o que tem lhe cause um excesso de ansiedade que certamente lhe agudiza os seus sintomas.
Mas é preciso paciência e esperar pelos resultados. Não tenho infelizmente nada de novo para lhe dizer, mas espero que possa com os exames médicos descobrir as causas do seu problema, ser tratado adequadamente e que continue com o psicólogo que sem dúvida vai ajudá-lo a gerir da melhor maneira esse momento difícil.
Tente não ficar focado nisso, mas aproveite os seus dias da melhor maneira.
Acabei de conhecer ser site e estou maravilhado com o seu trabalho, envio meus parabéns. Agora, gostaria de pedir sua ajuda em uma dificuldade que estou passando. Alguns meses atrás eu estava com um problema para resolver e não estava conseguindo chegar a uma solução, então não sei como eu consegui fazer isso mas eu tipo tive que dividir a minha mente em duas criando outro eu. Esse outro eu, é mais calmo e calculista mas ele continua sendo eu, quando tenho um problema nós julgamos esse caso e com a ajuda dele consigo achar uma solução que antes eu não conseguia sozinho, também conversamos normalmente mas não é todo dia que eu chamo ele.
Tenho 16 anos, tenho amigos, uma vida social relativamente calma prefiro ficar em casa do que andando na rua. Concluindo gostaria de saber sua opinião sobre isso e se pode ser prejudicial a mim. Mais uma vez parabéns pelo trabalho!
Caro jovem,
É preciso muito cuidado com esse tipo de fantasia. Tens que ter consciência que os teus “eus” são sempre uma parte da tua própria mente. O melhor é não dividir, mas identificar teus pensamentos como provenientes da tua mente única e indivisível e certificares-te que são criados por ti.
O que criaste é um "alter ego" que é uma outra personalidade de uma mesma pessoa podendo ser um amigo ou alguém próximo em que se deposita total confiança.
Não convém manter esse tipo de pensamento pois podes correr o risco de criar e manter uma outra personalidade inconsciente que se revela através de outra identidade, com uma vida paralela imaginária de fantasia, que poderá prejudicar a tua vida futura e causar-te uma patologia de transtorno dissociativo de identidade.
Procura viver o teu eu como único e dedica-te aos amigos, estudos, desporto, convívio e tudo o mais de um jovem de 16 anos.
Caso sintas que esses pensamentos persistem, procura uma ajuda especializada, indica-se a psicoterapia como a melhor forma de tratamento.
Acabei de conhecer ser site e estou maravilhado com o seu trabalho, envio meus parabéns. Agora, gostaria de pedir sua ajuda em uma dificuldade que estou passando. Alguns meses atrás eu estava com um problema para resolver e não estava conseguido chegar a uma solução, então não sei como consegui fazer isso, mas eu tive que dividir a minha mente em duas criando outro eu.
Esse outro eu é mais calmo e calculista, mas ele continua sendo eu, quando tenho um problema nós julgamos esse caso e com a ajuda dele consigo achar uma solução que antes eu não conseguia sozinho, também conversamos normalmente mas não é todo dia, só quando eu chamo ele.
Tenho 16 anos, tenho amigos, uma vida social relativamente calma, prefiro ficar em casa do que andando na rua. Concluindo gostaria de saber sua opinião sobre isso e se pode ser prejudicial a mim. Mais uma vez parabéns pelo trabalho!.
Caro jovem,
É preciso cuidado com esse tipo de fantasia. Tens que ter consciência que os teus “eus” são sempre parte da tua mente. O melhor é não dividir, mas identificar teus pensamentos como provenientes da tua mente única e criados por ti.
O que criaste é um alter ego, que é uma outra personalidade de uma mesma pessoa podendo ser um amigo ou alguém próximo em que se deposita total confiança.
Não convém manter esse tipo de pensamento pois podes correr o risco de manter uma outra personalidade inconsciente que se revela através de outra identidade, com uma vida paralela imaginária de fantasia, que poderá prejudicar a tua vida futura e causar-te uma patologia de transtorno dissociativo de identidade.
Procura viver o teu eu como único e dedicar-te aos amigos, estudos, desporto, convívio e tudo o mais de um jovem de 16 anos.
Caso sintas que esses pensamentos persistem, procura uma ajuda especializada.