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Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Sentir emoções

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Olá, me identifiquei muito, eu escrevi um poema enorme sobre isso, quando leio choro e não sei porque.

Eu sentia muita raiva constantemente e não entendia, era como algo crescendo dentro de mim, sentia às vezes como se tivesse duas de mim dentro de mim mesma e isso me incomodava às vezes e outras vezes não, e essas vezes eu não ligava ou me sentia superior e tratava muitos mal sem me importar com o que sentiam.

Passei anos por isso, então numa noite eu me entreguei para uma luz e falei para me preencher, no outro dia eu parecia uma criança, eu senti certas coisas que não sentia há anos, e era incrível eu estava supersensível, qualquer tom diferente eu chorava, era tudo como se fosse a primeira vez.

Fiquei com muito medo de voltar a ser como antes, me sentindo superior às vezes e também com uma raiva extremamente grande.

Com o tempo eu parei de sentir certas emoções e as sinto raramente, agora eu sinto muita indiferença para muitas coisas, e como se fosse aquilo e pronto sabe...sem me incomodar, espernear nem nada...eu ainda sinto certas coisas.

Eu não tenho irmãos que sejam de pai e mãe, apenas de mãe ou apenas de pai, na época de raiva e sem sentimentos um avô de um de meus irmãos faleceu e era como se eu não me importasse, eu não sei...e recentemente mais 2 avós de outros morreram e sem a raiva para mim era como se fosse isso sabe... e como se eu me conformasse mais rápido que as pessoas, às vezes eu não sinto falta das pessoas, da minha família, mas outras pequenas vezes eu sinto como se fosse saudade.

E eu amo poucas pessoas, é difícil eu considerar alguém meu amigo. Sou muito resistente a dores físicas também, às vezes me perguntam se está doendo e não sinto nada. Fiz uma queimadura solar de segundo grau e todos ficaram preocupados e querendo me entupir de remédios, mas eu não sentia dor, só sentia se encostasse na bolha maior, e isso além de parecer que as pessoas estavam se preocupando mais do que eu.

E mais uma coisa, não me importo se não acreditarem, mas vou falar, eu consigo mudar o que eu sinto só querendo mudar, seja dor física, prazer, lágrimas, indiferença. Se algo me afeta e muitas outras coisas, sejam elas emocionais ou físicas, vou dar exemplos de física também...quando bato ou faço algo que dói eu simplesmente fecho meus olhos e me concentro naquele ponto, fazendo ele parar de doer.

 

Cara Leitora,

As emoções fazem parte do mais importante sistema de processamento de informação do organismo e tiveram a sua origem na história evolutiva das espécies, trazendo vantagens de sobrevivência.

Apesar de o corpo ser o "palco" das emoções, alguns indivíduos não conseguem perceber a repercussão das emoções e acabam por perder a capacidade de integrá-las às suas experiências. Em psicologia chama-se de ausência de awareness, ou seja, da incapacidade de simbolizar a experiência corporal.

Essa capacidade também pode ser perdida em função de processos evitativos generalizados. Como exemplo de emoções que costumam ser evitadas ou não simbolizadas, temos a raiva e a tristeza. A incapacidade de regulação emocional está presente em indivíduos que sobrerregulam (que controlam a emoção excessivamente) e perdem a capacidade informativa da emoção e naqueles que sub-regulam a emoção (e sentem-se invadidos e inundados por ela).

Se quiser mudar algumas atitudes, consideraria uma ajuda especializada, para que possa entrar em contacto com as suas necessidades emocionais não atendidas e dores mais centrais, e assim poder gerar novas emoções, além de criar novas narrativas a partir das experiências emocionais vivenciadas.

Tudo de bom

O que é Psicoterapia?

A Psicoterapia:

desbloqueia o passado

clarifica o presente

expande o futuro

 

Se sofre de ansiedade faça o TESTE 

 

 

Despersonalização/desrealização

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Bom dia,

Espero que se encontrem bem.

