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Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Raiva, angústia e ansiedade

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Olá boa noite, eu gostaria de algum tipo de orientação, pois eu seriamente não sei mais o que fazer... Tenho 19 anos, mas infelizmente já passei mal bocados e o meu psicológico só piora... Apesar de estar bem melhor de uns anos para cá, mas ainda sim... Tenho sentimentos de raiva, angústia e ansiedade constantemente Eu já tinha um namoro em que me machuquei muito e sei que não é motivo nenhum para querer descontar ou algo assim nesse meu relacionamento atual mas...

Eu sei que o meu namorado não é nenhum príncipe de contos de fadas, mas é uma boa pessoa, sempre faz o que pode por mim e sempre está do meu lado nos momentos, logo no início do nosso relacionamento ele curtia foto de menina e comentava nos estores deles e enfim isso incomodava-me muito, eu cheguei a falar com ele, mas novamente isso chegou acontecer e eu novamente fui lá e tentei conversar sobre e por um tempo isso mudou até que comecei a reparar que ele começou a apagar conversar com as meninas, mas eu sempre prendi isso dentro de mim. Depois disso ele entrou num novo trabalho que sempre o levava a fazer o errado, por mais que conversasse com ele nada adiantava. E nesse mesmo trabalho ele conversou com uma menina e apagava as mensagens também. Mas um dia aquilo que está acumulado se explode e justamente no meu aniversário eu me stressei muito e exagerei na bebida e isso quase levou ao nosso termino, o envergonhei na frente de todo e ele ficou arrasado, no outro quando a ficha caiu eu fui até ele para conversar e "nos resolvemos", mas no outro eu botei para fora tudo que me incomodava, falei das mensagens, falei do trabalho, entre outras coisas que já me incomodavam, dias depois parecia que não tinha dito absolutamente nada, mas ainda sim, insiste e daí forçada mente ocorreu ele postou foto comigo coisa que não tinha, tirou coisas que não me incomodavam das suas redes sociais (com um empurrãozinho, é claro), parou de pagar mensagens ao menos no meu ponto de vista, e no trabalho possa ser que tenha melhorado também ou não, o argumento dele foi: "Você deveria estar comigo pelo que eu sou e não pelo que eu faço", mas enfim ainda me incomoda... não sei se são meus traumas, ou por ele não fazer comigo como fazia com as meninas, não comenta os meus stories, não fala nas minhas fotos e quase nunca me elogia. Não se isso me torna uma pessoa com dependência, ou não, mas é horrível, eu sinto-me péssima às vezes, ele parece que me ama, mas eu nem sei, ele disse que está mudando e melhorando pela gente e estou notando em algumas coisas, espero que realmente mude, a minha sogra deu-nos uma casa para construirmos as nossas vida e penso se é com ele que eu vou morar, eu quero morar, mas às vezes o medo de vem e os sentimentos negativos, porém não tento da atenção porque o amo e sempre tento ver o lado bom das coisas para ficarmos bem, realmente gosto da pessoa que ele é, gosto dele e isso faz-me querer tentar, arriscar, eu não sei.

Tenho sentido tanto stresse, as vezes do nada, estou cada vez me afastando das pessoas, não gosto de estar com muitas pessoas, não estou gostando de ficar com os meus próprios amigos e isso é ruim, causa-me raiva, ansiedade, vontade de fugir e não sei o que fazer dou qualquer desculpa para ir embora ou mandá-los embora... Eu não era assim, era uma pessoa bem social não o que está acontecendo, quero mudar, quero viver bem com os meus amigos e curti a vida e não ter raiva deles sem motivos, apesar de alguns serem bem insistentes com as suas presenças, eu gostaria de levar isso numa boa sem fechar a cara.

A minha infância foi bem solitária, já sofri bullying, tive depressão, tenho ansiedade, cresce com a ausência dos meus pais, nunca fui muito de sair e nem tive muitos amigos durante a vida, mas sempre gostei de fazer amigo, não entendo o que me levou a ficar assim, e eu não sei, mas o que fazer.

Cara leitora,

parece que o seu problema está relacionado com excesso de ciúme e insegurança que não dão espaço para o seu namorado viver. Gosta dele como ele é ou quer que ele mude e se comporte como você quer?

Numa relação, é preciso haver confiança e espaço para os dois serem eles mesmos. Cada um deve ter o seu espaço para viver as próprias escolhas. Só quando os indivíduos estiverem bem uns com os outros é que a relação conseguirá ser saudável.

O seu ciúme indica que não confia nele, mas que também não confia em si.

