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Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

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Adolescente e pornografia

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A filha do meu marido tem 13 anos e fui olhar o telefone dela e vi que ela pesquisa pornografia. Perguntei a ela o porque e ela disse que estava curiosa. Só que fui ver a data e ela assiste pornografia desde os 11 anos de idade! A mãe abandonou-a quando ela tinha 6 meses de nascida e o pai sempre cuido dela mais as irmãs e mãe dele! Depois ela foi morar com a mãe durante 2 anos e quando volto o pai dela observou que ela mudou completamente de comportamento! Ela falava gíria não queria mais vesti roupa de mulher e falou que é lésbica.

Ele deu um computador e um celular logo quando ela chegou do Brasil da casa da mãe e ele nunca pegou o celular dela para olhar pois ele sempre viu ela como o nené dele! Nunca passou pela cabeça dele que ela via pornografia então ele bateu nela e falou que se ela pesquisar mais uma vez ele ia tirar o celular. Então ele tirou o celular, e ela só ficava assistindo televisão e agora ela quebrou a televisão e o pai deixa o computador só que ela fica em casa sozinha o dia inteiro pois eu e ele trabalhamos.

Gostaria de saber se vocês acham que deveríamos tirar o computador dela enquanto estamos no trabalho e só deixar ela usar quando chegarmos? Pois se tirarmos ela vai ficar em casa sem televisão, sem celular e sem computador.

Cara Leitora,

As motivações do adolescente para pesquisar conteúdo pornográfico incluem curiosidade, prazer, influência dos pares e como fonte de informação.

A exposição prematura a conteúdos de natureza pornográfica pode trazer prejuízos sociais, psíquicos e emocionais a esses jovens.

Efeitos, como reprodução de comportamentos erotizados e a conduta violenta, podem manifestar-se nos jovens diante do consumo de pornografia. A pornografia influencia as atitudes dos adolescentes em relação ao sexo e aos relacionamentos e pode levar a uma iniciação sexual precoce. Além disso, perante crenças sexuais irrealistas,  torna-se comum um sentimento de frustração, visto o relacionamento afetivo não corresponder com a realidade apresentada nos vídeos e imagens. 

 É preciso proteger os menores de conteúdos sexuais inadequados que possam prejudicar o indivíduo no seu desenvolvimento evolutivo.

É muito importante sermos proativos quanto à educação sexual. Não devemos esperar que o adolescente encontre a pornografia para satisfazer a sua curiosidade e dúvidas. Em vez disso, o melhor é conversar com ele sobre  sexo abertamente.

Não é o caso de bater, proibir, tirar celular, mas dialogar com ela. Falar sobre sexo, sobre a problemática do consumo de pornografia, alertar para que esta não representa a realidade e para os possíveis traumas futuros nas suas relações amorosas.