Há cerca de 4 anos que os sintomas de despersonalização/desrealização aparecem em mim e desde aí os episódios são recorrentes (1x p/ano).

Há exatamente 1 semana estes episódios voltaram e não há sentimentos de melhoria, o meu estado de humor está bastante alterado e grande parte do tempo não me sinto bem em sair de casa, ir ao supermercado, ir dar um passeio, etc.

Já pensei em ir a uma consulta de psicologia / psicoterapia para ajudar neste transtorno, mas quero ir depois dos sintomas passarem.

Já não sei o que fazer, conseguem-me ajudar?

Caro leitor,

O transtorno de despersonalização, ou síndrome de despersonificação, é uma doença em que a pessoa se sente desconectada do seu próprio corpo, como se fosse um observador externo de si mesmo. É comum também haver sintomas de desrealização, o que significa uma alteração da percepção do ambiente que envolve, como se tudo o que está ao redor fosse irreal ou artificial.

Para tratarmos esse transtorno é necessário um acompanhamento psicológico.

Não espere o surto passar. Sugiro que inicie um percurso de psicoterapia o quanto antes.

 

Abuso sexual

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Olá, eu me chamo Sónia e tenho 18 anos. Quando eu tinha 3 anos o meu pai morreu e minha mãe entrou em depressão. Tenho 7 irmãos, minha irmã mais velha sempre cuidou de mim, eram 10 anos de diferença, uma das minhas irmãs (são 4 meninas 5 comigo, e 3 meninos) sofreu um acidente e ficou um bom tempo no hospital. Um dia eu e minha irmã que agora tem 21 anos, estávamos caminhando na rua sozinhas, tínhamos entre 4 e 7 anos, uma mulher nos encontrou e perguntou onde íamos. Falamos que íamos atrás da nossa mãe que estava no hospital, enfim ela nos deu um banho, nos deu comida e foi falar com nossa mãe e ficou connosco por um tempo. Quando minha mãe saiu do hospital voltamos a viver com ela e passávamos muitas dificuldades. Eu tinha entre 5 a 6 anos quando a minha mãe conheceu uma pessoa que virou meu padrasto. Como não tínhamos pai queríamos muito ter um. Certo dia ele posou lá em casa e me convidou pra dormir com ele e eu na inocência fui. Amava-o muito, amor de pai e filha mas que na verdade ele nunca teve.

No dia que dormi com ele, lembro-me pouco, mas lembro que ele falou que ia fazer umas coisas que eu não podia contar pra ninguém. E isso se repetiu tantas vezes! Fui crescendo e isso acontecia. Duas das minhas irmãs também sofreram isso com ele. Ainda fizemos uma queixa e depois tivemos que tirar a queixa eu não sei porquê. E isso ainda aconteceu durante anos e anos, foi horrível.

Hoje tenho 18 anos não sinto prazer algum no sexo... Namoro meninas e não sinto nada e muitas vezes tenho que fingir. Não sei o porque eu sempre escondi tudo, até porque eu fui abusada por anos e tinha vergonha de falar.

Queria saber se tem algo que eu possa fazer para mudar isso.

Cara Sónia,

O abuso sexual continuado é uma clausura, uma prisão. É um estado semelhante ao vivido em campos de concentração. Gera, na vítima, a despersonalização, a falta de controlo sobre o seu corpo, sobre as suas emoções, remete-a a um silêncio forçado, a uma permanência na situação de violência. Ainda que os portões de saída estejam abertos, não há para onde fugir. A criança fica numa situação de exílio. Faz parte do mundo adulto sem estar integrada e participa do mundo das crianças sem lhe poder pertencer. Por isso, está condenada ao silêncio! Em sua casa fala uma língua estrangeira e fala uma língua estrangeira no exterior. É estrangeiro num e noutro.

Para superar o trauma de abuso sexual é importante:

-Não fazer associação com culpas ou sentir-se suja.

-Sempre olhar-se no espelho com carinho e amor-próprio.

-Ser positiva em pensamentos e atitudes.