São vários os gatilhos que podem levar uma pessoa a sentir ciúme e no seu caso, podem estar relacionados com o sentimento de abandono, traumas, falta de afeto e atenção.  

Procure trabalhar os problemas do seu passado e reforçar a sua autoestima para que não prejudique o seu relacionamento presente.

Sentir emoções

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Olá, me identifiquei muito, eu escrevi um poema enorme sobre isso, quando leio choro e não sei porque.

Eu sentia muita raiva constantemente e não entendia, era como algo crescendo dentro de mim, sentia às vezes como se tivesse duas de mim dentro de mim mesma e isso me incomodava às vezes e outras vezes não, e essas vezes eu não ligava ou me sentia superior e tratava muitos mal sem me importar com o que sentiam.

Passei anos por isso, então numa noite eu me entreguei para uma luz e falei para me preencher, no outro dia eu parecia uma criança, eu senti certas coisas que não sentia há anos, e era incrível eu estava supersensível, qualquer tom diferente eu chorava, era tudo como se fosse a primeira vez.

Fiquei com muito medo de voltar a ser como antes, me sentindo superior às vezes e também com uma raiva extremamente grande.

Com o tempo eu parei de sentir certas emoções e as sinto raramente, agora eu sinto muita indiferença para muitas coisas, e como se fosse aquilo e pronto sabe...sem me incomodar, espernear nem nada...eu ainda sinto certas coisas.

Eu não tenho irmãos que sejam de pai e mãe, apenas de mãe ou apenas de pai, na época de raiva e sem sentimentos um avô de um de meus irmãos faleceu e era como se eu não me importasse, eu não sei...e recentemente mais 2 avós de outros morreram e sem a raiva para mim era como se fosse isso sabe... e como se eu me conformasse mais rápido que as pessoas, às vezes eu não sinto falta das pessoas, da minha família, mas outras pequenas vezes eu sinto como se fosse saudade.

E eu amo poucas pessoas, é difícil eu considerar alguém meu amigo. Sou muito resistente a dores físicas também, às vezes me perguntam se está doendo e não sinto nada. Fiz uma queimadura solar de segundo grau e todos ficaram preocupados e querendo me entupir de remédios, mas eu não sentia dor, só sentia se encostasse na bolha maior, e isso além de parecer que as pessoas estavam se preocupando mais do que eu.

E mais uma coisa, não me importo se não acreditarem, mas vou falar, eu consigo mudar o que eu sinto só querendo mudar, seja dor física, prazer, lágrimas, indiferença. Se algo me afeta e muitas outras coisas, sejam elas emocionais ou físicas, vou dar exemplos de física também...quando bato ou faço algo que dói eu simplesmente fecho meus olhos e me concentro naquele ponto, fazendo ele parar de doer.

 

Cara Leitora,

As emoções fazem parte do mais importante sistema de processamento de informação do organismo e tiveram a sua origem na história evolutiva das espécies, trazendo vantagens de sobrevivência.

Apesar de o corpo ser o "palco" das emoções, alguns indivíduos não conseguem perceber a repercussão das emoções e acabam por perder a capacidade de integrá-las às suas experiências. Em psicologia chama-se de ausência de awareness, ou seja, da incapacidade de simbolizar a experiência corporal.

Essa capacidade também pode ser perdida em função de processos evitativos generalizados. Como exemplo de emoções que costumam ser evitadas ou não simbolizadas, temos a raiva e a tristeza. A incapacidade de regulação emocional está presente em indivíduos que sobrerregulam (que controlam a emoção excessivamente) e perdem a capacidade informativa da emoção e naqueles que sub-regulam a emoção (e sentem-se invadidos e inundados por ela).

Se quiser mudar algumas atitudes, consideraria uma ajuda especializada, para que possa entrar em contacto com as suas necessidades emocionais não atendidas e dores mais centrais, e assim poder gerar novas emoções, além de criar novas narrativas a partir das experiências emocionais vivenciadas.

Tudo de bom

Duas pessoas em mim

23.jpgQuando eu era menor fiz algo, que pra idade que eu tinha era algo consideravelmente grave, repetidas vezes e em um dia isso me afetou muito psicologicamente. Tive crises de choro e tremedeiras e logo após revelei o que havia feito a minha mãe.

Após esse dia, me senti tentada a ser uma pessoa diferente do que era e há pouco tempo, 7 anos depois do acontecido, necessidades estranhas e diferentes vem-me consumindo.

Fui muito machucada pelas pessoas durante muito tempo. Ambos os meus pais tiveram um grave quadro de depressão (juntos, ao mesmo tempo) e quem era a responsável por “manter a ordem” em casa era eu. Isso de certa forma me sufocou e me obrigou a guardar emoções, sendo elas indesejáveis ou não, para me manter firme e ajudar eles.

