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Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Consultório de Psicologia

Espaço de transformação com a finalidade de orientar, ajudar, esclarecer dúvidas e inquietações. Encontre equilíbrio, use sua criatividade e deixe fluir sua energia. Mariagrazia Marini Luwisch

Sogros dominadores

 

Oi Mariagrazia,

 

Estou vivendo junto com um rapaz e tenho uma filha de um ano e quatro meses. Estou certa de que quero separar-me, mas estou sem coragem de dizer a ele. Nós moramos juntos, não casamos e me sinto sozinha e abandonada por ele.

 

Estou com medo de me separar, na realidade chega ao pânico, não por causa dele, pois por mim está bem claro que ele não gosta de mim. Não me levou na primeira consulta do pediatra com minha filha, não levou-me tirar os pontos, precisei ir sozinha, nunca pagou uma fralda, uma pomada, uma roupa, uma lata de leite para a menina. Mas tenho pânico que minha filha fique sozinha com os meus sogros, caso nos horários de visitas ele a leve lá.

São pessoas muito dominadoras. Acho que meu relacionamento começou a acabar por causa deles. Quando minha filha nasceu foi quase impossível amamentá-la, pois apesar de morar em outra residência, todo dia eles iam lá. Tiravam a criança do meu seio e ficavam dizendo que ela estava gorda, a menina só fazia chorar. Não sei se foi o estado puerperal, mas não conseguia reagir. Até que aos vinte dias de nascida, levei minha filha ao pediatra. Lá fui informada que ela não tinha engordado, pelo contrário, havia sim emagrecido e que isso era um perigo.

 

Pedi para não virem mais e levei minha sogra para conversar com o médico, tudo em vão. Cada dia eles chegavam mais cedo. Até que minha mãe teve a ideia de eu levá-los nos parentes por parte deles. Quando chegamos lá expliquei tudo para as duas mães das duas crianças com eles do lado. Que a menina não tinha engordado, os dois já estavam usando P de fralda, enquanto a minha estava no RN. E quando vi as crianças percebi o quanto minha filha estava desfasada. As duas falaram para meus sogros deixarem a criança mamar a vontade e me deixarem em paz.

 

O incrível é que bem cedo, no dia seguinte minha sogra chamou o meu marido até lá e falou que minha filha tinha que ser magra, porque magra é que é bom. Tinha comprado uma lata de leite para complemento que o médico pediu para dar a cada mamada, quando ele chegou da casa da mãe todo alvoroçado e queria jogar fora a lata. Por que a criança ia ficar obesa. Ali tive a certeza em meu coração que minha sogra e sogro queriam a qualquer custo que a menina morresse. Comecei a sair cedo de casa, e eles não me encontravam mais. Coloquei a criança em uma escolinha e só vou lá no final de semana. Mesmo assim, sinto ameaças veladas, ela finge que vai derrubar a criança e no dia em que resolvi não me abalar com isso, ela derrubou a menina de cabeça, coisa que já fez com outras crianças, entre outras coisas. Por sorte não aconteceu nada. Na família dele a mãe e o sobrinho fazem tratamento psiquiátrico, e sinceramente sinto que ela pode vir sim a machucar minha filha.

 

Sinto-me culpada por ter ido morar com meu companheiro, pois vejo que não tenho necessidade alguma dele cuidar da minha filha, já que é um alcoólatra. O que mais sinto é que ao ir morar junto, coloco minha filha em risco, pois sei que ele vai pegar a menina e deixar com os pais, pois o vício dele é mais forte. Estou sentindo-me realmente muito culpada e uma idiota. Sinto que tenho que resolver este impasse, mas não consigo.

 

Gostaria de sua opinião.

 

Olá R.,

 

Será que não é um exagero tudo isso que pensa dos seus sogros? Porque haveriam de querer mal a um bebé?

De qualquer maneira precisa pedir a eles que não se intrometam nos cuidados da criação da sua filha.

Se quiser separar-se, vai ter que exigir que ele visite a bebé na sua casa ou na presença de alguém da sua confiança, pelo menos enquanto ela é pequena e indefesa, mas essas coisas todas, se ele não concordar, tem que ser decididas pelo tribunal.

 

E já pensou em ir morar com os seus pais, para que a ajudem a cuidar da menina?