 

A psicoterapia é imprescindível nestes casos. É preciso fazer uma terapia para poder trabalhar esses seus sentimentos e atitudes. Falar com uma psicóloga, além de ser um alívio, vai ser uma ajuda para gerir o seu mal-estar, entender os seus sentimentos e compreender melhor suas dificuldades de relacionamento.

Adolescente com fobia social

 

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Olá doutora,

Eu tenho um filho que acabou de fazer 16 anos esse mês e está passando por uma série de problemas. Há dois meses foi diagnosticado com fobia social. Sempre foi muito tímido, calado e envergonhado, porém encontrou dificuldades em fazer novos amigos, sair com eles para os cantos, encontrar uma namorada etc. Seus assuntos são muito alheios ao do universo adolescente por gostar de falar mais sobre política e ciências. Ademais, passou a sofrer bullying por parte de alguns colegas por tirar boas notas.

Recentemente, ele tem-se mostrado constrangido de andar comigo pelas ruas ou de passear pelos cantos.

Meu filho é 10 cm mais alto e mais claro do que eu, que sou pai dele, ele tem 182 cm de altura, é forte, calvo, magro; parece mais velho. Ele tem ficado com vergonha de estar ao meu lado. Observo algumas pessoas que o olham de cima em baixo para ele e depois para mim, riem, fazem comentários com outros pelo fato de ele ainda passear comigo ou então acham até que ele tem alguma deficiência. Quase todos já o tratam como adulto. Esses acontecimentos nos têm distanciado.

Tudo isso o tem deixado deprimido e mais silencioso em casa, parou de falar tanto de suas ideias criativas e tem-se mostrado menos sorridente. Gostaria vê-lo alegre novamente e com uma vida social saudável, afinal ano que vem ele já deve entrar na faculdade e daqui menos de 2 anos completar 18 anos. É necessário prepará-lo para essa fase de transição.

Obrigado pela atenção.

 

Caro pai,

 

O adolescente que apresenta problemas de fobia social pode ter um medo desproporcional de ser julgado ou avaliado em situações com membros não familiares. Isso leva-o a temer e evitar relacionamentos com colegas e estranhos, enquanto com membros da família há um desejo de contato e envolvimento.

 

Para que possa enfrentar esse problema recomenda-se um tratamento psicológico onde é indicada uma psicoterapia.

É preciso promover a modificação dos pensamentos que mantêm essa fobia social. Através de uma psicoterapia, o terapeuta ajuda o adolescente a identificar e a combater pensamentos "erróneos" sobre a sua situação social específica e também a encontrar maneiras alternativas de lidar com essas situações.

 

O passo seguinte é a terapia de exposição. O adolescente precisa se expor-se às situações temidas de forma sistemática, gradual e progressiva de modo a obter aos poucos vivências de sucesso, o que leva à diminuição da ansiedade antecipatória bem como a enfrentar os medos com toleráveis níveis de ansiedade.

 

Para um tratamento eficaz recomenda-se um tratamento psicológico onde é indicada uma psicoterapia.

 

Tudo de bom

Depressão profunda

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Meu nome é Maria, tenho 14 anos. Me ajudem, eu estou numa depressão profunda, e sinceramente, eu não aguento mais.

Às vezes acho que a melhor solução seria morrer, e o pior de tudo i que eu não tenho ninguém para me ajudar, e me ouvir!

 

Cara Maria,

 

A depressão profunda, também conhecida como depressão clínica, afeta a mente e o corpo, levando por vezes a pessoa perguntar-se se vale a pena viver. É uma doença grave que geralmente requer um tratamento psicoterapêutico.

Além disso é preciso estabelecer pequenas metas, concretas, sobre o processo de recuperação, sendo que o cumprimento dessas metas, muitas vezes, dá ao paciente uma sensação de poder e controle sobre a sua depressão.

 

Ao mesmo tempo é importante fazer exercício físico, uma alimentação saudável, dormir bem à noite, evitar drogas e álcool e reduzir o stress. Também pode ser benéfico participar em atividades que antes gostava, mesmo quando não apetece.