Hoje em mim abriga uma raiva enorme, que com muito esforço consigo controlar, não consigo me relacionar com pessoas, podendo ser qualquer tipo de relacionamento, por sentir repulsa por elas, raiva e vontade de causar dor nelas. Mas é como se essa vontade não fosse minha mas ao mesmo tempo fosse. Meu tempo é mantido em livros, onde faço deles minha realidade e é como se a vida real fosse uma mentira pra mim.

Um dia desses me vesti com roupas “ diferentes “ e de certa forma ousadas, olhei- me no espelho e me familiarizei com aquela pessoa como se ela fosse eu e ao mesmo tempo não fosse.

Tentei resumir um pouco o que se passa em minha cabeça, temo não ter conseguido.

Estou tão confusa que sinto a necessidade de encontrar uma direção.

O que devo fazer?

Os sentimentos e a raiva são sufocantes

Cara Leitora,

Pelo que refere coexistem vários problemas em si: de identidade, de apatia social, de agressividade em relação a pessoas e a si, culpas do passado, enfim tudo para ser tratado em psicoterapia.

 

O melhor é procurar um tratamento regular para colocar ordem na sua cabeça e aliviar essa confusão de papéis e traumas do passado. Necessita manter o foco no que é preciso dar oportunidade de corrigir e compreender a sua raiva, para poder encontrar um caminho de mudança para retomar a sua vida.

O seu e-mail transmite muito sofrimento. Necessita uma ajuda urgente, com uma pessoa capaz para recuperar as forças para ter uma vida criativa e não se deixar levar por pensamentos irreais.

Os traumas do passado podem ser elaborados e superados, mas é preciso motivação para concretizar uma mudança.

Um abraço

Pensar em falhas

21.jpgRecentemente penso muito nas minhas falhas, e evito isso conversando com pessoas aleatórias na internet, mas algumas me irritam muito, e eu as odeio. Como não sou bom em me expressar, este ódio fica guardado para quando fico com muita raiva, também não sei o que fazer para parar este sentimento.

O que devo fazer?

O melhor que tem a fazer é deixar de falar com pessoas na internet e falar com pessoas na vida real.

Qual a graça de falar com indivíduos que não conhece e ainda lhe provocam ódio?

Procure socializar e aumentar o seu círculo de amigos: no trabalho, estudo, faça um curso, pratique um desporto, etc.

Se quer corrigir as suas falhas, comece a por em pratica algumas pequenas mudanças para sentir-se mais satisfeito consigo.

Se o seu sentimento de ódio permanecer ou continuar a aumentar procure ajuda especializada. Vá a uma consulta de psicologia para ser apoiado e ajudado.

Tudo de bom

Não consigo amar

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Tem traumas na vida que eu acho que nunca ultrapassamos, tem certas coisas que acontecem que acabamos por desejar que fosse apenas um sonho, mas infelizmente chega um dia que acordamos e temos que encarar a realidade, mas dói tanto, tanto.

Tem uma hora que percebes que te fechaste para as pessoas que te amam, que fizeste elas sofrerem e as vezes o arrependimento é tanto que entras num mar de lágrimas, choras compulsivamente e mesmo assim a dor não desaparece.

As pessoas magoaram-me tanto, que o meu corpo criou uma barreira para eu esquecer o que eles me fizeram, mas tem vezes que mesmo assim eu choro muito de raiva, eu já não consigo controlar o que sinto, parece que eu vivo sem viver, acordo mas eu não sou eu, eu nunca mais fui a mesma. Rejeitei, ignorei, maltratei a única pessoa que eu sabia que amava, eu sou burra.

Não consigo amar quem eu amo, não consigo esquecer o passado

 

Cara leitora,

 

Não podemos ficar presos no passado e paralisar a nossa vida.

É preciso dar um impulso na vida, sair dos acontecimentos de arrependimento e dos “deverias” assim como os navegadores portugueses tinham de enfrentar quando atravessavam o cabo das tormentas. Os sentimentos negativos das decepções de passado, as perdas e fracassos podem criar uma base de mágoa e infortúnio, levando a que a pessoa perca a esperança e firme a ideia de que é tarde demais para mudar a sua vida para melhor.

 

Apesar de não podermos alterar o que aconteceu, é possível reinterpretar esses acontecimentos de forma a poder aceitá-los, percebê-los e superá-los. Ao entrar neste processo de superação de situações consideradas traumáticas ou angustiantes, vai deixar de se sentir refém do seu passado menos bem conseguido.