 

Entretanto pode ser que esteja um pouco esgotada e sinta tudo que acontece com mais força. O cuidado do bebé coloca à prova todas mães. A pequena é sem dúvida a sua prioridade principal e, dessa forma, é simples que acabe por absorver toda a sua energia emocional e física. E sentindo-se mais stressada, mais facilmente pode sentir pânico e preocupação e por vezes até mais exacerbada.

 

Procure ajuda de sua mãe e procure perceber se tudo que sente é verdadeiro ou se é um sentimento exagerado por excessiva preocupação e cansaço!

O melhor seria se pudesse ter um acompanhamento de uma psicóloga para a orientar nesse momento de crise e impasse.

 

Um grande abraço

 

 

Sogra possessiva

 

 

Bom dia,

 

Estou numa situação complicada.

Tenho a má sorte de ter como sogra uma mulher possessiva. Quer tudo à maneira dela e ofende toda a gente que tem uma forma diferente de agir e pensar da dela.

 

Com o neto, ultimamente, tem sido uma coisa por demais: mora a cinco minutos, está praticamente sempre enfiada em nossa casa e ainda refila se programamos a nossa vida familiar sem a presença dela.

 

Por mais que se explique, por mais que se chame à razão...ela não quer entender que temos uma vida própria, ideias próprias. Para ela isso é uma afronta e não hesita em humilhar e ofender. Não pergunta se pode; para ela temos de nos vergar ao que ela quer. 

Já respondi, tento ignorá-la...mas ainda assim, ela acha-se no direito de vir cá a casa sem avisar, reclamar de tudo e humilhar toda a gente.

 

Uma vez, cheguei ao ponto de a convidar a sair por estar a insultar-me. Não quero conversas com ela, não lhe dou confianças e mesmo assim ela continua a provocar conflitos.

Está a ser difícil de gerir tudo isto e preciso que alguém me ajude!

 

Obrigada

A.

 

Cara A.,

 

A melhor solução ainda é a distância: a boa sogra é aquela que mora nem tão perto que dê para ir de chinelo e nem tão longe que precise ir de mala.

 

Outra solução é criar situações onde ela se sinta necessária e importante no âmbito familiar, como exemplo fazer jantar ou cuidar das crianças. As pessoas mais velhas se sentem inúteis sem atividade com auto estima em baixo e competem pela atenção do filho. Lembre-se que apesar de todas as dificuldades que a sogra possa trazer: competições, excessos de palpites, comparações etc., ela ainda é a mãe de seu marido. Flexibilidade é imprescindível para uma boa convivência, podendo até ser que um dia ela se torne sua aliada!

 

Para que não haja consequências negativas o casal maduro deve limitar a atuação das sogras de maneira firme e gentil. É sempre melhor que se estabeleçam limites. É positivo defender os espaços desde o começo darelação com coragem e com delicadeza mas com firmeza, para que as expectativas e as necessidades do casal possam ser conhecidas e respeitadas por ambas as partes a fim de evitar futuros conflitos e para que a convivência seja mais feliz e harmoniosa.

Um abraço

Injustiças e tormentas

 
 
 
 

Bom dia Drª Mariagrazia

 

Ao longo da minha vida como trabalhadora, tenho tido sempre muitos problemas com o meu feitio, não reajo bem com as injustiças, com as falsidades, com os pedidos de esforço e sacrifício que me são pedidos quando comparados com colegas do mesmo local de trabalho, que nada fazem e que tudo têm.

 

Gosto de fazer tudo o melhor possível e quanto mais perfeito melhor, quando não sei algo disponho-me a aprender para poder prestar um bom trabalho. Até agora o meu desempenho, esforço e dedicação só têm-me trazido decepções  desgostos e depressão. Não sou feliz no trabalho, não gosto daquilo que faço mas faço de tudo para fazê-lo bem, mas em relação aos meus superiores tenho um feitio que ultrapassa todo o meu bom trabalho... sou refilona, não permito que me humilhem, que me tornem numa escrava, e quando mais me tentam rebaixar mais furiosa fico e mais refilona fico.

O problema é que já vou no meu terceiro trabalho e esses problemas continuam a acompanhar-me. Não consigo resistir aos impulsos de humilhação, de sensação de escravatura, de injustiça.