Ao mesmo tempo estar próxima de pessoas positivas pode facilitar o processo de recuperação.

Superar uma depressão profunda é difícil, mas não impossível. A depressão é muito difícil de superar sem ajuda externa. É preciso que fale com sua mãe para ir a uma consulta com um profissional de saúde.

 

É preciso ser paciente. Pode levar várias semanas antes que o resultado da terapia seja notável. A pessoa que sofre de depressão profunda deve permanecer dedicada aos seus objetivos e focadas na sua recuperação e na vida, mesmo que não experimente melhoras tão rápido quanto esperava.

Mãe paranóica

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Ola, boa tarde. 

 

Há alguns anos atrás a minha Mãe perdeu o emprego, e anos depois teve câncer. Foi um momento bem delicado para a nossa família, pois não sabíamos como lidar com a situação.Com o passar do tempo, graças a Deus ela teve uma melhora 100%, contra o combate de câncer. Estávamos muito felizes com a melhora dela.

 

Porém em 2013 (foi quando começamos a perceber), minha Mãe começou a ter comportamentos estranhos. Dizia que a comida estava estragada, com gosto de detergente, lixo e etc. E com o passar dos anos as coisas foram piorando. Hoje em dia ela não come NADA, dentro de casa, apenas toma água (pelo menos quando não estamos em casa),e também está com mania de dizer que tudo que compramos está estragado, e com isso tem colocado alimentos fora. Tenho percebido que roupas minhas estão desaparecendo, camisa, bermuda, calça, boné... ela também tem colocado fora, as minhas coisas e do meu Pai.

Ela foi internada no ano de 2013, ficou alguns meses na clinica, tomando remédio, e melhorou um pouco. Mas com o passar dos tempos parou de tomar remédios, e começou tudo novamente. Infelizmente não sabemos mais o que fazer. Pensamos na internação novamente, mas carregamos esse peso nas costas, pois ela sempre diz que estragamos a vida dela, por termos feito isso. Infelizmente eu não sei quais providencias tomar, ano que vem estaria me mudando , mas fico com o coração apertado em deixar meus Pais em casa, por causas das situações. 
 

Caro G.,

A sua mãe precisa de tratamento psiquiátrico e psicológico urgente. Ela apresenta um distúrbio de personalidade que precisa ser averiguado e tratado.

 

Os médicos usam uma bateria de testes para determinar a causa do distúrbio. São exames de sangue, avaliação do estado mental, testes neuropsicológicos e tomografias cerebrais. Em 90% dos casos, atualmente, os médicos podem diagnosticar com precisão o tipo de distúrbio.

 

Fale com ela. Ela não pode continuar assim pois o prognóstico é de piora. Talvez não seja necessário internamento, mas certamente precisará tomar  medicação regular e ser seguida por um psicólogo.

Metabolismo acelerado

 

Tenho 29 anos e preciso da sua ajuda.

 

Há cerca de 11 anos a esta parte, após a morte do meu pai, comecei a perder peso. Até esta idade (17 anos), sempre tive um peso estável entre os 50/52 Kg.

3 anos depois, com 21 anos, perdi a minha mãe, e desde então tive alguns altos e baixos (entre os 45 e 50kg) mas nunca mais estabilidade de peso.

 

Meço 1.68m e peso 45kg. Tal facto não me assustaria se não tivesse perdido 7kg no decorrer deste tempo.

 

Sei que não tenho qualquer tipo de doença tiróidea pois já fiz análises para confirmação. Contudo, sou uma pessoa muito ansiosa/nervosa, mesmo perante situações de pouca importância, ou diria mesmo, de insignificante importância.

Tenho momentos de falta de apetite, mas tenho alturas em que como muito bem. No entanto não assimilo a alimentação que ingero, continuando gradualmente a emagrecer.

 

Este emagrecimento causa-me transtorno, visto que me sinto fraca, sem forças e começo a não "reconhecer" o meu próprio corpo, consequentemente sinto que este facto me esta a causar complexos uma vez que nada me assenta bem, tudo me fica grande, largo, pingam, sendo os tamanhos mais pequenos das lojas.