O diálogo interno autocrítico de cariz negativo torna-se tão sedimentado, que muitas vezes não percebemos que temos o poder de mudá-lo.

Num estado de negatividade, mesmo aquilo que ainda temos de bom na vida fica afetado, deixamos de olhar para o que ainda faz sentido na vida. Aceite, tenha compaixão e siga em frente.

 

Está sempre em tempo para mudar. Se tem a consciência do que correu mal no passado, é procurar modificar algumas das suas atitudes para tornar o presente e o futuro melhor.

Se não conseguir sozinha procure ajuda especializada. Uma psicóloga poderá ajudá-la a recuperar a sua estabilidade emocional e retomar o rumo da sua vida presente e futura.

 

Fique bem

Aceitação do filho

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 Bom dia!!!! Eu me separei há 3 meses quase e estou grávida de 8 meses dele e no dia que descobri que eu estava grávida também descobri que ele estava "namorando" escondido na casa da mãe dele, eu fiquei sem chão e resolvi mandar ele embora... Eu acabei ficando muito triste e temos um filho de 12 anos que tem momentos de amor e ódio...Às vezes quando o pai dele fica mais próximo de mim ele fala que não quer que ele venha em nossa casa e que não queria ele como pai... Meu ex ainda me procura porém está namorando... Tem vezes que ele vem na minha casa w brinca com nosso filho que vai voltar para casa e filho fica revoltado eu sempre falo com ele que o meu relacionamento com o pai dele não tem nada com ele... Às vezes tenho até a impressão que ele odeia o pai dele porque brigou comigo falando que a culpa e toda minha que não soube escolher um pai para ele .... Me ajude por favor, não sei mais o que fazer para arrancar este ódio do coração do meu filho.

 

Cara mãe,

Essa situação do filho ficar revoltado diante de infidelidade do pai é comum. Acontece que o filho sofre por ver a mãe sofrer e se revolta com o pai causador desse sofrimento. É a infidelidade dos pais vivida pelos filhos. Cabe a si falar com ele e explicar que situações assim como a vossa acontecem e que é vocês que irão resolver.

 

Descobrir que o pai trai a mãe é uma situação aterradora para qualquer adolescente e até mesmo para um adulto. O conflito de lealdade aparece misturado com a mágoa e com a raiva. O pai traiu a mãe, mas o filho também se sente traído. Na adolescência é necessário os pais terem uma relação sólida para darem segurança ao jovem. Se a traição acontecer numa fase em que o pai é muito importante e idealizado é um desgosto enorme para o filho e pelo seu egocentrismo pode até pensar que a culpa foi sua. Portanto, é sempre uma situação que envolve muito sofrimento.

 

A melhor opção é procurar ajuda psicoterapêutica para que seu filho tenha um acompanhamento e uma compreensão clara da situação, mas de qualquer forma fale com ele e explique sem culpar o pai e nem mostrar o mal que sente para não aumentar o sentimentos de ódio e ressentimento contra o pai.

Um abraço

Muita raiva

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Olá, preciso de ajuda e não tenho com quem conversar, as vezes explodo por não ser compreendido e não consigo expressar o que sinto. Estou perdendo minha noiva por conta dos meus ataques de raiva que vem sendo muito frequentes, tento me controlar mas não consigo. Não sei mais o que fazer, as vezes me Machuco e destruo tudo que tem a minha volta, só queria dizer o que sinto e ser compreendido.

Ass. C.

 

Caro C.,

Pensamentos disfuncionais aparecem com frequência durante situações em que a raiva é excessiva, além de crenças irracionais.

Procure perceber o que sente e o que faz despoletar a sua raiva para tentar controlar.

Enfrentar a raiva é como um jogo que exige concentração, estratégia e capacidade para identificar o alvo. É preciso descobrir o que nos faz perder o controlo e com paciência eliminar ou aprender a gerir os problemas.

 

Métodos que ajudam a pessoa a lidar melhor com a explosão de raiva e a controlar os impulsos e a ansiedade:

-Respire! Inspirar e expirar profundamente o ar ajuda a oxigenar o cérebro e relaxar a musculatura.

-Pratique atividade física regularmente.

-Levante hipóteses sobre o conflito, ele pode não representar um ataque direto contra você.

-Mude de ambiente e afaste-se da pessoa ou situação que causou a tensão. Dessa forma, você conseguirá encarar o problema de forma mais controlada.

 

Se não conseguir sozinho procure ajuda profissional, pois essas explosões podem piorar e estragar a sua relação e dificultar a sua vida.

 

Fique bem