 

Devido à actual conjuntura financeira, não me posso dar ao luxo de partir à descoberta de uma área, de um trabalho que me dê prazer, que me faça feliz, preciso de um salário para acabar a minha licenciatura e para pagar as minhas pequenas despesas.

 

A minha mãe começou agora a quimioterapia porque tem cancro da mama, assim como a minha tia (irmã da minha mãe) que cuidou de mim quando era pequena também tem, mas infelizmente em estado terminal. Vivo na casa da minha sogra, com quem não me entendo muito bem e com a qual não posso refilar para não criar um ainda pior ambiente.

 

Já estou a fazer um tratamento para a depressão, mas estas tormentas que parece que ninguém entende estão a dar cabo da minha sanidade mental. 

Por favor ajude-me, por favor dê uma luz para o meu caminho escuro. 

 

Cumprimentos,

S.

 

Sogra e nora

 

 

 

 

Boa tarde,

 

Não sei como colocar uma questão no Blog, e não sei se por aqui vou obter a resposta à minha duvida…

Estou com o meu Marido desde o ano de 2000. Casámos em 2007 e temos um Filho de 5 anos. Sempre fomos companheiros e muito amigos um do outro.

A nossa relação sempre foi coerente e era normal estarmos com os meus sogros ao Domingo para almoçar, embora o meu marido e o meu sogro trabalhassem juntos.

Em 2011 o meu sogro faleceu. Em 2 meses descobriu-se o cancro e foi tudo muito rápido.

Desde essa altura que a minha Sogra ( que é dependente dos filhos para quase tudo) janta em casa da minha cunhada 3 vezes por semana e na minha as outras vezes e no fim de semana passa um dia com um dos filhos e outro dia com o outro.

 

Não sei se esta é a melhor forma de ajudar a minha sogra, porque não sei quanto tempo vamos aguentar e o nosso casamento está por um fio…

Eu quero a minha vida conjugal de volta. E o meu marido precisa muito de estar com a mãe…

 

Sinto-me desamparada, porque sou a única a estar a questionar esta situação e não aguento mais.

 

Muito obrigada pela atenção dispensada.

 

Atentamente,

 

 

 

Mãe, bebé e sogra

 

Boa Tarde Doutora

 

Eu e a minha esposa tivemos uma bebé em Janeiro.

Desde o primeiro dia, a minha esposa revelou grandes fragilidades emocionais (insegurança e choro frequente) acompanhado de alguma irritabilidade e intolerância. Tudo sintomas, creio eu, "normais" para as circunstâncias.

 

Estes sinais foram-se intensificando e pequenas situações de discórdia rapidamente começaram a tomar proporções gigantescas na cabeça dela.

O "copo transbordou" quando a minha esposa começou a ficar incomodada com a forma como a minha mãe se comportava com a nossa bebé. No meu entender, a minha mãe comportava-se como qualquer outra avó que ama a sua neta. No entanto, para a minha esposa, a minha mãe manifestava um comportamento obsessivo ao ponto de, perante comentários de "minha menina" ou outras expressões carinhosas, ficar num grande estado de ansiedade e com vontade de fugir dali para fora.

 

A minha esposa pediu-me para falar com a minha mãe, para que esta se "comportasse normalmente" na presença da neta e que medisse as palavras antes de as proferir. Naturalmente eu tive imensa dificuldade em arranjar as palavras para abordar este assunto com a minha mãe de modo a que ela entendesse a mensagem sem a magoar.

Adiei durante três meses a conversa com a minha mãe na esperança de a situação se resolvesse por si só (ou na cabeça da minha esposa ou no comportamento da minha mãe). Não só não se resolveu como a minha esposa actualmente me acusa de não me preocupar com ela e preferir que seja ela a sofrer em vez da minha mãe.

 

A nossa relação está muito fragilizada, tendo inclusive afectado os sentimentos dela por mim.

Actualmente, qualquer situação menos feliz ou de falha da minha parte assume contornos catastróficos.

Não sei o que fazer e temo que a relação termine por falta de clarividência da parte dela motivada por este estado emocional.

Será que ela precisa de ajuda? Será que precisamos os dois? Que lhe parece doutora?

 

Obrigado