O que é que posso fazer para tratar este problema?

 

No ano passado fui a um Médico endocrinologia que me disse para não me preocupar com isso, sem sequer me mandar fazer qualquer exame.

Apenas avaliou as minhas últimas análises.

Sou acompanhada por um psiquiatra à 9 anos que também acha que não é relevante.

Para ser sincera não consigo desvalorizar este assunto e viver bem com isso.

Há alguma solução para isto?

Agradeço desde já a sua disponibilidade.

Os meus cumprimentos,

S.

 

Pensamentos auto-destrutivos

 

Pablo Picasso

 

Olá
Vi um site seu na net e achei que devia contactá-la.
Eu sei que isto pode parecer estúpido, mas eu só preciso de um conselho.
Já não sei o que fazer...já não me reconheço. Tenho 19 anos e só estou à espera que a minha vida acabe.


Não consigo desabafar com ninguém, odeio isso! Não consigo estar frente a frente com alguém e contar o que me vai na cabeça.
Toda a minha vida vivi num inferno, não se como me aguentei até agora, mas neste momento não consigo mais.
Só penso em morrer, e não posso contar a ninguém porque chamam-me doida!
mas não percebo, acho que a minha vida melhorou, mas não consigo esquecer tudo o que passei e cada vez que me lembro dá-me vontade de gritar, chorar, explodir, morrer, sei lá.


Só sei que não consigo continuar assim por muito mais tempo. Enervo-me com tudo, chego ao ponto de ter medo de mim própria.
Descontrolo-me e não sei do que possa ser capaz de fazer.
Sinto-me tão mal...

 
Agora sei que preciso de ajuda mas não consigo. Não consigo falar a ninguém conhecido.
Não quero ir ao médico, não faz sentido fazê-lo, porque afinal não é como partir uma perna.
Só me apetece chorar, passo a vida a mandar cabeçadas nas paredes e murros, não me parece que isto seja normal.
Não consigo aceitar ajuda, o que se passa comigo? Estou assim há muito tempo mas agora piorou e não consigo aguentar mais.
Eu sei que não me pode dizer muito mas talvez me saiba dizer algo que eu nao saiba.
Se tiver algo que me queira dizer...agradeço.
obrigada

Voltar à vida

Marc Chagall

Boa dia Dr. Mariagrazia,

Sou estudante em Engenharia, digo sou estudante mas nem ao menos sei se ainda posso me considerar como tal pois a cerca de um ano e meio  não consigo fazer nada de minha vida.
Lembro-me de que desde bem criança me levantava sozinho, me arrumava e me punha a caminho da escola sem sequer acordar minha mãe. Foram bons tempos. Hoje não consigo me levantar da cama no horário (na verdade passo praticamente todas as noites em claro e durmo depois cerca de 11 a 12h até que não aguente mais ficar na cama) e não consigo fazer nada que seja minimamente desagradável. Por exemplo, se tiver que viajar e para isso precisar acessar um site que contém a informação dos horários isso será para mim motivo até de não querer mais viajar (ou deixarei para fazê-lo no último prazo possível).

Alguém poderia dizer que estou em depressão. Eu diria que não. Simplesmente não consigo fazer nada que me desagrade minimamente. Se há uma festa para ir, eu prontamente iria. Se tenho que viajar para encontrar minha namorada, eu vou feliz e com boa vontade. Se estou há um jogo que gosto, não tenho problemas em começar.
Vejo muitos de meus colegas se formando e conseguindo bons empregos enquanto deixo todas as oportunidades que me são oferecidas passarem por obra dessa atitude que não sei como definir.

A questão que fica é: se estou fazendo de minha própria vontade, por que me sinto tão incomodado?
E outra questão ainda mais fundamental: como posso obter ajuda? Acaso existe alguém que tenha enfrentado similar distúrbio?

Por favor responda esse e-mail desesperado. Estará ajudando alguém a voltar a vida!
E.